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PRODUÇÃO E MANEJO DE OVINOS p2

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UFRGS – produção e manejo de ovinos PROVA 2 Renata K. M. Marcançoli 
PRODUÇÃO E MANEJO DE OVINOS – PROVA 2 
NUTRIÇÃO DOS OVINOS 
Animal adaptado a uma variação de alimentação ao longo do ano, animal de 
origem de elevadas altitudes, onde a variação da alimentação é bem 
importante ao longo do ano. Responde bastante ao fotoperíodo. 
 Variação do requerimento alimentar ao longo do ano 
 Adequar a disponibilidade de alimento com seu requerimento alimentar 
 Os ovinos são bastante sensíveis a variação da alimentação (ovino é 
muito mais sensível que o bovino a resposta da variação da 
alimentação) 
 
 Período de encarneiramento: aumenta o requerimento alimentar 
 Início da gestação: requerimento alimentar mais baixo 
 Final da gestação (quando o feto cresce): aumenta o requerimento 
alimentar 
 Parição: requerimento alimentar aumenta ainda mais 
 Desmame: requerimento alimentar diminui bastante 
 
Médio a baixo: durante o início da gestação 
Lactação: requerimento mais alto 
Produção de lã X produção de carne 
Lã: mesmo o animal em mantença, continua crescendo. BAIXO 
REQUERIMENTO ALIMENTAR. 
Carne: depoisção de músculo e gordura requer muito mais energia e requer 
uma resposta reprodutiva bastante importante. Importante a boa nutrição 
desses animais, mais importante do que na produção de lã. 
 Cada categoria animal tem um requerimento alimentar diferente. 
Fundamental separar categorias para poder alimentar bem cada uma 
delas. Borregas, ovelhas, cordeiros, carneiros. 
Ajustar o período de parição e consequentemente o período de acasalamento – 
período com maior disponibilidade de alimento 
Criação é a base de pasto. 
 
 RS: animais lactando, cordeiros crescendo, pastagem de baixa qualidade e 
disponibilidade. 
 
VARIAÇÃO DO REQUERIMENTO 
ALIMENTAR 
OVINOS SENSÍVEIS À NUTRIÇÃO!!! 
 
UFRGS – produção e manejo de ovinos PROVA 2 Renata K. M. Marcançoli 
Maior requerimento alimentar = maior capacidade de consumo 
Maior requerimento de energia e proteína como reflexo disso 
 
PERÍODO DE ACASALAMENTO 
1 hipótese e 2 teorias: 
 Efeito estático 
 Efeito dinâmico 
 
EFEITO ESTÁTICO: ovelha tem potencial genético para ter X taxa de 
ovulação. 
Se a ovelha chegar no acasalamento com uma CC e peso adequado no 
período do acasalamento, ela vai demonstrar essa maior taxa de ovulação que 
ela tem. 
A taxa de ovulação está relacionada com a CC da ovelha 
3 – 3,5 (boa) demonstrar sua taxa de ovulação 
*OVELHA JÁ TEM A CC BOA 
 
EFEITO DINÂMICO (FLUSHING): CC mais baixa. Se ela tiver ganhando peso 
antes e durante o período do acasalamento, isso tb vai ter um efeito no 
aumento da taxa de ovulação desses animais. 
Aumentando a nutrição da ovelha um pouco antes e durante o acasalamento, 
aumenta-se a taxa ovulatória 
*AUMENTA A CC DA OVELHA 
Ganhar peso (100 a 150g para ter efeito o Flushing) 
Ovelhas mais magras vão responder melhor do que ovelhas gordas 
 
 
 Nos dois efeitos 
 
 
 A ovelha tem uma taxa de ovulação maior do que a vaca = maior 
probabilidade de ter partos gemelares. 
 
A ovelha responde à redução do fotoperíodo = outono 
 
FLUSHING: Aumento de 2% na taxa de ovulação a cada quilo de aumento da 
ovelha encarneirada (2% de chances de ela ter partos gemelares). 
Como fazer? 
 2 a 3 semanas antes do acasalamento até 3 semanas após o início do 
acasalamento 
400g por dia de ração 
Colocar ovelha numa pastagem melhorada 
Dar silagem 
da nutrição na taxa de ovulação das ovelhas 
Aumento da prolificidade: + de 1 
cordeiro por ovelha 
CC ideal durante o acasalamento: 3 – 3,5 
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Qualquer coisa que faça com que ela começa a ganhar peso = favorece a taxa 
de ovulação. 
 
 
Todo produtor deve procurar um parto gemelar? NÃO. O cordeiro 
oriundo do parto gemelar vai nascer menor e tem maior probabilidade de 
morrer. Aumenta o requerimento alimentar da ovelha, principalmente em final 
de gestação, maior chance de toxemia da prenhez e vai aumentar o 
requerimento da ovelha durante a lactação. TEM QUE ESTAR 
PREPARADO!!! 
 
 
INÍCIO DA GESTAÇÃO 
 Embrião se implantando no útero da ovelha, é um momento de perdas 
embrionárias (primeiros 30 dias após o acasalamento) 
 
NÃO É O MOMENTO DE ALTERAR A ALIMENTAÇÃO!!! 
Requerimento alimentar de mantença, não é tão alto. 
Redução do estresse ao máximo = Não é momento de casquear, pesar ou 
dosificar. 
 
 Início da gestação: qualquer coisa feita nesse período reflete no 
tamanho do cordeiro ao nascer e pode afetar a produção de leite 
 
Até os 90 dias é momento que se forma a placenta = A Placenta produz 
progesterona 
 
Primíparas/borregas (em crescimento) – se tiverem uma elevada taxa de 
crescimento (mais de 300g/dia) pode reduzir a produção de progesterona 
(metabolização de progesterona no fígado, é removida), e consequentemente 
produz placenta menor. 
 
 Superalimentadas: no início da gestação acabam produzindo cordeiros 
menores porque o tamanho da placenta fica menor. 
 Subalimentadas: placenta também diminui o tamanho, e também gera 
cordeiros menores. 
 
 
 
 
Cordeiro menor = aumenta taxa de mortalidade 
 
Terço final e os 30 primeiros dias da gestação: são os períodos mais críticos 
Nem subalimentadas nem superalimentadas = MANTENÇA 
Ganho de peso ideal para borregas em torno de 80 a 100g/dia 
 
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(não fazer esquila antes dos 30 primeiros dias) 
TERÇO FINAL DA GESTAÇÃO 
 
Terço final: dar uma alimentação melhor, que não fique muito tempo no rúmen 
Ruminantes: alimentação não deve ser feita repentina/brusca (acostumar 
bactérias ruminais) 
 
Feto demanda energia da ovelha (principalmente gemelar) – ocorre 
translocação da gordura da ovelha para o feto. Ovelhas muito gordas, a 
translocação é muito fácil (ácidos graxos na corrente sanguínea) = toxemia na 
prenhez (excesso de corpos cetônicos no fígado) 
 Ovelhas gordas 
 Ovelhas magras ou subnutridas (campo) 
 
 A toxemia ocorre muito mais em partos gemelares porque a demanda 
energética do feto é maior 
 
LACTAÇÃO 
Período de maior requerimento alimentar 
Período mais crítico, principalmente no início da lactação 
Parição = balanço energético negativo (produção de leite) isso faz com que ela 
emagreça bastante (CC 1,5) 
Pico da lactação da vaca: 2, 3 meses 
Ovelhas: 2, 3 semanas (pico da lactação) 
Ovelha com parto gemelar produz em torno de 40% a mais de leite, tem 
demanda energética maior – varia de 30 a 50% 
 
Curva de lactação da ovelha: 
Pico (2, 3 semanas) e depois redução. 
A redução da produção de leite de um parto gemelar é maior do que um parto 
simples (queda maior) 
Depois de 12 semanas (3 meses) praticamente não há quase diferença entre 
um parto simples e um gemelar 
Grande parte dos desmames ocorrem com 3 meses de idade, quando a 
produção de leite já não é tão grande 
 
Importante: alimentar bem a ovelha durante 1 mês e meio (grande parte da 
produção de leite) 
 
TOXEMIA DA PRENHEZ 
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Mudanças esperadas na condição corporal de ovelhas em um ciclo de produção 
 
 
PERÍODO SECO 
Mantença = é bom que a ovelha não perca peso 
30 a 50g/dia 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA CC 
 É fundamental para metas e objetivos dentro da propriedade 
 De 1 a 5 
 
MONTA/ACASALAMENTO 3 – 3,5 
INÍCIO DA GESTAÇÃO
2,5 – 3 
FINAL DA GESTAÇÃO 3 – 4 
*tem que ter uma reserva, pois haverá 
balanço energético negativo após esse 
período 
PARTO PARTO SIMPLES: 3 – 3,5 
PARTO MÚLTIPLO: 3,5 – 4 
PÓS-PARTO 1 – 1,5 
DESMAME Mínimo 2 
 
 
Sempre fazer avaliação da CC! 
 
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CORDEIRO 
As imunoglobulinas passam pouco pela placenta dos ruminantes, então a 
imunidade do cordeiro é obtida através do colostro (fundamental tomar nas 
primeiras 6hrs após o nascimento). 
 
O cordeiro nasce como monogástrico. O quanto antes ele tiver acesso à 
alimentação sólida, antes ele se transforma em um ruminante funcional. 
Alimentação sólida: estimula as papilas ruminais e o desenvolvimento do 
rúmen 
(Volumoso ou ração) 
 
 Primeira semana até 10 dias: cordeiro só toma leite 
 A partir dos 10 dias: segue a mãe, come algo 
 Primeiro mês: totalmente dependente do leite 
 
CRESCIMENTO DO CORDEIRO 
Maior taxa de crescimento quando ele é jovem 
Pico da maior taxa de crescimento em torno das 20 semanas (5 meses) 
Quanto mais jovem: mais eficiente na utilização do alimento 
 
 
Eficiência: quilo de ganho 
 quilo de energia ingerida 
 
Aproveitar ao máximo a maior eficiência da utilização do alimento e a taxa de 
crescimento quando ele é jovem (interessante fazer o creep feeding) 
 
 Creep-feeding (só cordeiro): Maximiza o uso da ração (que é cara) 
quando dada ao cordeiro, pois haverá maior resposta, maior eficiência 
da utilização do alimento 
 
Boa pastagem não há necessidade de suplementação – dependendo do ganho 
de peso desejado 
 
Maiores custos na produção de cordeiros: mão de obra e alimentação 
Confinamento: alimentação é mais cara que mão de obra 
 
 Creep-feeding – só o cordeiro tem acesso a uma alimentação 
concentrada 
 Creep-grazing – só o cordeiro tem acesso a uma pastagem de melhor 
qualidade 
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Para aproveitar maior taxa de crescimento e maior eficiência alimentar do 
cordeiro 
 
Os cordeiros com creep-feeding e creep-grazing tem desempenho melhor, 
segundo alguns trabalhos 
Creep-grazing – cordeiros com melhor sanidade 
 
CARNEIROS 
Não tem muitos problemas ao longo do ano, porque em grande parte do ano 
eles estão em mantença. 
Fora da estação de monta, em campo natural com sal mineral, mantém o peso. 
 Excesso de peso/gordura pode ser deletéria para a produção de 
espermatozóides 
O carneiro não pode ficar muito gordo nem perder muito peso 
Espermatogênese: começa 60 dias antes 
Cuidado com o carneiro 60 dias antes do acasalamento é fundamento (fazer 
exame andrológico 60 dias antes) 
Durante o acasalamento: campo natural melhorado 
 
Cuidar com excesso de fósforo – cereais são ricos em fósforo (milho, aveia, 
trigo, centeio) e o macho tem o S peniano e apêndice vermiforme (acúmulo de 
sais, que promovem o cálculo renal - urolitíase). 
Equilíbrio entre Ca:P (2:1) 
Cobre – acumula aos poucos no fígado, doença metabólica silenciosa – sal 
mineral com excesso de cobre. Estresse: libera o cobre na corrente sanguínea 
= ocorre hemólise 
 Usar sal mineral específico para ovinos 
 
 
 
 
 
 
 
 
LÃ 
Mesmo em mantença, a lã cresce e ela é de baixo requerimento alimentar 
Se aumentar o consumo, aumenta a produção de lã (isso leva um tempo) 
crescimento lento, mas tem uma maior produção de lã por animal 
Ganho por área na produção de lã é maior que o ganho por animal 
 
Nos machos, o equilíbrio entre a nutrição e a 
reprodução se dá pelo ajuste da produção 
espermática com as condições nutricionais. Nesse 
caso, um erro no manejo nutricional ocasiona mais 
uma perda genética com a diminuição de seus 
descendentes, do que uma ameaça à vida do 
reprodutor e do cordeiro. 
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A lã é uma proteína sulfurada, é bastante dependente do enxofre (elemento 
chave) – solos com deficiência de enxofre pode ser um problema (o enxofre tá 
no sal mineral) 
 
Aumenta o consumo de matéria seca, aumenta o crescimento da lã 
Injeção de proteína sulfurada no animal: produção de lã aumenta muito mais 
 
Ovinos tem exigência de macrominerais 
 
Como fornecer o sal mineral? Conforme a pastagem, o solo e a categoria 
animal. Diferentes requerimentos. Varia muito conforme o clima, mais água e 
menos água, quantidade de nutrientes diferentes para ser fornecido para os 
animais. 
Não existe uma receita. Recomendação é fornecimento de sal mineral à 
vontade para todas as categorias sempre. 
O animal controla o consumo através do cloreto de sódio, ao chegar uma certa 
quantidade, eles não consomem mais, apesar de gostar muito. 
 
Quando falta o cloreto de sódio: apetite depravado. Ovelhas se mastigam. 
 
Cloreto de sódio = sal mineral 
Pressão osmótica, balanço ácido-básico, metabolismo da água... 
 
Microminerais: 
Cobre – intoxicação (ovinos embaixo de parreiras e frutas de clima temperado 
em que se faz tratamento de inverno) 
Cobalto – relacionado com a vitamina B12. 
Selênio – relacionado como a vitamina E, antioxidante – importante no 
crescimento e para a reprodução (tecidos) – folhas verdes 
 
Os ovinos conseguem extrair bastante água do alimento (em condições frias). 
Em climas quentes com pastagens de verão, há necessidade de fornecer água. 
 
MANEJO DE PASTAGENS 
 
 
 
Parte importante 
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DILEMA: O animal come o que faz a planta crescer (folha verde = fotossíntese) 
Comer demais essas folhas acaba com a planta, e ao mesmo tempo se comer 
de menos o animal não cresce. 
 
 
 
 
PRODUÇÃO DA PASTAGEM: energia solar (fotossíntese) + carbono = tecido 
da planta 
 Saber aproveitar ao máximo a energia solar (que é de graça) 
 Importante ter e manter uma quantidade de folha residual 
 
Brasil e RS: cordeiros nascem em julho/agosto (época fria) período que não 
tem muita pastagem e falta muita disponibilidade de pasto e requerimento 
alimentar. 
 
Os ovinos sobrevivem em condições adversas, com piores pastagens, porque 
eles conseguem selecionar um pouco de folha verde em pasto com material 
morto. 
Ele está sempre selecionando folhinhas novas (porque gosta de folha nova e 
folha verde) e assim consegue uma dieta melhor, com mais PB. 
 
 
 
 
À medida que aumenta a massa corporal nos ruminantes, vai ter um consumo 
cada vez maior conforme o peso. 
 Kcal/kgPV 
Animais menores: kgPV – comem mais 
 
O ovino tem mais superfície por kgPV e por isso tem um requerimento 
alimentar mais alto do que o bovino. 
 
Os ovinos tem um requerimento alimentar mais alto do que o tamanho do 
rúmen – taxa de passagem mais rápida – precisa comer uma dieta de melhor 
qualidade (mais digestível, conteúdo de proteína maior). 
 
 
 
 
 
1. Manter área foliar residual 
2. Ovino consegue sobreviver em condições mais áridas 
QUANTO O ANIMAL TEM QUE COMER? 
O ovino é um animal mais seletivo que o bovino 
 
Ruminantes menores: tem focinho mais bicudo (conseguem selecionar melhor o alimento) 
 Ovino tem o lábio fendido, e ele consegue manipular/pinçar o que vai comer através dos 
lábios. 
 
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3. Animal que tem alto requerimento alimentar (em relação ao bovino) 
4. Animal extremamente seletivo 
 
A - Área com poucos animais por área – pasto de azevém em estágio 
vegetativo, pasto baixo 
B – Mesma área com mais animais e a
mesma oferta de forragem 
animais comem mais, de boca cheia 
 
Oferecendo em diferentes alturas de pastagens, os ganhos e o consumo 
serão diferentes, devido a altura, massa de forragem, boca cheia (ou não) 
por bocado. 
 
O que faz a diferença é a forma como a pastagem é oferecida ao animal. Isso 
influencia o ganho e indica o consumo (principalmente pastagens de inverno 
em estágio vegetativo). Já na pastagem de verão, a folha é muito grande e o 
animal tem maior dificuldade para comer. 
 
 
 
Reflexos no ganho peso diário e na reprodução!!! 
 
O OVINO: 
o sempre come de acordo com o meio em que ele está 
o sempre tenta maximizar a taxa de consumo 
o sempre tenta aproveitar ao máximo o que tem disponível para ele 
 
 Pasto muito rapado: come tudo o que tem na frente e não seleciona 
(“cortador de grama”). Reduzindo seleção, come menos massa e come 
dieta de pior qualidade. 
 Oferta maior: seleciona mais e o que é melhor, come mais e de melhor 
qualidade. 
 
O ovino requer qualidade e quantidade de pastagem, apesar de sobreviverem 
em situações difíceis (em situações difíceis, não produzem adequadamente) 
 
10 – 15cm de altura = ideal para o ovino 
 
 Altura elevada: menor qualidade 
 
Quando a pastagem diminui o tamanho = menos massa de bocado 
Para compensar: mais bocadas por minuto (menores e mais rápidos) – pastejo 
por mais tempo („cortador de grama‟) 
 
IDEAL: BOCADA CHEIA 
 
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Verminose: as larvas ficam na base do pasto (principalmente em pastagens de 
inverno) junto do solo. 
Importante manter determinada altura da pastagem 
 Pasto muito alto também é ruim = mantém o ambiente com mais 
umidade junto ao solo e quantidade de larvas maior 
 
 Sempre o intermediário! Nem de mais e nem de menos. 
 
 Menor taxa de bocado = economiza energia para o ganho de peso. 
 
Pastagem de verão (alta) = pasto mais baixo, mais solo descoberto, mais 
planta daninha (anoni). 
milheto em torno de 30cm 
A entrada dos animais ocorre em torno de 20 – 25cm. Depois, os animais vão 
tentar manter a 30cm (não entrar direto nos 30cm) 
 
 Folhas muito grandes: difícil manipulação. Tempo por bocado aumenta, 
nº de bocados por minuto diminui. Reduz a ingestão quando o pasto é 
muito alto. 
 
 Azevém tem que tapar o casco dos animais (15cm) – pastagem de 
inverno 
 Milheto tem que bater na barriga (30cm) – pastagem de verão 
 
 Tamanho do piquete e número de animais = importante saber primeiro 
 
CAMPO NATIVO Em torno de 10cm de altura 
PASTAGEM DE INVERNO (animais 
em crescimento) 
10 – 15cm de altura 
PERÍODO SECO OU INÍCIO DA 
GESTAÇÃO 
10cm de altura 
TERÇO FINAL DA GESTAÇÃO E 
LACTAÇÃO 
15 – 20cm de altura 
 
PASTAGEM DE VERÃO (animais em 
crescimento) 
15 – 20cm de altura 
PERÍODO SECO OU INÍCIO DA 
GESTAÇÃO 
10 – 15cm de altura 
TERÕ FINAL DA GESTAÇÃO E 
LACTAÇÃO 
20 – 25cm de altura 
 
MILHETO (animais em crescimento) 25 – 30cm de altura 
PERÍODO SECO OU INÍCIO DA 
GESTAÇÃO 
20 – 25cm de altura 
TERÇO FINAL DA GESTAÇÃO E 
LACTAÇÃO 
30 – 35cm de altura 
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FERRAMENTAS DE MANEJO PARA CHEGAR NAS ALTURAS IDEAIS DAS 
PASTAGENS: 
 
1 – MÉTODO DA UTILIZAÇÃO DA PASTAGEM – rotativo ou contínuo 
 
 Não vai afetar tanto a questão da verminose, pq o haemonchus se 
mantém no pasto por quase 100 dias conforme a estação do ano. 
Tentar regular o consumo dos animais – quando a pastagem cresce menos do 
que o animal come (pastagem de inverno) pode ser utilizado o método rotativo 
forçando com que o animal coma numa área menor e economizando pasto na 
frente. Tem que usar animais com mais baixo requerimento alimentar (secas e 
em início de gestação). 
Método rotativo serve para controlar o consumo e economizar pasto 
Método contínuo: come tudo o que tem, mas não pode comer mais do que está 
crescendo o pasto 
 
Pastejo rotativo: 
 Controle do consumo 
 pastejo mais uniforme 
 manipulação de produção e oferta de forragem mais fácil 
 maiores custos (cerca elétrica, mão de obra) 
 
Pastejo contínuo: 
 consumo a vontade 
 sem seleção 
 formação de mosaicos (áreas mais pastejadas e áreas menos 
pastejadas) 
 mais difícil manipulação de produção e oferta de forragem 
 menor fluxo 
 
2 – SUPLEMENTAÇÃO 
 
Suplementação (volumoso) para controlar o consumo do pasto e para alimentar 
mais o animal (para controlar a altura do pasto e manter ele com a 
disponibilidade desejada) 
 Feno silagem = usar! 
Não dá pra depender só do clima, tem que ter um volumoso armazenado para 
controlar o manejo do pasto. 
 
Aumentar a produção de gramíneas (muitos animais e pouco pasto): 
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 uréia = acelera e aumenta a massa de forragem – adubação 
nitrogenada 
para aplicar a uréia, é preciso que o solo tenha um certo grau de umidade e ele 
não pode estar muito frio; área foliar (fotossíntese) – temperatura não pode ser 
abaixo de 10ºC 
 maior ganho por área, não por animal!!! 
1. Método de pastejo / utilização da pastagem – rotativo/contínuo 
2. Suplementação – feno e silagem/concentrado 
3. Adubação nitrogenada – uréia 
4. Separação de uma área – se crescer demais o pasto (e cortar esse 
pasto para transformação de feno e silagem) 
5. Pastejo misto – com bovinos, ajuda a manter a altura do pasto 
Com equinos e bovinos: ajuda a diminuir a haemoncose 
 
PLANEJAMENTO 
 Oferta de forragem 
 Demanda dos animais por forragem 
 
RECONCILIAÇÃO DE ESTOQUE 
Para fazer o planejamento, é necessário saber a evolução do rebanho ao longo 
do ano 
 
 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 
OVELHAS 432 432 432 528 528 480 480 480 480 480 480 480 
CORDEIROS 240 240 480 120 
CORDEIROS/BORREGAS 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 120 
BORREGAS 96 96 96 96 
 
Total: 480 
Encarneiramento: ABR/MAI 
Nascimentos: SET/OUT (metade/metade) 
360 cordeiros vendidos em dezembro (fica 120, pois 480 – 360 vendidos) 
120 JAN/FEV borregas 
24 borregas vendidas em NOV 
*invernadas vão passar o inverno 
Fica com as 96 melhores borregas para a reposição (20% dos 480) 
Das 96, saem 48 (ovelhas velhas, descarte após desmame) 
480 – 48 = 432 
432 + 96 = 528 
96 borregas vão ser acasaladas junto com as ovelhas 
Carneiro = sempre o mesmo número de animais todo o ano 
 
 Mês de maior requerimento alimentar = OUTUBRO (após parição) 
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 Mês de menor requerimento alimentar = JUNHO/JULHO (após o 
acasalamento) 
 Pico da lactação = forragem à vontade 
 
 
PRODUÇÃO DE LÃ 
 
o RS = berço da produção de lã no Brasil 
O ovino selvagem era praticamente todo coberto por pêlos. Com a seleção 
para a produção de lã, ele se transformou em um animal bastante diferente do 
que era o ovino selvagem há milhares de anos atrás = ovino doméstico. 
 
 
 
 
 
*lanilha aquecia o animal 
 
Pêlo X Lã = a diferença são as características da fibra 
 Pêlos são fibras mais grossas com medula continuada 
 Lã tem fibra mais fina e muitas vezes não tem medula ou tem medula 
contínua 
 
Lanilha tem características da lã, foi o produto da seleção. 
 
Merino australiano = maior raça produtora de lã. 
Está para a ovinocultura assim como a raça Holandesa está para a 
bovinocultura de leite. 
 
FIBRAS LONGAS = pêlos 
FIBRAS CURTAS = lanilha 
PELE
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Com o tempo e a seleção massiva para a produção de lã, se perderam 
algumas características desses animais. Um animal coberto de lã tem maiores 
dificuldades de trocas com o meio, perdeu um pouco da capacidade de 
constrição periférica dos vasos. 
 
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS QUE SE DIFERENCIA DO PÊLO: 
 Capacidade elástica – elasticidade 
 Flexibilidade 
 Suavidade – relacionada com a finura da lã: quanto mais fina, mais 
suave 
 Igroscopicidade – capacidade de absorção de água 
 Cor branca – importante para a indústria (quanto mais branca, melhor) 
 Resistência ao fogo 
 
A china é um grande produtor de lã pela população de ovinos existente, mas 
também é um grande consumidor (produção e importação) 
Os grandes importadores de lã são os países mais ricos do mundo, no 
hemisfério norte 
 
Grandes produtores de lã (hemisfério sul): 
1. Austrália (Merino australiano) 
2. China 
3. NZ 
4. argentina 
5. uruguai 
 
 
 Vesturário: lã de melhor qualidade 
 Interiores: carpetes, tapetes, cortinas 
 Industriais: filtros de automóvel (piores lãs) 
 
EXIGÊNCIAS INDUSTRIAIS: 
Quanto menor o diâmetro da fibra, melhor e mais suave e mais coisas 
consegue-se fazer com ela. Mas tem que ser resistente. 
A indústria exige um comprimento da fibra mínima 
Coloração mais branca – indústria paga mais 
Lã com ausência de contaminantes – lã limpa 
Lã fria: pode ser usada tanto no verão quanto no inverno 
 
FOLÍCULOS PILOSOS PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS: 
Folículos primários: 
 maiores que vão produzir pêlos (fibra mais grossa, com medula 
continuada) 
GRANDES IMPORTADORES = 
HEMISFÉRIO NORTE (PAÍSES RICOS) 
GRANDES PRODUTORES = 
HEMISFÉRIO SUL 
CHINA = PRODUZ E CONSOME 
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Associado ao primário: 
 tem a glândula sudorípara que produz o suor e glândulas sebáceas 
(subst. Gordurosa para proteger a fibra e evitar nós com outras fibras) 
 músculo pilo eretor 
Ao redor dos primários, surgem durante o período fetal os folículos secundários 
que vão dar origem á lã. 
 
Folículos secundários: 
 menores que vão dar uma fibra com pouca medula ou sem medula, que 
vão gerar a lã. 
 Podem ou não ter glândula sebácea 
 não tem gl. Sudorípara nem músculo pilo eretor 
 
Na pele do animal esses folículos primários estão dispostos em grupos de 3 
chamados de tríade 
Ao redor dos primários temos os secundários que são vários. 
 
Quanto mais selecionado para a produção de lã for o animal, a relação folículo 
primário – secundário vai ser menor. Vai ter mais secundário em relação ao 
primário. 
 
SURGIMENTO DOS FOLÍCULOS: 
Os folículos primários vão surgir em torno dos 40 dias de período fetal 
Eles vão estar sendo criados até os 90 dias de período fetal. Crescem em 
ondas, começa no focinho em volta dos olhos do feto e depois patas, e corpo 
inteiro. 
No final da formação, nos 90 dias, começam a surgir os folículos secundários 
ao redor dos primários. 
 
 A nutrição durante a gestação tem um efeito na formação desses 
folículos. (principalmente terço final) 
 Os folículos secundários se formam até o final da gestação. 
 
Os cordeiros nascem com todos os folículos, mas muitos desses folículos vão 
amadurecer até 1 ano de idade. 
Gl. sebácea tem secreção contínua 
Suorda = lanolina (parte gordurosa separada) 
 
A produção de lã tem herdabilidade elevada, acima de 40% de H 
Merino: 20 folículos secundários para 1 folículo primário 
 
 A lã de boa qualidade não tem medula 
Lã mais fina tem bastante escamas, mas são escamas menores 
Escamas maiores refletem mais a luz do que escamas menores 
UFRGS – produção e manejo de ovinos PROVA 2 Renata K. M. Marcançoli 
A lã mais fina é mais opaca do que uma lã mais grossa 
A medula dificulta o tingimento 
Quanto mais grossa a lã, mais medula ela vai ter 
 
COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA LÃ 
Praticamente proteína, queratina, 18 aminoácidos essenciais (cistina e 
metionina são os principais – sulfurados). 
Enxofre é importante para a produção de lã. 
 Carbono, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio e enxofre. 
 
FATORES QUE AFETAM A PRODUÇÃO DE LÃ 
 Idade do animal - prod. Máx 2 – 3 anos de idade 
 Carneiros produzem mais lã do que o capão e o capão produz mais que 
as ovelhas 
 Carneiros tem mais superfície pq são maiores 
 Ovelha tem maior variação fisiológica durante a ano (gestação, parição, 
lactação) 
 Efeito materno – filhos de borregas ou de partos gemelares produzem 
menos lã 
 Ovelhas durante gestação e lactação reduzem a produção de lã 
 
No inverno, animais mal nutridos: a lã afina e pode quebrar 
 
A gestação e a lactação podem piorar a produção e a qualidade da lã 
 
 Finura da lã – máxima importância – quanto mais fina, mais suave 
 Comprimento de mecha não muito curta 
 Coloração branca 
 Menos material vegetal 
 Menos variação do diâmetro 
 
Lã mais fina: merina – menos de 22 micras de finura 
Amerinada – 22.1 a 23.4 
Prima A 
Prima B 
Cruza 1 até 6 
Crioula 
 
 Não se deve esquilar o animal mais de uma vez por ano, pois a mecha 
pode ficar muito curta. A esquila se faz a cada 12 meses. 
80% do valor é pela finura e 20% pelo comprimento 
Cardar: colocar todas as fibras de lã no mesmo sentido 
Urina mancha a lã 
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Onde ensacar a lã? Sacos de semente e de adubo que soltam fios de plástico 
podem contaminar a lã (sacos trançados). 
 Sacos de polipropileno desfiam 
 Saco bom para colocar a lã – polietileno 
 
A visualização da finura da lã é feita pelo número de ondas que ela possui 
Lã grossa tem ondas maiores mas menos frequentes 
Lã fina tem ondas menores mas mais frequentes 
Lã de capacho tem afinamento durante o inverno por causa da nutrição (fibras 
soltas no velo e outras crescendo) 
Saco de juta é o mais usado – tecido vegetal – indústria não gosta muito, mas 
é o que o produtor usa. Também desfia. Ideal é saco de polietileno. 
Dois tipos de saco de juta (uruguai e nordeste – nordeste pior qualidade) 
 
TOSQUIA 
Qualidade da lã pode ser perdida com a esquila 
A tosquia é muito importante 
 
 Separar categorais – porque cada categoria tem uma variação de lã 
 Limpeza das partes manchadas com fezes e urina 
 O que chega na indústria é aproveitado em torno de 60% após a limpeza 
 
2 TIPOS DE TOSQUIA: 
 Tradicional – RS, tesoura martelo ou máquina elétrica – esquila 
primeiro o velo (todo o corpo) e depois pata e barriga. Amarra o animal. 
 Tali hay – australianos pensaram em uma esquila para ser mais 
eficiente, porque a mão de obra é cara. Sentar o animal e esquilar 
barriga e pata sem prender e depois esquilar o resto. É o que se 
recomenda, é melhor para o animal e é mais rápido e mais eficiente. 
Menos estresse para o animal e se aproveita mais a mão-de-obra. 
Menor ocorrência de recortes na lã. 
 
Passos para a esquila tali hay: 
 Derrubar o animal 
 Nunca se deve passar a tesoura duas vezes no mesmo lugar, por causa 
do comprimento do velo 
 Tesoura sempre no mesmo sentido 
 Barriga e pata e depois velo 
 Macho: cuidar prepúcio, pênis e testículos 
 Fêmea: cuidar úbere 
 
Se deve evitar pisos que não consegue varrer: terra ou concretos mal feitos. De 
preferência piso de madeira. 
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Mesa para estender o velo, para tirar pontas queimadas e manchados 
Separar lãs de categorias e por partes (pata, barriga, manchadas,
etc) 
Classificar velos conforme origem 
 
 Após tosquia, tratar animais que tiverem com ferimentos decorrentes 
desta 
 
 
MANEJO SANITÁRIO 
 
Pilares que sustentam a produção animal (independente da espécie) 
 
1. Sanidade 
2. Manejo integral 
3. Genética (reprodução – seleção) 
4. Nutricional (volumosos, concentrados e água de boa qualidade) 
 
O manejo sanitário é composto por uma engrenagem onde temos: 
 Manejo sanitário preventivo 
 Manejo sanitário curativo 
 
Doença: perdas na produção 
Quais os custos de uma doença instalada na produção? 
 Diminuição da produção do que o animal poderia estar produzindo 
(carne, lã) 
 Gastos – mão-de-obra, cura, tratamentos, descarte dos animais 
 
MANEJO SANIÁRIO CURATIVO: 
Diretamente relacionado com as perdas: mão-de-obra e tratamentos, e 
carência de medicamentos 
Identificar e tratar os problemas – ações curativas 
Levar em consideração o custo – benefício 
O que é mais em conta? Curar ou prevenir? 
 Prevenir sempre é mais barato do que tratar os animais 
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AÇÕES PREVENTIVAS: 
1. Andar o campo e olhar os animais – revisar o rebanho diariamente e 
fazer a recorrida de campo 
2. Criar os animais em ambiente limpo e higiênico 
3. Proteção contra chuva, vento e sol (bem-estar animal) 
4. Diminuir a incidência de moscas e roedores que funcionam como 
vetores para muitas doenças 
5. Fornecer alimentos e água frescos com qualidade e quantidade 
necessária 
6. Identificação dos animais 
7. Separar e manejar os animais em grupos em categorias e faixa etária 
8. Fazer manejo santiário preventivo e prático do rebanho 
9. Calendário de procedimentos, vermifugações e vacinações 
10. Isolar animais aparentemente doentes (precisa fazer a recorrida de 
campo) 
11. Descartar animais com doenças crônicas 
12. Fazer quarentena para novos animais que entrarem na propriedade 
(pode ser 30, 20 dias – de acordo com o manejo sanitário e medidas 
tomadas) – período isolado do animal para controle e vista melhor, não 
precisa ser necessariamente 40 dias – observação do animal 
13. Utilizar equipamentos limpos, desinfetados e descartáveis 
14. Reduzir o estresse no rebanho através de um manejo geral adequado – 
ovinos são animais estressados, estresse diminui a imunidade 
(treinamento dos funcionários) 
15. Pesquisar e avaliar sempre as causas de morte no rebanho – causas de 
aborto 
 
 O manejo sanitário é planejado dentro de cada propriedade (“da porteira 
para dentro”) 
 
DOENÇAS: 
Doenças de ovinos podem ser classificadas em: 
 Infectocontagiosas – agente bacteriano ou viral 
 Doenças metabólicas e carenciais 
 Doenças parasitárias 
 
DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS: 
Foot-rot 
 principal doença do sistema locomotor de ovinos 
Infecção da pele do espaço interdigital (entre os dígitos, cascos – ovinos são 
biungulados, tem 2 cascos) 
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Ele se dá pela ação sinérgica de duas bactérias (precisa ter essas duas 
bactérias no ambiente para ter a doença): Dichelobacter 
nodosus e Fusobacterium necrophorum 
 
Transmissão: precisa ter um animal portador de dichelobacter nodosus no 
ambiente, ele pode ter sido inserido no rebanho sem quarentena em épocas do 
ano em que tenha muita chuva e calor, o que propiciam o amolecimento do espaço 
interdigital, que permite a entrada de bactérias. 
Animal portador + ambiente propício = disseminação da doença no rebanho. 
Casqueamento sem desinfecção 
 
Claudicação em diferentes graus dependendo da gravidade das lesões 
Podem estar avançadas, animais pastam ajoelhados 
Lesões benignas ou virulentas (dependendo da cepa) 
 Benigna: avermelhamento – úmido – odor fétido no interdígito 
 Virulenta: necrose dos tecidos moles e deslocamento do casco 
Miíases são complicações recorrentes 
 
Prevenção: 
ambiente: umidade e calor e alta densidade populacional 
hospedeiro: bactérias não penetram em pele íntegra. Pastos limpos que não 
tenham muitas pedras. 
Agente: quarentena, saber identificar cepas 
 
Controle: Casqueamento anual – pelo menos uma vez por ano, corretivo e 
preventivo (corta até onde não sangra) 
Selecionar animais com alteração no casco: vermelhidão, casco com grande 
crescimento, etc. 
Animais sadios passam pelo pediluvio e são colocados em pastagem por 14 dias 
(tempo que a bactéria sobrevive no ambiente) 
Animais doentes passam pelo pediluvio 4 vezes (a cada semana) e depois são 
colocados em pastagem limpas 
 Animais com lesões crônicas devem ser removidos do rebanho 
 
PEDILÚVIO: 
Sulfato de cobre ou zinco ou formalina 
Sulfato de cobre pode manchar a lã – cuidado 
Formalina – difícil de comprar – mais utilizada 
Sulfato de zinco – é mais caro 
 
Ectima contagioso 
 ZOONOSE 
causada por um vírus parapoxvírus 
Se multiplica na junção muco cutânea – lesões cheias de crostas 
Animais imunossuprimidos e jovens (desmame) 
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Transmissão: contato direto com as crostas, onde o vírus está presente 
Penetração ocorre em feridas e escarificações, não penetra em pele íntegra 
Local de preferência: comissura labial 
 
Controle: evitar superlotações, limpezas das instalações, limpezas dos materiais e 
evitar escarificações. 
Manejo de colostro ideal e nutrição ideal, evitando situações de estresse, evita 
problemas com ectima 
 Vacina deve ser utilizada somente em propriedades onde tem ectima, 
vacina com virus vivo. Somente em propriedades onde já tenha tido o 
ectima 
Vacinar cordeiros entre 15 e 20 dias de idade e ovelhas 6 semanas antes da 
parição 
 
Ceratoconjuntivite 
 doença relacionada a imunossupressão 
Bactérias de diversos gêneros, em especial o mycoplasma 
Conjuntivite – olhos fechados, lacrimejantes, opacidade da córnea (dependendo da 
gravidade) – dor e incomodação 
 Animais jovens, recém desmamados, sem colostro, ambientes sujos – 
propícios 
 Animais adultos com estado nutricional inadequado e doenças recorrentes, 
ambientes sujos, poeira – propícios 
 
Controle: cuidado com a introdução de animais sem quarentena 
Isolar os animais doentes 
Alta morbidade 
Evitar pastos altos e grosseiros, exposição a poeira e moscas devem der evitadas 
Lesões são reversíveis e tem alto cura de 10 a 21 dias. 
 
Medidas curativas: colírios a base de tetraciclina, animal isolado com boa 
nutrição 
 
Linfadenite caseosa 
doença crônica com formação de abscessos purulentos e secreções caseosas 
„mal do caroço‟ 
Aumento de volume na região dos linfonodos uni ou bilateral 
Bactéria corinebacterium pseudotuberculosis 
 
Transmissão: está relacionada com animais portadores, que tenha a linfadenite, a 
ruptura do abscesso contamina o ambiente e os outros animais (oral ou cutânea, 
aerógena) 
 Rompimento do abscesso 
Bactéria permanece muito tempo viável no ambiente. Solo: até 8 meses viável 
UFRGS – produção e manejo de ovinos PROVA 2 Renata K. M. Marcançoli 
Controle: não deixar o abscesso romper no ambiente, isolamento imediato do 
animal afetado, fazer drenagem do abscesso antes de romper, limpeza com 
solução fisiológica, animais permanecem isolados até completa cicatrização da 
ferida. 
Descarte do material após limpeza do abscesso. 
Evitar disseminação do agente 
Desinfecção dos instrumentos e instalações 
Aquisição de animais de plantéis limpos 
Nordeste tem ocorrência maior da doença (vegetação) 
Controle especial na tosquia desses animais, medidas higiênicas 
Animais jovens devem ser
tosquiados primeiro do que os mais velhos 
existe vacina e tá sendo testada 
 
clostridioses 
vacina polivalente anual 
 
 vacinação: clostridioses e raiva (em lugares endêmicos) 
 
DOENÇAS METABÓLICAS E CARENCIAIS: 
 estão diretamente relacionadas com manejo nutricional 
 
urolitíase: 
principalmente em machos que tem uretra maior e posições anatômicas como o S 
peniano e o apêndice vermiforme que facilita a obstrução 
castrados antes dos 5 meses faz com que a uretra não tem crescimento total, é 
mais fina, também favorece a obstrução 
 
principal causa: erro no manejo nutricional, alimentação rica em concentrado com 
baixa fibra e rica em fósforo em relação ao cálcio 
 
toxemia da prenhez: 
superalimentação ou subalimentação no terço final da gestação 
 super: passam por momentos de estresse que gera anorexia aguda que 
desencadeia a cetose 
 sub: exigência energética maior para a manutenação dessa gestação, 
mobilização de gordura e produção de corpos cetônicos 
 
prevenção: manejo nutricional adequado no terço final da gestação 
identificação de animais de partos multiplos para ter aporte nutricional adequado 
para manter a exigência energética 
 
intoxicação por cobre: 
ingestão de alimentos com altos níveis de cobre 
UFRGS – produção e manejo de ovinos PROVA 2 Renata K. M. Marcançoli 
os ovinos tem alta capacidade de armazenar cobre no fígado e baixa capacidade 
de excreção no fígado, causando toxicidade 
bovinos são mais tolerantes ao cobre 
sais minerais de bovinos tem alta quantidade de cobre – usar sal mineral exclusivo 
para ovinos!! 
cuidar ração com níveis de cobre 
principal sinal: urina cor de coca-cola 
 
DOENÇAS PARASITÁRIAS: 
 
sarna: 
coceira e lesões de alopecia 
piolho: 
ocorrem no inverno quando a lã tem o crescimento máximo. Coceira intensa. 
 
 Nessas duas doenças os animais tem menor ganho de peso porque ficam 
incomodados e deixam de se alimentar. 
 
Piolhos hematófagos podem causar anemais, danos na qualidade da lã 
 São doenças de notificação obrigatória no RS 
 
Controle: 1 tratamento profilático injetável ou tópico após a tosquia, banhos feitos 
até março, identificação dos animais tratados e a contagem do rebanho a cada 
tratamento 
Banhos de asperção não são mais utilizados 
 
Miíases: 
larvas de moscas que se desenvolvem em lesões cutâneas dos animais 
 
Controle: evitar lesões na tosquia e assinalamento, dosificações e cirurgias 
Colocar repelentes de moscas 
Cura de umbigo 
 
Verminoses gastrointestinais: 
 principal enfermidade 
 Gastos, prejuízos e uso indevido de anti-helminticos 
 Altas perdas econômicas – perdas diretas: morte do animal, doença em si, 
diminuição do ganho de peso, condenação de carcaça, leite / Perdas 
indiretas: suscetibilidade a outras doenças, diminuição da eficiência 
reprodutiva e conversão alimentar 
 
Abomaso: haemonchus* 
UFRGS – produção e manejo de ovinos PROVA 2 Renata K. M. Marcançoli 
 Haemonchus é o principal vilão, o mais permanente. Ação de hematofagia, 
causa anemia por perda de sangue de 0,05ml (cada larva se alimenta). 5 
mil a 10 mil ovos. 
Sinais na propriedade que esteja com haemonchus: anemia, mucosa de 
coloração branca ou pálida, hipoproteinemia (sugam todos os componentes 
sanguíneos) edema da terceira pálpebra e papeira. 
Outros parasitos: diarréia 
 
Controle parasitoses: 
planejamento estratégico, pensando no ciclo das parasitoses: Parasita, ambiente e 
hospedeiros. 
 95% dos parasitas estão no ambiente 
 5% parasitando os animais 
Carga maior de parasitas no ambiente 
 
 Pastejo com alternância de espécies – bovinos e equinos 
 Pastejo com alternância de categorias – animais mais jovens são mais 
suscetíveis 
 Manter lotação adequada do campo – quantidade de fezes e contaminação 
 Formação de pastagens anuais 
 Produção de feno – pastagens são ressecadas e diminui contaminação 
 Pastoreio rotativo – é útil mas precisa ser muito bem planejado 
 
Hospedeiro: idades mais suscetíveis – 4 meses a 15 meses de idade 
Bom estado nutricional tem melhor resposta imune. Subnutridos são mais 
suscetíveis. 
Raças deslanadas são mais resistentes a verminoses (Santa Inês, Morada Nova) 
 
Animais resistentes, resilientes e suscetíveis no rebanho 
1. Resistentes: imunidade do animal diminui o número de ovos do parasita, 
conseguem combater a infecção. 
2. Resilientes: tem habilidade de resistir a infecção parasitária. Suportam os 
efeitos e mantém a produtividade. Continuam contaminando os pastos, 
problema. Não demonstram sinais. 
3. Suscetíveis: vão ficar doentes e vão morrer, independente da carga 
parasitária. 
 
Distribuição dos 5% dos parasitas que habitam nos animais: 
80% estarão em 20% dos animais do rebanho (suscetíveis) 
 80% dos parasitas em 20% dos animais 
 Poucos animais do rebanho com maior carga parasitária 
 
 Descarte dos suscetíveis 
 Identificar os animais resistentes e fazer cruzamentos, para aumentar a 
genética da resistência 
 Dar um bom aporte nutricional para esses animais 
UFRGS – produção e manejo de ovinos PROVA 2 Renata K. M. Marcançoli 
 Manejo nutricional*** - Boa nutrição, conseguem passar pela infecção 
parasitária 
 
Controle parasitas: 
1. Parasitas resistentes ao anti-helmintico 
2. Sensíveis 
3. população refúgio (aqueles que estão no ambiente e ao dosificar o animal, 
não entra em contato com o vermífugo pq está no ambiente) 
 
NÃO ELIMINA O PARASITO: 
 Intervalos curtos entre tratamentos faz com que as larvas tenham contato 
com o vermífugo e fica resistente 
 Rotação rápida com princípios ativos, seleciona as mais resistentes 
 Tratamento de todos os animais do rebanho, os que não necessitam 
recebem tambem 
 Dose, concentração e subdoses – manejo inadequado 
 Aquisição de animais com parasitas resistentes 
 Manejo inadequado no momento do tratamento 
 
Planejamento estratégico do controle da verminose: 
Diminuir o uso de vermífugos nas propriedades – urgente – dosificação estratégica 
Custos X benefícios 
Associar a esse tratamento um manejo de pastagem, manejo nutricional... 
 
 Cordeiros vermifugados apenas no desmame, ovelhas pré-cobertura, 2 
semanas antes do parto e 48hrs pós-parto e no desmame dos cordeiros 
Carneiros vermifugados apenas na pré-cobertura 
 
Diagnóstico individual – grau de anemia 
4 a 5 do sistema famacha 
Famacha: associa diferentes colorações de mucosas com valores do hematócrito 
Dosificação dos animais que apresentam apenas esses graus 
Cuidados na utilização: treinamento técnico, certeza absoluta que é o 
haemonchus que está envolvido na parasitose (coprocultura e identificação). 
Grande quantidade de animais no rebanho com anemia: vermifugar todo mundo 
 Utilizar vermífugo com eficácia acima de 90% 
 
Tratamento estratégico de acordo com o número de OPG 
Quando tem rebanhos pequenos, OPG individual 
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CARCAÇA OVINOS – CORTES DE CARNE 
 
Crescimento do cordeiro: 
Nasce em torno de 4kg 
 
Máxima taxa de crescimento se dá em torno das 20 semanas ou 5 meses de idade 
(varia conforme nutrição e raça) 
Essa taxa de crescimento vai diminuir até o animal chegar a fase adulta 
 
Por que se faz creep-feeding? Porque nessa fase mais jovem é que eles são 
mais eficientes no uso da alimentação. 
Alimentação = ganho de peso 
Ração é cara, só o cordeiro come, ovelha não. 
 
o Quando mais jovem o animal, mais eficiente ele é 
 
Formação dos diferentes tecidos nesse crescimento: 
 Gordura 
 Músculo 
 osso
O cordeiro nasce proporcionalmente com menos gordura, mais osso e mais 
músculo. Com o passar do tempo, o que mais varia é a gordura, a medida que o 
animal envelhece, é o que vai diferenciar se ele está pronto para o abate. 
 
herdabilidade dessas características: 
EGS ou ALD (área do longissimus dorsis) – não tem herdabilidade muito grande 
porque a nutrição tem grande importância e o ambiente também 
 Herdabilidade mede o que é genético 
 
Gordura e músculo estão relacionadas com a nutrição 
O que é mais relacionado com a genética são as relações músculo X gordura 
 
 Ideal = lã 
 Corriedale = carne 
 
Ideal acumula gordura antes que o corriedale 
UFRGS – produção e manejo de ovinos PROVA 2 Renata K. M. Marcançoli 
 As raças de lã são mais precoces no acúmulo de gordura do que as raças 
de carne 
Se quisermos a mesma quantidade de gordura, tem que abater em momentos 
diferentes 
 
Em que momento devemos abater o cordeiro? 
Quem vai definir é o mercado para onde você vai abater, é o consumidor. 
 No RS: cordeiro menor, em torno de 12 – 15kg – animal em torno de 30-
35kg de PV mas que esteja em uma CC em torno de 3 – 3,5 e que seja 
dente de leite 
 EUA: carcaças grandes (suffolk) 40-50kg – 80kg de PV 
Os animais na Europa são quase sempre terminados em confinamento, com ração 
 Em SP e PR: carcaças um pouco maiores 
 
No pré-abate tem que estar em bom estado sanitário 
Sul e sudeste: 30-40kg PV 
 Antes do abate: 24hrs em jejum, recebendo apenas água em 12hrs 
(limpeza) 
 
 É fundamental que o animal não sofra estresse antes do abate 
 Tenha instalações e manejo adequado do animal antes do abate 
 Não pode ter hematomas na carcaça - Instalações tem que ser mais 
arredondadas possível 
 Evitar animais soltos no transporte 
 Caminhões exclusivos para transportes de cordeiros na espanha 
 Nunca levar um cordeiro sozinho, pelo menos 5 (animais gregários) 
 Máximo de cuidado e mínimo de estresse 
 
ABATE 
Tem que ser o mais humanitário possível, animal não pode sofrer no momento do 
abate 
Conversão do músculo em carne 
Insensibilização ou situação inconsciente 
Por questões religiosas existem maneiras em que não se faz a sensibilização 
Kosher – método judaico 
 
 Animal não deve sofrer – sofrer o mínimo possível 
 Levar os cordeiros sempre em grupos 
 
Quanto mais rápido fazer a sangria, melhor (entre a insensibilização e a sangria) 
 O sangue tem um pH próximo de 7 – meio de cultura muito bom – quanto 
mais sangue tirar da carcaça melhor (coração batendo e pressão arterial) 
 
Esfola = tirar o pelego do animal - Não se usa faca, evitar contaminação da carne 
o mais rápido possível 
Não pode rasgar o pelego nem gordura subcutânea 
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Retirar vísceras = amarrar o ânus para que todo o conteúdo do intestino não suje a 
carne 
Carcaça é pesada no final, carimbada. 
 
Características da carcaça: 
1. Peso 
2. Estado de engorduramento 
3. Conformação da carcaça – espessura de carne da gordura subcutânea em 
relação as dimensões do esqueleto – convexa, retilínea ou subconcava 
 
Raça, sexo, idade, alimentação, sistema de criação, sanidade 
 
 Raças específicas para produção de carne tendem a ter mais músculo e 
menos gordura, e conformação mais convexa da carcaça 
 
Ovelhas depositam mais facilmente a gordura do que o capão e do que o carneiro 
(tem menos gordura, principalmente na paleta) 
Carneiro é maior 
Quanto mais velho, mais gordura vai ter, maior tamanho de carcaça 
 
 Alimentação tem grande influência na qualidade da carcaça 
 Doença atrasa a deposição de gordura 
 
Rendimento de carcaça de um ovino: 42 - 43% 
Raças mais específicas para carne: 47 – 48% 
Sempre é mais baixo do que o bovino 
 
Gordura: evita-se o ressecamento da carcaça e a protege contra microrganismos 
Camada de gordura é importante 
 Tem que ter gordura para proteger a carcaça 
 
Tipificação de carcaças 
Carcaças mais parecidas. Define um tipo de padrão, com normas para uma 
carcaça boa ou ruim. 
Muito teórico, frigorífico não se importa 
 
Parâmetros qualitativos e quantitativos de avaliação de carcaça 
Quantitativos: medidas objetivas que pode calcular em relação a avaliação de 
carcaça 
 Peso vivo do animal 
 Peso vivo ao abate 
 Perda de peso ao jejum e depois do jejum 
 Peso da carcaça quente – depois do abate 
 Rendimento de carcaça quente 
 Peso da carcaça fria – após 24hrs de resfriamento 
 Rendimento de carcaça fria ou comercial 
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 Peso ao resfriamento – quanto perdeu ao ser resfriado 
 
Qualitativos: parâmetros de qualidade da carne 
 AOL – músculo – área do longissimus dorsi entre a 12 e 13 costela 
 EGS – espessura de gordura subcutânea 
 Marmoreio – não é tão importante como em bovinos 
 pH – mais importante. O que vai medir o quanto o músculo se transformou 
em carne. O processo se dá através da diminuição do pH, chegar a 5. A 
carne tem que ter o gosto mais ácido. Animal estressado não consegue 
reduzir o pH. DFD: pH superior a 6 (carne seca, firme, dura e escura, 
quando não se consegue baixar o pH) 
 cor – mais avaliada na hora de comprar, depende da idade e da 
alimentação do animal 
 maciez – não é tão importante em ovinos mas é importante na redução do 
pH 
 suculência 
 
*refrigerar a carne antes de congelar (24hrs) 
Se precisar congelar antes, choque 
 
Cortes: 
Diferentes tipos de cortes 
RS: separar a paleta, a perna e o lombo (entre os ossos da bacia e as costelas) 
Costelas verdadeiras (ultimas 8 costelas dorsais), falsas (primeiras 5 vértebras 
dorsais) 
Pescoço 
 
 Vende para churrasco ou boutique de carnes, restaurantes mais finos 
 
 
 
MANEJO REPRODUTIVO 
 
 Melhor maneira de se medir a eficiência reprodutiva 
UFRGS – produção e manejo de ovinos PROVA 2 Renata K. M. Marcançoli 
Nº cordeiros desmamados no ano 
 
Nº de ovelhas acasaladas 
 
RS: taxa de desmame é de 50 – 60% 
Duração do ciclo estral: 16 – 17 dias 
Duração do estro: 30 – 36 horas (em borregas de 10 a 24hrs) 
 
 Existe mais rufião em ovelhas do que em outras espécies, porque as 
ovelhas não demonstram „escandalosamente‟ o seu cio 
 
Duração da gestação: 146 a 152 dias (mais ou menos 5 meses) 
Parto gemelar: mais curta a duração (146 dias) 
Ovulação ocorre no terço final do estro 
Observar o cio de manhã, inseminar a tarde 
Borrega entra na puberdade ao 5 – 7 meses 
Raças com taxas maiores de ovulação entram mais cedo em puberdade 
*se acasalar uma borrega que ciclou a primeira vez porém não cresceu muito 
ainda, vai ter um carneiro menor - Fêmea precisa de 70% do peso adulto para 
acasalar 
Quanto mais precoce o acasalamento, melhor 
 
Fatores que afetam a puberdade e a cobertura: 
 Genética 
 Raça – algumas tem mais facilidade de ter partos gemelares 
 Nutrição – idade e peso corporal 
 Subnutrição 
 Tipo de parto – simples ou gemelar 
 Luminosidade 
 Efeito macho 
 
CUIDADOS PRÉ- ACASALAMENTO: 
 Preparar 30 dias antes (depois que acasalar, não se deve manejar – 
período crítico) 
 Revisão do animal: tem mastite? Tem rachadura no teto? Tem miíase? 
Glândula mamária está ok? 
 Casqueamento – se o animal não tiver com o casco adequado, não vai 
conseguir ficar de pé e isso vai atrapalhar a reprodução 
 Aplicar vermífugo sempre independente do OPG e de tudo. Aplicar em 
todas. 
 Avaliação do ECC 
 Pesar 
 
ESTACIONALIDADE REPRODUTIVA: 
As ovelhas respondem a redução do
fotoperíodo 
Acasalamento no outono e parição na primavera 
UFRGS – produção e manejo de ovinos PROVA 2 Renata K. M. Marcançoli 
Raças de latitudes maiores respondem mais ao fotoperíodo – suffolk, texel, 
hampshire down, romney marsh* 
 As raças de carne tem sido mais prolíficas 
 
SISTEMAS DE REPRODUÇÃO: 
MONTA NÃO CONTROLADA – deixar as ovelhas com os carneiros “a deus dará” 
Ocorre com produtores que não dão muita bola, não é legal 
É IMPORTANTE TER ESTAÇÃO DE MONTA, vai concentrar o nascimento dos 
cordeiros 
 Fertilidade 
 Alimentação 
 Clima 
 Mercado 
São fatores que influenciam a determinação do período para reprodução 
 
 Duração da monta: 42 a 56 dias 
 
PINTAR OS CARNEIROS: 
Amarelo – 0 a 14 dias 
Verde – 15 a 28 dias 
Rosa – 29 a 42 dias 
Preto – RUFIÃO – 43 a 60 dias 
 
Pode acontecer da ovelha não emprenhar e entrar no cio novamente (vai ficar com 
mais cores) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UFRGS – produção e manejo de ovinos PROVA 2 Renata K. M. Marcançoli

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