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Controle Integrado de Pragas 1

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CONTROLE DE PRAGAS NA INDÚSTRIA DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: CONTROLE DE QUALIDADE
PROF. JOSÉ MARIA C. DA COSTA
DETAL - UFC
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Controle integrado de pragas: sistema que incorpora ações preventivas e corretivas destinadas a impedir a atração, o abrigo, o acesso e ou a 
proliferação de vetores e pragas 
urbanas que comprometam a 
segurança do alimento.
Resolução RDC nº 275 Regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados aplicados aos estabelecimentos produtores/industrializados de alimentos.
Objetivo: estabelecer procedimentos operacionais padronizados que contribuam para a garantia das condições higiênico-sanitárias necessárias ao processamento/industrialização de alimentos, complementando as Boas Práticas de Fabricação
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QUALIDADE SOBREVIVÊNCIA CONSUMIDOR 
Indispensável na prevenção de toxinfecções alimentares
Presença de importantes grupos de microrganismos nas próprias pragas e em seus resíduos
 
 Sentimentos de repulsa que a presença
 de pragas causam
 Comprometimento da idoneidade 
da indústria
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PRESENÇA DE PRAGAS 
X 
FALTA DE HIGIENE
Desconhecimento das medidas preventivas e corretivas do ambiente
 Ausência de política de Boas Práticas de Fabricação
 Falta de treinamento;
 Planejamento estrutural deficiente.
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 Em torno de 25% de toda produção mundial de alimentos é perdida pela ação de insetos, bactérias e roedores (FAO)
 Prejuízos de 10% para produtos armazenados em forma de grãos
 Perda aproximada de 130 milhões de toneladas
 Brasil – 20% perdas do total de grãos produzidos
 Danificação de equipamentos, curtos-circuitos, incêndios – ratos, fezes de pombos etc.
 Desvalorização do produto no atacado 
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Boas Práticas Integradas ao Controle de Pragas
Fase 1: Diagnóstico 
Fase 2: Pré-projeto e treinamento
Fase 3: Planejamento operacional
Fase 4: Implantação e implementação
Fase 5: Inspeção, uso de praguicida e monitoração
Fase 6: Auditoria
Mapa de risco
Moscas
Roedores
Baratas
Outros
Câmara de
estocagem
Administração
Estoque
R
Produção
B M O
Alto
Médio
O
Baixo
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 A aplicação de produtos só deve ser realizada quando adotadas todas as medidas de prevenção, só podendo ser utilizados produtos registrados no Ministério de Saúde.
 Apenas 20% de todo o processo de controle refere-se à parte química. 
 Conscientização de mudanças de hábitos de higiene e limpeza.
 Adoção de boas práticas de recebimento/ armazenamento/ produção
 Controle mecânico/físico 
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Portaria nº 09 de 16 de Novembro de 2000
NORMA TÉCNICA PARA EMPRESAS PRESTADORAS DE SERVIÇO EM CONTROLE DE VETORES E PRAGAS URBANAS
OBJETIVO: Fixar diretrizes, definições, condições gerais e especificar para o funcionamento das empresas Controladoras de Vetores e Pragas Urbanas, visando o cumprimento das Boas Práticas Operacionais, a fim de garantir a qualidade e a segurança do serviço prestado, de forma a minimizar o impacto ambiental, o risco à saúde do usuário e do trabalhador.
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	Praga urbana
 
	animais que infestam ambientes urbanos podendo causar agravos à saúde e/ou prejuízos econômicos
	Desinfestante Domissanitário ou Praguicida
	Produto que mata, inativa ou repele organismos indesejáveis em plantas, em ambientes domésticos, sobre objetos e/ou superfícies inanimadas, e/ou ambientes. Compreende os inseticidas domissanitários, rodenticidas e repelentes
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Ingrediente ativo
Substância presente na formulação para conferir eficácia ao produto
Formulação
Associação de ingredientes ativos, solventes, diluentes, aditivos, coadjuvantes, sinergistas, substâncias inertes e outros componentes complementares para obtenção de um produto final útil e eficiente segundo seu propósito
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É um SISTEMA que incorpora ações PREVENTIVAS e CORRETIVAS destinadas a IMPEDIR que vetores e as PRAGAS ambientais possam gerar PROBLEMAS significativos. Visa MINIMIZAR o uso abusivo e indiscriminado de PRAGUICIDAS. É uma seleção de métodos de controle e o desenvolvimento de critérios que garantam resultados favoráveis sob o ponto de vista HIGIÊNICO, ECOLÓGICO e ECONÔMICO.
 Licença de funcionamento  Vigilância Sanitária
 Responsável técnico
 Certificado de execução do serviço
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INSTALAÇÕES
 Local independente para armazenamento dos praguicidas
 Local para guarda dos equipamentos de aplicação e de proteção individual, devidamente identificado
 Local especial e separado para armazenar substâncias inflamáveis com risco de explosão
 Local destinado a diluição e preparo dos praguicidas – mesa ou bancada com tampo e pés revestidos com material liso, impermeável, lavável e resistente a ação dos solventes e demais produtos
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 Tanque dotado de instalação hidráulica
 Vestiário com instalações sanitárias e chuveiros e armário – um para roupa limpa e outro para a roupa impregnada de praguicida
 Equipamento de proteção coletiva contra incêndio e segurança do trabalho para locais onde praguicidas estão armazenados ou são manipulados
 
