Buscar

curso completo direito processual civil em slides

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

NCPC.01.JURISDIÇÃO.ppt
*
*
LEI 13.105/2015 (NOVO CPC)
DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL
*
*
JURISDIÇÃO
Conceito - é o poder/dever do estado, através do Judiciário, de dizer o direito no caso concreto. É o poder, função e atividade de aplicar o direito a um fato concreto, pelos órgãos públicos destinados a tal, obtendo-se a justa composição da lide. 
Lide e litígio - são sinônimos e correspondem a “um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida”.
*
*
JURISDIÇÃO
Necessidade de provocação - O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. 
Exceção à regra da provocação em processo de inventário - o juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas mencionadas nos artigos antecedentes o requerer no prazo legal.
*
*
JURISDIÇÃO
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
secundária – porque realiza coativamente uma atividade que deveria ser exercida primariamente de maneira pacífica entre os sujeitos da lide;
substitutiva – porque ela substitui as partes na resolução do litígio que a princípio deveria ter sido resolvido por elas.
instrumental – porque é um instrumento que o próprio direito dispõe para impor a obediência dos cidadãos;
*
*
JURISDIÇÃO
declarativa ou executiva – declarativa porque declara qual a regra que se deve aplicar ao caso concreto, e executiva porque aplica ulteriores medidas de reparação ou de sanção previstas pelo direito;
desinteressada – porque o Estado aplica as vontades concretas da lei que se dirige às partes e não ao órgão jurisdicional, agindo este com a maior imparcialidade possível para a solução do conflito de interesses;
provocada ou inércia – como em sua maioria os conflitos versam sobre interesses privados (direitos materiais subjetivos das partes), a prestação jurisdicional apenas ocorre quando solicitada por uma das partes interessadas, não podendo o órgão jurisdicional dar início ao processo de ofício (art. 2º, CPC). Entretanto, essa regra tem exceção.
*
*
JURISDIÇÃO
definitiva – as decisões judiciais, em regra, são definitivas, não podendo ser modificadas. Assim, os atos jurisdicionais tornam-se imutáveis e não podem mais ser discutidos.
imperativa – as decisões judiciais têm força coativa, obrigando os litigantes ao seu cumprimento.
*
*
JURISDIÇÃO
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA JURISDIÇÃO
princípio do juiz natural – só pode exercer a jurisdição o órgão a que a Constituição atribui o poder jurisdicional, não podendo a lei infraconstitucional criar juízes ou tribunais de exceção;
a jurisdição é improrrogável – os limites da jurisdição são traçados pela Constituição, não sendo permitido ao legislador ordinário alterá-la, nem para restringi-la nem para ampliá-la;
a jurisdição é indeclinável – o órgão constitucionalmente investido no poder de jurisdição tem a obrigação de prestar a tutela jurisdicional e não a simples faculdade, não podendo recusar-se a prestá-la quando legitimamente provocado, nem delegá-la a terceiros.
*
*
JURISDIÇÃO
Investidura – a jurisdição só será exercida por quem tenha sido regularmente investido na autoridade do juiz. 
Territorialidade – os magistrados só têm autoridade nos limites territoriais do seu Estado, ou seja, nos limites territoriais da sua jurisdição;
 
Indelegabilidade – a função jurisdicional não pode ser delegada. Não pode o órgão jurisdicional delegar suas funções a outros órgãos. 
Princípio da inafastabilidade da jurisdição – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
*
*
JURISDIÇÃO
UNIDADE DA JURISDIÇÃO - A jurisdição é una. No entanto, didaticamente ela se divide por matéria abrangendo a jurisdição civil toda as matérias que não são abrangidas pela jurisdição penal ou pelas demais jurisdições especiais. Seu conceito, portanto, é dado por exclusão.
CLASSIFICAÇÃO DA JURISDIÇÃO CIVIL
 
- QUANTO À LITIGIOSIDADE DO OBJETO 
CONTENCIOSA 
VOLUNTÁRIA
*
*
JURISDIÇÃO
CONTENCIOSA
 
É a verdadeira jurisdição, face a existência do conflito. É esta jurisdição o Estado desempenha na pacificação ou composição dos litígios.
 
