Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CEDERJ - CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR A DISTÂNCIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO MATERIAL DIDÁTICO IMPRESSO CURSO: Administração DISCIPLINA: Gestão Financeira CONTEUDISTAS: Fabrícia de Farias da Silva e Kátia de Almeida AULA 06 Administração de Contas a Receber METAS DA AULA: Apresentar a importância da análise de crédito e cobrança na administração das contas a receber. OBJETIVOS: Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de: Identificar os conceitos que envolvem a administração de contas a receber. Entender as características de políticas de crédito e de políticas de cobrança. Definir as vantagens e desvantagens do relaxamento dos padrões de crédito. INTRODUÇÃO Nesta aula vamos aprender sobre as Contas a Receber, um importante item do Ativo Circulante. DUPLICATAS A RECEBER Duplicatas a Receber e Estoques, representam investimentos consideráveis para a empresa e, portanto, devem ser rapidamente convertidos em caixa, mantendo ao mesmo tempo, um nível adequado de serviço. A administração das duplicatas a receber trata de estabelecer políticas adequadas de crédito e cobrança. Mas, o que vem a ser o crédito? Pode-se definir crédito como a disposição de alguém ceder temporariamente parte de seu patrimônio ou prestar serviços a terceiro, com a expectativa de receber de volta o valor cedido ou receber pagamento, depois de decorrido o período de tempo estipulado, na sua integralidade ou em valor correspondente. É a troca de bens presentes por bens futuros. Uma boa política de crédito deve buscar um equilíbrio entre vendas e perdas por inadimplência. E uma política de cobrança deve manter um nível apropriado de investimento de contas a receber. O controle direto das duplicatas as receber se dá pelo estabelecimento e administração da: • Política de crédito e • Política de cobrança I- POLÍTICAS DE CRÉDITO Diretrizes para determinar se a empresa deve conceder crédito a um cliente e qual o montante de crédito a ser concedido. O estabelecimento da política de crédito envolve: • O processo de seleção de crédito • Determinação de padrões de crédito e • Determinação de condições de crédito. SELEÇÃO DE CRÉDITO Refere-se à decisão quanto a conceder crédito a clientes e qual o limite de tal concessão. Fontes apropriadas e métodos de análise de crédito devem ser desenvolvidos, uma vez que cada um desses aspectos é importante para a administração bem sucedida das duplicatas a receber. Os aspectos-chave na seleção de crédito são: os 5 C’s do crédito, a obtenção de informações, a análise das informações, a classificação de crédito e a administração internacional do crédito. Os cinco C’s do crédito Para se determinar a capacidade creditícia dos solicitantes de crédito, deve-se analisar os 5 C’s, obter informações de crédito do cliente: 1. Caráter – Diz respeito ao desejo de efetuar o pagamento. Esta característica pode ser obtida através do histórico do solicitante quanto ao cumprimento de suas obrigações financeiras, contratuais e morais. 2. Capacidade – Decorre do desempenho econômico e da geração de recursos financeiros no futuro para efetuar pagamento. O potencial do cliente para quitar o crédito solicitado. A análise dos demonstrativos financeiros com ênfase especial nos Índices de liquidez e índice de endividamento, são geralmente utilizados para avaliar a capacidade do solicitante de crédito 3. Capital – Refere-se à posição financeira do cliente, da posse de bens para lastrear o cumprimento da obrigação. As demonstrações contábeis são importante fontes de informação sobre a capacidade e o capital do cliente. A solidez financeira do solicitante, conforme indicada pelo patrimônio líquido da empresa. Índice Exigível total/Patrimônio líquido e Índices de lucratividade são freqüentemente utilizados para avaliar o capital do demandante. 4. Colateral (Garantias) – O montante de ativos colocados à disposição pelo solicitante para garantir o crédito. 5. Condição – Leva em consideração os eventos externos, macroeconômicos e suas conseqüências para o cliente. Este item encontra-se fora de controle do cliente e depende de cenários potenciais e da avaliação da empresa concedente de crédito.As condições econômicas e empresariais vigentes, bem como qualquer das partes envolvidas na negociação. Obtenção de informações de crédito As informações de crédito podem ser obtidas junto a várias fontes externas tais como: DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Serviço de proteção ao crédito TROCAS DIRETAS DE INFORMAÇÕES DE CRÉDITO (pelas associações) CONSULTA BANCÁRIA – sistema de consulta de cheque, existentes em muitas cidades brasileiras. REFERÊNCIAS BANCÁRIAS