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DIAGNÓSTICO DAS ALTERÇÕES PERIAPICAIS Patologias que acometem a região peri radicular, chamadas de alterações pulpares ou periapicais. Essas patologias são inflamações na região periapical, a origem é microbiana (geralmente a cárie), química ou mecânica. *Como diferencio pulpite x necrose pulpar? Faz-se teste clínico; teste de vitalidade. Positivo: pulpite. Negativo: necrose pulpar. *Pulpite irreversível crônica e necrose pulpar = o teste de percussão vertical pode ser positivo ou negativo. Mas o espessamento do ligamento periodontal e processo inflamatório estão presentes. O tipo de lesão vai depender de 2 fatores: Grau de virulência do microorganismo. Grau de defesa do hospedeiro. *Região apical é uma zona crítica; mais difícil de tratar, pois só vemos só na radiografia. E nessa zona há grande quantidade de deltas apicais, foraminas e muitos canalículos acessórios. Região cervical é mais fácil por estar visível. Patologias Periodontite apical bacteriana Periodontite apical traumática Abscesso dentoalveolar agudo ADA (inicial, em evolução e evoluído) Abscesso crônico Cisto periapical Granuloma periapical Abscesso fênix Periodontite apical bacteriana – ADA Patologia Periodontite apical bacteriana Sede Localizada Aparecimento Espontâneo Frequência Contínua Duração Prolongada Natureza da dor Pequena intensidade Teste de sensibilidade pulpar Negativo Testes perirradiculares Exacerbação da dor (V) Paciente tem sensação de dente crescido, pois haverá um contato prematura no dente acometido pela patologia. A dor é provocada pois ela vem quando o paciente abre e oclui. O teste de sensiblidade pulpar com o cabo de espelho não é necessário pois o paciente irá relatar que está com sensação de dente crescido, logo, ele sentirá muita dor se realizarmos este teste. Deve-se fazer teste de palpação para confirmar, além de radiografia. Clinicamente: Pode haver escurecimento coronário, pode sentir dor na palpação. A característica principal é sensação de dente crescido. Radiograficamente: Ligeiro espessamento do ligamento periodontal. Para saber se é realmente bacteriana e não traumática, se faz teste de sensibilidade. Se responder negativamente, é bacteriana. Tratamento: Endodôntico Periodontite apical traumática Patologia Periodontite apical traumática Sede Localizada Aparecimento Espontâneo Frequência Contínua Duração Prolongada Natureza da dor Pequena intensidade Teste de sensibilidade pulpar Positivo Testes periradiculares Exacerbação da dor Se não for tratada, pode ser evoluída para uma periodontite bacteriana. As características clínicas e radiográficas seram as mesmas da periodontite apical bacteriana. Para saber a diferença, se faz teste de sensibilidade. Se for apenas um trauma oclusal (restauração com excesso), o teste de sensibilidade será positivo. Tratamento: Ajuste oclusal + anti inflamatório. *É a única patologia periapical que tem teste de sensibilidade positivo. Não se tem alteração de cor do dente pois não tem necrose pulpar. Abscesso dento alveolar agudo ADA Fase inicial Patologia ADA – Fase inicial Sede Localizada Aparecimento Espontâneo Frequência Contínua Duração Prolongada Natureza da dor Intensa, pulsátil Teste de sensibilidade pulpar Negativo Testes periradiculares Exacerbação da dor Têm-se secreção purulenta na região periapical, causando dor. É fase mais dolorosa, é quando a secreção purulenta ainda está muito presa à região apical, ela não consegue ser drenada. Ela é muito parecida com a pulpite irreversível sintomática. ADA x pulpite irreversível sintomática, para diferenciar uma da outra se faz teste de sensibilidade. Na ADA, o teste dá negativo e na pulpite irreversível sintomática, tem vitalidade pulpar. Clinicamente: Pode haver escurecimento da coroa e mobilidade Tratamento: Faz-se acesso endodôntico. Radiograficamente: Não se vê destruição Fase em evolução Patologia ADA – Fase em evolução Sede Localizada Aparecimento Espontâneo Frequência Contínua Duração Prolongada Natureza da dor Moderada, pulsátil Teste de sensibilidade pulpar Negativo Teste periradicular Exacerbação da dor As características clínicas são diferenciadas, na inicial o paciente sente muita dor, em evolução a dor diminuiu um pouco. Paciente apresenta edema/aumento de volume, sendo intra/extra oral e pode haver também, alteração sistêmica (febre, fadiga). *Deve-se fazer intervenção endodôntica + prescrever medicação por conta da alteração sistêmica. (Antibiótico + anti inflamatório + relaxante muscular; por conta do edema, o paciente sente dificuldade de abrir a boca) É a única fase que se prescreve medicação. Radiograficamente: Não se vê destruição. Apenas ligeiro espessamento do ligamento periodontal. Fase evoluída Patologia Abscesso dentoalveolar agudo ADA – fase evoluída Sede Difusa Aparecimento Espontâneo Frequência Contínua Duração Prolongada Natureza da dor Moderada, pulsátil Teste de sensibilidade pulpar Negativo Testes periradiculares Exacerbação da dor O edema irá drenar, dá para visualizar um ponto; e o procedimento a ser feito, será fazer uma incisão no local para drenar a secreção. Este ponto é chamado de ponto de flutuação. Só consegue drenar o abscesso, se ele tiver ponto de flutuação. Nesta fase, a dor vai diminuindo. Clinicamente: Paciente pode apresentar trismo + ponto de flutuação (intra/extraoral) Radiograficamente: Não se vê destruição. Apenas ligeiro espessamento do ligamento periodontal. Só se prescreve medicação se o paciente ainda estiver na fase evolução. *Em todas essas fases, radiograficamente não há como diferenciar. *Em todas essas fases, durante o tratamento endodôntico o paciente não sentirá dor, pois a polpa está necrosada. OBS: Abscesso sempre irá procurar uma via de drenagem. Se não for no dente, será em algum espaço. Por conta disso, haverá uma diminuição da dor. Abscesso crônico Nessa fase o paciente não sente dor. Como diferenciar abscesso crônico X necrose pulpar? No crônico, visualizamos alteração radiográfica: rarefação na área radicular. Na necrose pulpar não visualiza-se rarefação, no máximo, visualiza aumento do espaço do ligamento periodontal. Além disso, a necrose pulpar visualiza presença de fístula. São agentes microbianos de baixa virulência, baixa toxicidade, não se vê aumento de volume, apenas presença de fístula. Radiograficamente: Rarefação óssea difusa Usa-se um recurso semiotécnico chamado fistulografia: ajuda a identificar a origem da infecção, principalmente quando se tem dois dentes envolvidos – pode ser que um ou outro estejam com o abscesso.Esse teste é indolor e não precisa de anestesia para fazer. *Existe uma ordem de evolução: ADA inicial – ADA em evolução – ADA evoluído – abscesso crônico – Granuloma periapical e cisto periapical são patologia que têm as mesmas características clínicas e radiográficas, são processos patológicos crônicos assintomáticos, com necrose pulpar. Radiograficamente: lesão circunscrita. Para fazer diferenciação de um e outro, só faz por diagnóstico histopatológico pois radiograficamente visualiza a mesma coisa. Pode haver escurecimento coronário. O teste histopatológico não é necessário pois o tratamento não difere. Tratamento: Endodôntico + observar regressão ou progressão da lesão. Se não houver regressão, precisa associar à cirurgia perirradicular. Outra diferença: origem da lesão. Radiograficamente: Consegue-se delimitar o tamanho e forma da lesão. Diferentemente do abscesso crônico que é rarefeito. Abscesso fênix É uma lesão que está crônica, assintomática e que é agodizado. Não é uma lesão, ela pode ocorrer em qualquer patologia. Causa: Atrogenia Por ex: o profissionalfez um tratamento endodôntico e por erro dele mesmo, algum microorganismo entrou na cavidade aberta – pode ocorrer um abscesso, chamado de fênix. É um caso clínico de muita dor. ORDEM DE EVOLUÇÃO DE PATOLOGIAS 1º Pulpite irreversível 2º Necrose pulpar 3º Periodontite apical 4º Abscesso agudo fase inicia, evolução e evoluído. 5º Abscesso crônico 6º Cisto ou granuloma *Se um cisto não tratar, pode evoluir para fase aguda novamente.
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