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Profa. Prisci la Ladeira Casado E s p e c i a l i s t a e m I m p l a n t o d o n t i a - U F F M e s t r e e m O d o n t o l o g i a – U F F D o u t o r a e m M o r f o l o g i a – U F R J P ó s - D o u t o r a e m B i o l o g i a – U F F / U n i v e r s i t y o f P i t t s b u r g h Etiopatogenia da Doença Periodontal Doença Periodontal Meados do Séc. XVIII: “Eu retirei esta matéria dos espaços das raízes dentárias, e misturei com água pura da chuva, e coloquei sob a lente de aumento. Confesso que toda a matéria parecia estar viva... Os animaizinhos, nadando de maneira intensa através da água, puseram várias pequenas partículas que não tinham vida em movimento.” Final do Séc. XIX Espiroquetqs, Fusiformes, Estreptococos e Amebas. Associação de certos MOs com várias doenças, inclusive DP Atualmente Os Mos são responsáveis pelo início do processo da DP - Resposta Imunológica Antoine Van Leeuwenhoek, 1741 Doença Periodontal Gengivite Periodontite http://ligadonodentista.com.br/wp-content/uploads/2015/05/gengivas.jpg Doença Periodontal http://ligadonodentista.com.br/wp-content/uploads/2015/05/gengivas.jpg GENGIVITE EXPERIMENTAL - Löe et al, 1965 Objetivo: Produzir gengivite em pacientes com gengivas clinicamente saudáveis e estudar a sequência de mudanças na microbiota e na gengiva Material e Método: ÷ Nove estudantes de odontologia, um professor e dois técnicos - Exame Clínico Inicial : Índice Gengival (Löe & Sillness, 1963) Índice de Placa (Sillness & Löe, 1964) ¡ Suspensão de todos os recursos de higiene oral GENGIVITE EXPERIMENTAL - Löe et al, 1965 - 1. Todos os participantes desenvolveram gengivite - 2. Três participantes desenvolveram gengivite em 10 dias de acúmulo de placa - 3. Nove participantes desenvolveram gengivite no período entre 15 e 21 dias de acúmulo de placa GENGIVITE EXPERIMENTAL - Löe et al, 1965 - No 21o dia as medidas de Higiene Oral foram retomadas: - inflamação Gengival desapareceu em cerca de 1 semana - Colonização Bacteriana na margem gengival: Fase I - Aumento de cocos e bastonetes G+ / dia 0 – 4 Fase II - Aparecimento de formas filamentosas / dia 2 ao 4 até retorno das medidas de higiene oral Fase III – Aparecimento de vibriões e espiroquetas GENGIVITE EXPERIMENTAL - Löe et al, 1965 0 5 10 15 20 5 10 COCOS E BASTONETES G+ FILAMENTOSOS VIBRIÕES E ESPIROQUETAS GENGIVITE AUSÊNCIA DE HIGIENE ORAL HIGIENE ORAL - Suspensão da higiene oral em indivíduos com gengiva clinicamente sadia resultou em acúmulo de debris amolecidos e desenvolvimento de gengivite marginal. - O tempo necessário para o desenvolvimento de gengivite variou entre 10 e 21 dias - Houve mudança quantitativa e qualitativa na microbiota examinada na área gengival - A reinstalação dos métodos de higiene oral resultou em retorno as condições de saúde gengival e restabelecimento da microbiota relacionada com saúde. GENGIVITE EXPERIMENTAL - Löe et al, 1965 Correlação entre acúmulo de placa e GENGIVITE GENGIVITE EXPERIMENTAL - Löe et al, 1965 Loe et al. 1986 8%: progressão rápida da DP 81%: progressão moderada da DP 11%: SEM DP Por que alguns desenvolvem DP e outros não? Mesmo com placa……. Fatores Etiológicos Década passada: Fatores Locais – Causam a inflamação, exacerbam as alterações dos tecidos periodontais causadas por condições sistêmicas. Determinantes, Predisponentes, Perpetuadores Fatores Sistêmicos – modulam a resposta periodontal aos fatores locais Modificadores ATUALMENTE: Todos os fatores ( locais e sistêmicos ) ! FATORES DE RISCO DA DP Fatores Etiológicos HEREDITARIEDADE HIGIENE ORAL DEFICIENTE NUTRIÇÃO TABAGISMO ANSIEDADE/ ESTRESSE MORFOLOGIA DENTÀRIA IATROGENIAS APARELHOS ORTODÔNTICOS HÁBITOS IDADE GENÉTICA DIABETES HORMÔNIOS IMUNOCOMPROMETIMENTO MEDICAMENTOS ... COLAPSO Biofilme Bacteriano Biofilme: células microbianas + matriz orgânica + matriz inorgânica Características: ¡ 1000 vezes mais resistente à antimicrobianos ¡ Interação com células adjacentes ¡ Microcolônias de células bacterianas ¡ Canais de água: remoção de resíduos / entrada de nutrientes Biofilme Bacteriano Matriz Orgânica ¡ Ptns fluido gengival ¡ Glicoproteínas (saliva) ¡ Material lipídico ¡ Polissacarídeos (bacterianos) Componente Inorgânico ¡ Minerais ¡ Cálculo ¡ Supragengival (Saliva) ¡ Subgengival (Fluido Gengival) ADESÃO ¡ Forças de Van der Waals Biofilme Bacteriano Matriz Orgânica ¡ Ptns fluido gengival ¡ Glicoproteínas (saliva) ¡ Material lipídico ¡ Polissacarídeos (bacterianos) Componente Inorgânico ¡ Minerais ¡ Cálculo ¡ Supragengival (saliva) ¡ Subgengival (Fluido Gengival) Imediatamente após a imersão de um substrato sólido e limpo em um meio líquido da cav. oral, macromoléculas hidrofóbicas são adsorvidas "película adquirida (filme condicionante formado de glicoproteínas salivares e anticorpos) PELÍCULA ADQUIRIDA " ALTERA A CARGA E A ENERGIA LIVRE DA SUPERFÍCIE "AUMENTA EFICIÊNCIA DE ADESÃO BACTERIANA BACTÉRIAS G+ / FACULTATIVAS Biofilme Bacteriano Biofilme Bacteriano O comportamento das bacts. se altera: - Uma vez que se aderem à superfície elas apresentam um crescimento ativo e síntese de novos componentes da MEC - Agregação de cocos e bastonetes G+ facultativos que se multiplicam O biofilme aumenta devido: ¡ crescimento contínuo dos Mos ¡ adesão de novas bactérias ¡ síntese de polímeros extracelulares COM O AUMENTO DA ESPESSURA DA MASSA bacteriana - Gradiente de oxigênio = ANAEROBIOSE Os receptores de superfície nos cocos e bastonetes G+ permitem a aderência de Mos G- que possuem pouca capacidade de aderência diretamente à película ESTREPTOCOCOS EM GRANDE QUANTIDADE SINTETIZAM POLISSACARÍDEOS EXTRACELULARES(DEXTRANAS E LEVANAS) QUE PROTEGEM AS BACTÉRIAS SUBJACENTES. Biofilme Bacteriano A heterogeneidade aumenta à medida que a placa envelhece Compartilhament o de METABÓLITOS, FATÔRES DE VIRULÊNCIA E DE RESISTÊNCIA: 1 2 3 1- PELÍCULA ADQUIRIDA 2- BIOFILME (PLACA ADERIDA) 3- PLACA MADURA Biofilme Bacteriano Organismo Completo Colonização secundária por bactérias G- anaeróbias estritas, contribuindo para aumentar a patogenicidade do biofilme Gengivite -> Periodontite www.dentalbulgabilias.com Loe et al., 1965 Aggregatibacter actinomycetemcomitans, Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia, Eikenella corrodens, Bacteroides forsythus, Fusobacterium nucleatum, Capnocytophaga spp, Peptostreptococcus micros, Campylobacter rectus Moore & Moore, 1994; Paster et al., 2001; Haffajee, 2002 O2 pH G + G- PLACA SUPRAGENGIVAL LISTGARTEN ET AL, 1975 LISTGARTEN ET AL, 1976 O crescimento e amadurecimento da placa bem como as primeiras reações de defesa dos tecidos gengivais aparecem, caso a higiene oral esteja ausente. Interação entre o hospedeiro e a placa migração de PMN, aumento da permeabilidade das cels. do epit. juncional, fluxo de fluido gengival. G + G- A partir da zona supragengival, um biofilme se estabelecejuntamente com formação de bolsa, na região subgengival. - aumento de bacts. G+ (streptococos) e G- anaeróbias - quanto maior a profundidade de penetração da placa maior a complexidade de seus componentes (bacts. móveis, não aderentes, anaeróbias e espiroquetas G-) PLACA SUPRAGENGIVAL E T I O L O G I A CLASSIFICAÇÃO DOS MOS ORAIS Mais de 600 espécies e subespécies foram isoladas a partir de sítios de bacts. subgengivais. Slots e Taubman, 1992 Moore, 1994 Socransky et al, 1999 Patógenos periodontais: principalmente as bacts. G- - Porphyromonas gingivalis - Aggregatibacter actinomycetemcomitans - Tannerella forsythensis - Treponema denticola
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