E COMERCIAIS também são fontes de informações que podem ser usadas na concessão de crédito. Análise das informações de crédito Devem ser usados procedimentos rígidos para o uso na análise de crédito, que é a avaliação dos solicitantes de crédito. A análise pode ser de várias formas, mas o julgamento subjetivo do analista é fator importante para a decisão final. Procedimentos Calcular o período médio de pagamento para comparar com as condições de crédito concedidas atualmente à empresa. Considerações econômicas A relação custo-benefício associados à obtenção e análise das informações devem ser levados em conta. Os procedimentos básicos seguidos pelo departamento de crédito de uma empresa para analisar a capacidade de crédito de um solicitante são os mesmos, quer trate de um cliente que deseja efetuar uma operação específica ou de um cliente regular que solicita uma linha de crédito. A única diferença que poderia haver seria quanto à profundidade da análise. O problema da pequena empresa As pequenas empresas em geral não têm pessoal nem meios necessários para tomar decisões de crédito com base em informações seguras. Necessidade de aumentar volume de vendas, através de concessão de crédito, ainda que às custas de devedores duvidosos. Seus clientes são outras empresas locais, normalmente administradas por amigos pessoais, o que torna particularmente difícil negar-lhes crédito. Classificação de crédito Pontuação que produz uma pontuação capaz de refletir o potencial financeiro global de um solicitante de crédito, que resulta de uma média ponderada dos pontos relativos a características financeiras e credito. Com o consumidor final são usadas várias técnicas impessoais, como pontuação de crédito. O Quadro 1 mostra um exemplo de análise de crédito por pontuação para pessoa física. As informações foram classificadas, neste exemplo, em três grandes grupos: dados essenciais (envolvendo residência, profissão, estado civil etc.), dados complementares (referência comercial, comprovação de renda, tipo de mercadoria, etc.) e dados de localização (endereço para referência, telefone, etc.). Se determinado candidato à obtenção de crédito tiver comprovado a renda, que trabalha a mais de seis meses, que tem profissão definida e que é desconhecida no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), terá conquistado quatro pontos nos dados essenciais. Com este total de pontos multiplicado pelo peso deste grupo, no caso o peso é igual a dois, e somado aos pontos obtidos nos demais grupos, chega-se ao total geral. Em geral, a determinação dos aspectos considerados na pontuação são obtidos a partir de uma experiência histórica de concessão de crédito pela empresa ou pelo setor de atuação. Da mesma forma, a ponderação para cada item é obtida a partir de um comportamento histórico dos clientes da empresa. Ao total de pontos existe uma tradução em termos de atitude que o funcionário da empresa deve tomar. Assim, se um cliente obteve 15 pontos,segundo os critérios estabelecidos pelo exemplo do sistema de pontuação apresentado no Quadro 18.1, a aprovação do crédito estaria condicionada a uma entrada. Quadro 1 Exemplo de sistema de pontuação1 1. Dados Essenciais Comprovou os dados Comprovou a renda Trabalho mais de seis meses Residência mais de seis meses Profissão definida Casado Prestação no limite Desconhecido no SPC Total × 2 2. Dados Complementares Imóvel comprado 1 PEREIRA, Ailton Gil Paz. Tudo sobre cadastro, crédito e cobrança. São Paulo: Nobel, 1990. p. 108. Referência comercial Outras rendas comprovadas Cônjuge com renda comprovada Mercadorias sem risco 3. Dados de Localização Endereço dos pais Endereços para referência Conhece funcionário da loja Tem telefone Total Total Geral Pontuação Geral Indicação 30 Indicado para cartão de crédito 19 a 29 Aprovação normal 13 a 18 Aprovação só com entrada 09 a 12 Aprovação só com avalista 06 a 08 Aprovação só com aval e entrada Até 05 Negar crédito Em alguns tipos de vendas a prazo, onde o recebimento praticamente não apresenta risco, o processo de concessão torna-se extremamente simplificado, evitando a necessidade de estabelecer um sistema de pontuação. É o caso de vendas efetuadas com cartão de crédito, em que o risco é menor desde que a empresa observe se o cartão encontra-se numa lista fornecida pela administradora de cartões, denominada boletim de cancelamento ou lista de restrição, e respeite o limite estabelecido. Neste caso, o processo depende somente da verificação da validade e legitimidade do cartão e da identificação do titular. A análise do cliente é delegada para a administradora de cartões de crédito, simplificando e reduzindo custos do processo. Administração internacional de crédito A administração