 Veículo adequado em perfeitas condições de funcionamento para locomoção dos aplicadores, transporte dos equipamentos de aplicação e produtos
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Responsável técnico 
Biólogo, farmacêutico, químico, engenheiro químico,
engenheiro agrônomo, engenheiro florestal, médico 
veterinário e outros 
Responde pela aquisição, utilização e controle dos produtos desinfestantes domissanitários utilizados
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4. Empresa
Treinamento dos funcionários
Disposições legais – Ministério do Trabalho – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA – NR 9 Port 3214/78)
Disponibilizar EPIs
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) – NR 7 Portaria 3212/78
Possibilitar remoção dos resíduos de 
desinfestantes
Orientar lavagem de uniformes
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3. Motorista
Capacitado para o transporte de produtos perigosos 
legislação vigente do Ministério do Trabalho
2. Aplicadores
Capacidade para funções de armazenamento, 
manipulação, transporte e aplicação – atestada 
pelo responsável técnico
Possuir obrigatoriamente cartão individual de identificação e habilitação
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Armazenamento
Entradas devidamente sinalizadas
 Ambientes secos, ventilados e cobertos
 Portas invioláveis
 Armários, prateleiras e estrados
 Limpeza freqüente
Identificação
 Inseticidas separados fisicamente dos rodenticidas
Notas fiscais de compras / Propostas de Serviço e Certificados – Ordem cronológica
Embalagens vazias passíveis de tríplice lavagem 
 Embalagens para posterior destruição
 Material de segurança, extintores de incêndio
 Sinalização de segurança: cartazes, end. e tel
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Transporte
 Regulamentação do Transporte de Produtos Perigosos – Ministério dos transportes
 Empilhamento, utilização de EPIs
 Veículos de uso exclusivo da empresa, dotado de compartimento que isole os praguicidas dos ocupantes do veículo
 Identificação que transporta praguicidas – local visível
 Embalagem original do fabricante ou em recipiente resistente para o transporte devidamente fechado e identificado
 Ficha e materiais de emergência e para isolamento da área
 Após transporte, o veículo deve ser lavado
 
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Aplicação
 Funcionários devidamente treinados, identificados, uniformizados e portanto EPIs adequados
 Supervisionada e orientada pelo responsável técnico
 Manual de procedimentos – Boas Práticas Operacionais – Preparo e aplicação
 Segurança dos operadores, usuários e meio ambiente
 Embalagens vazias devem retornar a empresa
 Equipamentos de Proteção Individual
Proteção para a Cabeça 
Proteção para os Olhos
Proteção auricular
Proteção para as vias respiratórias
Proteção para o tronco
Proteção para membros superiores e inferiores
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Registros dos serviços executados
 Avaliação prévia
 Proposta de serviço
 Registros de ocorrências não previstas, reclamações e providências
 Certificado
ou comprovante de execução do serviço 
 Prazo de garantia	
Descarte de embalagens, resíduos e equipamentos
 Tríplice lavagem – produtos solúveis em água
 Descarte 
 Água da lavagem – neutralizada
 Resíduos – neutralizados
 Descarte produtos químicos vencidos – legislação ambiental
 Reaproveitamento de embalagens é proibido
 Procedimentos escritos e registrados
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1. INSETICIDAS
 Ideal
Falência imediata do inseto alvo
Seletivo
Não cause nenhum impacto sobre meio ambiente
Auto degradável
Atóxico
Econômico
Quimicamente estável
Não inflamável
Fácil manuseio e preparo
Não corrosivo, não cause manchas, nem alterasse superfícies
Odor característico
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RISCOS
 Desequilíbrios ecológicos
 Possibilidade de desenvolvimento de células cancerígenas
 Mutagênese
 Perturbações nervosas
 Alterações imunológicas
 Lesões hepáticas
 Atrofia testicular
 Cistite hemorrágica
 Esterilidade masculina
 Ferramentas de trabalho, leis e os aspectos tecnológicos que envolvem essa atividade estão em contínua mudança.
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GRUPOS QUÍMICOS
Organoclorados
 Hidrocarbonetos saturados ou não – Cloro - Átomos de outros elementos
 Somente os órgão públicos podem utilizá-los em Campanhas de Saúde Pública
 São inseticidas organoclorados, compostos:
Orgânicos, com cloro na estrutura
Estrutura cíclica
Lipossolúveis
Cumulativos nos organismos e na cadeia alimentar
Persistentes no ambiente (3 a 30 anos)
 Ex: DDT, DDD, BHC
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Organofosforados
 Derivados dos ácidos do fósforo (fosfórico, fosforotióico)
 Pouco solúveis em água
 Degradáveis
 Alguns – longo poder residual
 Ação tóxica por contato, inalação e ingestão
 Menos persistentes no ambiente e não se acumulam no organismo
 Toxicidade aguda é maior
 Inibem enzima acetilcolinesterase
 Efeito tóxico: acúmulo da acetilcolina endógena nos sítios sinápticos – parada respiratória ou edema pulmonar
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Carbamatos
 Ésteres derivados do ácido carbânico
 Compostos estáveis
 Baixa solubilidade em água
 Ação tóxica por contato, inalação e ingestão
 Inibem a acetilcolinesterase de forma reversível
 Ex: Baygon
Piretróides
 Análogos aos componentes obtidos a partir do piretro, extraído do crisântemo
 Alta degradação no ambiente, poder residual variável
 Dose letal alta
 Não se acumulam no organismo nem no ambiente
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3. FUMIGANTES
 Atividade através do gás ou vapor com ação penetrante
 Benzeno e a naftalina - sólidos que liberam vapores tóxicos 
 Fosfina e Brometo de metila – gases utilizados em expurgos 
 Brasil – maioria dos fumigantes não recebe registro como domissanitário podendo ser utilizado na defesa sanitária vegetal
4. RODENTICIDAS
4.1.Raticidas anticoagulantes 
Morte do roedor por hemorragia
Antídoto – vit K
Hidroxicumarinas e Idandionas
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2. INTERFERIDORES DO CRESCIMENTO
Agem interferindo no processo normal de crescimento
 Não chega a fase adulta – incapacidade de cruzar
 Não geram descendentes
 Baixa toxicidade 
 Específicidade
 Compostos como: metoprene, hidropene, fenoxivarb, ciromazina e lufenuron
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4.2. Raticidas agudos
 Atuam diretamente no SNC – morte imediata
 Uso proibido (MS) – alto risco de envenenamento
 Fluoracetato de sódio
 Não possui antídotos – rapidamente absorvido por via digestiva ou inalatória
 Metabolismo
Ácido fluorocítrico  inibe a respiração celular  Ciclo de Krebs
 Sintomas: náuseas, vômitos, diarréia, agitação, alucinações, convulsão, depressão respiratória, coma e morte (1 hora após ingestão)
 Resíduos até o sétimo elo da cadeia alimentar
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FORMULAÇÕES
 Pó molhável
 Concentrado emulsionável
 Pó seco
 Granulado
 Soluções microencapsuladas
Mais seguras
Formulação relativamente nova
Microcápsulas de nylon ou outro polímero
Liberação lenta e progressiva do inseticida
Vida residual longa – 6 meses
Menor agressão ao meio ambiente
Baixa probabilidade de causar intoxicações por inalação e via cutânea
Ação: contato ou ingestão
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ROTULAGEM PREVENTIVA
Portaria nº55/96 da Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo
 Recomendações e precauções de ordem toxicológica
 Composição química
 Indicação do registro
 Cuidados para uso
 Doses recomendadas
 Recomendações em casos de acidentes
 Usos autorizados
 Tempo de isolamento da área
 Tempo residual
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Legitimidade da manutenção do Controle de Pragas, realizadas por empresas especializadas ou entidades especializadas
Portaria 1428 de 1993
Portaria 326 sobre as BPF de 1997
Portaria 18 de Fevereiro de 2000 da ANVISA
Portaria nº 05 e 13 / 1999 da Vigilância Sanitária do Estado de SP 
Portaria 172, 04/11/96 – Secretaria de Vigilância Sanitária – MS
Portaria 6/99 – Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria do Estado de São Paulo
Decreto 37069, 18 setembro de 1997 
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PROTEÇÃO AMBIENTAL
Contaminação:
Solos
Águas superficiais e subterrâneas
Cadeia biológica, incluindo o homem
Durante:
Aplicação
Transporte
Descarte de resíduos e embalagens
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