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Aula 3: ULTRAESTRUTURA DE BACTÉRIAS 1 2 Carl Woese (1977): 3 domínios (rRNA) 2 3 Seis Reinos – Império Prokaryota – Reino Bacteria – Império Eukaryota – Reinos: Protozoa – Animalia – Fungi – Plantae – Chromista/Straminipila 3 Eubacteria Archaebacteria Procariotos X Eucariotos 5 6 PROCARIOTOS – Domínios Bacteria e Archaea 7 PROCARIOTOS – Domínios Bacteria e Archaea 8 Características das bactérias Procarioto Unicelular Reprodução assexuada Nutrição por absorção Metabolismo diversificado (heterotróficas e autotróficas) Número de cromossomos: a maioria 1 cromossomo, circular DNA fita dupla. 9 Tamanho 2 à 8 micrometros (µm) 0,2 à 0,5 µm Epulopiscium fishelsoni- simbionte do peixe-cirurgiao (600µm de comprimento). 10 Morfologia celular Formas mais comum de bactérias 11 Arranjos Arranjo de cocos 12 Arranjo de bacilos Bacilos ≠ Bacillus Bacillus sp. 13 Bactérias espirais Flagelos Filamentos p/ locomoção Pleomórficas – espécies que apresentam uma variedade de tipos celulares. Ex: Rhizobium e Corynebacterium. 14 Estrutura celular de bactérias FLAGELOS Monotríqueo Lofotríqueo Peritríqueo Anfitríquio 16 Flagelos função/importância Motilidade Ambientes: favoráveis vs adversos Depende de energia Proteína - flagelina 17 Estrutura de flagelos bacterianos 18 19 Flagelos Taxia- movimento direcionado Quimiotaxia Fototaxia Aerotaxia Osmotaxia Flagelos de eucariotos 21 Filamentos axiais Ex: Treponema pallidum – agente causador da sífilis 22 FÍMBRIAS Flagelos ≠ Fímbrias • curtos, finos e retos Aderência Pilina Pólos ou toda sup. da célula Ex: Neisseria gonorrhoeae 23 PILI - Conjugação Pili Transferência do plasmídeo F entre bactérias pelo processo de conjugação bacteriana 24 Glicocálice Função: • Aderência • Reserva nutriente • Proteção- agentes químicos, fagocitose e dessecação Composição química: • Polissacarídeo (Streptococcus, Klebsiela, Haemophilus, Neisseria) • Proteíca • Ácido poli D- glutâmico Cápsula- rígido Camada limosa- flexíveis organização B. anthracis 25 Streptococcus sp (cárie) Pseudomonas 26 Parede Celular 27 Estrutura do Peptideoglicano 28 Unidades de peptídeos e glicanos originando a camada de peptideoglicano 29 Parede de bactérias Gram-positivas Acido teicóico polímero de unidades repetidas de ribitol Carga negativa Parede Celular Gram Positiva 30 Parede Celular Gram negativa ENDOTOXINA Fosfolipídeos Proteínas Polissacarídeos Específicas Inespecíficas 31 32 33 Ação da penicilina sobre a parede celular bacteriana Ação da lisozima • Quebra as ligações glicosídicas • Antimicrobiano natural: lágrima, saliva, ovo • Inibe a síntese da parede celular bacteriana 34 Protoplastos A lisozima cliva as ligações β-1,4 do peptideoglicano. a) em soluções diluídas, a ruptura da parede é imediatamente seguida pela lise celular, devido a fragilidade estrutural da membrana citoplasmática. b) em solução isotônica, a água não penetra no protoplasto e ele permanece estável 35 Paredes Celulares Atípicas • Mycoplasma – não possuem parede celular. Contem esteróis na membrana plasmática 36 Coloração de Gram- coloração diferencial Gram positivas Gram negativas 37 38 Coloração de Gram 39 Etapa organismos Gram + organismos Gram - 1. Incolor 2. CV 3. lugol 5. Fucisna 4. Alcool 41 Colorações especiais 42 MEMBRANA CITOPLASMÁTICA Pontes de hidrogênio Ca2+, Mg2+ (-) fosfolipídeos Estabilidade da estrutura 43 Estrutura da membrana citoplasmática A membrana é constituída de lipídeos e proteínas. Eucariotos apresentam esteróis (moléculas planas e rígidas). Archea apresentam lipídeos com ligações éter entre o glicerol e suas cadeias laterais hidrofóbicas (não possuem ácidos graxos). 44 Estrutura da membrana citoplasmática da bactéria Dupla camada de fosfolipídeos • região hidrofílica X região hidrofóbica Proteínas: integrais e periféricas Modelo: Mosaico fluido Ausência de esteróis menor rigidez Presença de hopanoide 45 • Permeabilidade seletiva • Sitio de ligação de varias proteínas • Transporte de nutrientes • Processos de geração de energia: fotossíntese • e respiração • Alvo da ação de agentes antimicrobianos Membrana citoplasmática procariótica 46 Permeabilidade da membrana plasmática Substancia Grau de permeabilidade Potencial de difusão para o interior da célula Água 100 Excelente Glicerol 0,1 Bom Triptofano 0,001 Moderado/fraco Glicose 0,001 Moderado/fraco Íon cloretp 0,000001 Muito fraco Íon potássio 0,0000001 Extremamente fraco Íon sódio 0,00000001 Extremamente fraco Fonte: Microbiologia de Brock, 2010. 47 Processos de transporte passivo Difusão simples Difusão facilitada Osmose 48 Transportes Difusão e Osmose Osmose Proteínas transportadoras Permite acúmulo de soluto contra gradiente de concentração Permite maior velocidade no transporte de solutos Permite a entrada dos solutos (ou seja não somente aqueles difundíveis pela membrana) Transporte ativo Utiliza energia do ATP ou força próton motora ou compostos de alta energia para o transporte de substancias contra um gradiente de concentração 50 As três classes de sistemas transportadores de membrana (proteínas transportadoras) 51 Estruturas dos transportadores transmembrânicos e os tipos de eventos de transporte – TRANSPORTE SIMPLES 52 Atividade do sistema Lac permease (um simportador) de E. coli e vários outros transportadores simples 53 Translocação de grupo fosfotransferase de E. coli Proteínas citoplasmáticas Face interna da membrana Proteína integral da membrana 54 Mecanismos transportados do tipo ABC Mais de 200 sistemas de transporte ABC foram identificados em procariotos 55 CROMOSSOMO E PLASMÍDEOS Plasmídeos vantagens para célula 56 Cromossomo da Escherichia coli Formado por uma molécula de DNA de fita dupla circular fechada. Aproximadamente 4,6 milhões de pares de bases (4,2 x 103 kb) ~4.300 genes Mycoplasma–750 kb Exceção: Streptomyces lividans, Rhodococcus faciens e espiroquetas do gênero BorrElia, apresentam cromossomos lineares e algumas espécies de bactérias do gênero Brucella que apresentam dois cromossomos. DNA de uma célula rompida Mapa genético 57 Maioria moléculas de DNA circular, dupla fita; Replicam independentemente do DNA cromossômico; Contém de 5 a 100 genes não essenciais para sobrevivência da bactéria em condições normais de crescimento; Caso a célula perca a molécula ela não perde sua viabilidade; Relacionados a resistência aos antibióticos, tolerância aos metais tóxicos, produção de toxinas e síntese de enzimas para degradação de compostos complexos. São manipulados e usados na engenharia genética PLASMÍDEOS 58 • Dispersos no citosol • Ribossomos 70S: Constituídos de duas subunidades 50S e 30S • Síntese protéica • Alvo de vários antimicrobianos Ribossomos procarióticos 59 CORPÚSCULOS DE INCLUSÃO Grânulos de armazenamento utilizados como fonte de material de reserva ou energia. -glicogênio e amido- presença demonstrada pela reação com o iodo -poliidroxibutirato- material plástico biodegradável para indústria.ex: Rhodospirillum -polifosfatos (volutina ou metacromáticos) -usados na síntese de ATP- ex: Corynebacterium diphtheriae – importância diagnóstica. -enxofre- ex: Thiobacillus -Magnetossomos- inclusões de oxido de ferro. Ex: Aquaspirillum PHB = polihidroxibutirato PP = polifosfato ou grânulo de Voutina Magnetossomo 60 61 Cromatóforos Dobras da membrana plasmática onde acumulam-se pigmentos e enzimas responsáveis pela fotossíntese 62 VESÍCULAS DE GÁS Procariotos aquáticos: Cianobactérias, bactérias fototróficas verdes e púrpuras, Archaea. Importância flutuação 63 Esporos bacterianos - Endosporos • Estrutura de resistência (calor, radiação, dessecação, etc.) • Altamente desidratado • Formado em algumas Gram positivas (Bacillus e Clostridium) • Apresenta acido dipicolínico, íons de cálcio Esporulação somente ocorre quando há interrupção do crescimento, devido a exaustão de um nutriente essencial ou condição física extrema. Em Bacillus o processo completo dura ~8 horas e mais de 200 genes estão envolvidos. 64 65 Tipos de Endosporos Terminais Centrais Germinação: Podem permanecer dormentes por muitos anos. Em condições adequadas (condições químicas e físicas) podem voltar a forma vegetativa rapidamente. Importância na industria de alimentos! 67 ARCHAEA • Descoberta final dos anos 70 Carl Woese propõe criação dos 3 domínios. • Muitas espécies habitam ambientes extremos: temperatura, pressão e acidez. • Diferenciam de bactérias: Archaea Bacteria Membrana Glicerol éter lipídeo Glicerol éster lipideo Flagelo Força motrizATP Força motriz H+ Estrutura similar - várias flagelinas Pilus tipo IV 1 única proteína flagelina Parede celular Ausência de peptideoglicano Peptideoglicano Éster X Éter 68 Parede celular de ARCHAEA • Diferente de Bactérias ausência de Peptideoglicano e membrana externa • Composição variada: polissacarídeos, proteínas e glicoproteínas • Archaeas metanogênicas- pseudomureína ≠ 69 • Archaeas – camada S* • Estrutura ordenada que se organiza em estruturas hexagonal, tetragonal etc. • Composição: glicoproteínas ou proteínas • Comum em Archaea como única estrutura externa à membrana plasmática. * Encontrada também em bactérias Parede celular de ARCHAEA 70 Metanogênicas – Produtoras de metano (CH4) Habitam pântanos e lagos, tratos digestivos de animais (Ruminantes), fendas hidrotermais, digestores de lodo de esgoto Methanobacterium- obtêm energia a a partir do metano- biodegradação da matéria orgânica Fonte: Madigan et al., 2010 EXEMPLOS Halófilos extremas - habitam ambientes naturais altamente salinos Halobacterium- encontrada em peixes salgados, lagos hipersalinos, salinas Fonte: Madigan et al., 2010 A)Lago hipersalino B)Lagos de evaporação da água do mar, C)Lago rico em carbonatos D)Micrografia eletrônica de varredura de Archaea Hipertermófilas – Temperatura ótima de crescimento superior a 80 oC Fonte: Madigan et al., 2010 A) Solfatara típica B) Fonte termal rica em enxofre C) Fonte fervente de pH neutro D) Fonte geotermal ácida rica em ferro Potencial Biotecnológico de ARCHAEA Fenótipo Condição Produto Aplicação Termófilo 45 -110 ºC Amilases Obtenção de açucares para adoçantes Xilanases Branqueamento de papel Proteases Indústria de detergentes, panificação e cervejeira DNA polimerases Engenharia genética Psicrófilo >15 ºC Proteases Indústria laticínios, maturação de queijos Desidrogenases Biosensores Amilases Degradação de polímeros - detergentes Acidófilo pH 0 – 4 Oxidação de enxofre Dessulfuração de carvão Alcalófilos pH 8 – 11 Celulases Degradação de polímeros - detergentes Halófilo Alta conc. Sais Células Microrganismo Biopolímeros Piezófilo Alta pressão Células Microrganismo Formação de géis, grânulos de amido Metalófilo Alta conc. metais Células Microrganismo Biorremediação 74 Próxima aula: Cultivo e crescimento microbiano 75
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