de crédito é bem mais difícil para as empresas que operam no mercado externo, em comparação àquelas que atuam apenas no mercado interno, devido à presença de riscos cambiais e dificuldades nas remessas a longa distâncias. A avaliação e a exposição e a exposição aos riscos de crédito dos clientes externos são outros complicadores. ALTERAÇÃO NOS PADRÕES DE CRÉDITO Padrões de crédito Definem os critérios mínimos para a concessão de crédito a um cliente. Classificações de crédito, referências de crédito, períodos médios de pagamento e determinados índices financeiros fornecem uma base quantitativa para o estabelecimento e cumprimento dos padrões de crédito. Entretanto, a preocupação não deve ser com cada um destes componentes dos padrões de crédito e sim com a qualidade restritiva ou não-restritiva da política global da empresa. Por isso, deve-se conhecer as variáveis-chaves que precisam ser consideradas quando uma empresa está pensando em afrouxar ou arrochar seus padrões de crédito. As variáveis mais importantes a serem consideradas ao se avaliar as alterações propostas são: a) no Volume de vendas (margem de contribuição), b) no nível de investimentos em duplicatas a receber, c) na perda com devedores incobráveis. Sempre que os padrões de crédito (ou critérios mínimos para a concessão de créditos a um cliente) forem afrouxados ou arrochados é preciso considerar essas variáveis. Volume de vendas Se os padrões de crédito forem afrouxados, deve-se esperar um crescimento nas vendas; por outro lado, se ocorrer um arrocho nos padrões de crédito, deverá haver uma redução nas vendas. Em geral aumento nas vendas afetam os lucros positivamente, enquanto que as diminuições produzem efeitos negativos. Investimento em Duplicatas a Receber Carregar ou manter duplicatas a receber acarreta um custo à empresa, equivalente aos ganhos que se deixa de obter em outras aplicações, decorrentes da necessidade de comprometimento de fundos com esse ativo. Portanto, quanto maior o investimento em duplicatas a receber, maior o custo de mantê-las, e vice-versa. Perdas com Incobráveis A perda com incobráveis afeta o lucro negativamente. Mudanças nessas variáveis afetam o lucro. Pode-se esperar que ao afrouxar os padrões de crédito, ocorram as seguintes mudanças básicas e efeitos no lucro: Item Direção: Aumento ou Diminuição Efeito sobre o Lucro Volume de vendas A Positivo Investimento em duplicatas a receber A Negativo Perda com devedores incobráveis A Negativo Se os padrões de crédito forem arrochados, podem-se esperar efeitos opostos. Determinação dos valores das variáveis-chaves A forma pela qual são determinadas as principais variáveis envolvidas na decisão sobre os padrões de crédito pode ser ilustradas com o seguinte exemplo:2 Exemplo (GITMAN, 2004): A Dodd Tool, fabricante de peças para tornos mecânicos, está atualmente, vendendo um produto por $10 a unidade. As vendas (todas a crédito) do ano mais recente foram de 60.000 unidades. O custo variável por unidade é de $6 e o custo fixo total é de $120.000. A empresa está atualmente, pretendendo flexibilizar os padrões de crédito e espera-se que esta medida acarrete um acréscimo de 5% nas vendas, para 63.000 unidades, um aumento no período médio de cobrança do seu nível atual de trinta para quarenta e cinco, e um aumento no nível atual dos devedores incobráveis de 1% para 2% sobre as vendas. O retorno exigido pela empresa sobre investimentos de igual risco, o qual corresponde ao custo de oportunidade do comprometimento de fundos com as duplicatas a receber, é 15% ao ano. Para determinar se a Dodd Tool deve adotar padrões de crédito mais flexíveis, é necessário calcular o efeito sobre contribuição adicional aos lucros, decorrentes das vendas (a margem de contribuição), o custo do investimento marginal em duplicatas a receber e o custo marginal de devedores incobráveis. a) Contribuição Adicional aos Lucros = Unidades adicionais vendidas × margem de contribuição por unidade. - Margem de Contribuição por unidade3 = PVu - Cvu 2 Pelo fato de a análise de duplicatas a receber ser feita em relação ao futuro, certos itens como vendas, cobranças e devedores incobráveis, afetados pelas alterações na administração de duplicatas a receber, precisam ser estimados. A necessidade de se estimar esses valores futuros pode ocasionar muita incerteza no processo de decisão. Algumas técnicas, como análise de sensibilidade e de cenários, além de simulações, podem ser aplicadas a essas estimativas, para ajustá-las à incerteza. 