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A invalidade do casamento pode ocorrer quando o mesmo for nulo ou anulável. O casamento é nulo quando: Contraído por enfermo mental sem o necessário discernimento para os atos da vida civil, independentemente da idade; Não se observam os impedimentos legais. Os impedimentos legais são circunstância que: proíbem a realização do casamento ou acarretam a nulidade do casamento realizado na sua presença. No primeiro caso se diz que a função do impedimento é suspensiva e, no segundo, que a função é sancionária. O artigo 1521 do Código Civil traz as hipóteses de impedimento para o casamento. De acordo com este artigo, não podem casar: Os ascendentes com os descendentes, seja o parentesco natural o civil; Os parentes afins em linha reta (enteados e sogras). Mas, os parentes afins em linha colateral (cunhados) podem se casar. O adotante com quem foi cônjuge do adotado e o adotado com quem foi cônjuge do adotante; Os irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais parentes colaterais até o terceiro grau. Parte da doutrina entende que o Decreto 3200/41, que permitia o casamento entre parentes colaterais de terceiro grau mediante exame médico não foi revogado pelo Código Civil de 2002, sendo, portanto, possível o casamento neste caso. O adotado com o filho do adotante; As pessoas casadas, mesmo que o casamento tenha ocorrido no exterior e não tenha sido registrado no Brasil. O cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa de homicídio contra o consorte. O tipo de homicídio a que se refere o legislador é o doloso, porque é o único que admite a tentativa. Neste caso, para que se possa alegar o impedimento é necessário que haja condenação do consorte, mas não é necessário que haja o trânsito em julgado da sentença. Por outro lado, enquanto ele é apenas indiciado ou pronunciado, o casamento é permitido; todavia, para parte da doutrina, a condenação posterior retroage e torna nulo o casamento.
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