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Exercícios Aula 01 TÓPICOS EM LIBRAS SURDEZ E INCLUSÃO

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TÓPICOS EM LIBRAS: SURDEZ E INCLUSÃO - AULA 01
DIFERENÇA, INCLUSÃO E IDENTIDADE NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.
OBJETIVOS DESSA AULA:
1. Reconhecer algumas mudanças na sociedade contemporânea em relação às formas de comportamento do sujeito na vida social.
 2. Identificar aspectos relacionados à identidade do sujeito contemporâneo em termos de inclusão social.
 3- Identificar aspectos culturais e sociolinguísticos da surdez;
 4 - Aprender noções básicas de libras.
Você já viu um grupo de surdos conversando? Pode perceber a riqueza linguístico-comunicacional por detrás daqueles movimentos que parecem estranhos aos ouvintes? Pois então, a partir de agora você irá conhecer um pouco mais sobre a língua de sinais brasileira: seus usuários, seus costumes e formas como lidam com o mundo.
Nesta primeira aula, você deverá abrir os seus horizontes em relação a um mundo diferente, o mundo da língua de sinais e dos sujeitos sinalizantes.
Adquirir noções instrumentais da língua de sinais não é o único objetivo deste curso. A língua de sinais é utilizada por sujeitos sinalizantes (surdos ou ouvintes que dominam a língua de sinais brasileira) em contextos específicos de interação cujo histórico aponta para preconceitos e mal-entendidos acerca das diferenças como um todo e da identidade do surdo na sociedade
COMEÇANDO A TRABALHAR
Que tal começarmos esta disciplina já com uma parte prática? Muitas vezes os ouvintes acreditam que as palavras em LIBRAS são construídas letra a letra, mas isso não é bem verdade. Entretanto, para muitas palavras, especialmente nomes de pessoas e lugares, as letras do alfabeto compõem uma palavra da mesma maneira como ocorre em qualquer língua.
DATILOLOGIA (ALFANUMÉRICO)
Informação Cultural (IC): Nas comunidades sinalizantes é hábito apresentar-se não somente informando o nome, mas também com um SINAL. Esse SINAL pode ser entendido como uma espécie de “batismo” dentro dessas comunidades. Cada pessoa tem um SINAL próprio que faz referência a alguma característica particular dela (somente referência física; física com a primeira letra do nome; um evento marcante etc.).
Informação Linguística (IL): as frases em Libras, muitas vezes, omitem algumas palavras que são usadas; em outras palavras, são construções sintéticas, econômicas. Lembre-se: Libras não é a tradução de língua portuguesa. Quer um exemplo? Em português, dizemos “qual é o seu nome?”. Em Libras, basta usar as palavras “seu” + “nome”, e a interrogação é marcada pela expressão facial.
ENTENDENDO O CENÁRIO
Faremos, nesta primeira aula, algumas considerações sobre inclusão, identidade e diferença, principalmente no âmbito dos estudos sobre surdez e língua de sinais.
A CRISE DE IDENTIDADE
Vamos começar, então, refletindo um pouco sobre a sociedade contemporânea e suas “novas” formas de relacionamento, construção de identidade e preservação da cultura; em especial, as influenciadas pela chamada globalização. Para tal, é necessário que se investiguem as relações entre língua, cultura e sociedade.
ATENÇÃO: A sociedade contemporânea reivindica uma revisão das próprias formas de se pensar a linguagem e o papel e lugar da(s) ciência(s) e política(s) que a tomam como objeto. Nesse sentido, a sociedade é convocada a enfrentar as constantes incompletudes, provocadas por um mundo globalizado, onde o global e o local se interpenetram, e as diferenças não se encaixam na “completude” (Bauman, 2005).
MUNDO MODERNO, COMUNICAÇÃO E IDENTIDADE
As novas formas de relacionamento (através da internet, chat, etc.) e o intercâmbio cultural são significativamente mais velozes e dinâmicos que no passado. Além da internet, o celular é hoje um aparelho quase que indispensável à sobrevivência na sociedade urbana. Este aspecto atinge inclusive as pessoas surdas, cujo uso do celular é bastante frequente, tendo tornando-se um excelente meio de comunicação para esse grupo social.
Além disso, a própria disciplina que você está fazendo neste exato momento faz parte da evolução tecnológica que permite a comunicação a qualquer hora e em qualquer lugar, como você pode observar no vídeo ao lado.
Através dessas novas relações, o local e o global passaram a se interpenetrar constantemente, dificultando sua identificação e tornando incoerente um conceito de identidade (linguística e cultural) que seja o mesmo para qualquer indivíduo; em outras palavras, uma identidade que não seja fluida, que seja comum a todos.
MAS SERÁ QUE SOMOS IGUAIS?
Atualmente, a sociedade experimenta certa insatisfação em relação às promessas da modernidade, entre elas, a de igualdade, de liberdade, de paz, etc. Tais promessas não foram cumpridas, o que tem colocado em evidência a fragilidade do mundo moderno e da contemporaneidade.
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LÍNGUA E IDENTIDADE PARA OS SURDOS
Esse fenômeno da crise de identidade pode ser observado em vários setores da sociedade. Em relação aos surdos e às comunidades sinalizantes não é diferente. Após vários anos de total exclusão, e subjugamento a padrões culturais inerentes a uma vida tipicamente ouvinte, os surdos - conduzidos pelas pesquisas na área da linguística, da educação e outras - puderam reconhecer-se como seres dotados de uma língua. Suas comunidades linguísticas apresentam peculiaridades culturais a elas inerentes.
Os surdos passam então a afirmar suas identidades com base, principalmente, em características linguísticas e culturais. Devido aos longos anos de uma experiência não favorável ao seu reconhecimento, foi necessária a criação de associações diversas, a produção de discurso de defesa e luta, entre outros, que garantissem esse espaço na sociedade. 
SURDEZ E IDENTIDADE
A identidade do surdo deve ser construída com base em suas capacidades, em suas peculiaridades linguístico-culturais. Por isso, alguns estudiosos referem-se aos surdos como sujeitos sinalizantes, usuários de Libras. A questão das identidades se faz, portanto, presente e não pode ser dissociada das experiências da sociedade contemporânea que vive o conflito inerente à fluidez dessas identidades.
ATENÇÃO: Não podemos esquecer que cada surdo tem uma história de vida, que nem todos os surdos dominam a língua de sinais; alguns são oralizados e têm orgulho disso. Isso nos faz refletir sobre o que é ser diferente, e se há alguma coisa chamada “diferença”.
Para finalizar esta aula, propomos a você um desafio. Selecionamos a descrição de alguns termos importantes, os quais você deverá reconhecer e encaixar na estrutura de palavras-cruzadas abaixo.
1. Conjunto de ações que visam incluir pessoas portadoras de necessidades (educativas) especiais na sociedade como um todo, mas que para tal promove modificações/adaptações também da parte da sociedade para receber e incluir essas pessoas;
2. Conjunto de ações que visam integrar pessoas portadoras de necessidades (educativas) especiais à sociedade sem, contudo, exigir mudanças da sociedade;
3. Neste curso, refere-se ao elemento linguístico que corresponde aos itens lexicais formadores de léxico da língua de sinais;
4. Refere-se a toda pessoa que domina a língua de sinais e é dela usuário no seu cotidiano;
5. Sigla referente a Língua Brasileira de Sinais. Trata-se da língua de sinais utilizada por grande parte dos surdos brasileiros que a têm como primeira língua. A língua brasileira de sinais foi reconhecida como meio legal de comunicação entre pessoas das comunidades de surdos brasileiros através da Lei 10436 de 24 de abril de 2002.

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