3A contribuição ao lucro por unidade ou margem de contribuição já foi estudada no capítulo sobre alavancagem, como parte do tópico Análise do Ponto de Equilíbrio. Representa o montante de cada $1 de vendas disponíveis para cobrir custos fixos e lucro. No exemplo, considera-se que o montante pelo qual o preço de venda unitário excede o custo variável por unidade contribui diretamente para o lucro (ou reduz prejuízos). Margem de contribuição unitária = $10,00 - $6,00 = $4,00 Margem de Contribuição Total Adicional = (63.000 – 60.000) × $4,00 =3.000 × $4,00 = $12.000,00 b) Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber: O custo do investimento em duplicatas a receber pode ser calculado usando-se a seguinte fórmula: receber a duplicatas de Giro receber a vendasdas total variávelCusto receber a duplicatas em médio toInvestimen = cobrança de médio Período 360 receber a duplicatas de Giro = ou receber a Duplicatas Anuais Vendas = Custo variável total das vendas anuais Plano proposto: $6 × 63.000 unidades = $378.000 Plano atual: $6 × 60.000 unidades = $360.000 Giro de Duplicatas a Receber Plano proposto: 8 45 360 = Plano atual: 12 30 360 = Investimento médioem duplicatas a receber Plano proposto: 250.47$ 8 000.378$ = Plano atual: 000.30$ 12 000.360$ = Cálculo do investimento marginal em duplicatas a receber e o seu custo: Investimento médio com o plano proposto $ 47.250,00 (-) Investimento médio com o plano atual (30.000,00) (=) Investimento Marginal em duplicatas a receber 17.250,00 (×) Taxa de retorno exigido sobre o investimento 0,15 (=) Custo do investimento marginal em duplicatas a receber 2.588,00 Os $2.588 representam o valor máximo que poderia ter sido ganho sobre os $17.250, caso estes fossem aplicados na melhor alternativa de investimento disponível de idêntico risco. c) Custo Marginal com Devedores Incobráveis : Plano proposto: (63.000 X $10,00) × 2% $12.600 Plano atual : (60.000 X $10,00) × 1% 6.000 Custo marginal com devedores incobráveis $6.600 TOMADA DE DECISÃO: Comparar a margem de contribuição adicional com o custo do investimento marginal em duplicatas a receber e o custo dos devedores incobráveis marginais. Se a margem de contribuição adicional exceder os custos marginais, os padrões de crédito devem ser afrouxados, caso contrário devem ficar inalterados. Isto posto: Margem de contribuição adicional 12.000 (-) Custo do Investimento marginal em duplicatas a receber (2.588) (-) Custo dos devedores incobráveis marginais (6.600) Lucro líquido proveniente da implementação do plano proposto 2.812 ATIVIDADE 1: Responda: 1. Quais as variáveis influenciadas pelos padrões de crédito? 2. Como a influência acontece? 3. Como o prazo influencia o volume de vendas? 4. Quais as principais conseqüências de um aumento de prazo para quem compra e para quem vende? Resposta: 1. As variáveis são as seguintes: a. Vendas: condições muito exigentes restringem o universo de pretendentes a crédito e, conseqüentemente, de compradores o que dificultará a realização de vendas. Já padrões menos exigentes ampliariam esse universo, abrindo as portas para a realização de maiores vendas, expondo a empresa a maiores riscos. b. Valores a Receber: padrões de crédito que facilitam a realização de vendas são indicativos de aumento de necessidade de mais recursos para financiamento de Valores a Receber. c. Riscos: os riscos de não recebimentos de Valores a Receber variam de acordo com a definição dos padrões de crédito que, quando menos exigentes tendem a aumentar o risco de perdas pelo não recebimento. 2. A influencia ocorre assim: Variável Resultado Efeitos Vendas Aumento Redução Aumento do Lucro Redução do Lucro Valores a Receber Aumento Redução Redução do Lucro Aumento do Lucro Risco Aumento Redução Redução do Lucro Aumento do Lucro 3. O tempo estipulado para o pagamento decorrente da concessão do crédito é condição tão importante quanto à concessão do crédito em si. É fator considerado tanto por quem pleiteia o crédito como para quem está analisando a sua concessão. 4. Para quem vende conceder crédito, significa investir em Ativo Circulante e o prazo do crédito concedido representa o tempo pelo qual o investimento é realizado. Investir representa haver disposição de assumir os custos visando beneficio futuro, ou seja, rentabilidade. Donde se depreende que quanto maior o prazo concedido maior o tempo do investimento e, conseqüentemente, maiores os custos do investimento. Um aumento de prazo para quem compra equivale a maior tempo para pagamento e maior custo de Valores a Receber para quem vende. Fim da Atividade 1 ANÁLISE DE CRÉDITO Trata da obtenção e avaliação das informações de crédito a respeito dos solicitantes de crédito a fim de determinar se eles podem satisfazer os padrões de crédito da empresa. A empresa deve não só determinar a credibilidade de um cliente, mas também estimar o montante máximo de crédito que o cliente pode receber. Feito isso, a empresa pode estabelecer uma linha de crédito, determinando o montante máximo que o cliente pode dever à empresa em qualquer época. Os dois passos básicos no processo de investigação para de conceder o crédito são: (1) obter informação de crédito e (2) analisar as informações, a fim de se tomar decisões de crédito. 