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* * PATOLOGIAS ORTOPÉDICAS CONGÊNITAS, NA CRIANÇA E NO ADOLESCENTE FISIOTERAPIA ORTOPÉDICA 2015.1 Prof. Rodrigo Augusto * * DOENÇA DE SEVER * * Também chamada de “APÓFISITE DO CALCÂNEO” – Tração na inserção do tendão do calcâneo; Causa comum de dor no calcanhar de crianças ativas, 61% BILATERAL; Inflamação na apófise do calcâneo que ocorre em crianças e adolescentes que praticam atividade física. A apófise em crianças e adolescentes é uma região óssea em crescimento. DOENÇA DE SEVER * * O CALCÂNEO Desenvolve-se em duas partes. Até que haja a completa calcificação óssea (entre 8/9 e 16 anos), ambas as partes são ligadas por cartilagens, também chamadas de placas de crescimento. DOENÇA DE SEVER * * O CALCÂNEO É decorrente do uso exagerado do osso e do tendão do calcanhar, causando microtraumas nas placas de crescimento do calcanhar durante os exercícios físicos. Ocorre com maior concentração dos casos entre os 10 e os 14 anos/ 8 e 13 anos. DOENÇA DE SEVER * * DIAGNÓSTICO Histórico; Manifestações clínicas; Exames de imagem (esclerose ou fragmentação da apófise). DOENÇA DE SEVER * * * * QUADRO CLÍNICO Dor ou sensibilidade no calcanhar; Desconforto no calcanhar ao acordar ou pressionar a região; Claudicação; Presença de dor intensa após caminhada ou exercício físico; Dor durante a corrida e prática de esportes que tende a diminuir com o repouso. DOENÇA DE SEVER * * DOENÇA DE OSGOOD-SCHLATER * * DOENÇA DE OSGOOD- SCHLATER CONCEITO: A doença de Osgood Schlatter , representa uma patologia do Sistema musculoesquelético surge normalmente em jovens atletas, na fase do “estirão de crescimento”, fase onde se evidencia um crescimento ósseo acelerado . CARACTERIZADO: Aumento do volume da tuberosidade anterior da tíbia, acompanhado de dor e edema; Deonça auto-limitante. * * DOENÇA DE OSGOOD- SCHLATER EPIDEMIOLOGIA: Mais frequente no sexo masculino; Predomina na faixa etária dos 8 a0s 12, podendo aparecer até os 15 anos de idade * * DOENÇA DE OSGOOD- SCHLATER ETIOLOGIA: Desconhecida; Teoria: necrose avascular ou, genericamente, osteocondrose sem comprovação histopatológica; Hipótese mais provável: Isquemia localizada, determinando necrose óssea, fragmentação ou microfraturas no núcleo do crescimento da tuberosidade anterior da tíbia. Estresse traumático por tracionamento constante do tendão patelar, provocando lise e fragmentação do tecido ósseo cartilaginoso local. * * DOENÇA DE OSGOOD- SCHLATER FASES: * * DOENÇA DE OSGOOD- SCHLATER DIAGNÓSTICO: Clínico (caracterizado por dor local, aumento do volume de consistência óssea, leve edema circundante de partes moles); Pode ou não haver impotência funcional, limitação da AF, claudicação e quase nunca – Bloqueio articular; RX (perfil): fragmentação do núcleo de crescimento da tuberosidade da tíbia. * * DOENÇA DE OSGOOD- SCHLATER Fragmentação do tubérculo tibial (Figuras 1 e 2). * * DOENÇA DE OSGOOD- SCHLATER * * OSTEOGÊNESE IMPERFEITA (OI) * * Patologia que existe desde a antiguidade, sendo encontrada em múmias do ano 1000 a.C.; Primeira descrição clínica em 1678 – Malebranche; Patologia ou grupo de formas patológicas de natureza constitutiva, caracterizada pela fragilidade óssea e de um frequente comprometimento de outros tecidos do tipo conectivo; OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * PATOLOGIA GENETICA; Afeta = estrutura e a função do colágeno do tipo I, que representa mais de 90% do colágeno tecidual total.; O padrão de herança mais comum é o autossômico dominante, podendo ser, com menor frequência, recessivo; A alteração é determinada por mutações nos cromossomos 7 e 17, mais especificamente nos Loci COL1A1 e COL1A2, onde ocorre com maior frequência a substituição da glicina por um outro aminoácido; OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * A OI é rara, ocorrendo um caso em cada 15.000 a 20.000 nascimentos e sua prevalência é de 1 em 200.000 indivíduos; Não há predomínio em relação à raça ou sexo; Prognóstico: Varia conforme o número e a severidade dos sintomas. Apesar das fraturas e das restrições, um adulto com OI pode ter vida produtiva. OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * A apresentação clínica é heterogênea e variável sendo marcantes: Fragilidade óssea, a frouxidão cápsulo-ligamentar, a cor azulada da esclera e a surdez; No quadro laboratorial: aumento da fosfatase alcalina sérica e NÃO TEM alterações nos níveis sistêmicos do cálcio, fósforo, hormônio da paratireóide ou mesmo da vitamina D; Aumento na excreção urinária de cálcio, fósforo, magnésio, hidroxiprolina e glicosaminoglicanos; Pode ser encontrada aminoacidúria, com a consequente diminuição dos aminoácidos sérico OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * Em 1906, Looser, quem primeiro classificou a OI em dois tipos: OI "congênita“ e OI "tarda“; A OI "congênita" anteriormente referida como "Doenças de Vrolik", era caracterizada pela presença de numerosas fraturas ao nascimento; Na OI "tarda", referida também como “Doença de Lobstein”, “Doença de Ekman-Lobstein” ou “Osteopsatirose idiopática”, as futuras ocorreriam após o período neonatal e o prognóstico seria melhor; Seedor , subclassificou a OI "tarda" em dois tipos: a forma tarda gravis, em que a primeira fratura ocorreria no primeiro ano de vida, com desenvolvimento de deformidades graves dos ossos longos e coluna; Tarda levis, em que a primeira fratura ocorreria após o primeiro ano de vida e na qual as deformidades não seriam tão graves. OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * CLASSIFICAÇÃO DE SILLENCE OI-1: Forma mais leve e mais comum. Desordem autossômica dominante; Esclera azul permanente; Surdez prematura; Média a moderada fragilidade óssea. IA: Dentes Normais. IB: Dentinogênese Imperfeita IC: Dentinogênese Imperfeita OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * CLASSIFICAÇÃO DE SILLENCE OI-2: Forma mais severa, sendo letal intra-útero ou logo após o nascimento. Fraturas pré-natais; Membros pouco desenvolvidos e curvos; Extrema fragilidade óssea. OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * CLASSIFICAÇÃO DE SILLENCE OI-3: Forma severa não letal. Fraturas ao nascimento; Deformidade progressiva nos membros e coluna vertebral; Esclera azul em menor frequência, tendendo a diminuir com a idade. OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * CLASSIFICAÇÃO DE SILLENCE OI-4: Forma moderadamente severa com características similares ao tipo 1. OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * * * * * OSTEOGÊNESE IMPERFEITA OSTEOGÊNESE IMPERFEITA * * DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES * * DEFINIÇÃO Necrose isquêmica ou avascular do núcleo secundário de ossificação da epífise proximal do fêmur durante o desenvolvimento da criança, podendo ocorrer dos 2 aos 16 anos. DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES * * EPIDEMIOLOGIA Incidências variam 1:12.500 até 1:1.200 nv Ocorre entre 2 e 13 anos (2 a 16) de idade, com 80% dos casos tendo início entre 4 e 9 anos (Pico 6). Acomete mais o sexo masculino 4:1; Raça Branca Geralmente é unilateral (E) – 10% a 20% dos casos são bilaterais (acometimento assimétrico – fases diferentes). DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES * * DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES ETIOLOGIA Desconhecida; Teoria (Trueta, 1957): Surto isquêmico ocorreria devido a mudança de padrão da circulação nutriente de uma para outra fase do crescimento esquelético; Possíveis causas: trombose decorrente de fibrinólise, aumento da viscosidade sanguínea, infartos de repetição, aumento da pressão hidrostática intracapsular. * * DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES PATOGENIA * * QUADRO CLÍNICO Dor na face ântero-medial da coxa ou do joelho que é agravada pela atividade física. Limitação da ADM – Abdução e Rotações. Diferença em relação ao comprimento dos MMII e claudicação. * OS SINTOMAS PODEM VARIAR EM INTENSIDADE PARA CADA PACIENTE. ** A DOR PODE SER REFERIDA NO QUADRIL. DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES * * DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES PRINCIPAL OBJETIVO O principal objetivo do tratamento é a prevenção das deformidades da cabeça do fêmur, para assim evitar a degeneração precoce da articulação do quadril, mantendo a mobilidade articular, além de propiciar alívio da dor * * DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES TRATAMENTO repouso no leito com tração cutânea para alívio da dor; redução da sinovite; acompanhamento; uso de imobilizadores longos; órteses; cirurgia. * * DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES * * DOENÇA DE LEGG-CALVÉ-PERTHES * * EPIFISIÓLISE FEMORAL * * DEFINIÇÃO Caracterizada pelo alargamento e consequente enfraquecimento ao nível da camada hipertrófica da placa de crescimento proximal do fêmur, e que mediante o estresse mecânico local, provoca o escorregamento da epífise em relação ao colo femoral (epifisiolistese). * É a mais frequente enfermidade da adolescência. EPIFISIÓLISE FEMORAL * * SINONÍMIA Escorregamento epifisário proximal do fêmur; Deslizamento da epífise femoral proximal; Condropatia epifisária proximal do fêmur; Epifisiolistese proximal do fêmur; Deslocamento epifisário proximal do fêmur; Coxa vara do adolescente. EPIFISIÓLISE FEMORAL * * EPIDEMIOLOGIA A incidência varia com a raça, peso e local geográfico; Maior frequência em adolescentes da raça negra (7:1) e do sexo masculino (2,5:1); Risco maior: adolescente com peso acima da média e atraso na maturidade óssea. * Hipoteroidismo, Hipopituitarismo tratados com hormônio de crescimento; ** Osteodristrofia renal, Síndrome de Down e História Familiar. EPIFISIÓLISE FEMORAL * * PATOLOGIA Etiologia desconhecida. O transtorno tem início durante a adolescência, principalmente no início da puberdade, e em particular durante o período de crescimento esquelético que ocorre ente 12-14 anos para o sexo masculino e 10-13 anos para o sexo feminino. * Quando a Epifisiólise Femoral Proximal ocorrer antes dos 10 anos ou após os 16 anos, convém realizar uma investigação endocrinológica. EPIFISIÓLISE FEMORAL * * PATOLOGIA O deslizamento ocorre através da zona de hipertrofia da cartilagem fisária; A epífise desliza posterior e inferiormente, e o fêmur rota externamente, anterior e superior. Resulta: uma coxa vara progressiva, associada a um encurtamento de membro inferior EPIFISIÓLISE FEMORAL * * QUADRO CLÍNICO No início queixas vagas e imprecisas; Claudicação e dor na face ântero-medial da coxa e do joelho, sem histórico de trauma; Dor súbita, aguda e persistente, com dificuldade para deambular e apoiar membro. EPIFISIÓLISE FEMORAL * * CLASSIFICAÇÃO EPIFISIÓLISE AGUDA: Dor e claudicação presentes há menos de 3 semanas. Geralmente associada a uma lesão traumática aguda que resulta em um deslocamento súbito da cabeça femoral. Ocorre com mais frequência a compressão dos vasos que nutrem a cabeça do fêmur. EPIFISIÓLISE CRÔNICA: Início lento e progressivo, podendo levar de meses a anos. Quase sempre ocorre a existência de um traumatismo mínimo. Mais presente na puberdade e pode estar relacionada aos hormônios. Nesse caso o periósteo está inserido no colo do fêmur EPIFISIÓLISE CRÔNICA AGUDIZADA: Combinação dos dois tipos, ou seja, ocorre dor, claudicação crônica e subitamente os sintomas são intensificados, geralmente desencadeado por trauma leve. EPIFISIÓLISE FEMORAL * * DOENÇA DE SINDING-LARSEN-JOHANSSON (JOELHO DE SALTADOR) * * É uma forma de degeneração no ponto de crescimento de um osso, que pode ocorrer na parte inferior da patela, onde o tendão patelar se insere no osso. Essa complicação causa dor, durante a atividade, e extrema sensibilidade, quando a ápice da patela é pressionada. Causa pouco frequente de desconforto ou mesmo de dor anterior; É mais frequente em rapazes na pré-adolescência ( 10 – 15 anos) sendo as queixas relacionadas com a atividade física; É sobretudo mais frequente em atividades desportivas de maior solicitação sobre o aparelho extensor (basquete, futebol...) * * Pode ocorrer em um ou em ambos os joelhos, dependendo da atividade que causou. O problema pode ser resolvido se os joelhos ficarem livres de qualquer atividade agravante por tempo suficiente, podendo levar até 6 meses. Se a degeneração for muito séria e persistente, faz-se necessário à raspagem das partes degeneradas do tendão patelar ou ajudar o osso danificado na parte inferior da patela. * * Avaliação Clínica A avaliação clinica revela dor e defesa local por vezes com significado, com a palpação no pólo distal da patela. Etiologia A lesão é de origem traumática e é apoiada pelas alterações patológicas ou de alguma anormalidade da cartilagem ou de seu suprimento nutricional. Sinais e Sintomas -- Grande quadro álgico durante os exercícios; -- Sensibilidade à palpação -- Dor na região distal da patela é o sintoma mais comum. Pode apresentar-se edema local e limitação funcional devido à dor. * * Exame Radiológico O exame radiográfico pode mostrar calcificações ou ossificações na junção entre o Tendão e a patela, devendo ser feito o diagnóstico diferencial com a fratura por avulsão do polo patelar. * * TRATAMENTO *
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