Só se instaura por solicitação de uma parte e se houver litígio ou contestação das partes.
 
OBS.:  O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. (art. 2º, nCPC)
*
*
JURISDIÇÃO
GRACIOSA, VOLUNTÁRIA OU ADMINISTRATIVA
Não depende de julgamento, porque a questão não envolve litígio que requeira uma decisão. Nela o juiz apenas realiza a gestão pública em torno de interesses privados.
O juiz atua apenas para proteger o patrimônio ou a pessoa, intervindo para garantir a legitimidade de um ato de interesse privado.
Interessados - Os sujeitos não são chamados partes e sim interessados.
Procedimento - Na jurisdição voluntária não existe processo e sim procedimento;
Ex.: nomeação de tutores, alienação de bens de incapazes etc. 
*
*
JURISDIÇÃO
QUANTO AOS ORGÃOS QUE A EXERCEM HIERARQUICAMENTE
JURISDIÇÃO INFERIOR - 1º GRAU ou INSTÂNCIA
Juízes de Direito, em primeiro grau, os quais conhecem o processo desde o seu início e fazem o primeiro julgamento. Em regra são monocráticos.
JURISDIÇÃO SUPERIOR - 2º GRAU ou INSTÂNCIA
Não se conformando com a decisão, o vencido pode pedir a sua revisão a um juízo colegiado, composto por juízes superiores (desembargadores). São os Tribunais.
*
*
JURISDIÇÃO
QUANTO AO TIPO DE PRETENSÃO SUBMETIDA AO ESTADO-JUIZ (OU QUANTO AO OBJETO)
Penal
Civil
JURISDIÇÃO PENAL
O Estado exerce tal função diante de pretensões de natureza penal. Seu estudo é feito pelo Direito Processual Penal e quase sempre tem o intuito punitivo (com exceções, como no caso do habeas corpus).
*
*
JURISDIÇÃO
JURISDIÇÃO CIVIL LATO SENSU
Pode ser subdividida em três espécies:
jurisdição trabalhista – é estudada pelo Direito Processual do Trabalho;
jurisdição coletiva – estudada pelo Direito Processual Coletivo;
jurisdição civil propriamente dita – estudada pelo Direito Processual Civil. Este é um conceito dado por exclusão, de forma que tudo o que não fizer parte da jurisdição penal, trabalhista ou coletiva faz parte da jurisdição civil.
*
*
JURISDIÇÃO
SUBSTITUTIVO DA JURISDIÇÃO
 
Transação – é o negócio jurídico em que os sujeitos da lide fazem concessões recíprocas para afastar a controvérsia estabelecida entre eles. Pode ocorrer antes da instauração do processo ou na sua pendência.
 
Conciliação – nada mais é do que uma transação obtida em juízo, pela intervenção do juiz junto às partes, antes de iniciar a instrução do processo.
 
Juízo arbitral – importa renúncia à via Judiciária, confiando as partes a solução da lide a pessoas desinteressadas, mas não integrantes do Poder Judiciário. A sentença arbitral produz entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário.
NCPC.02.AÇÃO.ppt
*
*
LEI 13.105/2015 (NOVO CPC)
DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL
*
*
DA AÇÃO
DA AÇÃO
Conceito - é o direito subjetivo, tanto do réu quanto do autor, de ter um pronunciamento estatal que solucione o litígio, fazendo desaparecer a incerteza ou a insegurança gerada pelo conflito de interesses, pouco importando qual seja a solução a ser dada pelo juiz.
*
*
DA AÇÃO
NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO
direito subjetivo processual – o direto de ação não tem por objeto a prestação do devedor, mas sim, tem por objeto provocar a atividade do órgão jurisdicional;
abstrato – atua independentemente da existência ou inexistência do direito substancial que se pretende fazer reconhecido
e executado;
natureza pública – pois se refere a uma atividade pública, oficial, do Estado.
*
*
DA AÇÃO
REQUISITOS PARA O DESENVOLVIMENTO REGULAR DO PROCESSO (ANTIGAS CONDIÇÕES DA AÇÃO)
A) Interesse de agir – Consiste na utilidade/ necessidade do processo e na sua adequação. Inicialmente, para que haja interesse de agir é necessário que o processo seja útil e necessário a persecução do provimento jurisdicional. Além de útil e necessário, o procedimento tem que ser adequado, ou seja, a via eleita pelo autor para buscar o seu direito tem que ser a adequada. Caso contrário o processo será extinto sem julgamento de mérito por falta de interesse de agir.
*
*
DA AÇÃO
B) Legitimidade da parte ou legitimidade ad causam – é a titularidade ativa e passiva para a ação. É preciso que os sujeitos sejam, de acordo com a lei, partes legítimas, sob pena de extinção do processo sem julgamento de mérito por ilegitimidade da parte. Segundo Arruda Alvim, estará legitimado o autor quando for o possível titular do direito pretendido, ao passo que a legitimidade do réu decorre do fato de ser ele a pessoa indicada, em sendo procedente a ação, a suportar os efeitos oriundos da sentença.
*
*
DA AÇÃO
Extinção do feito sem resolução de mérito – Se não estiverem presentes a legitimidade das partes e o interesse de agir, a ação não irá se desenvolver validamente, levando à extinção do processo sem resolução de mérito, ou seja, sem que o juiz chegue a decidir a quem pertence o direito (art. 485, VI, nCPC).
*
*
DA AÇÃO
INOVAÇÃO DO CPC/2015
Retirou o nome condições da ação e deixou de reconhecer a possibilidade jurídica do pedido como um dos requisitos necessários à ação.
Condições postular em juízo - para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
*
*
DA AÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES
 
Ação de cognição ou de conhecimento – é a ação através da qual se vai procurar reconhecer quem é o detentor de um direito. Assim, compõe-se o litígio declarando a vontade concreta da lei através do litígio;
 
Processo de Execução – antes da reforma processual, existia uma ação chamada de ação de execução, onde, após declarado de quem era o direito, a parte iria buscar o cumprimento deste direito declarado através da coação estatal sobre o patrimônio do devedor. Com a reforma processual, na execução baseada em título executivo judicial, não existe mais um processo a parte de execução, mas apenas uma fase de execução (processo sincrético). A execução se inicial nos próprios autos do processo de conhecimento. Mas ainda existem processos de execução, fundados em títulos executivos extrajudiciais.
*
*
DA AÇÃO
Processo cautelar – é utilizado não para satisfazer o direito de alguém, mas apenas para prevenir em caráter emergencial e provisório, a situação da lide contra as alterações de fato e de direito que possam ocorrer antes da solução de mérito. A ação cautelar, enquanto uma ação autônoma, foi extinta do nCPC, restando apenas o seu requerimento na forma de tutela provisória.
*
*
DA AÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO DE COGNIÇÃO
 
Ação condenatória – é aquela que busca a declaração de um direito subjetivo material do autor mais um comando que imponha uma prestação a ser cumprida pelo réu. Tende à formação de um título executivo judicial;
 
Ação constitutiva – além da declaração do direito da parte, também cria, modifica ou extingue um estado ou relação jurídica material;
 
*
*
DA AÇÃO
Ação declaratória – é aquela que apenas se destina a declarar a certeza da existência ou inexistência da relação jurídica, ou da autenticidade ou validade de um documento;
Ação mandamental – são aquelas que trazem em seu teor um conteúdo de mando, que se descumprida provoca desrespeito à ordem do Juiz (ex.: habeas corpus, mandado de segurança, imissão na posse, busca e apreensão etc.). 
*
*
DA AÇÃO
Ação Declaratória (interesse de agir) - O interesse do autor pode limitar-se à declaração:
da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
da autenticidade ou falsidade de documento.
Legitimidade - Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico.
*
*
DA AÇÃO
Elementos identificadores da ação – para identificar a causa, existem três elementos essenciais:
- as partes;
- o pedido;
- a causa de pedir.
Identidade entre as ações - uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
*
*
DA AÇÃO
Litispendência - há litispendência, quando se repete ação, que está em curso;
Coisa julgada - há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
*
*
DA AÇÃO
Matérias de ordem pública – a legitimidade das partes e o interesse de agir são matérias de ordem pública, o que significa dizer que podem ser apreciadas pelo juiz a qualquer momento do processo ex officio (de ofício), ou seja, independentemente de requerimento das partes.
NCPC.03.DAS PARTES E DOS PROCURADORES.ppt
*
*
LEI 13.105/2015 (NOVO CPC)
DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
PARTES	
Autor – é aquele que se julga no direito de receber alguma coisa.
Réu – é aquele que deve suportar o ônus de perder alguma coisa.
Pluralidade das partes (litisconsórcio) – ocorre quando há mais de um autor ou mais de um réu.
Litisconsórcio ativo – mais de um autor;
Litisconsórcio passivo – mais de um réu.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Deveres das partes, dos procuradores e de todos os que de qualquer forma participarem do processo -
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Ato atentatório à dignidade da justiça - Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.
Multa pela prática de ato atentatório à dignidade da justiça - A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até 20% (vinte por cento) do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. 
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Dívida ativa da União ou do Estado -  Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou.
 
Valor da causa irrisório ou inestimável - Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Inaplicabilidade da multa - Esta multa não se aplica aos advogados públicos ou privados e aos membros do Ministério Público, devendo eventual responsabilidade
disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
Expressões injuriosas ou ofensivas por escrito - É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Expressões injuriosas ou ofensivas orais - Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra.
 
Certidão de inteiro teor das ofensas - De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Responsabilidade das partes dos danos processuais - responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Litigância de má-fé (responsabilidade) Reputa-se litigante de má-fé aquele que :
deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
alterar a verdade dos fatos; 
usar do processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do processo; proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; 
provocar incidentes manifestamente infundados.
 interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Sanções pela litigância de má-fé - De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a:
pagar multa que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) sobre o valor corrigido da causa; Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10(dez) vezes o valor do salário mínimo.
indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu;
pagamento dos honorários advocatícios;
e indenizar por todas as despesas que o lesado efetuou.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Ônus financeiro do processo – Tirando as exceções legais, cabe às partes prover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início até a sentença final, ou na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título.
Custas iniciais – cabe ao autor antecipar o pagamento das custas iniciais do processo, na propositura da ação. Caso o autor não pague as custas iniciais no prazo de 15 dias, será cancelada a distribuição.
 
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Antecipação das despesas – cabe a cada uma das partes o ônus processual de pagar antecipadamente as despesas dos atos que realizar ou requerer, em curso do processo.
Custeio das despesas determinadas pelo juiz de ofício ou a requerimento do Ministério Público - incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a atos, cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem pública. Porém, as despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Sucumbência e obrigações financeiras do processo – o juiz condenará na sentença o vencido a pagar ao vencedor as despesas que este antecipou.
 
Honorários advocatícios sucumbenciais - A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.
 
Obs.: as despesas dos atos processuais, efetuados a requerimento do Ministério Público, da Fazenda Pública ou da Defensoria Pública serão pagas a final pelo vencido.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Sucumbência recíproca – ocorre a sucumbência recíproca quando o autor sai vitorioso apenas em parte de sua pretensão. Tanto ele como o réu são, portanto, vencidos e vencedores, a um só tempo. Nesses casos, serão proporcionalmente distribuídas entre eles as despesas. 
Porém, se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Despesas do processo em caso de litisconsórcio - Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem proporcionalmente pelas despesas e pelos honorários. A sentença deverá prever de forma expressa a distribuição da responsabilidade de cada litisconsorte, sob pena de serem os mesmos responsáveis solidários pelas despesas e honorários.
Despesas nos procedimentos de jurisdição voluntária – Nos procedimentos de jurisdição voluntária, as despesas serão adiantadas pelo requerente e rateadas entre os interessados. 
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Despesas em caso de desistência – Proferida sentença com fundamento em desistência, serão as despesas e os honorários pagos pela parte que desistiu;
Despesas em caso de renúncia - Proferida sentença com fundamento em renúncia, serão as despesas e os honorários pagos pela parte que renunciou;
Despesas em caso de reconhecimento jurídico do pedido -Proferida sentença com fundamento em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que reconheceu o pedido.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Despesas em caso de transação - Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente. Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.
Pagamento das despesas para a propositura de nova ação - Quando, a requerimento do réu, o juiz proferir sentença sem resolver o mérito, o autor não poderá propor novamente a ação sem pagar ou depositar em cartório as despesas e os honorários a que foi condenado.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Remuneração dos assistentes técnicos e peritos - Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Sanções impostas pela litigância de má-fé - O valor das sanções impostas ao litigante de má-fé reverterá em benefício da parte contrária, e o valor das sanções impostas aos serventuários pertencerá ao Estado ou à União.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Fixação dos honorários advocatícios sucumbenciais - Os honorários serão fixados entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Honorários advocatícios arbitrados de forma equitativa - o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa:
Nas causas em que for inestimável o valor;
Nas causas em que for irrisório o proveito econômico ou o valor da causa for muito baixo.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Honorários advocatícios em grau de recurso – o juiz de primeiro grau, na sentença, fixará os honorários advocatícios entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre
o valor da condenação ou do proveito econômico do vencedor. Entretanto, havendo recurso o Tribunal deverá fixar novos honorários advocatícios sucumbenciais, porém respeitados os limites de 20% e dos limites de honorários fixados quando for vencida a Fazenda Pública, conforme tabela acima. 
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Natureza alimentar dos honorários advocatícios sucumbenciais - Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.
Honorários sucumbenciais para advogados que atuam em causa própria - Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Casos em que são devidos honorários advocatícios sucumbenciais - São devidos honorários advocatícios na:
Reconvenção;
No cumprimento de sentença, provisório ou definitivo;
Na execução, resistida ou não;
Nos recursos interpostos, cumulativamente
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
ASSISTÊNCIA GRATUITA
Assistência gratuita - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Despesas e honorários decorrentes da sucumbência –Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Assistência gratuita e multa - A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas.
Redução e parcelamento das custas - A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento, ou ainda o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Momento do pedido de assistência gratuita - O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na:
petição inicial, no caso do autor;
na contestação, no caso do réu;
na petição para ingresso, no caso de terceiro no processo ou em recurso. 
Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Assistência gratuita e patrocínio particular da causa - A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Alegação falsa de hipossuficiência - Revogado o benefício, a parte arcará com as despesas processuais que tiver deixado de adiantar e pagará, em caso de má-fé, até o décuplo de seu valor a título de multa, que será revertida em benefício da Fazenda Pública estadual ou federal e poderá ser inscrita em dívida ativa.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
DOS PROCURADORES 
Pressupostos processuais dos procuradores
Capacidade postulatória – é a capacidade de realizar os atos do processo de maneira eficaz.
Presença do advogado A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na OAB. Trata-se de pressuposto processual.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Postulação em causa própria - é lícito postular em causa própria quando  tiver habilitação legal.
 
Obs.: Também nos Juizados Especiais é lícito postular em causa própria, sem ser advogado, quando o valor da causa não ultrapasse 20 salários mínimos (art. 9º, Lei n° 9.099/95).
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Procuração - instrumento necessário
Procuração – a procuração conferida ao advogado pode ser:
Particular ou ad judicia (regra geral);
Instrumento público – no caso dos analfabetos ou para os que não tenham condições de assinar o nome;
Inexistência de formalidades na procuração - Para a procuração não se exigem maiores formalidades. Basta que ela seja assinada pela parte, não precisando ser assinada por testemunhas.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Poderes expressos da procuração – alguns poderes só poderão ser concedidos ao procurador se previstos de forma expressa. São eles: 
receber citação;
Confessar;
Reconhecer a procedência do pedido;
Transigir;
Desistir;
renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação;
receber, dar quitação;
firmar compromisso;
assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica. (acrescido pelo nCPC)
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Ingresso em juízo sem procuração
Necessidade de procuração - sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a postular em juízo (regra geral);
Exceção – o advogado poderá, todavia, em nome da parte postular em juízo sem procuração:
para evitar preclusão, decadência ou prescrição;
ou para praticar ato considerado urgente.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Prazo para apresentação da procuração – nesses casos excepcionais, independentemente de caução, a exibir o instrumento do mandato no prazo de 15 dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.
Não juntada da procuração – não exibido o instrumento de mandato no prazo de 15 dias prorrogável por igual período por despacho do juiz, os atos do advogado sem procuração serão considerados ineficazes relativamente àqueles cujo nome foram praticados, ficando o causídico (advogado), ainda, responsável pelas despesas e perdas e danos que acarretar ao processo.
 
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Requisitos da procuração – a procuração do advogado deverá conter:
o nome do advogado;
seu número de inscrição na OAB;
seu endereço completo.
 
Obs.: e o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo (art. 105, § 3º, nCPC).
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Deveres dos advogados - Compete ao advogado quando postular em causa própria:
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação;
II- seu número de inscrição na OAB;
III- o nome da sociedade de advogados em que participa; (acrescido pelo nCPC)
II - comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Direitos dos advogados - O advogado tem direito de:
I - examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos;
II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias;
III - retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Prazo comum - Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos:
somente em conjunto;
ou mediante
prévio ajuste, por petição nos autos;
para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo. 
CPC de 1973 – prazo de 01 hora; 
nCPC – prazo de 02 a 06 horas.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
SUCESSÃO DAS PARTES E DOS PROCURADORES 
(CPC de 1973 equivale à substituição das partes)
 
Parte em sentido material e parte em sentido processual
Parte em sentido material - é aquela que se diz titular do direito pleiteado em juízo. 
Parte em sentido processual – é o sujeito que intervém no contraditório ou que se expõe às suas consequências dentro da relação processual (ou seja, é o autor ou réu).
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Conceito de substituição processual – a substituição processual ocorre quando o sujeito discute em nome próprio direito controvertido de outrem.
 
Exemplo de substituição processual – uma pessoa que aliena durante o processo um bem litigioso, mas continua a defendê-lo em juízo como se ainda fosse o seu dono; também o mandado de segurança coletivo, previsto no art. 5º da CF.
Obs.: Só haverá substituição processual nos casos em que a lei expressamente autorize 
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Necessidade de relação jurídica entre o substituto e o substituído – para ser possível a substituição processual, é necessário que o substituto possua uma relação jurídica especial com o substituído. 
 
Poderes do substituto – os poderes do substituto são amplos no que diz respeito aos atos e faculdades processuais, mas não compreendem obviamente os atos de disposição do próprio direito material do substituído, como confissão, transação, reconhecimento do pedido etc.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Alienação de bem litigioso - a alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a legitimidade das partes. 
 
Possibilidade de ingresso do adquirente com o consentimento da parte adversa - o adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária.
 
Possibilidade de atuação do adquirente como assistente litisconsorcial - o adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente litisconsorcial do alienante ou cedente.
 
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Diferença entre substituição processual e sucessão da parte – na sucessão da parte ocorre uma alteração nos polos subjetivos do processo. Já na substituição processual, nenhuma alteração se registra nos sujeitos do processo. Apenas um deles age, por especial autorização da lei, na defesa de direito material de quem não é parte na relação processual.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Sucessão da parte. Possibilidade - só é permitida, no curso do processo, a sucessão voluntária das partes nos casos expressos em lei.
 
Sucessão das partes em caso de morte - Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus sucessores.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Sucessão dos procuradores
Revogação do mandato outorgado ao advogado - a parte, que revogar o mandato outorgado ao seu advogado, no mesmo ato constituirá outro que assuma o patrocínio da causa. 
Omissão da constituição de novo advogado:
Do Autor - o processo será extinto sem julgamento de mérito;
Do Réu - deverá ser decretada a sua revelia, se a providência lhe couber;
De terceiros - este será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre.
*
*
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
Renúncia do mandato pelo advogado -  advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor. Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo.
Dispensa de comunicação - Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido outorgada a vários advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da renúncia.
NCPC.04.MINISTÉRIO PÚBLICO.ppt
*
*
LEI 13.105/2015 (NOVO CPC)
DIREITO 
PROCESSUAL CIVIL
*
*
MINISTÉRIO PÚBLICO
Conceito – o Ministério público é o órgão através do qual o Estado procura tutelar, com atuação militante, o interesse público e a ordem jurídica. Ele atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis.
 
Ministério Público = Parquet
*
*
MINISTÉRIO PÚBLICO
Independência - o Ministério Público é uma instituição autônoma e não integra o Poder Judiciário, embora desenvolva suas funções essenciais basicamente no processo e perante órgãos da jurisdição. É uma instituição independente que não se subordina ao Poder Judiciário.
ÓRGÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Promotores de Justiça – atual no primeiro grau de jurisdição;
Procuradores de Justiça – atuam no segundo grau de jurisdição;
*
*
MINISTÉRIO PÚBLICO
ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
 
Parte – o Ministério Público poderá atuar no processo na qualidade de parte, em conformidade com suas atribuições constitucionais. Pode agir na qualidade de parte ou de substituto processual, onde será também considerado parte;
Obs.: No processo civil, mesmo quando o Ministério Público tutela os interesses particulares de outra pessoa, a sua função processual nunca será a de representante da parte material. Sua posição jurídica neste caso será a de substituto processual, agindo em nome próprio, embora na defesa de direito alheio.
*
*
MINISTÉRIO PÚBLICO
Exemplos de casos em que o MP funciona como parte:
na ação de nulidade de casamento;
na ação direta de declaração de inconstitucionalidade;
nas ações de indenização de vítima pobre de delito;
no pedido de interdição ou na defesa do interditando;
ação civil pública, para defesa de interesses difusos.
*
*
MINISTÉRIO PÚBLICO
Fiscal da lei (custos legis) – nas causas em que atua como fiscal da lei, o Ministério Público não tem compromisso nem com a parte ativa, nem com a passiva da relação processual. Ele só defende a prevalência da ordem jurídica e do bem comum.
 
O Ministério Público agirá como fiscal da lei nos termos do art. 178 do nCPC, ou seja, quando envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Obs.: o CPC de 1973 previa mais hipóteses
*
*
MINISTÉRIO PÚBLICO
Prazo para a intervenção do MP na qualidade de custos legis - Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica .
Prerrogativas do Ministério Público quando atuar como fiscal da lei -  Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público:
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer. (o direito de recorrer foi acrescido pelo novo CPC).
*
*
MINISTÉRIO PÚBLICO
Responsabilidade do membro do Ministério Público - O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções.
Prazo para o Ministério Público - O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal. 
Obs.: O CPC de 1973 previa para o MP o prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer. Agora é tudo em dobro, salvo se tiver outro prazo previsto expressamente em lei.
NCPC.05.DOS
JUÍZES.ppt
*
*
TJPE
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
LEI 13.105/2015 (NOVO CPC)
*
*
Conceito - genericamente chamam-se de juízes as pessoas que exercem o poder jurisdicional;
1º grau – no 1º grau de jurisdição o órgão julgador é singular, formado por apenas um juiz;
 
2º grau – no 2º grau de jurisdição o órgão julgador é colegiado ou coletivo, formado por desembargadores ou ministros;
 
Juiz de Paz - celebra casamentos e exercer atribuições conciliatórias. Deve ser eleito pelo voto popular, com competência definida por lei ordinária.
DOS JUÍZES
*
*
REQUISITOS DA ATUAÇÃO DO JUIZ
Jurisdicionalidade – os juízes devem estar investidos no poder jurisdicional;
Competência – devem estar dentro da faixa de atribuições que, por lei, se lhe assegura;
Imparcialidade ou alheabilidade – devem ficar na posição de terceiros em relação às partes interessadas;
Independência – não possuem subordinação jurídica aos tribunais superiores, ou ao Legislativo ou executivo, vinculando-se exclusivamente ao ordenamento jurídico;
Processualidade – devem obedecer à ordem processual instituída por lei, a fim de evitar arbitrariedade, o tumulto, a inconsequência e a contradição desordenada.
DOS JUÍZES
*
*
DEVERES DO JUIZ – incumbe ao juiz:
I - assegurar às partes igualdade de tratamento;
II - velar pela duração razoável do processo;
III - prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir postulações meramente protelatórias; (alterado)
IV - determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária; (acrescido)
DOS JUÍZES
*
*
V - promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de conciliadores e mediadores judiciais; (acrescido)
VI - dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à tutela do direito; (acrescido)
VII - exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da segurança interna dos fóruns e tribunais; (acrescido)
VIII - determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; (acrescido)
DOS JUÍZES
*
*
IX - determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros vícios processuais; (acrescido)
X - quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva respectiva. (acrescido)
DOS JUÍZES
*
*
Atendimento em ordem preferencial de conclusão dos processos - Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão (art. 12, alterado pela lei 13.256, de 04/02/2016).
DOS JUÍZES
*
*
Lacuna ou obscuridade da lei - o juiz não se exime de decidir sob a alegação de lacuna ou obscuridade do ordenamento jurídico.
Limites do julgamento por equidade - O juiz só decidirá por equidade nos casos previstos em lei.
Limites da atuação do juiz - o juiz decidirá ao mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte.
DOS JUÍZES
*
*
Determinação de provas pelo juízo - caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito, indeferindo, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
Livre convencimento motivado do juiz sobre as provas - O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na decisão as razões da formação de seu convencimento.
DOS JUÍZES
*
*
Responsabilidade civil do juiz - O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando:
I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;
II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a requerimento da parte.
Obs.  As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez) dias.
DOS JUÍZES
*
*
CPC de 1973 – PRINCÍPIO DA IDENTIDADE DO JUIZ - prevê que o juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que passará os autos ao seu sucessor (art. 132). Além disso, dispõe que em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, se entender necessário, poderá mandar repetir as provas já produzidas 
Novo CPC (2015) - Essa regra não foi incorporada ao novo CPC, de forma que não há mais a obrigatoriedade de identidade de juiz para instruir o processo e sentenciá-lo.
DOS JUÍZES
*
*
DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO - Para garantir a imparcialidade do juiz o CPC fixa causas que o torna impedido ou suspeito:
DOS IMPEDIMENTOS - Há impedimento do juiz, sendo-lhe vedado exercer suas funções no processo:
I - em que interveio como mandatário da parte, oficiou como perito, funcionou como membro do Ministério Público ou prestou depoimento como testemunha;
II - de que conheceu em outro grau de jurisdição, tendo proferido decisão;
DOS JUÍZES
*
*
III - quando nele estiver postulando, como defensor público, advogado ou membro do Ministério Público, seu cônjuge ou companheiro, ou qualquer parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive; Nessa hipótese, o impedimento só se verifica quando o defensor público, o advogado ou o membro do Ministério Público já integrava o processo antes do início da atividade judicante do juiz.
CPC de 1973 – o impedimento se dava até o 2º grau.
Novo CPC – esse impedimento vai até o 3º grau.
DOS JUÍZES
*
*
IV - quando for parte no processo ele próprio, seu cônjuge ou companheiro, ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive;
V - quando for sócio ou membro de direção ou de administração de pessoa jurídica parte no processo;
VI - quando for herdeiro presuntivo, donatário ou empregador de qualquer das partes. 
Essa última hipótese pelo CPC de 1973 era uma hipótese de SUSPEIