Buscar

Lingua Portuguesa III parte1

Prévia do material em texto

2
oficina
Oficina
Língua Portuguesa III - Parte I
Autora
Profª. Márcia Arouca
 
3
oficina
Oficina de Língua Portuguesa III - resumo e resenha
Sumário
AULA 1: Resumo e resenha (2 horas/aula).
AULA 2: Definição de resumo, condições de produção e exercícios (2 horas/aula).
AULA 3 : Procedimentos de sumarização, apagamento e exercícios (2 horas/aula).
AULA 4: Procedimentos de sumarização, generalização e exercícios (2 horas/aulas).
AULA 5: Procedimentos de sumarização, referência ao autor do texto-fonte, contexto de produção 
e exercícios (2 horas/aula).
AULA 6: Gêneros textuais: resumo e resenha (1 hora/aula).
AULA 7: Características do gênero resenha (1 hora/aula).
AULAS 8 e 9: Exercícios sobre características da resenha em texto já trabalhado e em texto novo 
(3 horas/aula).
AULA 10: Presença da “voz” do resenhador e da “voz” do autor do texto (2 horas/aula). 
AULA 11: Exercícios de fixação: a) análise de resenhas: título, assunto, referência ao autor da obra 
resenhada e citações; b) análise de resenhas: seleção linguística de verbos e definição de objetivo 
da resenha (2 horas/aula).
AULAS 12 e 13: Macroestrutura da resenha: introdução, desenvolvimento e conclusão (2 horas/
aula).
AULAS 14 e 15: Macroestrutura da resenha – exercícios de resumo e resenha (3 horas/aula).
AULAS 16 e 17: Recursos de organização textual de resenhas (3 horas/aula).
AULA 18: Operações de referência ao autor do texto-fonte (estabelecimento da ponte entre a 
resenha e a obra resenhada) (1 hora/aula).
AULA 19: Mecanismos de introdução de relações da obra resenhada com outras obras – citação de 
outros autores que corroborem com a avaliação do resenhista (1 hora/aula).
AULA 20: Coesão e coerência – organizadores textuais (1 hora/aula).
4
oficina
Introdução
Caro(a) aluno(a), 
Você já cursou ou conhece as oficinas de Língua Portuguesa I e II? 
A oficina de Língua Portuguesa I traz uma revisão dos principais conteúdos de ortografia e gramática 
tratados no ensino médio. 
As oficinas de Língua Portuguesa II e esta têm como objetivo melhorar a sua competência de leitor de 
textos científicos e técnicos. Na oficina de LP II, você aprendeu a fazer anotações e fichamentos.
Esta oficina – Língua Portuguesa III – dá continuidade a anterior e com ela você aprende a fazer 
resumos e resenhas.
Claro que é melhor seguir a ordem proposta, mas as oficinas são independentes e poderão ser cursadas 
segundo o seu interesse.
O importante é que você aprenda com elas e aperfeiçoe a sua condição de leitor.
 
Aula I - Resumo e Resenha
Objetivo: Apontar as condições para a produção de texto: quem (produtor do texto), para quem 
(leitor) e para quê (objetivo do texto).
Ler um texto implica desvendar diversos aspectos que o compõem, de sua estrutura à organização da 
linguagem que o autor empregou. Há textos de diversos tipos: alguns contam histórias, defendem 
posicionamentos; outros explicam determinados fatos ou fenômenos, e outros, ainda, informam sobre outro 
texto. 
Você começará sua experiência com a leitura sistematizada de textos que informam o conteúdo de outro 
texto, chamado de texto-fonte.
5
oficina
1 Leia os textos
Texto 1
Desenvolvimento sustentável
Marina Ceccato Mendes
O atual modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por um lado, nunca 
houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação ambiental e a 
poluição aumentam dia a dia. Diante dessa constatação, surge a ideia de Desenvolvimento 
Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental 
e, ainda, ao fim da pobreza no mundo.
As pessoas que trabalham na Agenda 21 escreveram a seguinte frase: “A humanidade de hoje 
tem a habilidade de desenvolver-se de uma forma sustentável, entretanto é preciso garantir as 
necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futuras gerações em encontrar 
suas próprias necessidades”. Essa frase toda pode ser resumida em poucas e simples palavras: 
desenvolver em harmonia com as limitações ecológicas do planeta, ou seja, sem destruir o ambiente, 
para que as gerações futuras tenham a chance de existir e viver bem, de acordo com as suas 
necessidades (melhoria da qualidade de vida e das condições de sobrevivência). Será que dá para 
fazer isso? Será que é possível conciliar tanto progresso e tecnologia com um ambiente saudável?
Acredita-se que isso tudo seja possível, e é exatamente o que propõem os estudiosos em 
Desenvolvimento Sustentável (DS), o qual pode ser definido como: “equilíbrio entre tecnologia e 
ambiente, relevando-se os diversos grupos sociais de uma nação e também dos diferentes países 
na busca da equidade e justiça social”. 
Para alcançarmos o DS, a proteção do ambiente tem de ser entendida como parte integrante do 
processo de desenvolvimento e não pode ser considerada isoladamente; é aqui que entra uma 
questão sobre a qual talvez nunca se tenha pensado: qual é a diferença entre crescimento e 
desenvolvimento? A diferença é que o crescimento não conduz automaticamente à igualdade nem 
à justiça sociais, pois não leva em consideração nenhum outro aspecto da qualidade de vida a 
não ser o acúmulo de riquezas, que se faz nas mãos apenas de alguns indivíduos da população. 
O desenvolvimento, por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem o objetivo 
de distribuí-las, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em consideração, 
portanto, a qualidade ambiental do planeta. 
O DS tem seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como metas: (a) a satisfação das 
6
oficina
necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer etc.); (b) a solidariedade 
para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que elas tenham chance de viver); (c) 
a participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da necessidade de conservar 
o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para tal); (d) a preservação dos recursos naturais 
(água, oxigênio etc.); (e) a elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social 
e respeito a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de populações 
oprimidas, por exemplo, os índios); e (f) a efetivação dos programas educativos.
Na tentativa de chegar ao DS, sabemos que a Educação Ambiental é parte vital e indispensável, 
pois é a maneira mais direta e funcional de se atingir pelo menos uma de suas metas: a participação 
da população.
MENDES, Mariana Ceccato. Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável. 
São Paulo: Cortez, 1995. p. 429. 
Texto 2
MENDES, Mariana Ceccato. Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável. 
São Paulo: Cortez, 1995. 429 p.
Mendes (1995) trata de fatos desencadeadores da ideia de desenvolvimento sustentável 
(DS), apresentando o modelo de crescimento econômico como um dos maiores geradores de 
desequilíbrios entre progresso, homem e natureza. Ela cita a definição de DS formulada pelas 
pessoas que se ocupam do tema e seus posicionamentos, para levantar questionamentos sobre 
a possibilidade de conciliação entre progresso e tecnologia com ambiente saudável. Para justificar 
seus questionamentos, a autora estabelece a diferença entre crescimento e desenvolvimento, 
afirmando que o primeiro não conduz à igualdade e à justiça sociais; e o segundo conduz à geração 
de riquezas, mas com a preocupação na melhoria de qualidade de vida e, portanto, na qualidade 
ambiental do planeta. Nesse sentido, Mendes argumenta que, embora tenha seis aspectos 
prioritários que devam ser entendidos como meta, o DS só será efetivo e, por nós, alcançado, se a 
proteção ao ambiente for considerada, por toda a população, como parte integrante do processo de 
desenvolvimento e não isoladadele.
Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável. Proteção ao ambiente. Participação da população.
Comparando os textos 1 e 2, podemos dizer que o tema é o mesmo: Desenvolvimento sustentável, porém 
se percebe algumas características que os diferenciam, tais como:
7
oficina
a) A escolha, pelo autor, de um tema para discutir e de uma tese para defender.
b) A escolha de palavras adequadas para expressar o seu posicionamento. 
c) A escolha de elementos que o estruturam (argumentos, questionamentos, exemplos etc.).
d) A extensão do texto (tamanho).
e) A forma como os autores dialogam com seus leitores etc. 
2 Observe atentamente os textos 1 e 2 e responda ao que seguem.
a) Sobre o texto 1 podemos afirmar que:
( ) é um artigo de opinião. ( ) é uma crônica.
( ) é uma notícia. ( ) é uma resenha.
b) Que característica do texto induziu você a escolher tal alternativa? Explique.
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
c) Sobre o texto 2, podemos afirmar que
( ) é um artigo de opinião. ( ) é uma crônica.
( ) é um resumo. ( ) é uma resenha.
d) Que característica do texto induziu você escolher tal alternativa? Explique.
____________________________________________________________________
_______________________________________________________________
Muitas características estabelecem diferenças entre os textos produzidos, classificando-os de 
acordo com suas condições de produções (quem produz o que, para que e para quem o texto 
é produzido). Assim, pode-se afirmar que as características observadas no texto 2 configuram a 
produção de resumo. 
8
oficina
Aula 2 - Definição de resumo / condições de produção
Objetivo: Definir o que é um resumo e apresentar as condições para a sua produção.
Resumo é um texto informativo-referencial que compreende a apresentação dos pontos principais 
de um texto-fonte, de forma a dispensar a sua consulta (Cf. MACHADO, et al. 2004). Sua estrutura – 
forma composicional (BAKHTIN, 1979) – apresenta palavras-chave e contém apenas um parágrafo 
com, no máximo, 500 palavras (Cf. ABNT, NBR 6028:2003).
Sabendo que as condições de produção determinam as informações que são selecionadas do 
texto-fonte para compor o resumo, leia os textos e responda às questões que lhes seguem:
Texto 3 (Resumo 1)
Tempos de Paz
Com a direção de Daniel Filho, Tempos de Paz volta a 18 de abril de 1945. Durante anos, 
centenas de pessoas foram torturadas pelo regime de Getúlio Vargas, mas com a pressão 
externa decorrente do fim da 2ª Guerra Mundial, vários presos políticos ganharam a liberdade. 
Segismundo (Tony Ramos) é um ex-oficial da polícia política de Vargas que agora teme que 
suas vítimas resolvam se vingar. Ele trabalha como chefe da seção de imigração na Alfândega 
do Rio de Janeiro, tendo por função evitar a entrada de nazistas. Em uma averiguação habitual, 
ele interroga Clausewitz (Dan Stulbach), um ex-ator polonês que, por recitar Carlos Drummond 
de Andrade, lhe foi enviado por um subalterno.
Para convencer que não é nazista, Clausewitz precisa usar todo o seu talento como ator.
EPIPOCA. Disponível em: <http://epipoca.uol.com.br/filmes_detalhes.php?idf=21366>. Acesso em: 15 mai. 2009.
Texto 4 (Resumo 2)
Liderado por William Naraine, o Double You foi formado em 1991 e, apenas um 
ano depois, estourou com “Please Don’t Go”, música mais tocada em danceterias e 
rádios naquele ano. Completando dezesseis anos e mais de cinco milhões de discos 
vendidos, o grupo lança seu primeiro DVD, gravado na Limelight, famosa casa noturna 
paulistana. O repertório reúne os sucessos da banda, entre eles: “She’s Beautiful”, 
9
oficina
“Looking At My Girl”, “Run To Me”, “Who’s Fooling Who”, a música que fez o Double You estourar em todo o 
planeta e mais três inéditas. O DVD traz ainda regravações de U2 e Bryan Adams (“With or Without You” e 
“Everything I Do (I Do It For You)”, respectivamente), e álbum de fotos com os bastidores da apresentação.
DVDs. Disponível em: <http://www.submarino.com.br/produto/6/21341905/double+you+live? 
menuId=206039>. Acesso em: 13 jun. 2009.
Texto 5 (Resumo 3)
RESUMO
A argumentatividade é uma das principais características dos artigos de opinião. Por meio dela o falante/
escritor persuade, convence e direciona a interpretação do ouvinte/leitor uma determinada conclusão. Nesse 
âmbito, este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo analisar a argumentação em artigos de 
opinião do jornalista Carlos Heitor Cony, publicados no jornal Folha de São Paulo, a fim de verificar como a 
argumentatividade se manifesta em tais textos. Para atingir esses objetivos apoiamos as análises em Koch 
(2002; 2004; 2006; 2007), em Ducrot (1980) e em Platão & Fiorin (1998). A pesquisa é caracterizada como 
um estudo documental, com abordagem qualitativa e uma análise interpretativista do fenômeno linguístico. 
As análises mostram que a argumentação se materializa nos textos de Cony por meio de tipos diferentes de 
argumentos, a saber: argumentos baseados em provas concretas, no consenso, na competência linguística, 
no raciocínio lógico e em autoridades de determinadas áreas de conhecimento.
Palavras-chave: Argumentação. Artigos de opinião.
VALENTIM, A. A argumentatividade em Cony. 42f. (Monografia). Curso de Letras. Faculdade Anchieta. São 
Bernardo do Campo, 2008.
Texto 6 (Resumo 4)
Crepúsculo
Em Crepúsculo, o objeto da paixão da protagonista é um vampiro. Assim, soma-se à paixão 
um perigo sobrenatural temperado com muito suspense, e o resultado é um romance 
repleto das angústias e incertezas da juventude – o arrebatamento, a atração, a ansiedade 
que antecede cada palavra, cada gesto, e todos os medos. Isabella Swan chega à nublada 
e chuvosa cidadezinha de Forks – último lugar onde gostaria de viver. Tenta se 
10
oficina
adaptar à vida provinciana na qual aparentemente todos se conhecem, lidar com sua constrangedora falta 
de coordenação motora e se habituar a morar com um pai com quem nunca conviveu. Em seu destino, está 
Edward Cullen. Ele é lindo, perfeito, misterioso e, à primeira vista, hostil à presença de Bella o que provoca 
nela uma inquietação desconcertante. Ela se apaixona. Ele, no melhor estilo “amor proibido”, alerta: “Sou 
um risco para você”. Ela é uma garota incomum. Ele é um vampiro. Ela precisa aprender a controlar seu 
corpo quando ele a toca. Ele, a controlar sua sede pelo sangue dela. Em meio a descobertas e sobressaltos, 
Edward é, sim, perigoso: um perigo que qualquer mulher escolheria correr. Nesse universo fantasioso, os 
personagens construídos por Stephenie Meyer – humanos ou não – se mostram de tal forma familiares em 
seus dilemas e seu comportamento que o sobrenatural parece real. Meyer torna plausível a paixão de uma 
garota de 17 anos por um vampiro encantador. 
CREPÚSCULO. Disponível em: <www. submarino.com.br/produto/121335562/crepusculo>. Acesso em: 17 
mai. 2009. 
Texto 7 (Resumo 5)
A casa ecológica: uma proposta que reúne tecnologia, conforto e coerência com os princípios 
ambientais
Cristina E. Alvarez – UFES
RESUMO
A “Casa Ecológica” foi idealizada objetivando demonstrar procedimentos adequados do ponto de vista 
ecológico na construção civil e abrigar atividades relacionadas à educação ambiental. Destaca-se que o 
conceito de “Casa Ecológica” passa, necessariamente, pela adoção de critérios coerentes com a política 
de gerenciamento ambiental, quer seja na escolha dos materiais construtivos, como nas técnicas de 
aproveitamento dos condicionantes naturais, no tratamento dos resíduos oriundos do uso e na busca de 
racionalização e eficiência energética. O sistema construtivo básico adotado denomina-se “viga-laje”, já 
testado anteriormentena Estação Científica do Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Tal técnica foi 
escolhida em função de o sistema possibilitar a união dos aspectos positivos da madeira com a resistência 
do aço proporcionando grande flexibilidade nas soluções arquitetônicas, com garantia de durabilidade e 
pouca manutenção. Além disso, o sistema permite o desmonte e remonte da edificação em outro local de 
condições semelhantes – condição desejável para a Casa –, rapidez de montagem, facilidade de manutenção 
e possibilidade de desenvolvimento de habitação de interesse social por ajuda mútua e/ou mutirão.
Palavras-chave: “Casa ecológica”.Tecnologia. Gerenciamento ambiental. 
11
oficina
ALVAREZ, C. E. A casa ecológica: uma proposta que reúne tecnologia, conforto e coerência com os princípios 
ambientais. Disponível em: <http://www.planetaorganico.com.br/trabcasaeco.htm >. Acesso em: 11 mai. 2009.
No quadro, você encontrará as condições de produção dos resumos lidos (1, 2, 3, 4 e 5). Faça a correspondência 
entre os resumos e as colunas, indicando:
•	 O objetivo do resumo.
•	 O perfil do destinatário potencial.
•	 Os possíveis meios de veiculação.
•	 Os possíveis autores.
Resumo Objetivo Destinatário
Meio de 
veiculação
Autor
Resumo 1
( ) Dar informações 
e incitar o leitor a 
comprar/ler o livro
( ) gosta de 
filme
( ) internet
( ) loja ou sites 
de produtos 
à venda
Resumo 2
( ) Dar informações 
e incitar o leitor a 
comprar o DVD.
( ) gosta de 
rock
( ) jornal ( ) pesquisador 
Resumo 3
( ) Dar informações 
centrais sobre um 
artigo científico
( ) pesquisador 
ou estudante 
da área
( ) revista ( ) estudante
Resumo 4
( ) Dar informações 
sobre um trabalho 
acadêmico
( ) gosta de ler 
romance
( ) revista 
científica
Resumo 5
( ) Dar informações e 
incitar o destinatário a 
assistir filmes
( ) professor ( ) biblioteca 
Analisando as condições de produção, observa-se que os objetivos de alguns resumos possuem 
características comuns entre si. Explicite-as. 
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Assim como alguns objetivos se assemelham, ao mesmo tempo, eles estabelecem diferenças em relação 
aos outros. Explicite a principal diferença entre os resumos.
12
oficina
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
As informações que selecionamos para elaborar um resumo dependem das condições de produção, isto é, 
do autor, do destinatário e da finalidade para a qual o resumo é produzido. Considerando que você é um 
aluno de graduação e precisa fazer resumos, indique as condições que envolvem essa produção.
Autor: _____________________________________________
Destinatário: _____________________________________________
Meio de veiculação: _____________________________________________
Objetivo do resumo: _____________________________________________
Indique o que você aprendeu até aqui, sobre a elaboração de resumos.
Pesquise outros resumos em diferentes meios de comunicação. Observe que os resumos sempre tratam de 
outro texto (texto-fonte), remetem-se ao autor e contêm as ideias principais do texto original. 
13
oficina
Aula 3 - Procedimentos de sumarização - apagamento
Objetivo: Entender os processos para a produção da sumarização de um texto. 
Sumarização
Quando se lê ou se ouve um texto qualquer, depreendem-se suas informações principais. A depreensão não 
é um processo aleatório, mas gerado pela capacidade humana de ler/ouvir, interpretar e selecionar os fatos 
julgados importantes guardar. A seleção de informações é um dos processos que se utiliza na sumarização 
de um texto. A sumarização é essencial na produção de resumos, pois, por meio dela, exclui-se informações 
desnecessárias e reformula-se outras, para que o texto produzido seja coerente com o texto-fonte e fique 
compreensível. Veja a sumarização do texto que segue:
O progresso, da forma como vem sendo feito, tem acabado com o ambiente ou, em outras palavras, 
destruído o planeta Terra e a Natureza maravilhosa que temos.
Sumarização: O progresso tem destruído o planeta Terra.
Informações excluídas:
da forma como tem sido feito
acabado com o ambiente
em outras palavras
natureza
maravilhosa que temos
Excluir informações é um procedimento que faz parte do processo de elaboração de resumos. A esse 
procedimento dá-se o nome de ‘apagamentos’, os quais são feitos durante a sumarização. Assim, os 
apagamentos realizados no texto se referem à: 
a) Circunstâncias que envolvem o fato (da forma como tem sido feito).
b) Termos explicativos (em outras palavras). 
c) Repetição de termos sinônimos ou redundantes (ambiente, natureza, acabado).
d) Expressões atitudinais – julgamento de valor (maravilhosa que temos).
Agora é a sua vez. Sumarize os períodos que seguem e, à medida que for sumarizando, sublinhe no texto 
as informações excluídas, isto é, os apagamentos feitos por você.
a)
O homem precisa satisfazer suas diversas necessidades e, para isso, sempre recorre 
à Natureza, retirando dela tudo aquilo de que precisa: plantas, madeiras, animais e 
outros recursos. Chamamos esse ato de exploração.
14
oficina
Assinale as alternativas que se referem às informações excluídas e descreva-as:
( ) qualificadores ou especificadores: diversas
( ) circunstâncias que envolvem o fato:
( ) termos sinônimos ou redundantes:
( ) processos:
( ) termos explicativos:
( ) justificativas:
( ) expressões atitudinais:
( ) exemplos: 
b) 
Aos poucos, a exploração descontrolada das florestas faz desaparecer animais, 
vegetais, água, fauna, flora e outros recursos que demoram ser renovados pela 
natureza.
Sumarização: 
Assinale as alternativas que se referem às informações excluídas e descreva-as:
( ) qualificadores ou especificadores: 
( ) circunstâncias que envolvem o fato:
( ) termos sinônimos ou redundantes:
( ) processos:
( ) termos explicativos:
( ) justificativas:
( ) expressões atitudinais:
( ) exemplos: 
15
oficina
c) 
Em se tratando de ambiente urbano, muitos são os aspectos que direta ou indiretamente, 
afetam a grande maioria dos habitantes: pobreza, criminalidade, poluição etc. Esses 
fatores são relacionados como fontes de insatisfação do homem com o meio urbano. 
Mesmo assim, as cidades continuam exercendo um forte poder de atração devido à 
sua heterogeneidade, movimentação e possibilidades de escolha.
Sumarização: 
Pobreza, criminalidade, poluição etc. afetam os habitantes urbanos,
embora as cidades exerçam atração sobre as pessoas pela
heterogeneidade, movimentação e possibilidades de escolha.
Assinale as alternativas que se referem às informações excluídas e descreva-as:
( ) qualificadores ou especificadores: 
( x ) circunstâncias que envolvem o fato: direta ou indiretamente
( x ) termos sinônimos ou redundantes:ambiente urbano
( ) processos:
( ) termos explicativos:
( ) justificativas:
( ) expressões atitudinais:
( ) exemplos: 
d) 
O processo de seleção natural está aumentando cada vez mais, principalmente devido 
a fatores praticados pelo homem, como: desmatamento, urbanização e poluição na 
natureza. O ser humano é um dos elementos do ecossistema, portanto, ele está 
relacionado aos outros seres, inclusive em conexão com os fatores abióticos, como o 
clima. Caso comecem a desestruturá-lo, consequentemente estarão desenvolvendo 
graves problemas para si próprios também. O aquecimento global já está apresentando 
suas consequências. Um dos exemplos foio ciclone extratropical que abalou o Litoral 
Norte do RS e região metropolitana de Porto Alegre. 
PRESERVAR o meio ambiente é preservar a vida. Disponível em: < http://www.artigonal.com/meio-
ambiente-artigos/preservar-o-meio-ambiente-e-preservar-a-vida-474038.html>. Acesso em: 2 
jun. 2009.
16
oficina
Sumarização: 
A seleção natural aumenta devido ao desmatamento, urbanização 
e poluição.O Homem pertence ao ecossistema, em conexão com 
os outros seres e fatores abióticos. Prejuízos aos ecossistemas são 
prejuízos para o homem.
Assinale as alternativas que se referem às informações excluídas e descreva-as:
( ) qualificadores ou especificadores: 
( ) circunstâncias que envolvem o fato:
( ) termos sinônimos ou redundantes:
( ) processos:
( ) termos explicativos:
( ) justificativas:
( ) expressões atitudinais:
( ) exemplos: 
17
oficina
Aula 4 - Procedimentos de sumarização / generalização
Objetivo: Aprofundar os conhecimentos sobre procedimentos de sumarização 
Reformulação de informações
Outro tipo de procedimento usado no resumo é a reformulação das informações, por meio do uso de termos 
genéricos. Veja a reformulação feita na sumarização do próximo texto:
Texto 8
Piauí tem doze espécies de animais em extinção
O Piauí tem doze espécies de animais em extinção. São a ararinha-azul, a arara-azul grande e a 
araponga do Nordeste; e o gato-do-mato-pequeno, o gato-maracajá, o gato-palheiro, a jaguatirica, a 
onça-pintada, o peixe-boi-marinho, o tamanduá-bandeira, o tatu-bola e o tatu-canastra. O veterinário 
do Ibama no Piauí, José Lacerda Luz explica que o motivo das aves sofrerem mais ataques que os 
outros animais é uma questão de costume. “No Piauí, não existe o hábito da caça e a alimentação 
de répteis como em outros Estados. Cerca de 97% dos animais apreendidos são aves e muitos 
destes animais também são mantidos em ambiente doméstico”.
PIAUÍ tem doze espécies de animais em extinção. Disponível em: < http://www.natureba.com.br/natureza/animais-
ameacados-de-extincao.htm >. Acesso em: 09 jun. 2009. Texto adaptado.
Sumarização:
O Piauí tem doze espécies de animais em extinção. São as 
aves e os mamíferos. O veterinário do Ibama explica que 
o motivo das aves sofrerem mais ataques que os outros 
animais é o fato de, no Piauí, não existir o hábito da caça e a 
alimentação de répteis, como em outros Estados.
Reformulações:
a) Ararinha-azul, arara-azul grande e araponga do Nordeste 
por aves.
b) Gato-do-mato-pequeno, gato-maracujá, gato-palheiro, 
jaguatirica, onça-pintada, peixe-boi-marinho, tamanduá-
bandeira, tatu-bola e tatu-canastra por mamíferos.
c) Discurso direto por indireto: citação reformulada.
18
oficina
Informações 
excluídas:
a) A ararinha-azul, a arara-azul grande e a araponga do 
Nordeste; e o gato-do-mato-pequeno, o gato-maracajá, 
o gato-palheiro, a jaguatirica, a onça-pintada, o peixe-
boi-marinho, o tamanduá-bandeira, o tatu-bola e o tatu-
canastra;
b) José Lacerda Luz.
c) Uma questão de costume.
“No Piauí, não existe o hábito da caça e a alimentação de répteis 
como em outros Estados. Cerca de 97% dos animais apreendidos 
são aves e muitos destes animais também são mantidos em 
ambiente doméstico”.
Agora é a sua vez. Sumarize os trechos que seguem, fazendo as reformulações necessárias. Em seguida, 
sublinhe no texto as informações excluídas e descreva as reformulações feitas:
a) O desmatamento e a consequente destruição dos habitats é a principal causa da ameaça de extinção 
para os animais, especialmente para os pássaros que têm uma estreita relação com a vegetação, como está 
ocorrendo com a gralha violeta, um dos mais belos pássaros do Paraná, da mesma família da gralha azul, 
ave símbolo do estado. Outro exemplo é o papagaio-da-cara-roxa, que vive exclusivamente nas florestas 
litorâneas do sul de São Paulo e Paraná. Os dados divulgados por órgãos ambientalistas indicam que hoje 
existem somente 4 mil indivíduos dessa espécie. Por ser restrita ao seu habitat, é uma ave vulnerável, 
pois qualquer alteração no ambiente pode ser muito arriscada para sua sobrevivência. Mas não é só um 
problema de desmatamento. Essa espécie está incluída na rota do tráfico de animais silvestres, graças ao 
péssimo hábito que muitas pessoas têm de criá-las em cativeiro.
SZPILMAN, Marcelo. A fauna ameaçada de extinção. Disponível em: <http://www.Institutoaqualung.com.br/info_
fauna35.html>. Acesso em: 10 jun. 2009.
Sumarização: 
Reformulações: 
19
oficina
Assinale as alternativas que se referem às informações excluídas e descreva-as:
( ) qualificadores ou especificadores: 
( ) circunstâncias que envolvem o fato:
( ) termos sinônimos ou redundantes:
( ) processos:
( ) termos explicativos:
( ) justificativas:
( ) expressões atitudinais:
( ) exemplos: 
b) Abrigando em seu território 20% das espécies que compõem a fauna e a flora do planeta, o Brasil é 
considerado atualmente o país de maior diversidade biológica. No entanto, de acordo com o Ibama, estão 
hoje sob risco de desaparecimento no país , 109 aves, 67 mamíferos, 29 insetos, nove répteis, um anfíbio, 
um artrópode, um coral, um peixe e um crustáceo e 106 espécies vegetais. Algumas aves estão praticamente 
extintas, como a arara-azul-pequena e o tietê-de-coroa. Entre as espécies vegetais mais ameaçadas estão 
acapu, arnica, barbasco, bico-de-guará, bromélia, caapiá, figueira-da-terra, canelinha, castanheira, cerejeira, 
cipó-escada-de-macaco, cravina-do-campo, dracena-da-praia, gonçalo-alves, gueta imbuia, ingarana, 
jaborandi, jacarandá-da-bahia, jequitibá, lelia, marmelinho, milho-cozido, mogno, oitiboi, óleo-de-nhamuí, 
pau-amarelo, pau-brasil, pau-cravo, pau-rosa, pinheiro-do-paraná, quixabeira, rabo-de-galo, samambaiaçu-
imperial, sangue-de-dragão, sucupira, ucuuba e violeta-da-montanha.
EXTINÇÃO das espécies: floresta morta. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.
br/alfa/meio-ambiente-extincao-das-especies/extincao-das-especies-4.php>. Acesso em: 10 jun. 2009.
Sumarização: 
Reformulações: 
Assinale as alternativas que se referem às informações excluídas e descreva-as:
20
oficina
( ) qualificadores ou especificadores: 
( ) circunstâncias que envolvem o fato:
( ) termos sinônimos ou redundantes:
( ) processos:
( ) termos explicativos:
( ) justificativas:
( ) expressões atitudinais:
( ) exemplos: 
c) Ao derrubar as florestas, o homem remove sistemas biológicos complexos, multiestruturados, 
extremamente diversificados e estáveis. Ao instalar a agricultura convencional, altamente mecanizada e 
dependente do uso extensivo de fertilizantes artificiais, herbicidas e pesticidas, coloca em seu lugar sistemas 
simples e instáveis. Reduzindo a diversidade e recobrindo vastas áreas com monoculturas, surgem pulgões, 
cigarrinhas, lesmas, besouros, lagartas, percevejos, vespas, aranhas e outros insetos capazes de alterar 
todo o precário equilíbrio.
EXTINÇÃO das espécies: floresta morta. Disponível em: <http://www.portalsaofrancisco.com.
br/alfa/meio-ambiente-extincao-das-especies/extincao-das-especies-4.php>. Acesso em: 10 jun. 2009.
Sumarização: 
Reformulações: 
Assinale as alternativas que se referem às informações excluídas e descreva-as:
( ) qualificadores ou especificadores: 
( ) circunstâncias que envolvem o fato:
( ) termos sinônimos ou redundantes:
( ) processos:
( ) termos explicativos:
( ) justificativas:
( ) expressões atitudinais:
( ) exemplos: 
21
oficina
d) A vegetação é uma das características do meio mais importante para a manutenção dos animais. 
Intervenções na vegetação produzem efeitos diretos na fauna, pela redução, aumento, ou alteração de dois 
atributos chaves, que são o alimento e o abrigo.Desta forma, a composição da vida silvestre é alterada 
com as mudanças na vegetação. Várias espécies de animais atuam de forma crucial na manutenção e 
restauração dos ambientes naturais, principalmente nas florestas tropicais, onde cerca de 90% das espécies 
vegetais arbóreas são polinizadas e suas sementes dispersas por animais. Os principais polinizadores são 
as abelhas, vespas, mariposas, borboletas, besouros, morcegos e beija-flores, e na dispersão das sementes, 
pode-se citar o macaco-prego, mono-carvoeiro e a cutia. Essas espécies de animais e vegetais se encontram 
organizadas, em cadeias químicas alimentares, interagindo na polinização e dispersão. Portanto, uma 
floresta fragmentada e pobre em animais é uma floresta condenada à morte.
VEGETAÇÃO no Brasil: fauna e flora brasileira. Disponível em: <www.brasilescola.com.br.
brasil/vegetacao-brasil.htm>. Acesso em: 10 jun. 2009.
Sumarização: 
Reformulações: 
Assinale as alternativas que se referem às informações excluídas e descreva-as:
( ) qualificadores ou especificadores: 
( ) circunstâncias que envolvem o fato:
( ) termos sinônimos ou redundantes:
( ) processos:
( ) termos explicativos:
( ) justificativas:
( ) expressões atitudinais:
( ) exemplos: 
22
oficina
Aula 5 - Procedimentos de sumarização/referência ao autor do texto-fonte/
contexto de produção
Objetivo: Aprofundar os conhecimentos sobre o tema de sumarização com foco na menção ao autor que 
produziu o texto.
Formas de menção ao autor do texto fonte
Outro procedimento do processo de sumarização é a menção ao autor e aos atos por ele realizados na 
produção do texto. As ações realizadas pelo autor dizem respeito ao posicionamento dele diante de um fato, 
à indicação do conteúdo do texto, à organização das ideias etc. Esses atos não estão explícitos no texto-
fonte, mas são interpretados pelo produtor do resumo, que usa processos (verbos) adequados para se referir 
a tais ações.
Releia o texto 2 e observe os atos atribuídos e as formas de mencionar o autor do texto-fonte, pelo produtor 
do resumo. Os atos estão em negrito; as formas de menção estão em itálico.
MENDES, Mariana Ceccato. Desenvolvimento e natureza: estudos para uma sociedade sustentável. São Paulo: Cortez, 
1995. 429 p.
Mendes (1995) trata de fatos desencadeadores da ideia de desenvolvimento sustentável (DS), apresentando o modelo 
de crescimento econômico como um dos maiores geradores de desequilíbrios entre progresso, homem e natureza. 
Ela cita a definição de DS formulada pelas pessoas que se ocupam do tema e seus posicionamentos, para levantar 
questionamentos sobre a possibilidade de conciliação entre progresso e tecnologia com ambiente saudável. Para 
justificar seus questionamentos, a autora estabelece a diferença entre crescimento e desenvolvimento, afirmando 
que o primeiro não conduz à igualdade e à justiça sociais; e o segundo conduz à geração de riquezas, mas com a 
preocupação na melhoria de qualidade de vida e, portanto, na qualidade ambiental do planeta. Nesse sentido, Mendes 
argumenta que, embora tenha seis aspectos prioritários que devam ser entendidos como meta, o DS só será efetivo, 
e por nós alcançado, se a proteção ao ambiente for considerada, por toda a população, como parte integrante do 
processo de desenvolvimento e não isolada dele.
Palavras-chave: Desenvolvimento sustentável. Proteção ao ambiente. Participação da população.
Veja, agora, a classificação dos recursos gramaticais das formas de menção, dos atos e o sentido produzido 
pelas ações atribuídas:
23
oficina
Forma de menção e atos
Classificação 
gramatical
Sentido produzido
Mendes nome substantivo proximidade com o autor
trata processo no presente apresentação do conteúdo
apresentando processo no gerúndio
reforço à apresentação do 
conteúdo
ela marca de pessoa referência ao autor
cita processo no presente início da problematização
levantar processo no infinitivo problematização do conteúdo
justificar processo no infinitivo justificativa à problematização
autora nome substantivo recategorização do autor
estabelece processo no presente reforço à justificativa
afirmando processo no gerúndio
tomada de posição sobre o 
conteúdo
argumenta processo no presente persuasão ao leitor
O texto 9 é o resumo de um capítulo de livro que trata de questões relacionadas às porções de água doce 
existentes no Brasil. Leia-o, e tomando como exemplo o exercício anterior, complete o quadro que o segue:
Texto 9
SALATI, E.; LEMOS, H. M.; SALATI, Eneida. Água e o Desenvolvimento Sustentável. In: REBOUÇAS, A. 
C.; BRAGA, B.; TUNDISI, J. G. (Org.). Águas doces no Brasil: capital ecológico, usos múltiplos, exploração 
racional e conservação. 3. ed. São Paulo: ABC - IEA/USP, 2006, p. 37-62.
Salati et al. (2006) falam sobre a importância da água para o planeta e de seu uso consciente. Segundo os 
autores, a água é um dos recursos naturais mais importantes e sua utilização deve ser feita de maneira a 
não comprometer a disponibilidade para as gerações futuras. Eles afirmam que um dos maiores desafios 
atuais para o desenvolvimento sustentável é minimizar os efeitos da escassez permanente ou sazonal e da 
poluição da água. Para tal minimização, Salati et al. sugerem a gestão do suprimento e da demanda por 
meio da adoção de políticas e ações relativas à quantidade e qualidade da água, desde sua captação até o 
sistema de distribuição, e de técnicas racionais de uso para evitar o desperdício. Os autores ressaltam que os 
novos projetos para atender a demanda devem conceber uma perspectiva de sustentabilidade econômica, 
social e ambiental, exigindo tanto a exploração cuidadosa de novas fontes, quanto medidas para estimular o 
uso mais consciente da água.
