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CONSTRUÇÕES EM AÇO E MADEIRA Curso: Engenharia Civil Professora: Andreza Vera Pyrrho de Araújo Patriota Recife, 07 de fevereiro de 2017 •CARGA HORÁRIA: 60 horas •COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS: Dimensionar Estruturas e Desenvolver projetos com materiais de aço e madeira. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE I • Propriedades físicas e mecânicas de aços estruturais e de madeiras; • Diagrama tensão /deformação; • Perfis estruturais; Critérios de plastificação e ruptura para o aço; • Tipos de madeiras de construção; • Propriedades físicas das madeiras e defeitos; • Projeto nos estados limites: Estados limites últimos; Estados limites de utilização; Hipóteses básicas de segurança; Cálculo das ações externas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE I • Ligações de peças estruturais: Ligações de estruturas de aço; Conectores: rebites, parafusos, pinos para articulações; Cálculo da área líquida e de área líquida efetiva da seção; Ligações por parafusos comuns; Ligações por parafusos de alta resistência; Conectores solicitados à tração e à tensões combinadas; Ligações excêntricas com conectores trabalhando a corte; Ligações a momento fletor e esforço cortante – conectores trabalhando ao corte e à tração CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE II • Ligações de estruturas de madeira: Ligações por encaixe; Ligações por cavilhas; Ligações parafusadas; Ligações pregadas; • Dimensionamento de membros tracionados: Introdução; Tipos de peças tracionadas; Tensões devidas a cargas axiais; Esforços combinados - tração axial e momento; Elementos de perfis simples; Elementos de seções compostas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE II • Dimensionamento de membros comprimidos: Introdução; • Estruturas de aço: • Flambagem elástica de hastes retas; • Influência das tensões residuais; • Comprimento efetivo de flambagem; C • olunas simples sujeitas à carga axial; • Flambagem na flexão composta; • Colunas sujeitas à flexão composta; • Flambagem local; • Detalhes construtivos; CONTEÚDO PROGRAMÁTICO UNIDADE II • Estruturas de madeira: • Peças comprimidas com compressão paralela às fibras; • Peças à compressão inclinada em relação às fibras; • Peças à compressão normal às fibras. • Dimensionamento de membros flexionados: Flexão simples; Flexão composta; Flexão obliqua. • Projeto estrutural: Projeto de uma estrutura simples em aço; Projeto de uma estrutura simples em madeira. BIBLIOGRAFIA BÁSICA • PFEIL, Walter. Estrutura de Aço – Dimensionamento Prático, Editora LTC. 7a. Edição, 2000, 335p.; • PINHEIRO, Antonio Carlos da Fonseca. Estruturas Metálicas – Cálculos, detalhes e exercícios de projetos – Ed. Edgard Blucher Ltda., 2001, 300p.; • PFILE, Walter. Estruturas de madeira. 4.ed. Rio de Janeiro, Livros Técnicos e Científicos, Editora S.A., 1985. 295p.; BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR • ABNT – Associação Brasileira de Normas Tecnicas – NB14/86(NBR 8800), Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios (método dos estados limites), 1986, 129p.; • ABNT – Associação Brasileira de Normas Tecnicas – NB11/97(NBR 7190), Projeto de Estruturas de Madeira, 1997, 107p.; • ABNT – Associação Brasileira de Normas Tecnicas – NBR 6123, Cargas devidas ao vento em edificações, Rio de Janeiro, 1988, 66p.; • ABNT – Associação Brasileira de Normas Tecnicas – NBR 6120, Cargas para o calculo de estruturas de edificações, 1980, 5p. Propriedades físicas e mecânicas de aços estruturais e de madeiras; Diagrama tensão /deformação; Perfis estruturais; Critérios de plastificação e ruptura para o aço. AÇO Liga de ferro Carbono Silício Manganês Fosforo Enxofre Varia de 0 a 2,0% Cobre Aço-carbono e Aços-Liga Propriedade Alotrópica Classificação quanto ao teor de carbono: Baixo – C < 0,15% Moderado – 0,15% < C < 0,29% Médio – 0,30% < C < 0,59% Alto – 0,60% < C < 2,0% Aço-Carbono •Aço de baixo/moderado teor de carbono: Possui baixa resistência e dureza, porém alta tenacidade e ductilidade. É usinável, soldável e de baixo custo. Aplicado em chapas automobilísticas, perfis estruturais, construção civil, placas para produção de tubos. Aço-Carbono •Aço de médio/alto teor de carbono: Possui maior resistência e dureza, porém menor tenacidade e ductilidade. Apresentam quantidade de carbono suficiente para receber tratamento de têmpera e revestimento. Aplicações: rodas e equipamentos ferroviários, engrenagens, peças de máquinas. Aços-Liga – Aço Especial São aços que contem além do carbono outros elementos de liga, tais como, níquel, cromo, tungstênio, cobalto, silício, alumínio, etc. Aço com teor de carbono inferior ou igual a 0,25% com teor total de elementos de liga inferior a 2,0% e com limite de escoamento igual ou superior a 300 MPa A adição de elementos de liga tem o objetivo de promover mudanças microestruturais que, por sua vez, promovem mudanças nas propriedades físicas e mecânicas, permitindo ao material desempenhas funções específicas. Aços-Liga – Aço Especial A introdução de elementos - melhorar algumas propriedades: • Aumentar a dureza e resistência mecânica; • Conferir resistência uniforme através de toda a seção em peças de grandes dimensões; • Diminuir o peso- consequência do aumento da resistência; • Conferir resistência à corrosão; • Aumentar a resistência ao calor; • Aumentar a resistência ao desgaste; • Aumentar a capacidade de corte. PROPRIEDADES MECÂNICAS O conhecimento das propriedades mecânicas dos materiais é de fundamental importância para a sua utilização. Um expressivo número destas propriedades mecânicas pode ser derivada de um único tipo de experimento – O TESTE DE TRAÇÃO. PROPRIEDADES MECÂNICAS Neste tipo de ensaios, um material é tracionado e se deforma até romper (fraturar). Mede-se o valor da força e deslocamento a cada instante e gera- se uma curva conhecida com CURVA TENSÃO X DEFORMAÇÃO do material. PRINCIPAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS Ductilidade Fragilidade Resiliência Tenacidade Dureza Fadiga PROPRIEDADES MECÂNICAS Ductilidade É a propriedade física dos materiais de suportar a deformação plástica, sob a ação de cargas, sem se romper ou fraturar. É a capacidade de um material de se deformar sob a ação das cargas. No ensaio de tração os materiais dúcteis apresentam uma fase de fluência (deformação permanente) caracterizada por uma grande deformação sem grandes aplicações de cargas. PROPRIEDADES MECÂNICAS Ductilidade Os metais se caracterizam por sua elevada ductilidade, pelo fato dos átomos se disporem de maneira tal na sua estrutura que possibilitam o deslizamento de uns sobre os outros, permitindo o estiramento sem rompimento. A ductilidade é medida por meio do alongamento percentual dado pela equação: Alongamento (%) = (Lf - Lₒ )/ Lₒ Redução percentual de área = (Aₒ - Af) / Aₒ PROPRIEDADES MECÂNICAS Fragilidade É o oposto da ductilidade. O estudo das condições em que os aços se tornam frágeis tem grande importância nas construções metálicas, uma vez que os materiais frágeis se rompem bruscamente, sem aviso prévio. PROPRIEDADES MECÂNICAS Tenacidade É a capacidade de absorver energia mecânica com deformações elásticas e plásticas até atingir a ruptura de fratura. No ensaio de tração simples, a tenacidade é medida pela área total do diagrama tensão-deformação. Impacto necessário para a sua ruptura. Um material tenaz possui um alto grau de deformação sem se romper. Para que um material seja tenaz, deve apresentar resistência e ductilidade. Materiais dúcteis são mais tenazes que os frágeis. PROPRIEDADES MECÂNICAS Resiliência É a capacidade de um material absorver energia em regime elástico (ou resistir à energia mecânica absorvida) por unidade de volume e readquirir a forma original quanto retirada a carga que provocou a deformação. A energia que pode ser absorvida dentro do regime elástico sem criar deformação permanente (deformação plástica). PROPRIEDADES MECÂNICAS Dureza É a propriedade de um material (no estado solido) que permite a ele resistir à deformação plástica, usualmente por penetração. Na prática mede-se a dureza pela resistência que a superfície do material oferece a penetração de uma pela de maior dureza. Podemos verificar a dureza do aço por meio do ensaio de dureza. Dureza expressa sua resistência a deformação permanente e está diretamente relacionada com a força de ligação dos átomos. PROPRIEDADES MECÂNICAS Dureza Importância do ensaio de dureza para o aço: • Obter o conhecimento da resistência ao desgaste; • Conhecimento aproximado da resistência à tração, através do uso de tabelas de correlação; • Controle de qualidade e tratamentos térmicos; • Fornece dados característicos de resistência à deformação permanente das pelas produzidas. PROPRIEDADES MECÂNICAS Fadiga • A resistência à ruptura dos materiais é em geral medida em ensaios estáticos. • Quando uma peça metálica trabalha sob efeitos de esforços repetidos em grande número, pode haver ruptura em tensões inferiores às obtidas em ensaios estáticos. Esse efeito denomina-se fadiga do material. • É importante fazer ensaio de fadiga no aço, quando a peça está sob ação de efeitos dinâmicos, como pelas de máquinas, pontes, etc. PROPRIEDADES MECÂNICAS Teor de Carbono Dureza Resistência Ductilidade Tenacidade Resiliência CURVA TENSÃO x DEFORMAÇÃO • TENSÃO: Quando um sistema de forças atua sobre um corpo, o efeito produzido é diferente, dependendo dos elementos da força (ponto de aplicação, direção, intensidade, sentido). O resultado da ação destas forças externas sobre uma unidade de área da seção analisada num corpo é o que chamamos de tensão: δ = P / A ; δ = N/mm² Ao projetar uma estrutura, é necessário assegurar-se que, nas condições de serviço, ela atingirá o objetivo para o qual foi calculada. CURVA TENSÃO x DEFORMAÇÃO • DEFORMAÇÃO (Alongamento): A aplicação de uma força axial de tração num corpo preso produz uma deformação no corpo, isto é, um aumento no seu comprimento com diminuição da área da seção transversal. ɛ = (Lf - Lₒ )/ Lₒ ɛ = (Δl / Lₒ) x 100 CURVA TENSÃO x DEFORMAÇÃO A curva σ x ε pode ser dividida em dois principais domínios: 1) Domínio Elástico (características): a) σ é proporcional a ε. σ = E.ε E = Módulo de Young ou Módulo de Elasticidade Longitudinal. Este módulo esta relacionado com a rigidez do material. b) A deformação é reversível (deformação elástica). CURVA TENSÃO x DEFORMAÇÃO CURVA TENSÃO x DEFORMAÇÃO 2) Domínio Plástico (características): a) σ não e linearmente proporcional a ε; b) A maior parte da deformacao e irreversivel (deformacao plastica/memoria); CURVA TENSÃO x DEFORMAÇÃO O A C B D E MÓDULO DE ELASTICIDADE •O módulo de elasticidade é a derivada da curva σ x ε no trecho linear; •Se não houver uma clara delimitação entre os domínios elásticos e plásticos, o Limite de Escoamento e definido como a tensão que, apos a liberação, gera uma deformação residual de 0,2%. • De acordo com a curva “a”, onde não observa-se nitidamente o fenômeno de escoamento • Alguns aços e outros materiais exibem o comportamento da curva “b”, ou seja, o limite de escoamento é bem definido (o material escoa, deforma-se plasticamente sem praticamente aumento da tensão). Neste caso, geralmente a tensão de escoamento corresponde à tensão máxima verificada durante a fase de escoamento ESCOAMENTO COEFICIENTE DE POISSON •Quando um material se alonga em determinada direção, ha uma contração num plano perpendicular. ESTRICÇÃO E LIMITE DE RESISTENCIA DUCTILIDADE • Medida da extensão da deformação que ocorre no material ate o momento da ruptura. RESILIÊNCIA TENACIDADE TENACIDADE TENSÃO ADMISSÍVEL • Ao projetar uma estrutura, é necessário assegurar- se que, nas condições de serviço, ela atingirá o objetivo para o qual foi calculada; • Do ponto de vista de capacidade máxima de carga, a tensão máxima na estrutura é, normalmente, mantida abaixo do limite de proporcionalidade, pois somente até ai não haverá deformação permanente, caso as cargas sejam aplicadas e, depois removidas. MÉTODO DA TENSÃO ADMISSÍVEL • Análise estrutural: Materiais Dúcteis Materiais Frágeis δadm = δe / η1 ou δadm = δlim / η2 δadm = tensão admissível δe = tensão no ponto de escoamento. δlim = tensão máxima do material η1 e η2 = Coeficientes de segurança MÉTODO DE PROJETO POR CARGA DE RUPTURA 1) Determina-se a intensidade das cargas que causarão a ruptura; 2) Determina-se a carga admissível ou carga de trabalho; 3) Divide a carga de ruptura por um fator de carga adequado.
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