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Urgência, Emergência e Atendimento Pré-Hospitalar

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Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
 
Conceito Formal: 
Segundo o Conselho Federal de Medicina, em 
sua Resolução CFM n° 1451, de 10/03/1995, 
temos: 
Urgência: ocorrência imprevista de agravo à 
saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo 
portador necessita de assistência médica 
imediata. 
Emergência: constatação médica de condições 
de agravo à saúde que impliquem em risco 
iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, 
portanto, tratamento médico imediato. 
Conceitua-se ainda: 
Emergências: são situações que apresentem 
alteração do estado de saúde, com risco 
iminente de vida. O tempo para resolução é 
extremamente curto, normalmente quantificado 
em minutos. Tais como: perda de consciência 
sem recuperação, dificuldade respiratória de 
forma aguda acompanhada de arroxeamento, 
chiado, dor intensa súbita no peito 
acompanhada de suor frio, falta de ar e vômitos; 
dificuldade de movimentação ou de fala 
repentina; grande hemorragia; quadro alérgico 
grave com placas vermelhas, tosse, falta de ar e 
inchaço; movimentos descoordenados em todo 
o corpo ou parte dele acompanhado de desvio 
dos olhos, repuxo da boca com salivação 
excessiva; aumento súbito da pressão arterial, 
acompanhado de dores de cabeça de forte 
intensidade. Acidentes domésticos graves com 
fraturas e impossibilidade de locomoção do 
enfermo, queda de grandes alturas, choque 
elétrico, afogamentos e intoxicações graves. 
Urgências: são situações que apresentem 
alteração do estado de saúde, porém sem risco 
iminente de vida, que por sua gravidade, 
desconforto ou dor, requerem atendimento 
médico com a maior brevidade possível. O 
tempo para resolução pode variar de algumas 
horas até um máximo de 24 horas. Tais como: 
dores de cabeça súbitas de forte intensidade, 
não habituais e que não cedem aos 
medicamentos rotineiros; dor lombar súbita 
muito intensa acompanhada de náuseas, 
vômitos e alterações urinárias; febre elevada em 
crianças de causa não esclarecida e rebelde a 
antitérmicos. 
 
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRISMO 
OMISSÃO DE SOCORRO SEGUNDO O 
CÓDIGO PENAL BRASILEIRO 
 
ART. 135 – Deixar de prestar assistência quando 
possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança 
abandonada e extraviada, ou à pessoa inválida ou 
ferida, ao desamparo ou em grave e iminente 
perigo; ou não pedir, nesses casos o socorro da 
autoridade pública: 
Pena – detenção de um a seis meses, ou multa 
Parágrafo único – A pena é aumentada de 
metade, se da omissão resulta lesão corporal de 
natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. 
 
OMISSÃO DE SOCORRO SEGUNDO A 
RESOLUÇÃO 311/2007 (CÓDIGO DE ÉTICA 
DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM) 
RESPONSABILIDADES E DEVERES 
Art. 22 - Disponibilizar seus serviços profissionais 
à comunidade em casos de emergência, epidemia 
e catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais. 
PROIBIÇÕES 
Art. 26 - Negar Assistência de Enfermagem em 
qualquer situação que se caracterize como 
urgência ou emergência. 
Art.129 - A pena de Cassação do Direito ao 
Exercício Profissional é aplicável nos casos de 
infrações ao que está estabelecido nos artigos: 9º, 
12; 26; 28; 29; 78 e 79 deste Código. 
 
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR (APH) 
 
 Atendimento Pré-Hospitalar é o conjunto de 
procedimentos técnicos realizados no local da 
emergência e durante o transporte da vítima. 
 O objetivo é manter a vítima com vida e em 
situação mais próxima possível da 
normalidade até sua chegada a unidade 
hospitalar. Alguns exemplos são as ações 
ligadas ao socorro: controlar hemorragia, 
manter livres as vias aéreas, imobilizar fratura 
etc. 
O atendimento pré-hospitalar compreende três 
etapas: 
 Atendimento na cena do acidente; 
 Transporte rápido e com segurança até o 
hospital; 
 Chegada no hospital. 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
Uma assistência adequada e qualificada é 
fundamental para o paciente chegue ao hospital 
com vida. Estatísticas norte americanas mostram 
que metade dos acidentes e de números de óbitos 
registrados revela que 50% dos óbitos poderiam 
ser evitados se tivesse um atendimento adequado 
RESGATE 
 Resgate é o grupo de providências técnicas 
para a retirada de vítimas de locais de onde 
não conseguem sair por si e sem risco. 
 O objetivo é resgatar a vítima com as melhores 
condições possíveis para o APH. 
Exemplos: vítima libertada das ferragens de um 
carro, de um edifício em chamas, de um poço etc.. 
SOCORRO BÁSICO - são os procedimentos não 
invasivos. 
SOCORRO AVANÇADO- são os procedimentos 
invasivos. 
 
AVALIAÇÃO DO PACIENTE NO AMBIENTE 
PRÉ-HOSPITALAR (APH) 
 
Atualmente, a maioria dos programas de 
capacitação em primeiros socorros ou 
atendimento pré-hospitalar estão passando a 
abordar o processo de avaliação geral do 
paciente em, pelo menos, cinco fases: 
 
 Dimensionamento (avaliação) da cena; 
 Avaliação inicial do paciente; 
 Avaliação dirigida (para trauma ou para 
problemas médicos); 
 Avaliação física detalhada; e 
 Avaliação continuada. 
 
I) O DIMENSIONAMENTO DA CENA 
 
1) A verificação das condições de segurança: 
- Segurança pessoal; 
- Segurança do paciente; 
- Segurança de terceiros (familiares, 
acompanhantes, testemunhas e curiosos); 
2) A adoção de medidas de proteção pessoal 
(precauções universais); 
3) A observação dos mecanismos de trauma ou 
a natureza da doença; 
4) A verificação do número total de vítimas; e 
5) A determinação da necessidade de recursos 
adicionais. 
 
De forma geral, são fontes rápidas de 
informação no local da emergência: 
A cena por si só; 
O paciente (se estiver consciente e em 
condições de responder); 
Familiares, testemunhas ou curiosos; 
Os mecanismos do trauma; 
A posição do paciente, qualquer deformidade 
maior ou lesão óbvia; 
Qualquer sinal ou sintoma indicativo de 
emergência médica. 
 
II) A AVALIAÇÃO INICIAL 
 
Durante a avaliação inicial, os problemas que 
ameaçam a vida, por ordem de importância são: 
 
1. Vias aéreas = Estão abertas/permeáveis? 
Existe comprometimento da coluna cervical? 
2. Respiração = A respiração está adequada? 
3. Circulação = Existe pulso palpável? Existe 
algum sangramento grave? Existe sinais 
indicativos de choque? 
O socorrista deverá posicionar-se ao lado da 
vítima e executar a avaliação rapidamente, 
geralmente em um prazo inferior a 45 segundos. 
A avaliação inicial deve ser executada na 
seguinte seqüência: 
1. Forme uma impressão geral do paciente; 
2. Avalie o nível de consciência; 
3. Avalie a permeabilidade das vias 
aéreas/coluna cervical; 
4. Avalie a respiração; 
5. Avalie a circulação (presença de pulso 
carotídeo palpável e hemorragias graves); 
6. Decida a prioridade para o transporte do 
paciente. 
Já no caso dos pacientes potencialmente 
instáveis ou estáveis, o socorrista deverá 
continuar a avaliação ainda na cena da 
emergência e transportar o paciente somente 
após sua estabilização. Recomendamos 
também que o socorro pré-hospitalar seja 
realizado num prazo máximo de 10 (dez) 
minutos, para garantir o atendimento integral do 
paciente dentro da chamada hora de ouro do 
trauma (60 minutos). 
Escala CIPE 
Crítico: Paciente em parada respiratória ou 
parada cardiorrespiratória. 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
Instável: Paciente inconsciente, em choque e/ou 
dificuldade respiratória severa, lesão grave de 
cabeça ou tórax. 
Potencialmente instável: Paciente vítima de 
mecanismo agressor importante, em choque, 
com lesão isolada importante ou lesão de 
extremidade com prejuízo circulatório. 
Estável: Paciente portador de lesões menores, 
sem problemas respiratórios e com sinais vitais 
normais. 
O propósito da avaliação inicial consiste 
na identificação e na correção imediata das 
falhas nos sistemas respiratório e/ou 
cardiovascular, que representem risco iminente 
de vidado paciente. 
 
 
III)A AVALIAÇÃO DIRIGIDA 
 
A avaliação dirigida é realizada logo após 
o término da avaliação inicial e é dividida em 
três etapas distintas, são elas: 
1. Entrevista (paciente, familiares ou 
testemunhas); 
2. Aferição dos sinais vitais; e 
3. Exame físico (limitado a uma lesão ou 
problema ou completo da cabeça aos pés). 
Entrevista: Etapa da avaliação onde o socorrista 
conversa com o paciente buscando obter 
informações dele próprio, de familiares ou de 
testemunhas, sobre o tipo de lesão ou 
enfermidade existente e outros dados 
relevantes. 
Sinais Vitais: Etapa da avaliação onde o 
socorrista realiza a aferição da respiração, 
pulso, pressão arterial e temperatura do 
paciente. 
Exame físico: O exame físico poderá ser 
limitado a uma lesão ou realizado de forma 
completa (da cabeça aos pés). Nesta etapa da 
avaliação, o socorrista realiza uma apalpação e 
uma inspeção visual, de forma ordenada e 
sistemática, buscando localizar no paciente, 
indicações de lesões ou problemas médicos. 
Atenção! Fique sempre muito atento durante 
todo o processo de avaliação, pois algumas 
vezes a natureza da emergência pode não estar 
claramente definida. 
 Por exemplo, um paciente pode vir a perder a 
consciência devido a uma emergência médica e 
sofrer uma queda, sofrendo posteriormente um 
trauma. 
Se o paciente for incapaz de responder 
ou estiver inconsciente, o socorrista deverá 
buscar as informações sobre o que aconteceu 
entrevistando as pessoas presentes no local da 
emergência. Tente conduzir seus 
questionamentos de forma ordenada, pois na 
maioria das vezes você dispõe de um tempo 
curto para obter essas informações. 
Pergunte: 
1) O nome da vítima; 
2) O que aconteceu?; 
3) Se a vítima queixou-se de algo antes de 
perder a consciência; 
4) Se a vítima tem alguma doença ou problema 
de saúde; 
5) Se alguém sabe se a vítima toma algum 
remédio ou é alérgica. 
Se o paciente estiver consciente e em condições 
de respondê-lo, questione-o utilizando as 
seguintes perguntas chaves: 
1) Nome e idade (se é menor, procure contatar 
com seus pais ou um adulto conhecido) 
2) O que aconteceu? (para identificar a natureza 
da lesão ou doença) 
3) A quanto tempo isso aconteceu? 
4) Você tem algum problema de saúde? 
5) Você tem tomado algum remédio? 
6) Você ingeriu algum alimento ou bebida? 
7) Você é alérgico a alguma coisa? 
Mais recentemente, os programas de 
treinamento em primeiros socorros estão 
adotando um modelo de entrevista simplificada, 
através de um processo denominado SAMPLE. 
Cada letra da palavra representa uma pergunta 
que deverá ser feita ao paciente, ou seja: 
Sinais e sintomas (O que está errado?); 
Alergias (Você é alérgico a algum tipo de 
substância ou alimento?); 
Medicações (Você toma algum tipo de 
remédio?); 
Passado médico (Você está realizando algum 
tratamento médico?); 
Líquidos e alimentos (Você ingeriu alguma coisa 
recentemente?); 
Eventos relacionados com o trauma ou doença 
(O que aconteceu?). 
Na avaliação dirigida permite que o socorrista 
realize o exame físico do segmento corporal 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
levando em conta o que o paciente refere (o 
mais atingido ou de maior queixa). 
Certos cuidados podem ser ministrados 
conforme os 
problemas são identificados. Assim o exame 
físico completo da cabeça aos pés pode não ser 
necessário. 
 
IV) A AVALIAÇÃO FÍSICA DETALHADA 
 
Ao realizar o exame padronizado da cabeça aos 
pés, o socorrista deverá: 
 
1) Verificar a região posterior e anterior do 
pescoço (região cervical), procurando identificar 
deformidades ou pontos dolorosos. Se você 
perceber qualquer indício de trauma, pare o 
exame e imobilize a cabeça e o pescoço 
aplicando um colar cervical de tamanho 
apropriado; 
2) Verifique a cabeça (couro cabeludo), 
procurando identificar deformidades, ferimentos, 
contusões, edemas ou hemorragias; 
3) Verifique a testa e a face do paciente 
procurando identificar deformidades, ferimentos, 
descolorações ou qualquer sinal indicativo de 
trauma de crânio. 
- Inspecione os olhos e pálpebras. 
- Verifique o diâmetro, a simetria e a reação a 
luz das pupilas. Identifique a presença de 
sangue no nariz e orelhas. 
- Examine a boca do paciente, observando 
sinais de obstrução das vias aéreas, presença 
de sangue e alterações no hálito; 
4) Inspecione ombros apalpando a clavícula e a 
escápula do paciente, bilateralmente, procure 
por deformidades, ferimentos, hemorragias ou 
edemas; 
5) Inspecione e apalpe as regiões anterior e 
lateral do tórax do paciente. Avalie os 
movimentos respiratórios, deformidades, 
fraturas, áreas de contusão ou edemas; 
6) Inspecione e apalpe os quatro quadrantes 
abdominais. Procure identificar dor, presença de 
rigidez, contusões, ferimentos, hemorragias, 
eviscerações. Verifique a sensibilidade e o 
tônus/rigidez em cada um dos quadrantes 
separadamente; 
7) Inspecione e apalpe as regiões anterior, 
lateral e posterior da pelve. Pesquise 
instabilidade, dor, ferimentos ou hemorragias. 
Procure identificar lesões na região genital e 
priapismo nos homens; 
8) Inspecione e apalpe as extremidades 
inferiores (uma de cada vez). Pesquise por 
ferimentos, deformidades, hemorragias ou 
edemas. Cheque o pulso, a capacidade de 
movimentação, a perfusão e a sensibilidade; 
9) Inspecione e apalpe as extremidades 
superiores (uma de cada vez). Pesquise por 
ferimentos, deformidades, hemorragias ou 
edemas. Cheque o pulso, a capacidade de 
movimentação, a perfusão e a sensibilidade; 
10) Realize o rolamento em bloco e inspecione a 
região dorsal. Apalpe e pesquise visualmente as 
costas, coluna vertebral e as nádegas. Procure 
deformidades, áreas de contusão, ferimentos e 
hemorragias. Role o paciente sobre uma maca 
rígida e imobilize-o para em seguida, iniciar seu 
transporte. 
V) A AVALIAÇÃO CONTINUADA 
 
A avaliação ou assistência continuada é 
usualmente utilizada pelas equipes de socorro 
pré-hospitalar durante o transporte do paciente 
até a unidade hospitalar mais adequada ao seu 
tratamento definitivo. Após o término da 
avaliação física detalhada, o socorrista deverá 
verificar periodicamente os sinais vitais e manter 
uma constante observação do aspecto geral do 
paciente. 
 
Noções de Regulação Médica em 
Situações de Atenção a Múltiplas 
Vítimas 
 
Conceitos: 
DESASTRE OU CATÁSTROFE - Situação na 
qual os meios de atendimento de urgência 
disponíveis não são suficientes para fazer frente à 
situação de emergência, havendo necessidade de 
ajuda externa. 
ACIDENTES COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS - São 
aquelas situações em que há desequilíbrio entre 
os recursos disponíveis e as necessidades, porém 
com os recursos locais consegue-se manter um 
padrão mínimo de atendimento adequado. 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
Em ambos os casos, a concepção moderna de 
atendimento prioriza a ação pré-hospitalar, 
envolvendo procedimentos na área do sinistro e 
durante o transporte para o tratamento definitivo. 
 
Principais Causas de Acidentes de Massa 
ACIDENTES NATURAIS - enchentes, terremotos, 
vulcões, furacões, incêndios, etc. 
MODERNOS MEIOS DE TRANSPORTE - 
acidentes rodoviários, ferroviários, aeronáuticos, 
etc. 
AGRESSIVIDADE E AGLOMERAÇÕES - shows, 
estádios, passeatas, etc. 
CIRCULAÇÃO E ARMAZENAMENTO DE 
PRODUTOS TÓXICOS 
GUERRAS E ATENTADOS TERRORISTAS 
ACIDENTES TECNOLÓGICOS - fábricas, 
indústrias, reatores nucleares, etc. 
 
Existe três ações distintas, mas complementares, 
e, sobretudo hierarquizadas, no local do 
atendimento: 
SALVAMENTO OU RESGATE - compreende as 
ações técnicas necessárias para a retirada de 
uma ou várias pessoas de um meio ou local que 
ofereça risco de vida (exemplo: salvamento de um 
incêndio, desmoronamento, afogamento, etc.). 
SOCORRO - compreende as ações bastante 
específicasdos gestos básicos de vida, as quais 
devem ser efetuadas imediatamente na vítima, 
para garantir sua vida (desobstrução e liberação 
de vias aéreas, controle de hemorragias, etc.). 
CUIDADO MÉDICO DE URGÊNCIA OU 
ATENDIMENTO MÉDICO DE URGÊNCIA - 
compreende as técnicas realizadas por médicos, 
ou profissionais por eles designados, para 
assegurar o tratamento de uma vítima. 
 
Princípios Gerais do Plano de Atendimento de 
Emergências 
 
Para alcançar uma eficiência satisfatória no 
atendimento das vítimas, torna-se necessária a 
obediência a princípios gerais de ação no acidente 
de massa (PLANO DE ATENDIMENTO DE 
EMERGÊNCIAS). 
A) PLANEJAMENTO 
O plano de Emergência deve obedecer a um 
comando centralizado que distribui e esclarece as 
funções de cada elemento da equipe, de acordo 
com a capacidade de cada um. O planejamento 
estabelece as ações e organiza a utilização dos 
recursos disponíveis, além de prever a solicitação 
de ajuda externa, se for o caso. 
B) COMANDO 
O coordenador do atendimento deve estar em 
posição de destaque em relação aos demais 
socorristas. Os componentes das equipes devem 
estar identificados uniformemente, com coletes, 
bonés, etc... 
C) COMUNICAÇÃO 
Não há comando sem comunicação. Portanto, as 
alternativas de comunicação devem ser as mais 
variadas possíveis, dispondo de rádios, telefones 
celulares, apitos, sirenes, bandeiras, faixas, 
painéis, lanternas, etc... O comando das 
operações deve dispor de números de telefones 
dos órgãos de socorro, segurança, transporte e 
imprensa, bem como as freqüências de rádio 
desses órgãos. 
D) SEGURANÇA 
A segurança é fundamental para o sucesso do 
atendimento de urgência nos grandes acidentes. 
Os cordões de isolamento e barreiras policiais 
tornam-se necessárias para facilitar o trabalho dos 
socorristas e garantir a liberação das rotas de 
evacuação, evitando as interferências externas ao 
serviço. 
A área isolada deve ser grande o suficiente para 
estabelecer a setorização dos locais de atuação 
das equipes, garantindo um desempenho melhor 
e mais seguro. A setorização compreende 03 
zonas concêntricas: vermelha, laranja e verde. 
A ZONA VERMELHA (OU QUENTE) 
compreende a área do sinistro propriamente dito, 
onde está contido a totalidade dos destroços. 
Deve ter um controle rigoroso e seu acesso é 
limitado apenas às equipes de resgate e 
atendimento de urgência. O Posto Médico 
Avançado será instalado dentro desta zona, em 
local que não ofereça risco. 
A ZONA LARANJA (OU MORNA) compreende a 
área onde será instalado o Posto de Comando, as 
viaturas para transporte das vítimas e de 
materiais, os alojamentos de vítimas sem lesões, 
o depósito mortuário, etc... Seu acesso é limitado 
apenas aos profissionais que irão atuar nessas 
áreas. 
A ZONA VERDE (OU FRIA) compreende a área 
de livre circulação, mas com cuidado especial 
para que o trânsito pelas ruas e estradas de 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
acesso estejam liberadas, garantindo a chegada 
até os hospitais e outros serviços médicos. 
E) TRIAGEM 
A triagem e estabilização das vítimas no local do 
acidente tem se mostrado muito mais eficiente do 
que “pôr na maca e correr”. A triagem aumenta a 
percentagem de sobreviventes e evita o 
desperdício de transporte e hospitalização 
desnecessária, permitindo uma racionalização dos 
meios e distribuindo adequadamente os feridos 
para os hospitais certos. A triagem deve priorizar a 
análise primária, enquanto a estabilização deve 
cuidar da análise secundária e preparo para o 
transporte ao serviço de saúde mais adequado. 
Existe inúmeros métodos de realizar a triagem das 
vítimas no local do acidente. No Brasil o método 
que tem sido mais divulgado e utilizado é o 
“START” (Simple Triage And Rapid Treatment) , 
utilizando cores para designar a gravidade, 
baseando-se na análise primária da vítima (ABC): 
VERMELHO - 1ª- prioridade ou prioridade 
absoluta 
Compreende os pacientes críticos, com risco de 
vida iminente, que necessitam de cuidados 
imediatos para sua estabilização e posterior 
transporte. Tem prioridade no transporte, o qual 
deve ser efetuado em UTIs móveis. 
AMARELO - 2ª prioridade ou prioridade relativa 
Compreende os pacientes graves, também com 
risco de vida, mas que dispõem de algumas horas 
para receber atendimento . Devem ser 
transportadas após as vermelhas. 
VERDE - 3ª prioridade ou prioridade baixa 
Compreende os pacientes ilesos, os pacientes 
com traumas simples, sem risco de vida ou de 
função de membros, que podem aguardar várias 
horas para serem atendidos. Serão transportadas 
depois das amarelas. 
PRETO - 4ª prioridade ou prioridade nula 
Compreende os pacientes em morte clínica ou 
evidente e os extremamente graves, com 
probabilidade mínima de sobrevivência. 
A categorização é relativa, pois deve levar em 
conta o número de profissionais disponíveis para o 
atendimento. 
PASSOS A SEGUIR NA APLICAÇÃO DO 
MÉTODO START 
 
PRIMEIRO PASSO - O socorrista entra na cena 
da emergência, identifica e conduz (poderá ser 
utilizado um megafone para isso) as vítimas que 
podem caminhar para uma área de concentração 
previamente delimitada. Estas vítimas receberão 
uma identificação verde, entretanto, esse não é o 
momento de rotulá-las com etiquetas ou fitas, 
sendo que tal providência será realizada 
posteriormente e de forma individual. 
SEGUNDO PASSO - Os socorristas iniciam a 
avaliação das vítimas que permaneceram na cena 
de emergência e que não apresentam condições 
de caminhar. Deverá ser avaliada a respiração. A 
respiração está normal, rápida ou ausente ? Se 
está ausente, abra imediatamente as VAS, com a 
técnica de “elevação do mento” para determinar 
se as respirações iniciam-se espontaneamente. 
Se a vítima continua sem respirar, identifique-a 
com a etiqueta/fita de cor preta (Não perca tempo 
tentando reanimar a vítima). Se a vítima está 
inconsciente e necessita ajuda para manter as 
VAS abertas providencie auxílio de voluntários 
que estejam na cena da emergência ( vítimas 
código verde podem auxiliar ). Toda vítima 
inconsciente, em princípio, será classificada no 
final como código vermelho, por não responder à 
ordens simples. Avalie a freqüência respiratória de 
vítimas conscientes e caso sua freqüência 
respiratória seja superior a 30 MRM, receberá 
uma etiqueta/fita de cor vermelha (nesses casos, 
tente conseguir voluntários para manter abertas 
suas VAS). Caso a respiração esteja normal 
(menor de 30 MRM), vá ao passo seguinte. 
TERCEIRO PASSO - Verifique a perfusão através 
da prova do enchimento capilar ou através da 
palpação do pulso radial. Se o enchimento capilar 
é superior a 2 segundos ou se o pulso radial está 
ausente, a vítima deverá receber a etiqueta/fita de 
cor vermelha. Se o enchimento capilar é inferior a 
2 segundos ou se o pulso radial está presente, vá 
ao passo seguinte. Qualquer hemorragia grave 
que ameace a vida deverá ser detido nesse 
momento. Posicione a vítima com as pernas 
elevadas, salvo contra-indicações, para prevenir o 
choque (novamente tente conseguir voluntários 
para fazer pressão direta sobre o sangramento e 
prevenir choque). 
QUARTO PASSO - Verifique o nível de 
consciência da vítima. Se a vítima não consegue 
executar ordens simples emanadas pelo 
socorrista, deverá receber a etiqueta/fita de cor 
vermelha. Se a vítima executa corretamente as 
ordens simples recebidas, receberá a etiqueta/fita 
de cor amarela 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
 
A sistematização das técnicas de 
Ressuscitação Cardiopulmonar 
 
A sistematização das técnicas de Ressuscitação 
Cardiopulmonar (RCP) e sua difusão possibilitam 
o salvamento de muitas vidas ameaçadas por 
Parada Cardiorrespiratória (PCR) e melhoram a 
qualidade de vida de pessoas que sofrem de 
emergências cardiovasculares. 
A rapidez na identificação de situações deemergência, a solicitação por ajuda e a chegada 
de um suporte de atendimento adequado são 
elementos fundamentais para o sucesso da RCP 
e, consequentemente, o aumento da sobrevida 
dessas vítimas. 
O índice de sobrevida de pessoas em RCP eleva-
se acentuadamente quando o suporte básico de 
vida (SBV) é iniciado nos primeiros quatro minutos 
e o suporte avançado de vida (SAV) até oito 
minutos, pois em quatro minutos o cérebro 
começa a sofrer danos e em 10 a morte cerebral 
está confirmada. 
A American Heart Association (AHA) adotou uma 
padronização de condutas sistematizadas em 
ressuscitação, onde o sucesso das intervenções 
depende de esforços interligados entre si, que é 
chamado de "Corrente de Sobrevivência", que é 
composta de quatro elos: 
 
 
 
 Acesso precoce - a pessoa que 
reconhece uma emergência deve 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
imediatamente solicitar por ajuda e atendê-
la prontamente; 
 RCP precoce - manobras de ressucitação 
como abertura de vias aéreas, ventilação e 
circulação sangüínea devem ocorrer tão 
breve quanto possível; 
 Desfibrilação precoce - identifica e trata o 
ritmo de fibrilação ventricular (FV) ou 
taquicardia ventricular (TV) sem pulso. 
Considerada pela AHA a intervenção 
isolada mais importante, está comprovado 
que 90% das vítimas que ressuscitaram de 
uma PCR apresentaram FV e; 
 SAV precoce - controle avançado da via 
aérea e medicações apropriadas ao ritmo 
devem ser aplicadas tão logo possível. 
Se um desses elos for inadequado, os índices de 
sobrevivência serão baixos. 
Algumas pesquisas mostraram que 30 a 40% de 
todas as mortes súbitas por PCR ocorrem no 
ambiente hospitalar e, comumente, são 
detectadas inicialmente por profissionais de 
enfermagem. 
Esta realidade evidência a importância da equipe 
de enfermagem estar preparada técnica e 
cientificamente para uma rápida atuação no 
atendimento da PCR. 
Segundo Guidelines de 2010 da American 
Heart Association (AHA), houve o aumento do 
quinto elo na nova Cadeia de Sobrevivência do 
Adulto: 
1. Reconhecimento imediato da PCR e 
acionamento do serviço de emergência/urgência 
2. RCP precoce, com ênfase nas compressões 
torácicas 
3. Rápida desfibrilação 
4. Suporte avançado de vida eficaz 
5. Cuidados pós-PCR integrados 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
MUDANÇAS DE PROTOCOLO DE 2005 E DE 2010 
Resumo das Manobras ABCD BLS para Lactentes, Crianças e Adultos 
Mudanças contidas no Manual de Atendimento da American Heart Association (AHA) de 2005 para 
Ressuscitação Cardio-Pulmonar (RCP) e Serviços Emergenciais Cardiovasculares(SEC). 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
 
Quadro de resumo dos principais pontos de discussão e alterações contidas no Manual de 
Atendimento da American Heart Association (AHA) de 2010 
Resumo dos principais pontos de discussão e 
alterações contidas no Manual de Atendimento 
da American Heart Association (AHA) de 2010 
Os principais pontos de discussão e alterações 
nas recomendações das Diretrizes da AHA 2010 
para RCP e ACE para profissionais de saúde são 
os seguintes: 
• Como as vítimas de PCR podem apresentar um 
curto período de atividade semelhante à 
convulsão ou gasp agônico, que podem confundir 
os possíveis socorristas, os 
atendentes/operadores devem ser 
especificamente treinados para identificar tais 
manifestações de PCR para melhorar o 
reconhecimento da PCR. 
• Os atendentes/operadores devem instruir 
socorristas leigos não treinados a aplicar a RCP 
somente com as mãos em adultos com PCR 
súbita. 
• Foram feitos refinamentos nas recomendações 
para o reconhecimento e o acionamento imediatos 
do serviço de emergência/urgência tão logo o 
profissional de saúde identifique que a vítima 
adulta não responde, está sem respiração ou 
apresenta respiração anormal (isto é, apenas 
gasping). O profissional de saúde deve verificar 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
rapidamente se não há respiração ou se a mesma 
é anormal (isto é não respirando ou apenas com 
gasping) ao verificar a capacidade de resposta 
da vítima. Em seguida, o profissional deve 
acionar o serviço de emergência/urgência e 
buscar o DEA/DAE (ou encarregar alguém disso). 
O profissional de saúde não deve levar mais do 
que 10 segundos verificando o pulso e, caso não 
sinta o pulso em 10 segundos, deve iniciar a RCP 
e usar o DEA/DAE, se disponível. 
• O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há 
respiração" foi removido do algoritmo. 
• Minimizando interrupções nas compressões e 
evitando. Tem-se dado maior ênfase em RCP de 
alta qualidade (com freqüência e profundidade de 
compressão torácicas adequadas, permitindo 
retorno total do tórax entre as compressões, 
ventilação excessiva). 
• O uso de pressão cricóide durante as 
ventilações, em geral, não é recomendado. 
• Os socorristas devem iniciar as compressões 
torácicas antes de aplicar ventilações de resgate 
(C-A-B, em vez de A-B-C). Iniciar a RCP com 30 
compressões, em vez de 2 ventilações, diminui a 
demora em aplicar a primeira compressão. 
• A freqüência de compressão foi modificada para 
um mínimo de 100 por minuto, em vez de 
aproximadamente 100/minuto. 
• A profundidade da compressão em adultos foi 
ligeiramente alterada para, no mínimo, 2 
polegadas (cerca de 5 cm), em lugar da faixa 
antes recomendada de cerca de 1½ a 2 
polegadas (4 a 5 cm). 
• Tem-se dado ênfase permanente na 
necessidade de reduzir o tempo entre a última 
compressão e a administração do choque e o 
tempo entre a administração do choque e o 
reinício imediato das compressões. 
• Há um maior foco na aplicação de RCP em 
equipe. Estas alterações foram concebidas para 
simplificar o treinamento do profissional de saúde 
e continuar enfatizando a necessidade de aplicar a 
RCP de alta qualidade, o quanto antes, em vítimas 
de PCR. 
• Integração dos DEAs/DAEs à Cadeia de 
Sobrevivência com acesso público à desfibrilação 
• Consideração do uso de DEA em hospitais 
• Os DEAs/DAEs, agora, podem ser usados em 
bebês, se não houver um desfibrilador manual 
disponível 
• Choque primeiro versus RCP primeiro em PCR 
• Protocolo de 1 choque versus seqüência de 3 
choques em FV 
• Desfibrilação externa com desfibrilador 
cardioversor implantado 
Dispositivos de RCP 
Vários dispositivos mecânicos de RCP estiveram 
no centro de ensaios clínicos recentes. O inicio do 
tratamento com esses dispositivos (isto e, sua 
aplicação e seu posicionamento) tem o potencial 
de retardar ou interromper a RCP da vitima de 
PCR e, portanto, os socorristas devem ser 
treinados e, se necessário, treinados novamente 
para minimizar qualquer interrupção das 
compressões torácicas ou da desfibrilação. O uso 
do dispositivo de limiar de impedância (DLI) 
melhorou o RCE e a sobrevivência no curto prazo 
quando usado em adultos com PCR extra-
hospitalar, mas não melhorou a sobrevivência no 
longo prazo de pacientes com PCR. Um ensaio 
aleatório, prospectivo e multicêntrico controlado 
comparando a RCP com faixa de distribuição de 
carga (AutoPulseR) com a RCP manual em PCR 
extra-hospitalar demonstrou não ter havido 
melhoria na sobrevivência em 4 horas e um pior 
resultado neurológico quando o dispositivo foi 
usado. São necessários mais estudos para 
determinar se os fatores específicos ao local e a 
experiência com o uso do dispositivo podem 
influenciar sua eficácia. Não ha evidências 
suficientes que respaldem o uso rotineiro deste 
dispositivo. 
 
 
 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
Quadro comparativo entre as mudanças contidas no Manual de Atendimento da American 
Heart Association (AHA) 
ATUAL ANTERIOR 
Pressão cricóide 
2010 (Nova): O uso rotineiro de pressãocricóide em PCR não é 
recomendado. 
Motivo: A pressão cricóide é uma técnica para aplicar pressão à 
cartilagem cricóide da vítima, de forma a empurrar a traqueia 
posteriormente e comprimir o esôfago contra as vértebras cervicais. A 
pressão cricóide pode impedir a distensão gástrica e reduzir o risco de 
regurgitação e aspiração durante a ventilação com bolsa-válvula-
máscara/insuflador manual, mas também pode impedir a ventilação. 
Sete estudos aleatórios mostraram que a pressão cricóide pode 
retardar ou impedir a colocação de uma via aérea avançada e que, a 
despeito da aplicação de pressão cricóide, pode ocorrer, ainda assim, 
um pouco de aspiração. Além disso, é difícil treinar os socorristas de 
forma apropriada no uso da manobra. Por isso, o uso rotineiro de 
pressão cricóide em PCR não é recomendado. 
2005 (Antiga): A pressão cricóide 
deverá ser usada apenas se a 
vítima estiver profundamente 
inconsciente e, em geral, requer um 
terceiro socorrista, não envolvido 
em ventilações de resgate ou 
compressões. 
 
Ênfase nas compressões torácicas* 
2010 (Nova): As compressões torácicas são enfatizadas para os 
socorristas, sejam eles treinados ou não. Se a pessoa presente não 
tiver treinamento em RCP, ela deverá aplicar a RCP somente com as 
mãos (somente compressões) na vítima adulta com colapso 
repentino, com ênfase em "comprimir com força e rapidez" no centro 
do tórax, ou seguir as instruções do atendente/operador de 
emergência/urgência médica. 
O socorrista deve continuar a RCP somente com as mãos até a 
chegada e preparação de um DEA/DAE para uso ou até que os 
profissionais do SME assumam o cuidado da vítima. 
O ideal é que todos os profissionais de saúde sejam treinados em 
SBV. Nessa população treinada, faz sentido que o SME e os 
socorristas profissionais nos hospitais apliquem compressões 
torácicas e ventilações de resgate em vítimas de PCR. 
Motivo: A RCP somente com as mãos (somente compressões) é 
mais fácil de ser executada por um socorrista não treinado e pode ser 
prontamente orientada por telefone pelos atendentes/operadores. 
Porém, como o profissional de saúde deve estar treinado, a 
recomendação continua sendo a de aplicar compressões e 
ventilações. Se o profissional de saúde não puder aplicar ventilações, 
deverá acionar o serviço de emergência/urgência e aplicar 
compressões torácicas. 
2005 (Antiga): As Diretrizes da 
AHA 2005 para RCP e ACE não 
forneciam recomendações distintas 
para socorristas treinados e não 
treinados, nem enfatizavam 
diferenças nas instruções fornecidas 
a socorristas leigos ou a 
profissionais de saúde, mas 
recomendavam que os 
atendentes/operadores 
fornecessem instruções para RCP 
somente com compressões para 
pessoas presentes não treinadas. 
Além disso, as Diretrizes da AHA 
2005 para RCP e ACE observavam 
que, se o socorrista não estivesse 
disposto a aplicar ventilações, ou 
preparado para tal, ele deveria 
aplicar somente compressões 
torácicas. Note que o parecer "RCP 
somente com as mãos" da AHA foi 
publicado em 2008. 
Acionamento do serviço de emergência/urgência 
2010 (Nova): O profissional de saúde deve verificar se o paciente 
responde observando-o para determinar se a respiração está anormal 
ou ausente. O profissional deverá suspeitar de PCR se a vítima não 
2005 (Antiga): O profissional de 
saúde acionava o serviço de\ 
emergência/urgência tão logo 
encontrasse uma vitima que não 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
estiver respirando ou estiver com gasping. 
Motivo: O profissional de saúde não deve retardar o acionamento do 
serviço de emergência/urgência, porem deve obter duas informações 
simultaneamente: verificar se a vitima responde e se esta sem 
respiração ou com respiração anormal. 
Se a vitima não estiver respondendo e não estiver respirando ou 
apresentar respiração anormal (isto e, apenas gasp agônico), o 
profissional devera acionar o serviço de emergência/urgência e 
buscar o DEA/DAE, se disponível (ou encarregar alguém disso). 
Se o profissional de saúde não sentir pulso na vitima em 10 
segundos, devera iniciar a RCP e usar o DEA/DAE, quando estiver 
disponível. 
apresentasse resposta. Em 
seguida, voltava a vitima, abria a via 
aérea e verificava a respiração 
quanto a anormalidades. 
 
Alteração na seqüência da RCP: C-A-B, em vez de A-B-C* 
2010 (Nova): Uma das alterações feitas nas Diretrizes da AHA 2010 
para RCP e ACE recomenda o inicio das compressões toracicasantes 
das ventilações. 
Motivo: Embora nenhuma evidência em humanos ou animais 
publicada demonstre que iniciar a RCP com 30 compressões, em vez 
de 2 ventilações, leve a um melhor resultado, as compressões 
torácicas fornecem fluxo sanguíneo; ademais, estudos de PCR extra-
hospitalar em adultos mostram que a Sobrevivência e maior quando 
as pessoas presentes fazem alguma tentativa de aplicar a RCP, em 
vez de simplesmente não tentarem fazê-lo. Dados de animais 
demonstram que atrasos ou interrupções nas compressões torácicas 
reduzem a sobrevivência; logo, tais atrasos ou interrupções devem 
ser minimizados ao longo de toda a ressuscitação. As compressões 
torácicas podem ser iniciadas quase imediatamente, ao passo que 
posicionar a cabeça e obter um selo para a respiração boca a boca ou 
com bolsa-valvula-mascara/insuflador manual sempre demoram certo 
tempo. A demora no inicio das compressões poderá ser reduzida se 
houver dois socorristas presentes: o primeiro inicia as compressões 
torácicas e o segundo abre a via aérea e se prepara para aplicar 
respirações tão logo o primeiro complete a primeira serie de 30 
compressões torácicas. 
Quer haja um ou mais socorristas presentes, o inicio da RCP com 
compressões torácicas garante que a vitima receba logo essa 
intervenção critica. 
2005 (Antiga): A seqüência da RCP 
em adultos tinha inicio com a 
abertura da via aérea, seguida de 
verificação quanto a presença de 
respiração normal e, em seguida, a 
aplicação de duas ventilações de 
resgate, acompanhadas de ciclos 
de 30 compressões torácicas e 2 
ventilações. 
 
Eliminação do procedimento “Ver, ouvir e sentir se há 
respiração”* 
2010 (Nova): O procedimento "Ver, ouvir e sentir se há respiração” foi 
removido da seqüência de avaliação da respiração após a abertura da 
via aérea. O profissional de saúde verifica rapidamente a respiração 
ao verificar se o paciente esta respondendo a fim de detectar sinais de 
PCR. Após a aplicação de 30 compressões, o socorrista que atuar 
sozinho devera abrir a via aérea da vitima e aplicar duas ventilações. 
Motivo: Com a nova seqüência “compressão torácica primeiro”, a 
2005 (Antiga): O procedimento 
"Ver, ouvir e sentir se há respiração” 
era usado para avaliar a respiração 
após a abertura da via aérea. 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
RCP será executada se o adulto não estiver respondendo e não 
estiver respirando ou apresentando respiração anormal (isto e, não 
respirando ou com gasping), sendo iniciada pelas compressões 
(seqüência C-A-B). Logo, a respiração e rapidamente verificada como 
parte da verificação da PCR. Após a primeira serie de compressões 
torácicas, a via aérea e aberta e o socorrista aplica 2 ventilações. 
Freqüência de compressão torácica: mínimo de 100 por minuto* 
2010 (Nova): E sensato que os socorristas leigos e profissionais de 
saúde realizem compressões torácicas a uma freqüência mínima de 
100 compressões por minuto. 
Motivo: O numero de compressões torácicas aplicadas por minuto 
durante a RCP e um fator determinante importante do retorno da 
circulação espontânea (RCE) e da sobrevivência com boa função 
neurológica. O numero real de compressões torácicas aplicadas por 
minuto e determinado pela freqüência das compressões torácicas e o 
numero e a duração das interrupções nas compressões (para, por 
exemplo, abrir a via aérea,aplicar ventilações de resgate ou permitir a 
analise do DEA/DAE). Na maioria dos estudos, a aplicação de mais 
compressões durante a ressuscitação esta associada a uma maior 
sobrevivência, ao passo que a aplicação de menos compressões esta 
associada a uma menor sobrevivência. A aplicação de compressões 
torácicas adequadas exige ênfase não somente na freqüência 
adequada de compressões, mas também em minimizar interrupções 
a este componente critico da RCP. Uma freqüência de compressão 
inadequada ou interrupções freqüentes (ou ambas) reduzirão o 
numero total de compressões aplicadas por minuto. 
2005 (Antiga): Executar 
aproximadamente 100 
compressões por minuto. 
 
Profundidade das compressões torácicas* 
2010 (Nova): O esterno adulto deve ser comprimido, no mínimo, 2 
polegadas (5 cm). 
Motivo: As compressões criam fluxo sanguíneo principalmente por 
aumentarem a pressão intratorácica e comprimirem diretamente o 
coração. Compressões geram fornecimento de fluxo sanguíneo, 
oxigênio e energia, críticos para o coração e o cérebro. Pode haver 
confusão quando se recomenda uma faixa de profundidade; por isso, 
agora, recomenda-se uma profundidade de compressão especifica. 
Os socorristas, muitas vezes, não comprimem adequadamente o 
tórax, apesar das recomendações de “comprimir com forca”. Alem 
disso, a ciência disponível sugere que as compressões de, pelo 
menos, 2 polegadas são mais eficazes do que as de 1polegada. Por 
essa razão, as Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE recomendam 
uma profundidade mínima especifica para a compressão torácica em 
adultos, maior do que a recomendação anterior 
2005 (Antiga): O esterno adulto 
deve ser comprimido de 1. a 2 
polegadas (aproximadamente de 4 
a 5 cm). 
 
Uso de DEAs/DAEs em hospitais 
2010 (Reafirmação da recomendação de 2005): Apesar de evidência limitada, os DEAs/DAEs podem ser 
considerados para o ambiente hospitalar como forma de facilitar a desfibrilação precoce (meta de 
administração de choques em ≤ 3 minutos do colapso), especialmente nas áreas cujo pessoal não esteja 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
capacitado para reconhecer ritmos ou em que o uso de desfibriladores não seja freqüente. Os hospitais 
devem monitorar os intervalos entre o colapso e o primeiro choque e os resultados da ressuscitação. 
Reafirmação da recomendação de 2005 
Uso de DEA/DAE em crianças agora inclui bebês 
2010 (Nova): Na tentativa de desfibrilação em crianças de 1 a 8 anos 
de idade com um DEA/DAE, o socorrista deve usar um sistema 
atenuador de carga pediátrico, se disponível. Se o socorrista aplicar a 
RCP contra a PCR em uma criança e não houver um DEA/DAE com 
sistema atenuador pediátrico, deve-se usar um DEA/DAE padrão. Em 
bebês (com menos de 1 ano de idade), é preferível um desfibrilador 
manual. Se não houver um desfibrilador manual disponível, 
aconselha-se um DEA/DAE com atenuação de carga pediátrica. Se 
nenhum dos dois estiver disponível, use um DEA/DAE sem atenuador 
de carga. 
Motivo: Não se conhece a carga de energia mínima para que se 
possa realizar uma desfibrilação eficaz em bebês e crianças. O limite 
superior para desfibrilação segura também não é conhecido, mas 
cargas > 4 J/kg (chegando a 9 J/kg) têm apresentado desfibrilação 
eficaz em crianças e modelos animais de PCR pediátrica sem efeitos 
adversos significativos. DEAs/DAEs com cargas de energia 
relativamente alta têm sido usados com êxito em bebês com PCR, 
sem efeitos adversos claros. 
2005 (Antiga): Em crianças de 1 a 
8 anos de idade, o socorrista deve 
usar um sistema atenuador de 
carga pediátrico, se disponível. Se o 
socorrista aplicar a RCP contra a 
PCR em uma criança e não houver 
um DEA/DAE com sistema 
atenuador pediátrico, deve-se usar 
um DEA/DAE padrão. Há dados 
insuficientes para recomendação 
pró ou contra o uso de DEAs/DAEs 
em bebês com menos de 1 ano de 
idade. 
 
 
Protocolo de 1 choque versus seqüência de 3 choques 
2010 (Sem alterações em relação a 2005): 
Na época da Conferencia do Consenso 2010 da ILCOR (International Liaison Committee on Resuscitation) 
sobre a Ciência da RCP e ACE com Recomendações de Tratamento, dois novos estudos publicados, 
realizados com seres humanos, comparavam o protocolo de 1 choque com o protocolo de 3 choques 
consecutivos no tratamento da PCR por FV. A evidência desses dois estudos sugere significativo beneficio a 
Sobrevivência com o protocolo de desfibrilação com 1 choque, em comparação com o protocolo de três 
choques consecutivos. Se um choque não eliminar a FV, o beneficio incremental de outro choque e baixo, e 
o reinicio da RCP provavelmente terá maior valor do que outro choque imediato. Este fato, aliado aos dados 
de estudos em animais - que documentam os efeitos nocivos da interrupção das compressões torácicas - e a 
estudos em humanos - que sugerem beneficio a sobrevivência com o uso da abordagem de RCP com 1 
choque em comparação com o protocolo de 3 choques -, respalda a recomendação de um só choque 
acompanhado de RCP imediata em vez de choques consecutivos, como tentativa de desfibrilação. 
Sem alterações em relação a 2005 
Desfibrilação com desfibrilador cardioversor implantado 
2010 (Nova): As posições anteroposterior e anterolateral são, 
geralmente, aceitas em pacientes com marca-passos/pacemakers e 
desfibriladores implantados. Em pacientes com desfibriladores 
cardioversores ou marca-passos/pacemakers implantados, a 
colocação das pás/pás manuais não deve retardar a desfibrilação. 
Convem evitar colocar as pás ou pás manuais diretamente sobre o 
dispositivo implantado. 
Motivo: O discurso desta recomendação e um pouco mais suave do 
2005 (Antiga): Quando um 
dispositivo medico implantado se 
situar em uma área onde 
normalmente se colocaria uma pa, 
posicione a pa, no mínimo, a 1 
polegada (2,5 cm) de distancia do 
dispositivo. 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
que o discurso usado em 2005. Existe a possibilidade de o marca-
passo/pacemaker ou o desfibrilador cardioversor implantado funcionar 
incorretamente após a desfibrilação quando as pás são colocadas 
muito próximas do dispositivo. Um estudo com cardioversão 
demonstrou que posicionar as pás com pelo menos 8 cm de distancia 
do dispositivo não danifica a estimulação, o sensor, nem a captura do 
dispositivo. Os picos dos marca-passos/pacemakers com estimulação 
unipolar podem confundir o software do DEA/DAE e impedir a 
detecção de FV (e, por conseguinte, a administração do choque). A 
principal mensagem para os socorristas e que a preocupação com o 
posicionamento preciso das pás ou pás manuais em relação a um 
dispositivo medico implantado não deve retardar a tentativa de 
desfibrilação. 
Taquicardia ventricular 
2010 (Nova): A taquicardia ventricular monomórfica estável adulta 
responde bem a choques de cardioversão (sincronizada) com forma 
de onda monofásica ou bifásica com energias iniciais de 100 J. Se 
não houver resposta ao primeiro choque, pode ser oportuno aumentar 
a carga de modo paulatino. Não foi encontrado nenhum estudo 
provisório que abordasse esse ritmo e, portanto, as recomendações 
foram feitas por consenso de especialistas do grupo de autores. 
A cardioversão sincronizada não deve ser usada para o tratamento de 
FV, por ser improvável que o dispositivo perceba uma onda de QRS 
e, com isso, acabe não administrando o choque. A cardioversão 
sincronizada também não deve ser usada para TV sem pulso ou 
polimórfica (TV irregular). Tais ritmos exigem a administração de 
choques (isto e, cargas de desfibrilação) de alta energia não 
sincronizados 
Motivo: O grupo de autores concordou que seria útil acrescentar uma 
recomendação de carga bifásica as Diretrizes da AHA 2010 para RCP 
e ACE no tocante a cardioversão de TV monomórfica, mas queria 
enfatizar a necessidade de tratar a TV polimórfica como instávele 
como um ritmo de PCR 
2005 (Antiga): Havia evidência 
insuficiente para recomendar uma 
carga bifásica para a cardioversão 
de TV monomórfica. 
As Diretrizes da AHA 2005 para 
RCP e ACE recomendavam o uso 
de um choque não sincronizado 
para o tratamento do paciente 
instável com TV polimórfica. 
 
Soco Precordial 
2010 (Nova): O soco precordial não deve ser usado em PCR extra-
hospitalar não presenciada. O soco precordial poderá ser considerado 
para pacientes com TV instável (inclusive TV sem pulso) presenciada 
e monitorizada se não houver um desfibrilador imediatamente pronto 
para uso. No entanto, ele não devera retardar a RCP nem a aplicação 
dos choques. 
Motivo: Em alguns estudos, ha relatos de conversão de taquiarritmias 
ventriculares pelo soco precordial. No entanto, duas series de casos 
maiores demonstraram que o soco precordial não resultou em RCE 
nos casos de FV. O relato de complicações associadas ao soco 
precordial inclui fratura do esterno, osteomielite, AVE/AVC e 
desencadeamento de arritmias malignas em adultos e crianças. O 
soco precordial não deve retardar o inicio da RCP ou da desfibrilação. 
2005 (Antiga): Não havia 
recomendações anteriormente. 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
Novos protocolos de medicação 
2010 (Nova): A atropina não é recomendada para uso de rotina no 
tratamento de AESP/assístole e foi retirada do algoritmo de SAVC 
para PCR. O tratamento de AESP/assistole agora está consistente 
nas recomendações e nos algoritmos de SAVC e SAVP (suporte 
avançado de vida em pediatria). 
O algoritmo de tratamento de taquicardia com pulso foi simplificado. A 
adenosina é recomendada no diagnostico e no tratamento iniciais da 
taquicardia de complexo largo monomórfica regular indiferenciada 
(isto também esta consistente nas recomendações de SAVC e 
SAVP). É importante notar que a adenosina não deve ser usada para 
taquicardias de complexo largo irregulares, já que pode causar 
degeneração do ritmo para FV. Para o tratamento de adultos com 
bradicardia sintomática e instável, infusões de medicamento 
cronotrópico são recomendadas como alternativa a estimulação. 
Motivo: Há varias alterações importantes no tocante ao tratamento de 
arritmias sintomáticas em adultos. A evidência disponível sugere ser 
improvável que o uso de rotina de atropina durante AESP ou assistole 
produza benefícios terapêuticos. Por essa razão, a atropina foi 
retirada do algoritmo da PCR. Com base na nova evidência de 
segurança e possível eficácia, a adenosina pode, agora, ser 
considerada na avaliação e no tratamento iniciais da taquicardia de 
complexo largo monomórfica regular estável indiferenciada quando o 
ritmo for regular. Para bradicardia sintomática ou instável, a infusão 
intravenosa (IV) de agentes cronotrópicos e agora recomendada 
como alternativa igualmente eficaz a estimulação transcutânea 
externa quando a atropina for ineficaz. 
2005 (Antiga): A atropina foi 
incluída no algoritmo de SAVC para 
a PCR: para pacientes em assistole 
ou AESP lenta, considere o uso de 
atropina. No algoritmo de 
taquicardia, a adenosina foi 
recomendada somente para 
suspeita de taquicardia 
supraventricular de complexo 
estreito regular de reentrada. No 
algoritmo de bradicardia, infusões 
de medicamento cronotrópico foram 
listadas após a atropina e enquanto 
se aguarda um marca-
passo/pacemaker ou por ineficácia 
da estimulação. 
 
Cuidados organizados pós-PCR 
2010 (Nova): Cuidados organizados pos-PCR e uma nova seção das 
Diretrizes da AHA 2010 para RCP e ACE. Para melhorar a 
sobrevivência das vitimas de PCR que dão entrada em um hospital 
após o RCE, um sistema abrangente, estruturado, integrado e 
multidisciplinar de cuidados pos-PCR deve ser implementado de 
maneira consistente. O tratamento deve incluir suporte 
cardiopulmonar e neurológico. Hipotermia terapêutica e intervenções 
coronárias percutâneas (ICPs) devem ser executadas, quando 
indicadas. Como convulsões são comuns após a PCR, deve-se 
realizar um eletroencefalograma (EEG) para o diagnostico das 
convulsões, com pronta interpretação tão logo quanto possível e 
monitorização freqüente ou continua em pacientes comatosos após o 
RCE. 
Motivo: Desde 2005, dois estudos não aleatórios com controles 
simultâneos, assim como outros estudos usando controles históricos, 
indicaram um possível beneficio da hipotermia terapêutica após PCR 
intra ou extra-hospitalar com ritmo de apresentação de 
AESP/assistole. Cuidados organizados pos-PCR, com ênfase em 
programas multidisciplinares que enfoquem a otimização da função 
hemodinâmica, neurológica e metabólica (incluindo a hipotermia 
2005 (Antiga): Cuidados pos-PCR 
foram incluídos na seção de SAVC 
das Diretrizes da AHA 2005 para 
RCP e ACE. A hipotermia 
terapêutica foi recomendada a fim 
de melhorar o resultado de vitimas 
comatosas adultas de PCR extra-
hospitalar presenciada, quando o 
ritmo de apresentação era de FV. 
Alem disso, foram feitas 
recomendações para otimizar a 
hemodinâmica, o suporte 
respiratório e neurológico, identificar 
e tratar causas reversíveis da PCR, 
monitorar a temperatura e 
considerar o tratamento de 
distúrbios na regulação da 
temperatura. Contudo, a evidência 
para sustentar tais recomendações 
era limitada. 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
terapêutica) podem melhorar a sobrevivência a alta hospitalar entre as 
vítimas que obtiveram o RCE após a PCR intra ou extra-hospitalar. 
Embora ainda não seja possível determinar o efeito individual de 
muitas dessas terapias, quando conjugadas em um sistema de 
cuidados integrados, sua implementação tem demonstrado uma 
melhoria na sobrevivência à alta hospitalar. 
A AHA recomenda uma única relação compressão-ventilação de 30:2 para todos os socorristas que 
atuam sozinhos, para ser utilizada em todas as vítimas, desde lactentes (exceto recém-nascidos) até 
adultos. Essa recomendação se aplica a todos os socorristas leigos e a todos os profissionais de 
saúde que realizam RCP por 1 socorrista. 
Motivo: Os especialistas da área querem simplificar as informações sobre RCP, para que mais 
socorristas possam aprender, memorizar e realizar melhor a RCP. Eles também querem garantir que 
todos os socorristas apliquem séries mais longas de compressões torácicas sem interrupções. Embora a 
pesquisa não tenha identificado uma relação ideal compressão-ventilação, quanto mais alta a relação 
compressão-ventilação, mais compressões torácicas são aplicadas em uma série durante a RCP. Esta 
modificação deve aumentar o fluxo sangüíneo para o coração, o cérebro e outros órgãos vitais. Durante 
os primeiros minutos de uma PCS com FV, a ventilação ou seja, as respirações de resgate 
provavelmente não é tão importante quanto as compressões. A ventilação, contudo, é importante para 
vítimas de parada por hipóxia e após os primeiros minutos de qualquer tipo de parada. Em sua maioria, 
os lactentes e as crianças e a maioria das vítimas de afogamento, de overdose de drogas e de 
traumatismos que desenvolvem parada cardíaca estão em condições de hipóxia. Essas vítimas 
apresentam maior chance de sobrevivência se receberem tanto compressões torácicas quanto 
ventilação. Portanto, a RCP somente com compressão torácica não era recomendada como a melhor 
técnica de RCP para socorristas leigos. Os especialistas concluíram que a combinação de compressão e 
ventilação é a técnica com maior probabilidade de surtir os melhores resultados para todas as vítimas de 
parada cardíaca. 
Todos os socorristas devem respirar normalmente (não devem respirar profundamente) antes de 
iniciarem a aplicação de ventilação de resgate boca-a-boca ou boca-dispositivo de barreira. 
Motivo: O socorrista deve ser capaz de aplicar ventilações que façam o tórax da vítima elevar, sem 
precisar respirar profundamente. 
Todos os socorristas devem aplicarcada ventilação de resgate (com ou sem um dispositivo de 
barreira) durante 1 segundo. 
Motivo: As ventilações de resgate podem ser aplicadas em 1 segundo. Quanto mais curto for o tempo 
necessário para aplicar as ventilações, mais rapidamente os socorristas podem reiniciar as compressões 
torácicas. As ventilações mais longas podem diminuir o retorno sangüíneo para o coração e, assim, 
reduzir o enchimento do coração com sangue. Isso diminuirá o fluxo de sangue produzido pela próxima 
série de compressões torácicas. 
2005 (Nova): Quando houver mais de um socorrista presente, 
eles devem se revezar no papel de “compressor”, 
aproximadamente a cada 2 minutos ou 5 ciclos de RCP (1 ciclo 
de RCP = 30 compressões e 2 ventilações de resgate). Os 
socorristas devem concluir o revezamento em até 5 segundos. 
Motivo: Em estudos realizados em manequins, a fadiga do 
socorrista, refletida por inadequação na freqüência ou na 
profundidade das compressões torácicas e por retorno torácico 
insuficiente, desenvolve-se após 1 a 2 minutos. 
Contudo, os socorristas não relatavam sentir fadiga antes de, pelo 
menos, 5 minutos. Em estudos de casos reais de ressuscitação 
Em 2000 (Antiga), recomendava-
se aos socorristas trocar de 
posição quando o primeiro 
socorrista que realizava as 
compressões torácicas começasse 
a ficar exausto, com interrupções 
mínimas nas compressões 
torácicas. 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
realizada por socorristas profissionais, 50% das compressões 
torácicas não foram suficientemente 
profundas. Dada a importância das compressões torácicas 
eficazes, será útil para os socorristas alternarem a 
responsabilidade de realizar a compressão. 
Encerramento dos esforços de ressuscitação em adultos com PCR extra-hospitalar 
2010 (Nova): Para adultos que sofram PCR extra-hospitalar e que estejam recebendo apenas SBV, foi 
estabelecida a “regra de SBV para encerramento de ressuscitação”, que considera o encerramento do SBV 
antes do transporte por ambulância, se todos os seguintes critérios forem atendidos: 
• PCR não presenciada pelo profissional do SME ou primeiro socorrista 
• Ausência de RCE após três ciclos completos de RCP e analises do DEA/DAE 
• Nenhum choque aplicado com o DEA/DAE 
Em situações em que as equipes de SAV do SME estiverem presentes para fornecer cuidados para um 
adulto com PCR extra-hospitalar, foi estabelecida uma "regra de SAV para encerramento da ressuscitação", 
que considera o encerramento dos esforços de ressuscitação antes do transporte por ambulância, se todos 
os seguintes critérios forem atendidos: 
• PCR não presenciada (por qualquer pessoa) 
• RCP não administrada por nenhuma pessoa presente 
• Ausência de RCE após cuidados completos de SAV em campo 
• Nenhum choque aplicado 
A implementação destas regras envolve contatar o controle medico por telefone quando os critérios forem 
atendidos. Os profissionais do serviço medico de emergência/urgência devem receber treinamento sobre a 
sensibilidade de comunicação do resultado da ressuscitação para a família. Deve-se buscar apoio para as 
regras junto a agências colaboradoras, como Serviços de Emergência/Urgência hospitalares, consultórios de 
medicos-legistas, diretores médicos e a policia. 
Motivo: As regras de SBV e SAV para encerramento da ressuscitação foram validadas externamente em 
vários ambientes de SME nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa. A implementação dessas regras 
pode reduzir em 40% a 60% a taxa de transporte hospitalar desnecessário, diminuindo, assim, os riscos 
rodoviários associados, que colocam em risco os prestados de assistência e o publico, expõem 
inadvertidamente o pessoal de SME a possíveis riscos biológicos e elevam o custo de preparação do Serviço 
de Emergência/Urgência. Nota: nenhum desses critérios foi estabelecido para a PCR pediátrica extra-
hospitalar (neonatos, bebes ou crianças), visto que nenhum preditor de resultado de ressuscitação foi 
validado para a PCR extra-hospitalar nessa população. 
Administração de aspirina para desconforto torácico 
2010 (Nova): Os prestadores de primeiros socorros são incentivados a acionar o sistema de SME sempre 
que estiverem diante de alguém com desconforto torácico. Enquanto aguardam a chegada do SME, os 
prestadores de primeiros socorros devem aconselhar o paciente a mastigar uma aspirina adulta (sem 
revestimento entérico) ou duas aspirinas infantis de dosagem mais baixa, se o paciente não tiver histórico de 
alergia à aspirina ou de hemorragia gastrointestinal recente. 
Motivo: A aspirina é benéfica quando o desconforto torácico se deve a uma SCA. Pode ser muito difícil, 
mesmo para profissionais, determinar se o desconforto torácico é de origem cardíaca. A administração de 
aspirina, portanto, nunca deve retardar o acionamento do SME. 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 
Conceitos gerais - PCR é a interrupção súbita 
da atividade mecânica ventricular, útil e 
suficiente, e da respiração; morte clínica: falta 
de movimentos respiratórios e batimentos 
cardíacos eficientes na ausência de consciência, 
com viabilidade cerebral e biológica; morte 
biológica irreversível: deterioração irreversível 
dos órgãos, que se segue à morte clínica, 
quando não se institui as manobras de RCR; 
morte encefálica (freqüentemente referida 
como morte cerebral): ocorre quando há lesão 
irreversível do tronco e do córtex cerebral, por 
injúria direta ou falta de oxigenação, por um 
tempo, em geral, superior a 5min em adulto com 
normotermia. 
Causas 
As causas de PCR são várias na dependência 
do grupo avaliado, isoladas ou em associação, 
são: 
NO ADULTO 
Infarto Agudo do Miocárdio, Doenças 
coronarianas, Traumas, Obstrução de vias 
aéreas, Distúrbios hidroeletrolíticos, Hipóxia 
aguda, Hemorragia e choque, Insuficiência 
respiratória, Hipotermia, Lesões cerebrais, 
Intoxicação por drogas ou medicamentos, 
Reflexo vagal excessivo etc. 
EM CRIANÇAS 
Insuficiência respiratória é a causa mais comum, 
Cardiomiopatias congênitas, Reflexo vagal, 
Distúrbios hidroeletrolíticos, Trauma etc. 
No ambiente extra-hospitalar e em adultos 
predominam as causas de origem cardíaca. Por 
outro lado, em ambiente hospitalar destaca-se 
as causas como a hipoxemia e hipovolemia. 
 
MODALIDADES DE PARADA CARDÍACA 
 
Assistolia - É a cessação de qualquer atividade 
elétrica ou mecânica dos ventrículos. No 
eletrocardiograma (ECG) caracteriza-se pela 
ausência de qualquer atividade elétrica 
ventricular observada em, pelo menos, duas 
derivações . 
É a causa mais freqüente de PC no ambiente 
hospitalar (85%) 
 
Fig. - Assistolia ventricular; no início do traçado 
registrou-se um complexo QRS e onda T, seguido de 
linha isoelétrica. 
 
FV - Fibrilação ventricular - É a contração 
incoordenada do miocárdio em conseqüência da 
atividade caótica de diferentes grupos de fibras 
miocárdicas, resultando na ineficiência total do 
coração em manter um rendimento de volume 
sangüíneo adequado. No ECG, ocorre a 
ausência de complexos ventriculares 
individualizados que são substituídos por ondas 
irregulares em ziguezague, com amplitude e 
duração variáveis. 
É a causa mais freqüente de PC em adultos no 
ambiente extra-hospitalar (85-90%) 
 
Fig. - Fibrilação ventricular. A) ondas amplas e rápidas - 
fibrilação ventricular tipo "grosseiro"; B) ondas pequenas e 
lentas - fibrilação tipo "fino". 
 
(TVSP) Taquicardia ventricular sem pulso - É 
a sucessão rápida de batimentos ectópicos 
ventriculares que podem levar à acentuada 
deterioração hemodinâmica, chegando mesmo a 
ausência de pulso arterial palpável, quando, 
então, é considerada uma modalidade de 
parada cardíaca, devendo ser tratada com o 
mesmo vigor da FV. O ECG caracteriza-se pela 
repetição de complexos QRS alargados não 
precedidos de ondasP e, se estas estiverem 
presentes, não guardam relação com os 
complexos ventriculares. Podem ocorrer 
capturas isoladas de alguns complexos QRS. 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
Em geral os ciclos ventriculares têm sucessão a 
intervalos irregulares. Também pode ser 
conhecida como ritmo pré-fibrilatório, pois 
rapidamente evolui para uma FV. A FC fica 
superior a 100 bpm. 
 
Fig. - Taquicardia ventricular. 
(AESP) Atividade elétrica sem pulso - É 
caracterizada pela ausência de pulso detectável 
na presença de algum tipo de atividade elétrica, 
com exclusão de TV ou FV. 
 Ao ECG, caracteriza-se pela presença de 
complexos QRS largos e bizarros que não 
produzem resposta de contração miocárdica 
eficiente e detectável, corresponde a 10 a 15% 
dos casos intra-hospitalares 
 
Fig. - Dissociação eletromecânica ou ritmo agônico. 
Complexos QRS largos e bizarros. sem contração mecânica 
ventricular correspondente. 
 
As causas mais comum de AESP são os chamados 5T e 5H 
5T 5H 
Tamponamento cardíaco (neoplasia, IAM, trauma 
torácico) 
Hipovolemia 
Tensão do tórax ( pneumotórax hipertensivo) Hipóxia 
Trombose coronariana ( IAM extenso) Hipercalemia / Hipocalemia 
Tromboembolismo pulmonar Hipotermia 
Tóxicos ( antidepressivos, beta-bloqueadores, etc.) H 
+ 
(íon hidrogênio) (acidose) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
ALGORÍTIMO SIMPLIFICADO DE SBV (SUPORTE BÁSICO DE VIDA) ADULTO, SEGUNDO O MANUAL 
DE ATENDIMENTO DA AMERICAN HEART ASSOCIATION (AHA) DE 2010 
TRATAMENTO (SEGUNDO PROTOCOLO DE 2005) 
Consiste no conjunto de medidas básicas e avançadas de RCR. 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
SUPORTE BÁSICO DE VIDA 
 
Reconhecimento e abordagem inicial: 
- Avaliar nível de consciência – tocar e chamar a 
vítima 
- Solicitar ajuda 
- Posicionar corretamente a vítima – posicioná-la 
em decúbito dorsal sobre uma superfície plana, 
rígida e firme. Caso a vítima se encontre em 
decúbito lateral ou ventral, o Socorrista deve 
virá-la em bloco de modo que a cabeça, 
pescoço e ombros movam-se simultaneamente. 
- Posicionar-se corretamente – o socorrista deve 
colocar-se ao nível dos ombros da vítima, se 
ajoelhando quando ela estiver no solo. 
 
ABC PRIMÁRIO ( obs. Segundo o protocolo 
2010, a ordem deve ser CAB) 
A = ABERTURA DE VIAS AÉREAS 
 
Nos indivíduos inconscientes existe o 
relaxamento da musculatura anterior do 
pescoço, em decúbito dorsal. Este 
acontecimento possibilita a queda da base da 
língua sobre a faringe obstruindo as vias aéreas. 
A queda da epiglote, indiretamente, também é 
um fator obstrutivo à passagem do ar para a 
traquéia. 
 
 
Entre as manobras 
destinadas a desobstruir 
as vias aéreas a 
manobra de Ruben é a 
mais segura e efetiva. A 
manobra consiste em: 
hiperextensão da 
cabeça (head tilt) e elevação do mento (jaw 
thrust). 
No caso de suspeita de lesão cervical, realizar a 
manobra tripla de Safar, conhecida também 
como manobra de tração mandibular, observar a 
colocação dos ded os nos ramos, atrás dos 
ângulos da mandíbula, deslocando-a para 
frente, com a cabeça dorsofletida. Os polegares 
retraem o lobo inferior. O socorrista deve 
colocar-se atrás do polo cefálico da vítima. 
 
OVACE - Obstrução 
das vias aéreas por 
corpo estranho - 
Pode ser completa 
ou incompleta. Nas 
incompletas a 
ventilação e as 
trocas gasosas 
podem ser 
suficientes ou 
insuficientes. Na 
presença de troca 
gasosa suficiente, a 
vítima tosse vigorosamente, o que deve ser 
encorajado. O socorrista não deve tentar a 
expulsão do corpo estranho com manobras, 
como o golpeamento da região posterior do 
tórax. 
A troca gasosa insuficiente é reconhecida por 
tosse fraca e ineficiente, com ruído inspiratório 
agudo, crescente dificuldade respiratória e 
cianose. O seu manuseio é idêntico ao da 
obstrução completa. 
Na vítima de obstrução completa, ainda 
consciente, utiliza-se a manobra de Heimlich 
O socorrista posiciona-se atrás da vítima 
envolvendo-a com os braços, fechando uma das 
mãos que é colocada com o lado do polegar 
contra o abdômen da vítima na linha média 
entre o apêndice xifóide e a cicatriz umbilical. O 
punho fechado deve ser agarrado pela outra 
mão. Em seguida, aplica-se um golpe rápido 
para dentro e para cima. Esta manobra provoca 
uma tosse artificial tentando expelir o corpo 
estranho. Na vítima inconsciente, esta manobra 
deve ser realizada com o paciente em decúbito 
dorsal, ficando o socorrista ajoelhado sobre a 
vítima, cavalgando-a, colocando a base de uma 
das mãos na região do abdômen. A outra mão é 
colocada sobre a 1ª, pressionando o abdômen 
para dentro e para cima com múltiplos impulsos. 
Em gestantes e em pacientes muito obesos, essa 
manobra é realizada no tórax, sobre o esterno, 
sendo entre os seios na gestante. 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
B = BOA VENTILAÇÃO (OBS. Esta etapa foi 
retirada do protocolo 2010) 
 
VER 
OOUVIR 
SENTIR 
 
Avaliação feita no 
máximo em 5 
segundos 
 
Na ausência de 
ventilação espontânea, iniciar manobras 
de ventilação artificial 
 
 
MANOBRAS: 
VENTILAÇÃO BOCA-A-BOCA 
Na 
ventilação 
boca-a-boca 
o 
reanimador 
respira 
normalment
e (não se 
deve 
inspirar 
profundame
nte) e coapta sua boca com toda a boca da vítima. 
Segue-se a insuflação pulmonar do paciente com 
o ar expirado. A insuflação pulmonar deve durar 
cerca de 1 segundo, correspondendo 
aproximadamente a 500 ml a 700 mL. É 
impossível determinar o volume administrado 
durante a ventilação boca-a-boca 
É obrigatório observar a expansão da caixa 
torácica durante a insuflação pulmonar uma vez 
que, se as vias aéreas não estiverem 
corretamente desobstruídas, poderá advir 
distensão gástrica. A deflação do tórax deve ser 
igualmente observada, pois pode ocorrer 
mecanismo valvular com o palato mole e a 
expiração passiva dos pulmões não acontecer. A 
hiperinsuflação pulmonar é desnecessária e 
dificulta o retorno venoso o que induz a diminuir a 
eficiência da MCE 
Apesar de raros os relatos, durante o socorro com 
a ventilação boca-a-boca, a possibilidade de 
contaminação existe para alguns tipos de agentes 
como: neisseria, herpes, tuberculose. 
VENTILAÇÃO BOCA- A- NARIZ 
VENTILAÇÃO BOCA- A- NARIZ E BOCA 
VENTILAÇÃO BOCA-MÁSCARA 
VENTILAÇÃO BOLSA-
VÁLVULA-MÁSCARA 
(AMBÚ) 
 
C = CIRCULAÇÃO 
 
 Em primeiro lugar deve-se 
constatar a ausência de pulso em artérias 
centrais, o local de realização da massagem é 
conforme o quadro visto anteriormente segundo 
as novas recomendações da AHA. Nas gestantes, 
a execução é como nos adultos, porém é 
importante e tração do útero gravídico para a 
esquerda, objetivando a descompressão da veia 
cava inferior. 
 
 
 
 
 
 
A RCP mantém um débito ao redor de 30% do 
débito cardíaco normal quando realizada por 
dois reanimadores experientes. 
A descompressão ( diástole ) torácica é feita sem 
a retirada das mãos do local correto, a finalidade 
de não perder o posicionamento. A seqüência de 
compressões/descompressões é executada na 
freqüência aproximadamente de 100 por minuto. 
O sincronismo entre as compressões e 
ventilações é realizado na proporção de 30 
compressões para 2 ventilações (30:2). A 
ventilação é administrada em 1 segundo, gerando 
aproximadamente 10 a 12 ventilações por minuto. 
Antes do controle definitivo da via aérea através 
de algum artefato é recomendado 5 ciclos 
completos RCP (cerca de 2 minutos). Após este 
controle a ventilação e a MCE deve ser feita 
simultaneamente, portanto não havendo pausa 
para ventilação.Nesta circunstância a MCE 
devem ser de aproximadamente 100 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
compressões por minuto e as ventilações de 8 a 
10 incursões por minuto. A troca das funções 
durante a RCP evita a fadiga dos reanimadores, e 
é recomendada a cada 2 minutos. É obrigatório 
ressaltar que os reanimadores devem ocupar os 
lados opostos com relação ao paciente. Quando 
existir fadiga de um dos reanimadores a troca é 
feita imediatamente após o término de um ciclo 
(ventilação). 
Complicações mais comuns: fraturas de costelas 
e esterno; pneumotórax; hemotórax, embolia 
gordurosa; luxação costo-esternal, perfuração de 
vísceras (coração, pulmões, aorta, diafragma, 
fígado etc.) 
 
D = DESFIBRILAÇÃO PRECOCE 
- Um desfibrilador é o equipamento que permite 
aplicar um choque elétrico controlado ao paciente, 
com o objetivo de terminar uma FV (desfibrilação) 
ou uma TV ou supraventricular (cardioversão). 
A desfibrilação elétrica do coração pode ser 
considerada, de uma forma muito simples, como 
uma descarga elétrica não sincronizada com o 
ritmo cardíaco, aplicado no tórax do paciente. 
Nos casos de parada cardíaca súbita, o ritmo mais 
freqüentemente observado é a FV; o único 
tratamento realmente eficaz da FV é a 
desfibrilação elétrica; a probabilidade de sucesso 
na desfibrilação decai rapidamente com o passar 
do tempo; a FV tende a se transformar em 
assistolia em poucos minutos. 
Estas considerações justificam que em caso de 
parada cardíaca, a desfibrilação deve ser 
realizada o mais rápido possível. Além disto é 
importante se ter em mente que, em caso de FV, 
muitos adultos podem sobreviver 
neurologicamente bem, mesmo se desfibrilados 
tardiamente, após 6 a 10min. A RCR, realizada 
enquanto se espera pela desfibrilação, prolonga a 
FV e conserva o miocárdio e o cérebro. 
Deve-se lembrar que em adultos nos quais 
sofreram PCR sem testemunha, portanto estavam 
inconscientes quando foram encontrados, ou 
quando o socorro apresentou um tempo de 
chegada ao local maior que 4 a 5 minutos é 
obrigatório realizar 5 ciclos de RCP 
(aproximadamente 2 minutos) antes do emprego 
do DEA. O objetivo é diminuir a hipóxia e acidose 
do miocárdio e facilitar a desfibrilação 
É importante advertir que após o desfecho da 
desfibrilação do AED, a avaliação do pulso é feita 
somente após 5 ciclos de RCP (aproximadamente 
2 minutos). O objetivo é não descontinuar as 
manobras de RCP desnecessariamente e piorar o 
prognóstico. Os profissionais de RCP devem 
avaliar a presença, ou ausência de pulso no adulto 
em uma grande artéria como a carótida ou femoral 
durante no máximo em 10 segundos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
ALGORÍTIMO SIMPLIFICADO DE SAVC (SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM 
CARDIOLOGIA) 
ALGORÍTIMOS DE SAVC (SUPORTE AVANÇADO DE VIDA EM CARDIOLOGIA) SEGUNDO 
PROTOCOLO DE 2005 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
 
 
 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
Drogas utilizadas em parada cardiorrespiratória. 
MEDICAÇÃO QUANDO COMO PORQUE ATENÇÃO 
ADRENALINA 
FV/TV sem pulso 
Assistolia AESP 
1 mg ev em bolus, a cada 3 
a 5 min enquanto durar a 
PCR 
Aumenta a pressão de 
perfusão 
- Doses elevadas, acima 
das preconizadas ou em 
esquemas crescentes 
estão associadas a maior 
recuperação de 
circulação espontânea, 
mas não à alta hospitalar. 
AMIODARONA 
Apresentação 
- 150 mg/3 ml; ampolas. 
FV/TV sem pulso 
Ataque 
- PCR - 300 mg ev em bolus 
seguidos, de 20 ml de SF; 
considerar 150 mg após 15 
min se não houver reversão 
- Fora da PCR - 150 mg 
diluído em 100 ml, infundidos 
em 15 min; pode-se repetir a 
cada 15 min até conversão 
do ritmo. 
Manutenção 
- 1 mg/ min nas primeiras 6h, 
seguido de 0,5 mg/min nas 
18 h consecutivas. 
Dose máxima diária 
- 2,2 g. 
- Diminui a condução 
através do sistema His-
Purkinje e de feixes 
anômalos 
- Inibe receptores alfa e 
beta adrenérgicos e 
possui propriedades 
vagolíticas e de 
bloqueadores de canais 
de cálcio 
- Aumenta a duração do 
potencial de ação em 
todo o tecido cardíaco 
- No nó sinusal - reduz a 
FC, diminui a condução 
para o nó AV e diminui a 
resposta ventricular 
- Hipotensão arterial é o 
principal efeito colateral 
- Bradicardia (pode 
Necessitar de marca-
passo) 
- Precipita em meio 
básico 
- Diminui o metabolismo 
da digoxina e da 
warfarina 
- Efeito aditivo com outras 
medicações que 
prolongam o QT: 
antiarrítmicos Classe IA, 
fenotiazínicos, tricíclicos, 
tiazídicos e sotalol 
ATROPINA 
Apresentação 
- variável; ampolas d e 0 , 2 
5 mg/1ml (0,5 e 1 mg, na 
dependência do serviço). 
Assistolia AESP com 
ritmos bradicárdicos 
(FC < 60 bpm) 
- PCR - 1mg a cada 3 a` 5 
min 
- Fora da PCR - 0,5 a 1 mg a 
cada 3 a 5 min 
Dose máxima 
- 0,03 a 0,04 mg/kg 
- Aumenta a FC por 
acelerar a descarga do 
NSA e o bloqueio vagal 
- Efeito dromotrópico 
- Não utilizar doses 
menores do que o 
recomendado (efeito 
paradoxal) 
- Taquicardia, TV e 
extrassístoles 
- Cuidado em pacientes 
isquêmicos e em 
pacientes com alto grau 
de bloqueio AV 
- Não atua em corações 
transplantados 
BICARBONATO DE 
SÓDIO 
Apresentação 
- soluções de bicarbonato 
de sódio 8,4% - 1mEq/ml 
Assistolia ou AESP 
- SOMENTE EM 
SITUAÇ Õ ES DE 
RESSUSCITAÇÃO 
PROLONGADA OU 
EM QUE SE 
SUSPEITE DE: 
INTOXICAÇÃO POR 
ANTIDEPRESSIVO 
TRICÍCLICOS, 
ACIDOSE 
METABÓLICA OU 
HIPERPOTASSEMIA 
Ataque 
- 1 mEq/ kg ev inicialmente 
metade dessa dose a cada 
10 min posteriormente 
- Nas fases iniciais da 
PCR, a RCP é eficaz para 
controlar a acidose 
metabólica. 
- Suplementação de 
bicarbonato nas fases 
iniciais pode acarretar 
complicações 
- Nas fases tardias da 
PCR (> 10 min) ou nos 
casos em que suspeite de 
acidose prévia, o 
bicarbonato pode ser 
benéfico. 
- Complicações 
 –Acidose do líquido 
cerebroespinal; 
hipernatremia e 
hiperosmolaridade. 
- Cuidados na 
administração 
- administrar em via 
separada de aminas 
vasoativas ou adrenalina, 
pois inativa tais 
substâncias 
LIDOCAÍNA 
Apresentação 
- 100 mg/5ml 
FV/TV sem pulso 
 - TV estável - 1 a 1 , 5 
mg/kg ev em bolus; repetir 
0,5 a 0,75 mg/kg a cada 3 a 
5 min, se não houver 
reversão. 
- FV/TV sem pulso - 1 a 1,5 
mg/kg ev em bolus; repetir 1 
a 1,5 mg/kg a cada 3 a 5 
min, se não houver reversão. 
Pode ser utilizada por cânula 
endotraqueal (dobro da dose 
ev). 
Dose máxima - 3 mg/kg. 
Manutenção 
- Inibe o influxo de sódio 
através dos canais 
rápidos das células 
miocárdicas. 
- Diminui a condução em 
tecidos isquêmicos, com 
menor influência no 
tecido normal. 
- Metabolismo diminuído 
em pacientes com ICC, 
disfunção hepática, 
choque, idade maior de 
70 anos, perfusão 
periférica diminuída e uso 
de cimetidina ou 
betabloqueadores. 
Nesses pacientes, a dose 
de ataque é a mesma, 
mas a de manutenção 
deve ser diminuída à 
metade. 
- Toxicidade SNC – graus 
variados de confusão 
 
Elaborado pelo Enf.Marcos Wesley 
- 1 a 4 mg/minuto. 
mental. 
- Contra- indicada em 
pacientes com graus 
avançados de BAV 
MAGNÉSIO 
Apresentação 
- ampolas de sulfato de 
magnésio 6% (0,6 g/10 
ml). 
- TV polimórfica, 
induzida por drogas, 
mesmo na ausência 
de deficiência de 
magnésio. 
- TV polimórfica, 
induzida por 
deficiência de 
magnésio. 
- PCR quando 
distúrbio do ritmo 
apresentado for 
sugestivo de Torsades 
de Pointes. 
Ataque 
- 1 a 2 gr em 50 a 100 ml de 
SG5% em 5 a 60 min (fora 
da PCR) ou 1 a 2 g em 10 ml 
de SG5% em bolus (na 
PCR). 
Manutenção 
- 0,5 a 1 g/hora. 
- Essencial para várias 
enzimas 
intracardíacas, que 
atuam na condução. 
- Deficiência implica em 
várias anormalidades de 
condução e

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