Palavras-chave: Água. Desenvolvimento sustentável.
24
oficina
Formas de mencionar e atos 
atribuídos ao autor do texto-
fonte
Classe gramatical Sentido produzido
Os exercícios feitos por você forneceram o “passo a passo” do processo de sumarização. Agora que você já 
o conhece, faça uma síntese, reunindo os procedimentos que o compõem.
As atividades realizadas até aqui objetivaram apresentar o processo de sumarização. Começamos com 
pequenos trechos de textos, passamos por trechos mais longos e chegamos ao texto integral. Agora é a 
vez de você elaborar resumos de textos. Não se esqueça dos procedimentos aprendidos e da estrutura do 
resumo.
Texto 10
Distribuição e preservação da água no planeta Terra
A Terra bem que poderia ser chamada de Planeta Água ou de Planeta Azul, 
como a denominou o astronauta russo Gagarin, pois cerca de 2/3 (71%) 
de sua superfície é coberta por oceanos e mares. As terras emersas, que 
formam os continentes e ilhas, destacam-se apenas como manchas.
As águas que ocorrem na natureza formam a hidrosfera, que tem um volume 
de 1,46 bilhões de quilômetros cúbicos. Essa elevada disponibilidade de água no globo estimulou uma 
política de desperdício dos recursos hídricos em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, mas 
apenas 0,007% desse volume total está disponível para o consumo humano. Essas águas se distribuem 
em reservatórios aéreo, superficiais, isto é, na atmosfera, nos oceanos, mares, rios, lagos, lagoas, 
pântanos e depósitos artificiais e de subsuperfície (águas subterrâneas), e se integram em um circuito 
fechado, formando o Ciclo das Águas ou Ciclo Hidrológico. 
O volume de água que evapora dos oceanos é cerca de 47.000 km³/ano maior que o fluxo que nele 
precipita. Esse valor excedente indica o volume de água que é transferido dos oceanos para os 
25
oficina
continentes durante os processos de evaporação e precipitação. A água retorna aos oceanos pela 
precipitação direta e pelo escoamento dos rios e de fluxos subterrâneos. Assim, a quantidadetotal de 
água na Terra permanece constante. 
Apesar da afirmação imprecisa de leigos de que a água está “acabando”, a quantidade de água na Terra 
é praticamente invariável desde a sua origem, ocorrendo apenas o acréscimo de uma fração diminuta, 
denominada de água juvenil, que é expelida pelos vulcões. A água que hoje utilizamos é a mesma água 
que os dinossauros bebiam. O que tem sido alterado é o aumento da demanda, e da sua distribuição 
nos reservatórios naturais e artificiais e a perda de sua qualidade, o que eleva o seu custo e aumenta 
a exclusão social.
 Três principais problemas agravam o quadro de disponibilidade hídrica mundial: (i) a degradação dos 
mananciais; (ii) o aumento exponencial e desordenado da demanda; e (iii) o descompasso entre a 
distribuição das disponibilidades hídricas e a localização das demandas, pois as águas estão distribuídas 
de forma heterogênea, tanto no tempo como no espaço geográfico. Assim, a escassez hídrica tem gerado 
instabilidades e conflitos econômicos e socioambientais, os quais tendem a agravar-se com o tempo. 
Por isso, é imprescindível que a água seja tratada como um recurso estratégico, para que o seu uso 
sustentável seja lastreado no seu uso racional, no fortalecimento institucional, em marcos regulatórios, 
no planejamento e gestão integrada, na disponibilidade de recursos financeiros, e, principalmente, no 
respeito ao princípio de que todos têm direito à água de qualidade, um bem fundamental à vida.
Atualmente, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo não têm água suficiente para suprir as suas demandas 
domésticas, que segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS é de 200 litros/dia. Estima-se que, 
em 30 anos, haverá 5,5 bilhões de pessoas vivendo em áreas com moderada ou elevada escassez de 
água. 
Alguns eventos agravam o cenário tanto da oferta como da demanda de água doce no mundo, tais 
como o crescimento demográfico associado a padrões de consumo não sustentáveis. Estima-se que o 
crescimento populacional aumentou três vezes no decorrer do século XX, passando de 2 para 6 bilhões 
de habitantes. Nesse mesmo período, a demanda de água aumentou sete vezes, isto é, passou de 
580 km³/ano para aproximadamente 4 mil km³/ano. Esses dados tornam-se relevantes na medida em 
que é previsto que a população mundial estabilize-se, por volta do ano 2050, entre 10 e 12 bilhões de 
habitantes, o que representa cerca de 5 bilhões a mais que a população atual. Outro fator que agrava o 
cenário da utilização das águas no mundo é a gestão ineficiente dos recursos hídricos em basicamente 
todas as atividades antrópicas, como ocorre na agricultura, na indústria e nos sistemas de abastecimento 
público de países, onde o desperdício de água, como em algumas regiões brasileiras, é superior a 60%.
Nesse quadro de indisponibilidade de água doce, constata-se que a escassez hídrica já está instalada 
na Arábia Saudita, Argélia, Barbados, Bélgica, Burundi, Cabo Verde, Cingapura, Egito, Kuwait, Líbia, 
Jordânia e Tailândia, e poderá ocorrer em médio prazo na China, Estados Unidos, Etiópia, Hungria, 
México, Síria e Turquia. No caso do Brasil, que dispõe de cerca de 12% de toda a água doce do 
planeta, cerca de 89% do volume total estão concentrados nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde 
estão localizadas apenas 14,5% da população. Para as regiões Nordeste, Sudeste e Sul, onde estão 
26
oficina
distribuídos 85,5% da população, há disponível apenas 11% do potencial hídrico do país. Além da natural 
carência para o atendimento da demanda de abastecimento público e privado, essa heterogeneidade 
de distribuição das águas gera eventos críticos tais como cheias catastróficas e períodos cíclicos de 
secas. 
BARROS, Jorge G. do Cravo. Origem, distribuição e preservação da Água no Planeta Terra. Disponível 
em: <http://revistadasaguas.pgr.mpf.gov.br/edicoes-da-revista/edicao-atual/mate
rias/origem-distribuicao-e-preservacao-da-agua-no-planeta-terra>. Acesso em: 11 jun. 2009.
Jorge Gomes do Cravo Barros é assessor em Geologia da 4ª Câmara de Meio Ambiente e 
Patrimônio 
Cultural do MPF. 
Texto 11
Biodiversidade: a vida e seus semelhantes
Carlos Vogt
Como transformar 
conhecimento em 
valor econômico, 
parece ser o lema 
mais constante e a 
preocupação mais exasperante das sociedades contemporâneas espalhadas pelo mundo e empilhadas, 
em diferentes níveis, na pirâmide do desenvolvimento.
O desafio dessa transformação motiva e acompanha os esforços de sociedades desenvolvidas 
e de sociedades emergentes, que lutam para se estabelecerem como parceiros nos cenários da 
competitividade internacional.
E aí surge o primeiro paradoxo da retórica da globalização que, como tantos outros, procura, no discurso, 
harmonizar as contradições de que se faz, com ferocidade, às vezes, o doce engano de que com a 
competição dá-se também a ajuda mútua.
À atuação crescente e à conscientização amadurecida dos formadores de opinião, dos tomadores de 
decisão, de parcelas importantes das populações organizadas em instituições cada vez mais atuantes 
na afirmação dos direitos e deveres de cidadania, foi-se formatando, a partir já dos anos 1960, a 
concepção, consolidada depois, em 1972, em Estocolmo e reafirmada em 1992, no Rio de Janeiro, de 
que a Terra é um sistema coeso e integrado no qual é possível ver, com clareza, a sistematicidade das 
relações entre as partes vivas do planeta – plantas, micro-organismos e animais – e as suas partes não 
vivas – rochas, oceanos, rios e atmosfera.
Constituem-se, assim, os conceitos de ecossistema, de desenvolvimento sustentável e a compreensão 
27
oficina
moderna do termo biodiversidade, utilizado, então, como se pode ler na página do Programa Biota – 
Fapesp, “para definir a variabilidade de organismos vivos, flora, fauna, fungos macroscópicos e micro-
organismos, abrangendo a diversidade de genes e de populações de uma espécie, a diversidade de 
espécies, a diversidade de interações entre espécies e a diversidade de ecossistemas”, conforme o 
artigo 7º da Convenção sobre a Diversidade Biológica, celebrada na Conferência Internacional sobre 
Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Eco ou Rio-92.
Em 1994, o Decreto Legislativo nº 2 aprovou, no Brasil, a Convenção, embora o tema já estivesse tratado 
na Constituição Federal de 1988, no seu artigo 225 que consagra o direito de todos os brasileiros ao 
meio ambiente ecologicamente equilibrado, o que, em contrapartida nos obriga a todos ao compromisso 
de preservação de todas as espécies.
Desse modo, veem-se, na Constituição, no parágrafo 4º desse artigo, garantidos em lei de preservação a 
Floresta Amazônica, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal e a Zona Costeira, todos considerados 
patrimônios nacionais. Outras leis e códigos tratam de outros temas relacionados ao equilíbrio ecológico, 
à preservação de sistemas complexos de vida, à biodiversidade, de maneira que, do ponto de vista legal, 
mesmo havendo necessidade de seu aprimoramento contínuo, o país está alinhado com as grandes 
preocupações e tendências internacionais relativas à questão.
Ao lado do sistema legal cresceu e organizou-se todo um sistema institucional que, além dos atores 
tradicionais, como as universidades, os sindicatos, as associações de classe, passou a incluir um 
número muito grande de organizações não governamentais (ONGs) voltadas ao tema e que têm tido um 
papel definidor nas políticas de preservação ambiental e nas ações efetivas para sua operacionalidade, 
de modo que – não seria exagero dizer – meio ambiente e ecologia são hoje tópicos de excelência nos 
avanços de cidadania que a sociedade brasileira vem vivenciando e conquistando de alguns anos para 
cá.
O tema da biodiversidade está, como dissemos, relacionado a essas questões, mas envolvetambém 
um aspecto econômico que lhe é intrinsecamente constitutivo e envolve ainda uma possibilidade real de 
sua transformação em riqueza, o que lhe é dado pela biotecnologia.
De fato, a grande extensão territorial brasileira, a enorme variedade de espécies que a povoa, e o 
potencial tecnológico hoje disponível para sua transformação em valor econômico, uma vez feito o 
seu mapeamento e consolidado o seu conhecimento científico, tornam a biodiversidade do Brasil uma 
riqueza efetiva e um desafio permanente.
A sua riqueza está estimada, pelo que se anuncia nos estudos do IPEA, em cerca de 4 trilhões de dólares; 
o desafio reside em não violentarmos o equilíbrio dessa vida diversa e múltipla e nem permitirmos 
que outros o façam, fazendo sua bioprospecção sem, contudo, agredir os seus sagrados direitos à 
existência, consagrados pela Constituição.
Como se trata de um tesouro vivo, é preciso aprender a explorá-lo sem esgotar-lhe a vida que é, ela 
própria, a razão primeira e última de seu imenso valor econômico e social para a qualidade de vida do 
homem na Terra.
Múltiplo e desigual, no espelho de seu ambiente, o homem aspira à unidade que hoje, mais do que nunca, 
28
oficina
ele aprendeu, não se sustenta, sequer como aspiração, fora do conhecimento e do reconhecimento de 
si no outro.
Produzir riqueza, apropriando-se, pelo conhecimento e pela tecnologia, da natureza e da diversidade 
manifesta e recôndita das vidas que a habitam, requer o fino equilíbrio entre nosso legítimo desejo 
de bem-estar constante e a constância de nosso compromisso consciente com a preservação das 
condições dessa variedade de vidas.
Único em suas características de pensamento e linguagem, o homem é também distinguido, não pelo 
fato de viver em sociedade, mas porque precisa construir a sociedade para viver. E nessa construção, 
que é cultural, política e econômica, o outro social só adquire densidade plena na imagem biodiversa da 
natureza e seus semelhantes.
VOGT, Carlos. Biodiversidade: a vida e seus semelhantes. Disponível em: <http://www.
comciencia.br/reportagens/biodiversidade/bio09.htm>. Acesso em: 12 jun. 2009.
Para leitura
Há variados instrumentos para a realização de trabalhos acadêmicos, que visam facilitar a aquisição de 
conhecimento e favorecer ao estudo.
O Resumo é um desses instrumentos.
Mas, o que é resumir?
De forma bem direta pode-se afirmar que a apresentação seletiva e concisa de um conteúdo é um resumo, 
isto é, colocamos em poucas palavras as ideias, informações e conceitos que foram desenvolvidas pelo 
autor no decorrer do texto.
O objetivo dessa técnica é conseguir distinguir e apreender o que realmente é essencial, o que é 
relevante.
Resumir implica a identificação dos tópicos principais, do texto, ignorando comentários e julgamentos.
Para Platão e Fiorin (1995), resumir um texto significa condensá-lo a sua estrutura essencial sem perder 
de vista três elementos:
1. As partes essenciais do texto.
2. A progressão em que elas aparecem no texto.
3. A correlação entre cada uma das partes.
Caso o texto a ser resumido for narrativo, deve-se observar os elementos de causa e as sequências 
de tempo; se for descritivo, os aspectos visuais e espaciais; e, em caso de texto dissertativo, a 
organização e construção das ideias.
Atenção:
O resumo é desenvolvido com as próprias palavras de quem o produz, pois é o resultado da leitura 
de um texto, portanto é uma produção pessoal. Não é, em hipótese alguma, apenas um apanhado de 
frases soltas. Ele deve apresentar ideias centrais (o argumento) daquilo que está sendo resumido, as 
29
oficina
ideias apresentadas devem manter relações e o texto deve ser compreensível.
Como desenvolver um resumo?
Para se desenvolver um resumo e obter um bom resultado final, deve-se:
1. Ler atentamente o texto, com a finalidade de identificar o assunto em pauta.
2. Fazer outras leituras ou quantas forem necessárias para selecionar ideias principais e anotar as 
mais relevantes.
3. Identificar palavras-chave: elas são usadas para imprimir as ideias fundamentais e devem servir 
de ponto de partida para o resumo.
4. O ideal é resumir cada parágrafo e depois outro do próprio resumo, assim as ideias estarão bem 
sintetizadas.
5. Observar, todo o tempo, se o texto está ficando coerente e se a sequência, entre os parágrafos 
está lógica e fazer os ajustes necessários.
6. Ficar atento, pois o resumo não é um comentário crítico. Quem o escreve, deve-se ater às ideias 
do autor; não pode, em hipótese alguma, emitir sua opinião e, sim, ser fiel às ideias apresentadas 
no texto original.
Referências Bibliográficas:
Fiorin, José Luiz; Platão, Francisco. Para entender o texto: leitura e redação, 10. ed. São Paulo: Ática, 
1995.
B. RESENHA
Objetivo: Aprender a elaborar e ler uma resenha
A resenha é um texto que remete a outro texto (texto base/fonte ou obra resenhada); por isso 
mesmo é um metatexto, assim como o resumo. Como todo e qualquer gênero de texto, elaborar e/
ou ler uma resenha implica o uso de determinadas técnicas e estratégias de leitura e de redação.
Como já vimos em aulas anteriores, fazemos resumos com diferentes objetivos. Um desses objetivos 
é fazer uma resenha.
Resenha é um gênero muito encontrado em revistas (científicas ou não) e em jornais. Também é 
um texto muito requisitado na vida acadêmica de qualquer aluno.
Pode-se dizer que a resenha é um texto que remete a outro texto, uma obra que pode ser: um livro, 
um capítulo de livro, um filme, uma peça de teatro, uma aula, entre outras coisas, ou seja, tudo pode 
Aula 6 - Gêneros textuais: resumo e resenha
30
oficina
ser resenhado.
E como fazer uma resenha? 
Fazer uma resenha é escrever um resumo da obra resenhada acompanhado de críticas a essa 
obra. Lembre-se de que toda Resenha contém um Resumo, embora cada um desses gêneros 
apresente também características próprias. 
Leia os quadros com atenção:
Resumo e Resenha
RESUMO
De que se trata? Sumarização do conteúdo de uma obra.
Como ler um texto para fazer um 
resumo?
• Selecionar as informações relevantes (anote, sublinhe, 
marque as ideias principais da cada parágrafo do texto 
base/fonte).
• Apagar as informações subsidiárias os indicadores de 
circunstâncias (advérbios) e de qualificação (adjetivos); os 
exemplos.
• Utilizar os procedimentos de generalização e de substituição.
• Reescrever (reconstruir o texto com informações sintéticas).
Para que fazer um resumo?
• Para estudar: selecionar informações economiza tempo, 
facilita a compreensão da obra e aperfeiçoa o hábito da 
leitura.
• Para entender o pensamento do autor e expor a 
compreensão da obra pelo leitor.
• Para escrever determinados gêneros textuais que exigem 
procedimentos de sumarização como a resenha, o artigo 
científico, parecer, projeto de pesquisa etc.
Como caracterizar um resumo?
• Por se referir a um texto base/fonte.
• Pelo fato de manter apenas as ideias principais do texto 
base/fonte.
• Ser breve e sintético.
• Não ser opinativo, isto é, o autor do resumo seleciona as 
ideias do autor do texto fonte, mas não emite sua opinião, 
seu julgamento sobre o texto.
31
oficina
RESENHA
De que se trata?
A resenha é uma produção completa: deve conter as informações 
mais importantes (de acordo com o ponto de vista do produtor 
da resenha) sobre o objeto (resumo) e argumentos que o 
avaliem, sendo, portanto, um trabalho que exige maturidade 
intelectual. 
Como ler um texto para fazer uma 
resenha?
• Selecionar as informações relevantes (anote, sublinhe, 
marque as ideias principais da cada parágrafo do texto 
base/fonte) e elaborar um resumo.
• Assumir e defender um determinado ponto de vista sobre a 
obra resenhada.
• Reorganizaro texto (reconstruir o texto com informações 
sintéticas e deixar clara sua avaliação da obra resenhada).
Para que fazer uma resenha?
O objetivo da resenha é fazer uma análise crítica, dando 
informações sobre e avaliando o objeto resenhado, a fim de 
ajudar o leitor a tomar uma decisão; por essa razão é fundamental 
uma avaliação criteriosa por parte de quem elabora a resenha.
.
Como você deve ter observado, a resenha requer maturidade intelectual. Isso significa que, além de 
selecionar as informações principais do texto que você leu, é necessário estabelecer relações com 
outros textos, com outros dados de conhecimento, desenvolver a capacidade de sumarização, de 
interpretação e de crítica justificada.
Com o resumo, você sumariza; com a resenha, você também avalia.
Escrever e ler são experiências únicas. Cada autor traz suas vivências guardadas na memória, 
adquiridas nas leituras, nos diálogos com diferentes interlocutores, ou seja, a maneira como o 
indivíduo se expressa está atrelada à sua experiência e à sua leitura de mundo. Esse também é um 
dos requisitos para ler/construir uma resenha. 
Aula 7 - Características do gênero Resenha
Objetivo: Conhecer os resumos e avaliações.
Elaborar/ler uma resenha implica, como você já viu, conhecer resumos e avaliações. Exige 
conhecimento de mundo e de estratégias de linguagem. Vamos acompanhar você na leitura de 
uma resenha de um livro, com intervenções para que você vá se familiarizando com os traços 
pertinentes ao gênero.
32
oficina
Só para lembrar: a resenha pode ser feita sobre um livro, um capítulo, um fato, um 
filme, uma aula, um álbum de música, uma notícia etc.
Há uma ligação permanente entre a resenha de uma obra e a obra resenhada, isto é, desde o 
título da resenha que, normalmente nos remete à obra resenhada até a crítica mais ou menos 
contundente a essa obra resenhada.
Quando se critica a obra (texto-base), pode-se fazer isso por meio de adjetivos, de citações do 
próprio autor da obra, de comparações com outras obras que tratem do mesmo tema etc., com o 
intuito de justificarmos nosso posicionamento.
No exemplo a seguir, o título do livro (obra a ser resenhada) é Carandiru (antigo presídio, hoje 
demolido). O título da resenha é Parada no Inferno. O autor da resenha, Guilherme Werneck, 
provavelmente escolheu esse título porque Carandiru onde ficava o presídio também é uma 
parada do metrô de São Paulo; inferno, pois um presídio que reunia tantos e tão diversos 
criminosos assemelha-se, ao ver do resenhador, a um inferno mesmo.
Quando se faz uma resenha, além de informar, ao leitor, o nome da obra resenhada e o autor 
da obra resenhada. Outras informações necessárias são em quantas partes ou capítulos o texto 
resenhado divide-se, ou quantas são as páginas que compõem a obra. Esse caminho facilita a 
leitura da resenha e dirige o leitor para esta ou aquela obra, de acordo com o que o leitor necessita 
para seu conhecimento ou para um trabalho acadêmico, por exemplo.
O Prefácio, o índice, o título dos capítulos no texto-base podem facilitar o encontro dessas 
informações.
É importante perceber que uma resenha apresenta certas marcas linguísticas bem próprias como: 
No primeiro capítulo..., De acordo com o autor..., Na segunda parte.... Isto é, todo o texto de uma 
resenha, a todo o momento, remete-nos à obra em questão (obra resenhada) e ao seu autor.
As críticas do resenhador podem aparecer logo após o resumo da obra ou durante o resumo como 
no exemplo que você vai ler.
O objetivo de uma resenha é, além de avaliar criticamente uma obra, indicar ao leitor se ele deve 
ou não ler aquela obra, se a obra é ou não útil para o que o leitor almeja. Ao ler uma resenha, o 
leitor fica sabendo se a obra é interessante ou não para ele, se deve ou não ler o livro ou que foi 
resenhado, assistir ao filme, comprar o álbum de música, o CD etc. Para isso, o resenhador deve 
deixar claro seu posicionamento a respeito da obra, argumentando cada ponto de vista, cada crítica 
feita.
33
oficina
É muito comum, em resenhas, referências a outras obras que se assemelhem a que está sendo 
criticada, uma vez que o produtor da resenha deseja sempre justificar, ao leitor, a sua crítica. Daí 
a necessidade de conhecimento dessas outras obras ou até de aumento de conhecimento, pois 
podemos ler também algumas referências usadas pelo resenhador que tenham- nos instigado.
Veja essa parte no exemplo:
Uma parada no inferno
Guilherme Wernek
VARELLA, Drauzio. Estação Carandiru. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2001. 
297 páginas. Disponível em: <http://
ww w. l e i t u rac r i t i ca . com.b r / apo iop ro f /
aprecia/002varela_carandiru.asp>.
Como procurar a verdade em um ambiente onde 
o silêncio confunde-se com a arte de esconder 
o que se faz, fez e pensa? Estação Carandiru 
(Companhia das Letras, 297 p., R$26,00), de 
Drauzio Varella, oferece a resposta de forma 
inteligente e gradual, reservando ao leitor o ônus 
das conclusões. Um livro que permite conhecer, 
com olhar distante, mas envolvente, um dos 
aspectos mais sombrios da realidade do país.
Observe que o autor da resenha já nos informa nesse primeiro parágrafo o autor da 
obra, a editora, o número de páginas e o nome do livro, ao mesmo tempo em que 
usa os adjetivos “inteligente e gradual”, “mais sombrios”, “distante” e “envolvente” .
Médico reconhecido, sobretudo por sua luta conta a AIDS, Varella começou seu trabalho de 
34
oficina
prevenção na Casa de Detenção de São Paulo o Carandiru (INSERIR LINK PARA CARANDIRU) 
– em 1989. Ao clinicar na cadeia, seu universo de ação expandiu-se para além do tratamento de 
detentos infectados pelo HIV ou com tuberculose. Do contato com os presos e seus problemas, que 
muitas vezes ultrapassam os limites da medicina, é que nasce toda a riqueza da obra.
(RIQUEZA DA OBRA)
Reportagem de Drauzio Varella sobre a 
Casa de Detenção de São Paulo apresenta 
à sociedade um retrato objetivo do universo 
daqueles que vivem no maior presido do país.
Para narrar sua experiência no maior presídio do país, Varella opta por sobrepor pequenas histórias, 
descrevendo os códigos que regem a vida de funcionários e detentos, encarcerados juntos em um 
“Barril de pólvora”.
O resenhador expressa que o autor da obra “narra” uma experiência e coloca a 
expressão barril de pólvora entre aspas mostrando que esta foi cunhada pelo próprio 
autor. 
Do livro, ou seja, é uma citação direta.
O livro é dividido em duas partes. Na primeira, praticamente uma introdução, há uma descrição 
detalhada do presídio – que abriga hoje mais de sete mil presos –, com suas instalações, divisões 
de pavilhões e dinâmica própria. Nas primeiras historias que compõem a segunda parte, o talento 
narrativo se impõe. Valendo-se da relação íntima que se estabelece entre médico e paciente, Varella 
consegue abrir brechas na lei do silêncio que impera nos presídios. Com isso, constrói uma visão 
abrangente e livre de preconceitos.
O resenhador resume como o livro foi escrito: sua forma, suas partes, sem deixar 
de adjetivar: “descrição detalhada”; “visão abrangente e livre de preconceitos”, 
afirmações que ele justifica. 
35
oficina
Para se aproximar o máximo possível da realidade, o tratamento que Varella dispensa a linguagem. 
Impressiona sua capacidade de transcrever fielmente o modo de falar pelos pavilhões do Carandiru. 
As histórias ligam-se umas às outras num crescente que acompanha o próprio processo de 
adaptação do autor à instituição em que trabalha. Isso permite ao leitor acompanhar as dúvidas e 
perplexidades que surgem do convívio mais próximo com presos.
Argumento de um dos porquês de se ler o livro: linguagem fiel às personagens; 
histórias que se entrelaçam [resumo] o autor da resenha elabora um jogo discursivo 
entre resumo e avaliação.
Na introdução, o autor diz que não sepropõe a “denunciar um sistema penal antiquado, apontar 
soluções para a criminalidade brasileira ou defender direitos humanos de quem quer que seja”. De 
fato, Varella mostra que o encarceramento não leva à barbárie, mas sim ao desenvolvimento de 
regras bastante rígidas para preservar a integridade do grupo. Contudo, é impossível não tomar 
partido. As violações de direitos humanos e o descaso com que são tratados não só os detentos, 
mas também os funcionários do sistema carcerário, conduzem a um reflexão sobre a validade de 
presídios como esse, onde convivem reincidentes e presos que esperam julgamento, alcaguetes 
e pistoleiros, travestis e estupradores. Todos à mercê da superlotação, de instalações em estado 
de calamidade, de ratos, insetos e fungos que contribuem para o depauperamento físico e moral.
Descrição detalhada com citações do próprio autor. Mais argumento para a leitura 
de um livro que retrata uma realidade hostil que provoca obrigatória reflexão do 
leitor. 
Embora o tema seja denso, Varella abre janelas para que o leitor respire, dosando humor, observação 
e crítica de forma eficaz. O resultado é um livro de cadência acelerada, que prende a atenção do 
começo ao fim.
No entanto, mesmo valendo-se de uma forma que muitas vezes se aproxima da crônica, a ficção 
passa longe de Estação Carandiru. O livro é um exercício de objetividade e tem a precisão que 
provém de anos de observação. Se outro episódio ganhou dimensões maiores do que deveria, isso 
não importa, porque o livro revela-se uma grande reportagem, dessas que andam cada vez mais 
raras na imprensa.
36
oficina
Educação 96, outubro, 1999. 
O autor da resenha continua avaliando a obra, utiliza, inclusive, uma crítica negativa, 
mas informa ao leitor da resenha que o livro “prende a atenção do começo ao fim”. 
Em outras palavras, é um texto a ser lido e sobre o qual se deve refletir, mesmo que 
atualmente o Carandiru, presídio tenha sido desarticulado, sabemos que há outros 
tantos pelo Brasil afora.
Aulas 8 e 9 - Exercícios sobre características da resenha
Objetivo: Exercitar as características da resenha a partir do texto trabalhado 
Você vai entrar em contato com a leitura de mais resenhas. Existem várias possibilidades para 
escrever uma resenha. Ela pode ser comercial (sobre um filme, um livro, um objeto de arte, um 
artigo de revista etc.) e pode ser acadêmica (sobre um artigo científico, sobre uma dissertação de 
mestrado, uma tese de doutorado, um livro de referência etc.). Há varias possibilidades também 
porque você pode fazer uma resenha para diversos interlocutores (consumidor, professor, avaliador, 
integrante de banca de análise de textos etc.) com diversos objetivos (fazer crítica positiva, fazer 
crítica negativa, despertar o interesse do leitor para ler/assistir a/comprar a obra resenhada/propiciar 
ao leitor uma visão geral das obras que estão circulando sobre um mesmo assunto etc. Você se 
lembra? Estão sempre presentes as condições de produção: para quem escrevo, sobre o quê, 
com que objetivo? Neste primeiro momento, serão trabalhadas algumas resenhas para você pode 
observar alguns movimentos de texto que acompanham a organização deste gênero.
Resenha (Texto 1): 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u352120.shtml
Você já leu Parada no inferno, de Guilherme Werneck. Leia agora o texto Caos de São Paulo tem 
lógica, de Gilberto Dimenstein, e responda o que se pede no quadro que estará na sequência.
37
oficina
Caos de São Paulo tem lógica 
GILBERTO DIMENSTEIN, do Conselho Editorial 
Quem vive em São Paulo – e não quer enlouquecer – vê-se forçado a 
resignar-se à imprevisibilidade do caos. 
Acabamos desenvolvendo uma relação de ódio e amor com a cidade: 
oferece os melhores empregos, as melhores exposições, as melhores 
chances de negócios, os melhores restaurantes e o maior aglomerado 
de pessoas interessantes. Viver aqui é sinônimo de possibilidade de 
progredir. 
Mas também é a cidade das impossibilidades. Sentimo-nos reféns: o pior 
trânsito, a pior poluição, a pior paisagem, as piores enchentes, a pior qualidade 
de vida entre as capitais. 
Juntamos a tal ponto esses extremos da impossibilidade e da possibilidade que, em alguns bairros, 
aprendemos antes a implantar malhas de fibra ótica, conectadas com o século XXI, do que eficientes 
sistemas de esgoto. 
O caos paulistano, porém, não é caótico. Tem uma lógica, uma explicação. No livro “São Paulo”, 
da coleção Folha Explica, a urbanista Raquel Rolnik conseguiu juntar os fragmentos históricos que 
explicam o caos, desde a fundação da cidade até nossos dias. 
A história de São Paulo é a história de uma comunidade partida, que gera, ao mesmo tempo, 
opulência e exclusão. Isso explica o trânsito infernal: já no começo do século, havia propostas de 
montar um sistema integrado de bonde, trem, metrô e ônibus, a exemplo de Nova York e Buenos 
Aires. 
A lógica excludente fez que São Paulo preferisse abrir espaço para veículos sobre pneus e 
ficássemos reféns dos congestionamentos, com poucas alternativas de transportes públicos. 
Num texto simples e saboroso, Raquel mostra, passo a passo, a construção da desordem de 
uma cidade, destruída por políticas urbanas erradas, dominação dos especuladores imobiliários, 
corrupção, migrações explosivas. Os pobres foram sendo expelidos para longe, os ricos 
entrincheiravam-se em bairros-jardins, num movimento que prosseguiu na periferia e nos enclaves 
como shopping centers e condomínios de luxo. 
São Paulo é reflexo de seus erros e do desastre social brasileiro, marcado pela má distribuição de 
renda. O caos está, agora, produzindo uma nova consciência urbana. Numa reação, comparável ao 
Livro explica a beleza 
e o caos da cidade 
e tenta entender o 
trânsito 
38
oficina
que ocorreu em Nova York, cada vez mais gente imagina que se sentir refém não é uma condição 
intrínseca do paulistano. 
“São Paulo”, de Raquel Rolnik, é o livro didático disponível para introduzir o leitor interessado no 
conhecimento das forças que movem e desenham o traçado urbano e social de uma cidade. 
“Folha Explica São Paulo” 
Autora: Raquel Rolnik 
Editora: Publifolha 
Páginas: 88 
Quanto: R$ 17,90 
Exercícios
Exercício 1
Título da 
obra
Título da 
resenha
Autor da 
obra
Autor da 
resenha
Relação entre títulos 
de obra e de resenha
Texto 1 
Texto 2
39
oficina
Exercício 2
Conteúdo temático 
da resenha
Citações na Resenha
Marcas textuais de 
resenha
 Texto 1 
Parada no 
inferno
Foco nas condições 
de vida no presídio 
“Barril de pólvora”.
A “denunciar um 
sistema penal 
antiquado, apontar 
soluções para 
a criminalidade 
brasileira ou defender 
direitos humanos de 
quem quer que seja”.
Referências ao autor da 
obra. Na introdução..; 
referência ao autor, 
sua profissão (médico), 
número de páginas, à 
linguagem utilizada; o 
livro é dividido em duas 
partes...
Texto 2
O caos de 
São Paulo tem 
lógica
Exercício 3
Resumo Avaliação Justificativa da avaliação
Texto 1
Uma parada no 
inferno
O livro descreve o 
presídio com suas 
instalações, divisões 
de pavilhões com 
dinâmica própria e 
conta as histórias 
dos detentos e dos 
funcionários do 
sistema carcerário
O livro deve ser lido 
e prende a atenção 
do começo ao fim.
Possui linguagem fiel ao 
modo falar do presidiário; 
entrelaçamento de 
histórias que permite 
ao leitor acompanhar 
as perplexidades que 
surgem do convívio com 
os presos; o livro é um 
exercício de objetividade, 
é preciso; tema denso, 
mas o autor dosa humor, 
observação e crítica.
40
oficina
Texto 2
O caos de São 
Paulo tem lógica
Do autor do texto-base 
41
oficina
Gabarito
Aula 3
a) O homem explora a Natureza para satisfazer suas necessidades
plantas, madeiras,animais e outros recursos
Aula 4
Exercício 1
Título da 
obra
Título da 
resenha
Autor da 
obra
Autor da 
resenha
Relação entre 
títulos de obra e 
de resenha
Texto 1 Carandiru
Parada no 
inferno
Drauzio 
Varella
Guilherme 
Werneck
Carandiru 
– presídio 
comparado à 
parada (metrô) 
no inferno
Texto 2
São Paulo
O caos de 
São Paulo 
tem lógica
Raquel 
Rolnik
Gilberto 
Dimenstein
São Paulo hoje – 
cidade que tem 
uma explicação 
histórica, lógica 
para o seu caos.
42
oficina
Exercício 2
Conteúdo temático da 
resenha
Citações na Resenha
Marcas textuais de 
resenha
 Texto 1 - Parada 
no inferno
Foco nas condições 
de vida no presídio 
“Barril de pólvora”.
A “denunciar um 
sistema penal 
antiquado, apontar 
soluções para a 
criminalidade brasileira 
ou defender direitos 
humanos de quem quer 
que seja”.
Referências ao autor da 
obra. Na introdução..; 
referência ao autor, 
sua profissão (médico), 
número de páginas, à 
linguagem utilizada; o 
livro é dividido em duas 
partes...
Texto 2 -O caos 
de São Paulo 
tem lógica
Foco nas condições 
caóticas de vida na 
cidade de São Paulo 
Não há
Referência ao livro, ao 
autor (urbanista) Raquel 
mostra...
Exercício 3
Resumo Avaliação Justificativa da avaliação
Texto 1- Uma 
parada no inferno
O livro descreve 
o presídio com 
suas instalações, 
divisões de 
pavilhões com 
dinâmica própria 
e conta as 
histórias dos 
detentos e dos 
funcionários 
do sistema 
carcerário
O livro deve ser 
lido e prende 
a atenção do 
começo ao fim.
Possui linguagem fiel ao 
modo falar do presidiário; 
entrelaçamento de histórias 
que permite ao leitor 
acompanhar as perplexidades 
que surgem do convívio 
com os presos; o livro é um 
exercício de objetividade, 
é preciso; tema denso, 
mas o autor dosa humor, 
observação e crítica.
43
oficina
Texto 2. O caos 
de São Paulo tem 
lógica
São Paulo é 
uma cidade 
de grandes 
oportunidades, 
porém, caótica, 
em função de 
erros que são 
explicados 
historicamente 
por políticas 
urbanas 
inadequadas
O livro é didático 
e saboroso e 
deve ser lido.
Num texto simples e 
saboroso, Raquel mostra, 
passo a passo, a construção 
da...
...disponível para introduzir 
o leitor interessado no 
conhecimento das forças 
que movem e desenham o 
traçado urbano e social de 
uma cidade.

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes