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TERAPÊUTICA DO SISTEMA DIGESTÓRIO

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TERAPÊUTICA DIA 07/11/2017
MEDICAMENTOS QUE ATUAM SOBRE O SISTEMA DIGESTORIO
TRATAMENTO DE SUPORTE
TRATAMENTO SINTOMATICO
TRATAMENTO ESPECIFICO
TRATAMENTO DIETÉTICO 
Esses são os troncos de terapia do sistema digestivo. 
EMETICOS: “Este grupo de medicamentos tem por finalidade induzir o vômito”
Vomito: Movimento reflexo originado a partir de um determinado estímulo excitatório SNAp
Origem central 
Estimulação direta sobre o centro do vômito
Origem periférica (irritativo)
Estimulação das terminações nervosas presentes na mucosa do estômago ou nas outras vísceras. (zona quimiodeflagradora/quimiorreceptora/ de gatilho)
A estimulação periférica passara pelo centro do vomito de qualquer jeito. (SNC)
Mecanismo de defesa bem desenvolvido em carnívoros, primatas e suínos. É pouco desenvolvido em ruminantes, roedores, cobaias, coelhos e equinos. (pode haver rompimento de cárdia em equinos).
Por que o cavalo não vomita? Presença da fita muscular na cárdia que se fecha muito firmemente. E a posição do cárdia, muito próximo ao piloro, como também a desembocadura em ângulo agudo do esôfago no estomago. E o palato também interfere. 
 
cerebelo atua sobre centro do vomito via oitavo par craniano (nervo vestibular).
Centro do vomito é junto com o centro cardiorrespiratório (conectados por vários tipos de circuito)
OBS: existe uma participação importante de receptores NK1 (neuroquinina tipo 1 – substancia P) Subst. P pode causar vomito se atuar pelos receptores NK1, e esses são controlados pela Ach.
Classificação
Eméticos de ação central
Eméticos de ação periférica
Indicações 
Indução da eliminação de venenos não corrosivos, em carnívoros. 
Antes de procedimentos anestésico, naqueles animais que não fizeram jejum;
removem pequena porção do conteúdo gastrointestinal
EMETICOS DE AÇÃO CENTRAL
Estimulam diretamente o centro do vomito.
Apomorfina e morfina
Apomorfina não seda; 
Mecanismo de ação: Estimulação direta da zona quimiorreceptora deflagradora do vômito (ZQD). (inibem alguns neurotransmissores inibitórios da ZQD). Suínos e aves não respondem aos eméticos de ação central. A apomorfina não é recomendada para gatos (podem dar efeitos excitatórios em gatos). 
Posologia: Cães: 0,02 – 0,05 mg/kg/ EV (dose de efeito de emese =/= de analgesia)
Porção de comprimido no saco conjuntival
A aplicação de uma dose provoca vômito em cerca de 2 a 3 minutos.
Evitar uma segunda dose
A via intramuscular, subcutânea e conjuntival também traz resultados.
Xilazina: agonista alfa 2 adrenergicos.
Usada com finalidade analgésica e sedativa.
Sua ação emética é bem observada em carnívoros.
Normalmente não provoca vômito em herbívoros.
Mecanismo de ação: Semelhante ao da morfina (como emético – inibindo NT inibitórios) 
Posologia: Gatos: 0,44 mg/kg, IM ou IV; Cães: 1,1 mg/kg, IM ou IV
Vômito em 2-5 minutos, seguido de sedação moderada por 30-90 minutos.
EMETICOS DE AÇÃO PERIFERICA
Provocam vômito reflexo, por meio da irritação da mucosa gástrica ou do sistema digestivo. Tal irritação gera impulsos que são transmitidos pelo sistema simpático até o centro do vômito. São sensíveis à esses eméticos os carnívoros, suínos e aves em geral.
OBS: o uso intensivo pode levar a rupturas do trato digestivo superior.
Cloreto de sódio
Administrado sob a forma de solução supersaturada. (Principalmente se for dissolvido em agua morna).
Tem provado ser pouco eficaz e potencialmente perigoso (GFELLER & MESSONNIER, 2006).
Xarope de Ipeca (Cephaelis ipecacuanha)
Usado como droga do trato respiratório, mas também possui efeito emético.
Dose: 1 colher para canino 4,5 kg ou gato 
Médio porte
Provoca emese após poucos minutos
Peróxido de hidrogênio 3% (H2O2)
1 colher/10kg (animal não faz gargarejo!!!!)
Água morna e salgada
Cuidados: Os eméticos de ação periférica são administrados por via oral como dose única. Tais fármacos não devem ser repetidos se o vômito não ocorrer.
ANTIEMETICOS
Possíveis causas de vômito incoercível: Inflamação, distenção ou presença de substâncias químicas no trato gastrointestinal. Labirintite e cinetose (VIII par craniano, equilíbrio). Inflamação, edema ou tumor do SNC (meningites por exemplo). Estimulação da ZQD (drogas). Hipertensão (?) Excesso de ureia no sangue...
Malefícios do vômito prolongado: Exaustão, desidratação, hiponatremia (perda de sódio), hipocalemia, hipocloritemia (indicativo de reposição de eletrólitos). Gênese do desequilíbrio ácido básico dos animais. 
Desequilíbrio ácido-básico
Perda de ácido clorídrico (H+ e Cl-).
Resultado final é um quadro de alcalose (HCO3).
ANTIEMETICO DE AÇÃO CENTRAL:
Metoclipramida (Plasil): (agonista dopaminérgico D2) não é só antiemético.
Mecanismo de ação: Ação central: bloqueio dos receptores dopaminérgicos D2 na ZQD. Ação periférica: sensibiliza os tecidos da musculatura lisa do TGI superior à ação da ACh. (mecanismo facilitador da peristalse do ID – efeito pró cinético). Ou seja, cadencia a motilidade entre a camada circular (interna) e a camada longitudinal (externa – propulsão) do ID (equilíbrio entre camada muscular lisa circular/longitudinal).
Efeito pro cinético estabelece a motilidade normal. Usado em equinos com cólica. Só funciona no animal que tem hiperexcitabilidade do SNdigestivo (plexo de Meissner e Auerbach).
Derivado eficaz é a bromoprida.
Usos terapêuticos:
Vômitos severos em cães, gatos e equinos.
Distúrbios da motilidade gástrica e refluxo esofágico.
Posologia e apresentação
Plasil® (ampola de 2 ml com 10 mg/ cp de 10 mg cx:20) unidades
Cães: 0,2-0,5 mg/kg VO, SC TID ou 1-2 mg em infusão, IV lentamente.
Gatos: mesmo protocolo
No tratamento de refluxo, administrar 30 minutos antes do arrazoamento.
Efeitos adversos e contraindicações:
Sedação devido ao bloqueio da dopamina.
Não deve ser dada em casos de obstrução ou perfuração gástrica.
Gatos podem exibir sinais de comportamento agressivo.
 Efeito semelhante ao dramin (dimenidrato)
Fenotiazínicos: clorpromazina (tranquilizante maior com efeito significativo em equinos, bovinos e caninos, efeito paralelo antagonista de H1) 
Mecanismo de ação: Bloqueio dos receptores dopaminérgicos da ZQD, em doses elevadas, bloqueia os receptores dopaminérgicos no centro emético.
Posologia e apresentação: Amplictil® (ampola de 5ml com 5 mg/ml e cx com 20 cp de 25 ou 100 mg). Cães e gatos na dose de 0,5 mg/kg, TID, pela via oral ou intramuscular.
Sedativo indicado para indivíduos alérgicos. 
Efeitos adversos:
Hipotensão e bradicardia.
Pode ocorrer sedação leve. (caninos)
Anti-histamínicos: como dramin (dimenidrato) e prometazina (não é bom sonífero e sim bom antihistaminico)
Mecanismo de ação: Reduzem a excitabilidade dos núcleos vestibulares. Combatem o enjoo, vômito e cinetose por agirem nos centros colinérgicos e também bloqueia receptores dopaminérgicos. (anti-Ach).
Usos terapêuticos: cinetose em cães
Posologia e apresentações: Prometazina (Fenergam®: caixa com 20 cp de 25 mg, ampola de 50 mg com 2 ml); Cães e gatos: 2-4 mg/kg VO, SC, TID ou QID
Efeitos adversos: sonolência
OBS: os efeitos sedativos são revertidos diante de situações estressantes, como um susto. 
Maropitant: essa é a grande evolução no que diz respeito aos modernos anti eméticos. Surgiu a partir de um projeto de desenvolvimento de antagonistas não peptídicos dos receptores NK1 das neuroquininas (substancia P, CGRP, neuroquinina A e neuroquinina B). Todas essas neuroquininas são capazes de ativar o receptor NK1 da ZQD e provocar vomito. O objetivo era desenvolver drogas analgésicas, porém, mostrou-se importante ferramenta para tratamento do enjoo e mal-estar da quimioterapia para o câncer. Em caninos e felinos, mostrou-se o mais eficaz anti emético para qualquer tipo de etiologia. 
ANTIÁCIDOS
“São fármacos que de uma forma ou outra interferem com a secreção ácida”. 
Nível de mucosa nas células parietais do estomago. A secreção de HCl tem um imenso controle hormonal sobre as secreções endócrinas (gastrinas) e parácrinas como a histamina. 
Secreção GástricaControle Hormonal: Secreções endócrinas (gastrina). Secreções parácrinas (histamina).
Liberação de neurotransmissor pelo nervo vago: Acetilcolina (Ach) – neurotransmissor central das secreções do TGI.
SECREÇÃO GÁSTRICA: uma vez estimulados esses receptores (H2, M1, as células parietais terão ativação da sua bomba de prótons (produção do suco gástrico).
Bomba de prótons
Mecanismo responsável pela formação do suco gástrico
Ocorre na membrana dos canalículos das células parietais do estômago
Se desencadeia devido a ação da enzima H+-K+-ATPase
A ativação da bomba de prótons depende dos seguintes itens:
Ativação dos receptores de membrana
Quebra de ATP energetico, consequentemente influxo de cálcio
Formação de energia
Entrada de K+ e saída de H+
União do H+ ao Cl- no lúmem dando HCL (pH de 1 dentro do bolo a 3 proximo a parede)
OBS: o muco cito protetor dependente de PGE2 contrapõe os efeitos corrosivos do ácido clorídrico ao estimular a produção do muco alcalino. (efervescência total: SAL + AGUA) dispepsia hipercloridrica (AZIA) – evolui para corrosão – ulcera – ulcera perfurada – peritonite. A PGE2 promove um feedback negativo sobre a secreção de gastrina e de histamina, aumentando a PGE2, diminui a liberação de gastrina e histamina. Se diminui a produção desse feedback, o HCl começa a se manifestar. 
**** OBS2: os 3 NT que estimulam o HCl tem como sistema transducional dentro da célula parietal, a via do AMPc, que ativa a proteína quinase A que por sua vez fosforila ativando a enzima anidrase carbônica, que por sua vez, quebra o bicarbonato em ácido carbônico+agua, isso faz com que ative uma bomba chamada H+K+ATPase que troca potássio extracelular por ions H+ intracelulares e que é secretado para a luz do estomago. O H+ se combina com o cloreto do suco gástrico gerando HCl. Todo esse fenômeno é dependente de um influxo de cálcio através de canais dependentes de receptores. **** 
Inibidores da secreção ácida
Cimetidina, ranitidina e famotidine (antihistaminicos – antiH2 (antiulcera)) 
Usos: além de antiácidos podem ser usados para prevenir a destruição das enzimas pancreáticas na pancreatite. (autólise das células – resposta imune que casualmente é contra as células das ilhotas de langerhans – pancreatite) essa autólise leva a necrose da cauda do pâncreas. 
Inibem a secreção acida estimulada pela histamina e gastrina e reduzem a secreção acida estimulada pela Ach.
Efeitos adversos: cefaleia, diarreia, erupções cutâneas, tonteiras, sonolência, confusão mental, ginecomastia, dor nos músculos e articulações. 
Limitações: causam sonolência prejudicando a deambulação e principalmente prejudicando serviços de animais/humanos em trabalho. Com álcool potencializa o efeito. 
Posologia e apresentações
Cimetidina (Tagamet®: 10 cp de 200 mg ou 16 cp de 400 mg e ampola 2ml com 600mg)
Cães e gatos: 5-10 mg/kg VO, IM, TID ou QID
Famotidina (Famox ®: cx 10 cp de 20 mg)
Cães e gatos (0,5 mg/kg, VO, SC ou IM). BID ou SID
Ranitidina (Antak® : cx 20 cp com 150 ou 300 mg, ampola de 2 ml com 50mg)
Cães e gatos: 1-2 mg/kg, VO, IV de TID ou BID
Interações: cimetidina e ranitidina podem retardar o metabolismo de drogas que necessitam de metabolização hepática (ex: alguns AINES).
Inibidores da bomba de prótons (omeprazol, pantoprazol, lanzoprazol)
Uso terapêutico:
Inibidor da secreção nas úlceras gástricas, esofagites e gastrites.
Prevenção e tratamento de gastrites por tratamentos com AINES
Posologia e apresentações:
Losec®: cartela com 14 cápsulas de 10 ou 20 mg, cartela com 7 cápsulas de 40 mg.
Cães e gatos (?): 1-2 mg/kg VO, SID ou BID 
Inibem a bomba H+K+ATPase, não tendo a secreção de ions H+, havendo uma perda importante de potássio.
OBS: em pacientes cardíacos, requer a reposição de potássio na alimentação. Tais como: banana, vagem...
OMEPRAZOL:
Interações: Inibe o metabolismo microssomal hepático, isso é problemático para a eliminação de drogas depressoras do SNC pois haverá a potencialização dos seus efeitos. Pode prolongar a ação de drogas que requerem esse tipo de metabolismo. (sedativos de modo geral).
ANTIÁCIDOS DE AÇÃO LOCAL (SAIS DE ALUMINIO E DE MAGNESIO)
Mecanismo de ação:
Neutralizam HCl por reações simples de neutralização ácido+base = sal+agua.
Inibem a secreção de pepsina, e apresentam ação citoprotetora. 
Usos terapêuticos: adjuvantes dos outros antiácidos
Posologia:
Cães e gatos: hidróxido de alumínio 5-30 ml VO, 3/3 ou 4/4 h
Composto de magnésio, geralmente presente na formulação com hidróxido de alumínio. (alguns são acrescidos com bicarbonato). 
Efeitos adversos:
Os sais de alumínio tendem a produzir constipação
Sais de magnésio tem efeito laxativo
Diminuição de absorção de outras drogas; os sais de Mg++ são excretados nos rins devendo ser evitado em nefropatas. 
PROTETORES DE MUCOSA
Preparações: 
Sulcrafato: forma uma película de filme protetora (como se fosse uma gelatina) e absorvente ao longo do tubo digestivo. É uma mistura de hidróxido de alumínio mais sacarose sulfatada. 
Mecanismo de ação: 
Polimeriza-se num gel viscoso em pH menor que 4
Adere as células epiteliais de forma muito intensa na base das ulceras, considerando-se a proteção do nicho ulceroso.
Posologia:
Cães: 500 mg-1 g, VO, QID;TID
Gatos: 250 – 500 mg, VO, TID;BID (endovenoso pode causar embolia).
Efeitos adversos:
Pode ocorrer constipação em terapias prolongadas
DROGAS QUE ATUAM SOBRE O FÍGADO – TERAPEUTICA HEPATICA
COLAGOGOS E COLERÉGICOS
COLAGOGOS:
Causam contração da vesícula biliar e relax do esfíncter de Oddi (que cai no duodeno)
Gordura dietética e sulfato de Mg++ diretamente com sonda duodenal
Liberam pancreozimina e CCK da parte proximal do I.D. que estimulam a síntese de suco pancreático e aumentam a motilidade intestinal, respectivamente. 
Óleos vegetais, banha de porco
COLERÉTICOS
Aumentam a secreção de bile pelos hepatócitos
Sais ácidos biliares
Ác. Diidrocólico
Sais ácidos biliares e ácido diidrocólico estarão na composição do quenodiol – extrato biliar
ANTIDIARRÉICOS OU CONSTIPANTES
DIARRÉIAS
A diarreia aguda pode responder à terapia sintomática
Diminuem o número de evacuações
Diarreia crônica requer um diagnóstico e tratamento definitivo
Juntamente deve-se instituir uma terapia de reidratação
Há perda do tônus da musculatura e hipomotilidade**
Esses fármacos: Regulam a motilidade das fibras circulares e longitudinais do intestino, Diminuem a motilidade e/ou aumentam a motilidade sem causar a eliminação das fezes, adsorventes e protetores de mucosa
OPIÓIDES (ELIXIR PAREGÓRICO)
Foi em nível intestinal que pela primeira vez foram demonstrados os efeitos da ativação dos receptores Mi opioides com a inibição da liberação de acetilcolina. 
Mecanismo de ação: 
Aumentam o tônus intestinal e reduzem a atividade propulsiva. Há uma maior regulação da motilidade pelos plexos de Meissner e Auerbach
Inibem a liberação de ACh do plexo vagal do aparelho digestivo
Era uma tintura de ópio canforado
Posologia
Cães e gatos: VO, BID; TID 1 a 2 gotas por kg
Equinos e bovinos: VO; SID 1 gota a cada 10 kg
Efeitos adversos:
Favorece a Proliferação bacteriana na luz intestinal, devido a estase intestinal. Cuidar com toxi-infecçoes com salmonela e E. coli 
DERIVADOS DA MEPERIDINA
Difenoxilato (Colestase) e Loperamida (Imosec)
Mecanismo de ação:
Agonistas opióides não seletivos
Inibem a liberação de ACh
Posologia:
Cães e gatos: 0,08 a 0,2 mg/kg VO, BID; TID (cautela)
Equinos e bovinos: 0,1 a 0,2 mg/kg VO; BID ou TID
ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS
Medicamento como última alternativa, por causa dos efeitos colaterais pelo bloqueio dos receptores muscarínicos M3 da musculatura lisa intestinal.
Buscopan 
Mecanismo de ação:
Promove bloqueio sobre todos os receptores colinérgicos muscarínicos, com ênfase no M3 que é de vísceras e glândulas secretoras.
Benefício questionável; pois a diarreia na maioria das vezes está relacionada com hipomotilidade e não com hipermotilidade
Teriam indicação melhor para cólica e não para diarreia, tiraa dor para a contração peristáltica exacerbada. Geralmente se usa junto com protetor de mucosa ou adsorventes.
Exemplos: alcaloides tropanicos, atropina não seletivo, hioscina (escopolamina) seletiva para M3 (adequado para intestino) buscopan simples e composto (com dipirona). Vantagem do composto: a associação de dipirona e hioscina tem uma dupla atuação com analgesia e efeito antiespasmódico, dipirona é um AINE e também aumenta o tônus intestinal e aumenta a potencialidade da hioscina.
AGENTES PROTETORES E ADSORVENTES
Carvão ativado, caulim e pectina (Kaomagma, Kaopectate)
Carvão ativado: é um produto derivado da queima sob alta pressão de madeiras nobres, o que promove a pulverização e o aumento do poder adsortivo em até 10x comparado com o carvão normal. Na falta do carvão ativado usa-se o carvão normal, tem efeito semelhante, mas com menos poder de adsorção. OBS: é um recurso terapêutico muito utilizado em intoxicações por xenobióticos, sendo administrado na primeira hora para a redução do toxicante no estômago e partes iniciais do intestino, também acompanham as lavagens gástricas (3x).***
Caulim: presentes na composição de talcos, protetor de mucosa.
Mecanismo de ação:
Adsorvem as toxinas e microrganismos causadores da diarreia
Forram a superfície mucosa, formando uma espécie de película de filme retendo os microrganismos causadores da diarreia, diminuindo sua multiplicação também, diminuindo assim, a carga bacteriana intestinal. 
Posologia e apresentações:
Carvão ativado (Enterex®) - Dose: 20 a 120 mg/kg para qualquer espécie. 
Trissilacato de magnésio (Atapulgita), leite de magnésio Philips
Hidróxido e sulfato de alumínio
CATÁRTICOS OU PURGATIVOS
Indicações:
Alívio da constipação aguda não diarreica, sobrecarga gástrica e intestinal
Remoção de toxinas do trato gastrointestinal, faz a expulsão 
Prevenção do tenesmo na prenhez avançada, conceptos grandes promovem
Evacuação do intestino antes de cirurgia ou estudo radiológico.
Evacuação líquida
1) FORMADORES DE MASSA
Usados principalmente em pequenos animais
Metilcelulose, farelo e cascas de sementes (linhaça)
Mecanismo de ação:
Como não são digeridos retém água na luz intestinal, aumentam o volume fecal, promovendo a peristalse
Posologia e apresentações:
Metilcelulose: 1-4 colheres de sopa, VO, BID;SID
Plantago ovata: PlantaBen®, sache de 3,5 g, VO, SID
Ágar-ágar (Agarol®)
Açúcares – lactulose (Pentalac®) e sorbitol (Minilax®)
Fornecer água em abundância
2) EMOLIENTES
Mecanismo de ação:
Lubrificam e amolecem as fezes
Posologia e apresentações:
Óleo mineral: Nujol® ou glicerina
Cães de grande e médio porte 1-2 colheres de sopa na alimentação
Cães de pequeno porte e gatos 1-2 colheres de chá na alimentação
Grandes: 0,5 a 2 L, bezerros e potros 60 -120mL
Efeitos adversos:
O uso de óleos pode diminuir a absorção de vitaminas lipossolúveis, também diminui a absorção de antibióticos e favorece resistência.*
3) LAXATIVOS OSMÓTICOS (SALINOS)
Purgantes drásticos
Indicação: Infecções alimentares com estase intestinal
Mecanismo de ação
São solutos não absorvidos que atuam por osmose
Promovem a distensão do intestino e purga após 1 hora 
Liberam CCK (colicistoquinina) enzimas pancreáticas são liberadas a partir da CCK e modula o tônus muscular intestinal. Vide fisiologia...
Posologia e apresentações:
Hidróxido de magnésio: Leite de magnésia Philips®;
Cães: 5-10 ml, VO, BID;SID
Gatos: 2-6 ml, VO, BID; SID
Fosfato de sódio: Fosfo-Enema®; Bisnaga de uso retal
Tartarato de Na+ e K+ (sal de Rochelle)
Sal amargo – MgSO4 – purgante salino 
Picossulfato de sódio (Gutallax®) – picolinato de sódio 
4) PURGATIVOS IRRITANTES OU DE CONTATO
Mecanismo de ação:
Promovem a irritação da mucosa intestinal do reflexo mioentérico
Diminuem a absorção intestinal de água, eletrólitos e outros componentes.
Posologia e apresentações:
Óleo de rícino e de linhaça, também são emolientes. Administrar pela via oral. Duração do efeito é de 12-18 h em equinos e 4-8 em pequenos animais.
Bisacodil (difenilmetano): Dulcolax®, Lactopurga® - caixa com 20 drágeas de 5 mg. Inibe a absorção de glicose e adenotrifosfatase Na+/K+, diminui a quebra de glicose.
Cães: 5-20 mg, VO, BID;SID
Gatos: 2,5 – 5 mg, VO, BID;SID
Fenolftaleína em primata e suínos
SORBITOL (SEDACOL®)
Único injetável
Sorbitol é um hexol existente no fruto da sorveira (Sorbus oncuparia) sinteticamente obtido por redução catalítica da glicose. É um diurético osmótico via oral, mas pela via sistêmica tem efeito sobre o aparelho digestivo.
Geral: O D-sorbitol, restabelece com rapidez o equilíbrio ácido básico, promove a diurese, protegendo contra o edema cerebral e diminuindo sensivelmente a pressão intra-ocular por ocasião do estado congestivo.
Grande Efeito laxativo: Síndromes congestivas do aparelho gastrintestinal, cólicas gasosas, meteorismo, timpanismo (empazinamento) dos ruminantes, acetonemias. Prevenções das lesões e insuficiências hepáticas em consequência das intoxicações alimentares, medicamentosas. Discinésias biliares, atonia vesicular, colecistites, síndrome pós-colecistectomia. Paresias gravídicas do parto, da lactação ou tetanias.
Efeitos benéficos no aparelho digestivo:
Deflagra a liberação de hormônios digestivos: a secretina e a colecistocina, que por sua vez, estimulam o peristaltismo duodenal, favorecem a secreção pancreática, a contração vesicular e a abertura dos esfíncteres de Lutkens e Oddi.
Age diretamente sobre a mucosa do intestino delgado, ativando o peristaltismo enterocólico, impedindo a estase fecal responsável pela prisão de ventre crônica.
Pode ser usado gotejando junto com a fluidoterapia.
Efeito colateral: alcalose metabólica em altas doses. Desidratação (não comprovado) mas é o único que funciona para descompressão do SNC.
RUMINANTES
Prevenção: adaptação de flora, alimentação equilibrada (fibra/concentrado). São 2 tipos de manejo que encontram dificuldade em serem desenvolvidos corretamente e seu desequilíbrio desencadeia enfermidades.
TRATAMENTOS
1. Remoção da causa e aliviar o gás, pode ser por manobra medicamentosa ou mecânicas.
2. Diminuir absorção de NH4 (amônia) acidificando ou alcalinizando (quadros de acidose).
3. Lavagem ruminal ou rumenotomia
4. Catárticos, enemas ou parassimpaticomiméticos para estimular motilidade
5. Antibióticos para suprimir bactérias: neomicina (5-10 mg/kg) ou tetraciclinas (10-20 mg/kg) 8/8h
6. Terapia hidroeletrolítica e glicose, fluidoterapia
7. Gluconato de cálcio IV quando alcalose. 
8. Restabelecer função rúmeno-reticular (amargos são plantas amargas)
9. Restabelecer o líquido ruminal
CARMINATIVOS
Aliviam a compressão gasosa 
Carminativos aromáticos
Promovem eructação reduzindo gás no estômago
Capsaicina, gengibre, hortelã, eucalipto e aniz
Amargos: alcachofra, terebentina
Clorofórmio, éter e álcoois.
*
*
*
Acetylcholine
Histamine
Gastrin
ATP cAMP
Ca++
Ca++
Energy
H+/K+ ATPase
Pump
H+
K+
mast
cell
Vagus
Nerve
from circulation

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