1- Obtenção de informações de crédito: demonstrações financeiras, referências bancárias, serviços de crédito, conta bancária, etc. 2- Análise das informações de crédito, através de: - Cálculo do período médio de pagamento da empresa, - análise cronológica das duplicatas a pagar, - análise integral de índices quanto à: liquidez, atividade, lucratividade e endividamento da empresa, usando as suas demonstrações financeiras. II - CONDIÇÕES DE CRÉDITO Especificam as condições de reembolso exigido de todos os clientes a crédito. As condições de crédito apresentam três componentes: o desconto financeiro, o período do desconto financeiro e o período de crédito. Normalmente, usa-se a forma abreviada para enunciar as condições de crédito, como por exemplo, 2/10 líquido 30. O primeiro número, 2, é o desconto e significa o percentual do desconto aplicado, caso a duplicata seja paga no prazo especificado pelo segundo número, 10 dias. O segundo número, 10, é o prazo de desconto e indica o número de dias pelo qual o desconto é válido. O último número, 30, determina o prazo de vencimento. O prazo de vencimento especifica o número de dias que a empresa tem para pagar a duplicata e não ficar inadimplente. Alterações em cada uma dessas variáveis afetam vendas, o período médio de cobrança, a perda com devedores incobráveis e o lucro por unidade, que podem exercer, como conseqüência, um efeito sobre a lucratividade global da empresa. Os fatores positivos e negativos relacionados com tais variações, e os procedimentos quantitativos para avaliá-los, são: a) Desconto Financeiro Quando uma empresa começa a oferecer ou aumenta um desconto financeiro, pode-se esperar as seguintes variações e efeitos sobre o lucro: Variável Direção da mudança Efeito sobre o lucro Volume de Vendas Aumenta Positivo Investimento em D/R a devido a clientes que não aproveitavam o desconto e que passam a pagar mais cedo Diminui Positivo Investimento em D/R devido a novos clientes Aumenta Negativo Perda com incobráveis Diminui Positivo Lucro por unidade Diminui Negativo Diminuir ou eliminar um desconto traria efeitos opostos. Exemplo (GITMAN, 2004): Suponha que a Dodd Toll esteja pretendendo introduzir um desconto financeiro de 2% para pagamento até dez dias após a compra. O atual período médio de cobrança é de trinta dias (giro = 360/30 = 12), as vendas a crédito montam 60.000 unidades, o custo variável por unidade é de $6,00. A empresa espera que, com a introdução do desconto financeiro, 60% de suas vendas passarão a ser feitas com desconto e as vendas aumentarão em 5%, para 63.000 unidades. O período médio de cobrança deve cair para quinze dias (giro = 360/15 = 24). Espera-se que a perda com incobráveis caia do nível atual de 1% para 0,5% das vendas. O retorno exigido pela empresa sobre investimentos de igual risco permanece em 15%. Margem de contribuição adicional aos lucros [3.000 unidades × ($10 - $6)] $12.000 Custo do investimento marginal em D/R Investimento médio com o plano proposto 24 000.378$ 24 )000.636( = × $15.750 Investimento médio com o plano atual 12 000.360$ 12 )000.606( = × 30.000 Investimento marginal em D/R (14.250) Custo do investimento marginal em D/R (0,15 × $14.250) $2.138a Custo marginal com Devedores incobráveis Incobráveis com o plano proposto (0,005 × $10 × 63.000) $3.150 Incobráveis com o plano atual (0,01 × $10 × 60.000) 6.000 Custo marginaldos devedores incobráveis $2.850a Custo do desconto financeirob (0,02 × 0,60 × $10 × 63.000) ($7.560) Lucro Líquido proveniente da implementação do plano proposto $9.428 a Este valor é positivo, pois represente um economia, em vez de um custo. b. Este cálculo reflete o fato de que um desconto financeiro de 2% será feito em 60% do novo nível de vendas – 63.000 unidades, a $10 cada b) Período do Desconto Financeiro O efeito líquido das mudanças no período de desconto financeiro é difícil de analisar devido à natureza das forças envolvidas. Por exemplo, se o período de desconto financeiro fosse aumentado, as mudanças colocadas na tabela seguinte deveriam ser esperadas. Variável Direção da mudança Efeito sobre o lucro Volume de Vendas Aumenta Positivo Investimento em D/R a devido a clientes que não aproveitavam o desconto e que passam a pagar mais cedo Diminui Positivo Investimento em D/R a devido a clientes que aproveitavam o desconto, mas que pagam mais tarde Aumenta Negativo Investimento em D/R devido a novos clientes Aumenta Negativo Perda com incobráveis Diminui Positivo Lucro por unidade Diminui Negativo c) Período de Crédito Alterações no período de crédito também afetam a lucratividade da empresa. Os seguintes efeitos nos lucros podem ser esperados de um aumento no prazo do período de crédito tem os seguintes efeitos Variável Direção da mudança Efeito sobre o lucro Volume de Vendas Aumenta Positivo Investimento em Dupl. a Receber Aumenta Negativo Perda com incobráveis Aumenta Negativo III - POLÍTICAS DE COBRANÇA Procedimentos para cobrar as duplicatas a receber da empresa quando elas vencem. A eficiência da política de cobrança pose ser parcialmente avaliada pelo nível de despesas com dívidas incobráveis. O nível de dívidas incobráveis depende da política de cobrança e da política de crédito. Se o nível que podem ser atribuídas à política de crédito é relativamente constante, pode-se esperar que um aumento nas despesas com cobrança reduzam as dívidas incobráveis. As abordagens usadas para avaliar a política de crédito e cobrança incluem: Índice de período médio de cobrança e Duplicatas a receber em carteiras. VENCIMENTO DE DUPLICATAS A RECEBER O cronograma (classificação no vencimento) de duplicatas a receber é uma técnica que indica a proporção do saldo de duplicatas a receber que foi emitida por um período de tempo específico. Ele requer as duplicatas a receber sejam divididas em grupos baseadas no tempo, a partir de sua origem. Essa divisão é geralmente feita numa base de mês a mês, indo até 3 ou 4 meses no passado. Exemplo (Gitman, 2004): Assuma que a Dodd Tool estendeu termos de crédito 30 dias líquido fora o mês para os seus clientes. O balanço da empresa de 31 de dezembro de 2000 mostra $200 mil em duplicatas a receber. Uma avaliação dessas duplicatas resulta na seguinte divisão: Artigo I. Dias Corrente 0-30 31-60 61-90 Mais de 90 Mês Dezembro Novembro Outubro Setembro Agosto Total Duplicatas a receber $60.000 40.000 66.000 26.000 8.000 $200.000 Percentagem do total 30 20 33 13 4 100 Avaliação das atividades de cobrança da Dodd com base nos resultados acima Como a Dodd Tool concede o prazo de trinta dias após o término do mês para que seus clientes quitem suas contas, todas as duplicatas em carteira originadas em dezembro são, que ainda estão nos livros contábeis da empresa, são consideradas corrente. Duplicatas a receber em novembro, estão entre 0 e 30 dias atrasadas, duplicatas a receber em outubro, que ainda não foram pagas, estão entre 31 e 60 dias atrasadas, e assim por diante. A tabela mostra que 30% das duplicatas a receber são circulantes, 20% estão com um mês atrasadas, 33% estão 2 meses atrasadas, 13% estão 3 meses atrasadas e 4% estão mais de 3 meses atrasadas. Apesar de o pagamento parecer vagaroso em geral, uma irregularidade que chama a atenção nesses dados é a alta percentagem representada pelas a duplicatas a receber de outubro. Isso indica que algum problema deve ter acontecido em outubro. Uma investigação pode achar que o problema pode ser atribuível à contratação de um novo administrador de crédito, a aceitação de uma nova conta que fez grande compra a crédito e que ainda não foi paga ou uma política de cobrança ineficiente. O analista deve determinar a causa de tal discrepância EFEITOS DE MUDANÇAS NOS ESFORÇOS DE COBRANÇA As mudanças e os efeitos sobre o lucro que se espera como resultado de um aumento nos esforços de cobrança são: Variável Direção da mudança Efeito sobre os lucros Volume de Vendas Nenhuma ou diminuição Nenhum ou negativo Investimento em duplicatas a receber Diminuição Positivo Perda com incobráveis Diminuição Positivo Dispêndio com cobrança Aumento Negativo O aumento nos esforços de cobrança deveria reduzir as duplicatas a receber e a despesa com dívidas incobráveis, dessa forma aumentando os lucros. Se o nível de esforço de cobrança é muito intenso, o custo dessa estratégia pode incluir perda de vendas em adição ao aumento das despesas em cobranças. Em outras palavras, se a empresa pressiona seus clientes demais para pagar suas contas, eles podem levar seus negócios para outro lugar. A empresa deve, portanto, ser cuidadosa para não ser agressiva demais. TÉCNICAS POPULARES DE COBRANÇA Um número de técnicas de cobrança, desde cartas a ações legais, é empregado. À medida que uma conta se torna cada vez mais vencida, o esforço de cobrança se torna mais pessoal e mais intenso. As técnicas de cobrança são descrita brevemente na Tabela 18.2, listadas na ordem geralmente seguida no processo de cobrança. Técnicaa Breve descrição Cartas Após um certo número de dias, a empresa envia uma carta educada lembrando ao cliente de sua conta vencida. Se a conta não é paga dentro de um certo período após o envio da carta, uma segunda carta mais exigente é enviada. Essa carta pode ser seguida por outra carta, se necessário. Telefonemas Se as cartas não derem certo, um telefonema pode ser feito para o cliente para pedir pessoalmente o pagamento imediato. Tal telefonema é direcionado para o departamento de duplicatas a pagar do cliente. Se o cliente tem uma desculpa razoável, um acordo pode ser feito para estender o período de crédito. Um telefonema do advogado do vendedor pode ser usado se todas outras discussões parecerem não ter sucesso. Visitas pessoais Essa técnica é muito mais comum ao nível de crédito do cliente, mas ela pode também ser empregada por fornecedores da indústria. Enviar um vendedor local ou um cobrador para confrontar o cliente pode ser muito eficiente. O pagamento pode ser feito no local. Agências de cobrança Uma empresa pode levar contas não-cobradas para uma agência de cobrança ou a um advogado para cobranças. As taxas para esses serviços são um tanto altas; a empresa pode receber menos do que 50 centavos sobre a unidade monetária de uma conta cobrada dessa forma. Ação legal A ação legal é o passo mais rigoroso no processo de cobrança. Ela é uma alternativa para o uso da agência de cobrança. Não apenas sua ação legal direta é cara, mas pode forçar o devedor a ir à falência, por conseguinte reduzindo a possibilidade de um futuro negócio sem garantir ao final o recebimento do montante vencido. a As técnicas são listadas na ordem seguida no processo de cobrança CONCLUSÃO O volume de contas a receber é, basicamente, determinado pelos padrões de crédito da companhia. Se esses padrões forem rigorosos, muito poucos clientes estarão classificados pelo crédito, as vendas cairão e, como resultado, as contas a receber encolherão. Por outro lado, seos padrões de crédito forem relaxados, mais clientes serão atraídos pela empresa, as vendas crescerão, e mais contas a receber serão geradas. Relaxar os padrões de crédito para aumentar as contas a receber tem vantagens e desvantagens. As vantagens são aumentos nas vendas e nos lucros. As desvantagens estão refletidas no risco, ou seja, na maior probabilidade de mais contas incobráveis e no custo de financiamento adicional devido às contas a receber. Antes de decidir pela redução dos padrões de crédito, deve-se comparar o custo de contas a receber adicionais e os benefícios pelo aumento das vendas. Se o resultado desta análise de “custo x benefício” for um lucro, a empresa deve sim relaxar os padrões de crédito. INFORMAÇÕES SOBRE A PRÓXIMA AULA Na próxima aula daremos continuidade ao estudo da administração do capital de giro abordando o financiamento a curto prazo, que consiste em obrigações que devem vencer dentro de um ano ou menos, e que são necessárias para dar suporte a uma grande parte dos ativos circulantes da empresa tais como caixa, títulos negociáveis, duplicatas a receber e estoque. Além disso, serão abordadas as principais Fontes de Empréstimos a Curto Prazo. ATIVIDADES FINAIS: 01. A LBC Indústria Eletrônica tem vendas atuais de 100.000 unidades de aparelhos eletrônicos. Cada unidade é vendida por R$50,00 e o custo variável é de R$40,00 por unidade; portanto percebe-se que a margem de contribuição é igual a R$10,00. Se os padrões de crédito forem relaxados, espera-se que o volume existente de contas a receber vá crescer em R$500.00,00. As vendas devem também crescer em 30.000 unidades, das quais espera-se que 5% não serão recebidas, por causa dos maus pagadores. Considerando que o custo dos produtos vendidos seja de 80% das vendas, e que os custos de financiamento sejam de 12%, determine se o relaxamento dos padrões de crédito seria uma decisão lucrativa para esta Indústria. Resposta comentada: A solução deve ser encontrada por meio da análise custo x benefício. Os benefícios serão os lucros das vendas adicionais: 300.000 unidades adicionais vendidas x Margem de contribuição de R$10,00 = R$300.000,00 Os custos correspondem às dívidas incobráveis e ao custo de financiamento das novas contas a receber: Custo de dívidas incobráveis = = [(300.000 unidades x preço de venda de R$50,00) x (5% devedores incobráveis) = = R$ 75.000,00 Custo do financiamento adicional = [(R$500.000 contas a receber adicionais x 80% custo dos produtos vendidos) x (12% custo do financiamento) = R$48.000,00 Subtraindo os custos dos benefícios, você verá que a LBC Indústria Eletrônica ganhará um lucro líquido de R$177.000,00 se baixar seus padrões de crédito. Então a empresa deverá aceitar a proposta de relaxar o crédito. 02. A empresa Handsome Men Ltda. acredita que seus custos de crédito são elevados demais. Arrochando seus padrões de crédito, os incobráveis cairiam de 5% das vendas para 2%. Contudo, as vendas cairiam de R$100.000,00 para R$90.000,00 por ano. O custo variável unitário é 50% do preço de venda e o investimento médio em duplicatas a receber não deve mudar. Pergunta-se: a. Que custo sofrerá a empresa face a uma menor margem de contribuição? b. A empresa deve arrochar seus padrões de crédito? Por quê? Resposta comentada: Variáveis Atual Proposta Vendas em $ 100.000 90.000 Dividas incobráveis 5% 2% Custo variável unitário 50% das vendas a) Redução da margem de contribuição Nível atual de vendas $100.000 Novo nível de vendas 90.000 Custo variável % 50% Redução na margem de contribuição ($5.000) A empresa sofrerá uma redução de $5.000 (=$50.000 - $45.000), na margem de contribuição. b) Ganho sobre redução das dívidas incobráveis: Plano proposto 0,02 × $90.000 $1.800 Plano atual 0,05 × $100.000 5.000 Redução na dívida incobrável ($3.200) Efeito total com a mudança de política: Redução na margem de contribuição ($5.000) Ganho com a redução de dívidas incobráveis 3.200 Perda: ($1.800) O resultado líquido da mudança é uma perda de $1.800, portanto a proposta deve ser rejeitada 03. A Jardinagem S.A. é uma empresa que atualmente faz todas suas vendas a crédito e não oferece nenhum desconto financeiro. A empresa está pensando em introduzir um desconto financeiro de 2% para pagamento em quinze dias. O atual período médio de cobrança é sessenta dias, as vendas são de 40.000 unidades por ano, o preço de venda unitário é R$45,00 e o custo variável unitário é de R$36,00. A empresa espera que a alteração nas condições de crédito resulte num aumento de vendas para 42.000 unidades, que 70% das vendas sejam com aproveitamento do desconto e que o período médio de cobrança caia para 30 dias. Se a taxa exigida de retorno sobre investimentos de igual risco é de 25%, o desconto deve ser oferecido? Resposta: Variáveis Atual Proposta – Com o desconto financeiro Vendas em unidades 40.000 42.000 Período médio de cobrança 60 dias 30 dias Preço de venda $45 $45 Custo variável unitário $36 $36 Período do desconto financeiro 15 dias Desconto financeiro proposto 2% Desconto financeiro proposto 2% % das vendas que aproveitarão o desconto 70% Retorno exigido 25% Margem de contribuição adicional aos lucros [2.000 unidades × ($45 - $36)] $18.000 Custo do investimento marginal em D/R Investimento médio com o plano proposto 12 000.512.1$ 12 )000.4236($ = × $126.000 Investimento médio com o plano atual 6 000.440.1$ 6 )000.4036($ = × 240.000 Investimento marginal em D/R 114.000 Custo do investimento marginal em D/R (0,25 × $114.000) $28.500 Custo do desconto financeirob (0,02 × 0,70 × $45 × 42.000) ($26.460) Lucro Líquido proveniente da implementação do plano proposto $20.040 b. Este cálculo reflete o fato de que será aproveitado um desconto financeiro de 2% sobre 70% do novo nível de vendas – 42.000 unidades, a $45 cada Uma vez que o resultado líquido seria um ganho de $20.040, o projeto deverá ser aceito. RESUMO A administração dos valores a receber trata de estabelecer políticas adequadas de crédito e cobrança. O estabelecimento da política de crédito envolve o processo de seleção de crédito, determinação de padrões de crédito e condições de crédito. As políticas de crédito são à base da eficiente administração de Valores a Receber, servem para orientar a forma como o crédito é concedido, definindo padrões de crédito, prazos, riscos, garantias exigidas e condições de crédito. Os padrões de crédito estabelecem as condições mínimas que o pretendente a crédito deve possuir para receber crédito da empresa, servem para indicar se o pretendente a crédito deve ou não ser atendido. Já a cobrança é o ato de concretização do recebimento de valores representativos de vendas, à vista ou a prazo, de forma oportuna. Cobrar é tão importante quanto vender, pois o ciclo operacional só se completa quando o valor da venda é recebido. É preciso, portanto, que as empresas definam políticas claras de cobrança e utilizem os mecanismos mais eficientes para que o processo de cobrança seja eficaz. As políticas de cobrança devem estabelecer desde mecanismos de como o débito será cobrado, até os procedimentos nos casos de atrasos e inadimplência. BIBLIOGRAFIA CONSULTADA: BRIGHAM, Eugene F.; EHRHARDT, Michael C. Administração Financeira - Teoria e Prática. 10ª Edição. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006. GITMAN, Lawrence Jeffrey. Princípios de Administração Financeira. 10ª Edição. São Paulo: Pearson Education, 2004. GROPPELLI, A.A., NIKBAKHT, E. Administração Financeira. 3ª Edição. São Paulo: Saraiva, 1998. LEMES JR., Antonio Barbosa; RIGO, Claudio Miessa; CHEROBIM, Ana Paula Mussi Szabo. Administração Financeira - Princípios, Fundamentos e Práticas Brasileiras. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
Compartilhar