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1
Como iniciar uma produção 
sustentável de flores e plantas 
ornamentais
Flores e plantas ornamentais 2016.indd 1 01/12/2016 09:00:38
2
Introdução
A floricultura é um setor que proporciona alto 
retorno financeiro, desde que a produção seja iniciada 
e conduzida com planejamento, profissionalismo e 
organização. Os consumidores de flores requerem 
produtos de alta qualidade e não são aceitos defeitos, 
como sintomas de deficiência nutricional, danos 
causados por pragas e doenças ou por inadequado 
manuseio durante a produção ou na pós-colheita. 
Além disso, é preciso ter constância no fornecimento 
de flores e plantas ornamentais com as mesmas 
características de qualidade durante o ano todo e estar 
atento às mudanças no mercado que, atualmente, 
tem tendência ao consumo de produtos certificados 
produzidos com menor impacto ambiental utilizando 
Boas Práticas Agrícolas (BPA). Medidas adequadas 
tomadas no momento certo poderão auxiliar na 
profissionalização dos produtores, na busca da 
qualidade e na rastreabilidade dos produtos, bem 
como na redução dos riscos de contaminação do solo, 
da água, do produto colhido e do próprio homem, 
dessa maneira, preservando a biodiversidade e o 
agroecossistema.
2
agroecossistema.
Flores e plantas ornamentais 2016.indd 2 01/12/2016 09:00:40
3
Planejamento
Para obter sucesso no cultivo de flores e plantas ornamentais, é necessário que 
o produtor realize planejamento da implantação e de todas as etapas de produção 
e tenha acesso às informações sobre as despesas, as receitas e o custo de cada flor 
ou planta produzida. Assim, o planejamento da implantação de um cultivo de flores 
e plantas ornamentais envolve conhecimento sobre o assunto, análise de riscos do 
negócio e capacidade de empreendedorismo do produtor.
Antes de iniciar o cultivo de flores e de plantas ornamentais, o investidor deve 
responder a algumas questões como: Por que essa produção deve existir? Qual é sua 
particularidade? A produção será competitiva? Quem será sua clientela? Quais são as 
espécies e qual a quantidade a ser produzida? 
No planejamento da implantação é importante prever a possível expansão do 
cultivo, sendo necessária a escolha de uma área maior que aquela onde será realizado 
o plantio inicial. Nesta fase, é necessário também observar o acesso à produção e os 
outros acessos dentro da área, prevendo espaços para manobras e estacionamentos 
para caminhões e carros que irão realizar o transporte, tanto dos produtos a ser 
comercializados, quanto dos insumos necessários para a produção.
É preciso verificar também a disponibilidade de mão de obra na região, onde 
o cultivo será implantado. A mão de obra feminina tem sido bastante valorizada, 
diante da aptidão e delicadeza que as mulheres possuem para realizar trabalhos mais 
delicados e minuciosos, os quais são requeridos em diferentes etapas do processo 
produtivo de flores e plantas ornamentais.
É preciso realizar o planejamento da produção para disponibilizar os produtos 
durante o ano de acordo com a demanda de cada época, pois além de existir um fluxo 
contínuo de vendas, há um aumento significativo nas principais datas comemorativas, 
como é o caso do Dia das Mães, dos Namorados, da Mulher, Finados, Natal e Ano 
Novo. Dessa maneira, deve-se conhecer a demanda local ou regional por meio de 
um diagnóstico, para definir o tamanho desse mercado.
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4
Investimento
O capital necessário depende do 
segmento escolhido, da espécie que será 
cultivada e da estrutura física necessária. A 
produção de algumas espécies é mais onerosa 
em comparação a outras, por causa do preço 
das mudas, da tecnologia de produção e da 
estrutura necessária para o desenvolvimento 
das plantas.
Algumas espécies podem ser produzidas 
a céu aberto e outras devem ser produzidas 
em telados ou em estufas. Os produtores que 
não possuem capital suficiente para aquisição 
de estufas sofisticadas podem construir as 
primeiras estruturas de forma mais simples 
e, quando a produção proporcionar retorno 
financeiro, essas podem ser melhoradas. 
Opções de produção
As principais opções de produção que abrangem o setor da floricultura 
são: sementes; bulbos, rizomas e mudas; flores e folhagens de corte que podem 
ser comercializadas frescas ou desidratadas; plantas envasadas (floríferas ou não 
floríferas); e mudas para paisagismo.
O produtor, ao iniciar a atividade, deve optar por qual segmento deseja atuar 
de acordo com as condições climáticas da região, aptidão e demanda do mercado. É 
aconselhável conciliar mais de um segmento em uma mesma propriedade, pois a 
diversificação proporciona maior segurança ao produtor, principalmente em períodos de 
entressafra ou quando os produtos cultivados não atingem o valor comercial esperado. 
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5
Rosa
Crisântemo
Flores de corte
Uma das vantagens desse 
segmento é o rápido retorno 
do capital investido, e a 
principal desvantagem é 
a perda do produto, que 
é perecível e deve ser 
comercializado rapidamente. 
As principais espécies 
cultivadas como flores de 
corte são: rosa, crisântemo, 
gladíolo, lírio, lisiantus, 
gérbera, copo-de-leite, 
orquídea, tango, gipsofila, 
boca-de-leão, alstroeméria, 
alpínia, helicônia, bastão-do-
imperador, antúrio, sorvetão, 
dentre outras.dentre outras.
Crisântemo
Lírio
Copo-de-leite
Flores e plantas ornamentais 2016.indd 5 01/12/2016 09:00:44
6
Lisiantu
s
Alstroeméria
Bastão-do-imperador
Lisiantu
s
Lisiantu
s
Antúrio
Sorvetão
Alstroeméria
Sorvetão
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7
Folhagens de corte
Apesar de não terem o mesmo valor comercial das flores cortadas, as folhagens 
de corte são comercializadas em grande volume, o que proporciona alto retorno 
financeiro ao produtor. Dentre as principais espécies cultivadas como folhagens de 
corte podem-se destacar: avencão, ruscus, cordiline, dracena, tuia, junco, papiro, 
costela-de-adão, asparagus, dentre outras.costela-de-adão, asparagus, dentre outras.
Bastão-do-imperador
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8
Diferentes tipos de folhagens de corte cultivadas 
tanto em canteiros como em vasos
Diferentes tipos de folhagens de corte cultivadas 
tanto em canteiros como em vasos
Flores e plantas ornamentais 2016.indd 8 01/12/2016 09:00:55
9
Flores cultivadas em vasos
As flores cultivadas em vasos 
apresentam maior durabilidade que 
as de corte, com isso o produtor tem 
um período maior para comercializar o 
seu produto. Muitas espécies de flores 
podem ser cultivadas em vasos, tais 
como crisântemos, begônias, violetas, 
kalanchoes, gérberas, orquídeas, lírios, 
azaleias, dentre outras.
Diversidade de espécies floríferas cultivadas em vasos
Flores e plantas ornamentais 2016.indd 9 01/12/2016 09:00:57
10
Folhagens cultivadas em 
vasos
As folhagens ornamentais 
cultivadas em vasos apresentam 
maior durabilidade que as 
plantas floríferas. Geralmente 
são utilizadas em ambientes 
internos, e as principais espécies 
cultivadas com esta finalidade 
são: zamioculca, lírio-da-paz, 
samambaia, schefflera, raphis, 
areca, dentre outras.
Diversidade de folhagens cultivadas em vasos
Mudas para paisagismo
A produção de mudas para paisagismo 
é um segmento bastante amplo que envolve 
desde a produção de forrações, até espécies 
de grande porte como árvores e palmeiras. 
Além dessas opções, o produtor tem 
a possibilidade de se especializar em outro 
segmento diferenciado e bastante valorizado, 
como é o caso da produção de gramas.
Mudas para paisagismo
é um segmento bastante amplo que envolve 
desde a produção de forrações,até espécies 
de grande porte como árvores e palmeiras. 
a possibilidade de se especializar em outro 
segmento diferenciado e bastante valorizado, 
como é o caso da produção de gramas.
a possibilidade de se especializar em outro 
segmento diferenciado e bastante valorizado, 
como é o caso da produção de gramas.
Espécies de pequeno porte (forrações) 
comercializadas em caixarias e/ou 
bandejas tipo plugs 
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Espécies de médio porte 
comercializadas em vasos
Espécies de grande porte 
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12
Fornecedores
A escolha de fornecedores idôneos e 
comprometidos garante o cumprimento dos 
prazos firmados entre o produtor e os clientes. 
Os principais produtos utilizados pelos 
produtores de flores e plantas ornamentais são: 
estufas, filme agrícola, malhas de sombreamento, 
sistema de irrigação, sistema de iluminação, 
câmara fria, vasos, bandejas, substratos, adubos, 
defensivos químicos e biológicos, reguladores 
de crescimento, conservantes florais, redes de 
tutoramento, redinhas protetoras de flores, 
embalagens, mudas, sementes, bulbos, rizomas, 
dentre outros.
Assistência técnica e apoio 
a produção
O produtor de flores e plantas ornamentais 
necessita de um profissional capacitado e 
especializado em floricultura para orientá-lo na 
implantação e na condução do cultivo. 
1212
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1313
Rosa
s
Gérberas
Cultivo
Ao iniciar a implantação de um cultivo é necessário conhecer todos os aspectos 
da espécie que irá produzir, como: classificação botânica, variedades disponíveis 
no mercado, substrato adequado, necessidades nutricionais, principais pragas e 
doenças, procedimentos de colheita, manejo pós-colheita, embalagem apropriada, 
durabilidade e todos os tratos culturais necessários. 
As espécies ornamentais possuem exigências distintas, tais como: tipo de 
estrutura de produção (estufas, telados), controle do fotoperíodo e temperatura, 
podas de condução, indução floral, dentre outras. Sendo assim, o produtor deve, 
constantemente, estar atualizado para ter maior domínio das exigências de cada 
espécie e disponibilizar no mercado produtos que estejam de acordo com os padrões 
comerciais exigidos.
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14
Copos-d
e-leite
Plantas ornamentais para jardins
Flores em vaso
s
Folhagens de corte
Diferentes ambientes de cultivo de flores e plantas 
ornamentais em função da espécie produzida
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15
Boas Práticas Agrícolas 
As Boas Práticas Agrícolas (BPA) consistem na produção segura por meio da 
adoção de um conjunto de procedimentos que organiza a propriedade, reduz a 
necessidade da utilização excessiva de insumos sem comprometer a produção e a 
qualidade dos produtos. É assim, um dos alicerces da agricultura sustentável, pois 
com isso os produtores poderão preservar os recursos naturais para as gerações 
futuras. 
A adoção das BPA na produção de flores e plantas ornamentais é o caminho 
recomendável para que o produtor possa organizar sua propriedade e, futuramente, 
certificar a sua produção. 
A certificação permite que o produto receba um selo de identificação que 
possibilita resgatar informações da origem e o histórico de todas as etapas do processo 
produtivo adotado, desde a produção até a chegada do produto ao consumidor 
final. A certificação é, portanto, uma ferramenta para otimizar a produção de flores e 
plantas ornamentais, passo essencial para a exportação. 
Principais informações sobre Boas Práticas Agrícolas
Área de plantio
Verificar o histórico da área. Não é recomendável escolher locais 
anteriormente cultivados com hortaliças, pois pragas e patógenos 
que acometem essas espécies podem continuar presentes na área e 
comprometer o cultivo de flores e plantas ornamentais, aumentando os 
custos de produção.
Verificar se não há risco de contaminação da água.
Dividir a área de plantio em pequenos lotes (parcelas) e identificá-los para 
facilitar as anotações em caderneta de campo.
Instalar latas de lixo em locais estratégicos na propriedade e recolher ao 
final do dia de trabalho.
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16
Água
A água deve apresentar ótima qualidade e ser suficiente para manter 
a atividade. A qualidade da água é avaliada por meio da análise de pH, 
salinidade, condutividade elétrica, conteúdo de minerais e possíveis 
contaminantes. 
A irrigação deve ser planejada e monitorada para evitar desperdício. Devem-
se utilizar sistemas de irrigação mais eficientes para maximizar o uso da água, 
como gotejadores ou microaspersores, visando aumentar a produtividade e 
economizar mão de obra e energia.
Manejo do solo e fertilizantes
Realizar análises químicas, físicas e biológicas do solo.
Respeitar a declividade do terreno onde será cultivado. Caso o terreno seja 
íngreme, o plantio deve ser realizado em nível, no sentido perpendicular à 
declividade para evitar a erosão.
Adotar o sistema de rotação de culturas.
Realizar a adubação com base na análise de solo, necessidade da planta 
e orientação de um engenheiro agrônomo, evitando desperdícios e 
contaminação do solo e da água.
Deve-se construir um local específico para armazenar os fertilizantes, a fim 
de reduzir os perigos de contaminação ambiental. 
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Controle de pragas e doenças
Os ataques de pragas e doenças no cultivo de flores e plantas ornamentais 
podem ser monitorados com a utilização de medidas preventivas. Essas medidas, 
quando aplicadas corretamente, podem ser eficazes, evitando ou minimizando a 
utilização de defensivos agrícolas na produção. Algumas dessas medidas são:
Adquirir sementes e mudas de qualidade. As sementes e mudas devem 
apresentar alto padrão de qualidade, ser vigorosas, não podem apresentar 
qualquer sintoma de ataque de praga ou doença, e devem ser adquiridas de 
empresas idôneas e certificadas.
Devem-se utilizar ferramentas limpas e desinfectadas.
Devem ser empregados métodos integrados de manejo de pragas, 
priorizando os métodos culturais e biológicos de acordo com a praga, tais 
como implantar os cultivos distantes de culturas muito suscetíveis, eliminar 
os restos culturais e as plantas daninhas hospedeiras das pragas, preservar 
os inimigos naturais, dar prioridade ao uso do controle biológico ou a 
utilização de produtos alternativos em substituição aos defensivos químicos.
A escolha do defensivo agrícola deve ser realizada a partir de critérios 
técnicos, como a identificação e o monitoramento de pragas e doenças a 
ser controladas. 
Caso seja necessário o uso de defensivos agrícolas, utilizar somente 
produtos registrados para a cultura, observando as dosagens recomendadas 
e os períodos de carência, conforme regulamentação do Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Na aplicação de defensivos deve-se levar em conta os possíveis efeitos sobre 
os inimigos naturais e o grau de periculosidade ao homem e ao ambiente.
Os produtos de largo espectro, ou seja, que controlam ao mesmo tempo 
um grande número de pragas e doenças, devem ser evitados, priorizando a 
utilização de produtos mais específicos. 
Deve-se construir um lugar específico para armazenamento de defensivos 
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18
químicos, o qual deve ser fechado, ventilado, fresco, seguro e sinalizado 
com identificações de perigo.
As embalagens de defensivos químicos vazias possuem grande potencial de 
poluição ambiental. Por isso, deve-se realizar a tríplicelavagem ou lavagem 
sob pressão nas embalagens vazias no momento do preparo da calda, logo 
depois do esvaziamento completo da embalagem. Esse procedimento evita 
que o produto resseque e fique aderido na parte interna da embalagem, 
dificultando a sua remoção. Posteriormente, essas embalagens devem ser 
furadas para não ser reutilizadas, colocadas em sacos fechados e enviadas 
aos centros de coleta de embalagens da região para ser recolhidas pelos 
fabricantes.
Trabalhadores
A contratação dos trabalhadores (fixos ou temporários) deve estar de acordo 
com a legislação local e seguir as regras contidas na Consolidação das Leis 
do Trabalho (CLT).
Devem receber capacitação sobre aplicação de fertilizantes e defensivos, 
primeiros socorros e higiene.
Deve haver banheiros fixos e móveis suficientes para o número de 
trabalhadores.
Devem utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) para aplicação 
de defensivos químicos. Devem ser evitadas as aplicações nas horas 
mais quentes do dia. Durante o preparo e a aplicação de defensivos, os 
trabalhadores não devem comer, beber ou fumar.
Equipamento de Proteção Individual (EPI)
O uso do EPI é uma exigência da legislação trabalhista brasileira com 
base nas normas regulamentadoras. O não cumprimento dessas normas 
poderá acarretar ações de responsabilidade cível e penal, além de multas 
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aos infratores, pois a intoxicação durante o manuseio ou a aplicação de 
defensivos químicos é considerada acidente de trabalho.
A legislação trabalhista prevê que são obrigações do empregador: 
fornecer os EPIs adequados ao trabalho, devidamente higienizados, 
 instruir e treinar quanto ao uso dos EPIs, fiscalizar e exigir o uso dos EPIs, 
além de repor aqueles danificados. 
É obrigação do trabalhador: usar e conservar os EPIs, ou seja, usá-lo apenas 
para a finalidade a que se destina; responsabilizar-se pela sua guarda e 
conservação; comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne 
impróprio para uso. A falha no cumprimento dessas obrigações poderá 
acarretar a demissão do trabalhador por justa causa. Para o empregador 
a legislação determina que ele poderá ser alvo de ação judicial e estará 
obrigado a pagar multa em caso de condenação, quando não cumprir as 
normas estabelecidas por lei.
Os principais EPIs que devem ser utilizados pelo trabalhador responsável 
em aplicar os defensivos químicos são: luvas, respirador, viseira facial, jaleco 
e calça, boné árabe, capuz ou touca (substitui o boné árabe), avental e botas. 
Após a aplicação de defensivos químicos, o trabalhador deve tomar banho 
e lavar os EPIs.
A durabilidade das vestimentas é informada pelos fabricantes e deve 
ser checada rotineiramente pelo usuário. Antes de ser descartadas, as 
vestimentas devem ser lavadas para que os resíduos dos defensivos químicos 
sejam removidos.
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20
Caderneta de campo
Um dos principais procedimentos para obter a certificação é o registro de 
todas as atividades realizadas na propriedade como, por exemplo: data e detalhes 
sobre o preparo do solo e plantio, procedência das mudas, detalhamento sobre 
aplicação de defensivos, adubação, pós-colheita, comercialização, dentre outros. 
Para isso, é necessário disciplina e atenção, pois nenhuma informação pode ser 
esquecida ou perdida. Por meio dessas anotações, todo o histórico de produção 
pode ser rastreado e, por esse motivo, todas as cadernetas devem ser arquivadas 
na propriedade.
25 de maio
29 de maio
30 de junho
D
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A
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21
Comercialização
A comercialização é considerada um dos pontos críticos da produção de flores 
e plantas ornamentais. Se não houver uma comercialização eficiente, todas as etapas 
envolvidas, anteriormente, no sistema 
de produção serão perdidas. 
Uma comercialização eficiente 
exige logística adequada, incluindo 
técnicas e operações de transporte, 
utilização de caminhões com isolamento 
térmico e acondicionamento dos 
produtos em locais adequados. 
Além disso, o produtor deve ser 
assíduo com seus compromissos, 
disponibilizando, com regularidade, 
produtos padronizados. A regularidade 
das entregas tem por finalidade o 
cumprimento dos prazos dos contratos 
e, consequentemente, a obtenção da 
confiança e fidelidade do consumidor. 
Para melhor êxito na 
comercialização de flores e plantas 
ornamentais é essencial que seja criado 
um polo produtivo com produtos 
diversificados e em grande volume, 
favorecendo a comercialização desses 
produtos no Brasil e, até mesmo, a 
exportação. Isso só é possível por 
meio da formação de associações e 
cooperativas. Com base nos princípios 
do associativismo e cooperativismo, o 
produtor não pode considerar os produtores vizinhos que também cultivam flores e 
plantas ornamentais como concorrentes, mas como parceiros para que o sucesso e 
a expansão do seu empreendimento possam ocorrer.
Flores e plantas ornamentais 2016.indd 21 01/12/2016 09:01:10
22
Atualização e especialização
A participação dos produtores de flores 
e plantas ornamentais em eventos relacionados 
com floricultura é de grande importância não só 
para atualização do conhecimento, mas também 
para expor produtos, manter e fazer novos 
contatos com outros produtores e empresas 
consolidando, cada vez mais, toda a cadeia 
produtiva. Para isso, é importante a participação 
em cursos de capacitação, seminários, congressos 
e, principalmente, em feiras direcionadas aos 
produtores. 
No Brasil, a maior feira direcionada para 
produtores de flores e plantas ornamentais é 
a Hortitec. Esta feira acontece anualmente na 
cidade de Holambra, SP, onde, o produtor pode 
conhecer as novidades do setor e encontrar 
fornecedores de diversos insumos, maquinários 
e estruturas utilizadas no cultivo de flores e 
plantas ornamentais. 
para atualização do conhecimento, mas também 
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23
Elka Fabiana Aparecida Almeida 
Elka Fabiana Aparecida Almeida 
Estratégias para implementação da produção integrada de rosas em Minas Gerais
Departamento de Informação Tecnológica
Ângela Batista P. Carvalho
Rosely A. Ribeiro Battista Pereira
Marlene A. Ribeiro Gomide
 EPAMIG Sul - CERN/Bolsista FAPEMIG 
simonereis@epamig.br
Simone Novaes Reis
 EPAMIG Sul - CERN/Bolsista FAPEMIG 
icsantos@epamig.br
Izabel Cristina dos Santos Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de 
Minas Gerais - CREA-MG 
gustavo.freitas@crea-mg.org.br
Gustavo de Faria Freitas
Simone Novaes Reis
Elka Fabiana Aparecida Almeida 
EPAMIG Sul - CERN/Bolsista FAPEMIG 
elka@epamig.br
Marília Andrade Lessa 
Marília Andrade Lessa 
 EPAMIG Sul - CERN
marilialessa@terra.com.br
Lívia Mendes de Carvalho 
EPAMIG Sul - CERN/Bolsista FAPEMIG
livia@epamig.br
Coordenação
Projeto
Equipe técnica
Produção
Revisão
Projeto Gráfico
Fotos
Patrícia Duarte de Oliveira Paiva 
Universidade Federal de Lavras - UFLA
patriciapaiva@dag.ufla.br 
Erivelton Resende 
EPAMIG Sul - CERN/Bolsista FAPEMIG 
erivelton@epamig.br 
Flores e plantas ornamentais 2016.indd 23 01/12/2016 09:01:11
EPAMIG Sul
Campo Experimental Risoleta Neves
Núcleo Tecnológico EPAMIG Floricultura
Av. Visconde do Rio Preto, s/no - Vila São Paulo - Campus da UFSJ (CTAN)
São João del-Rei - MG CEP 36301-360
Tel.: (32) 3379-2649 - cern@epamig.br
Apoio
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M
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Prefeitura de Carandaí Prefeitura de Lagoa Dourada Prefeitura dePrados
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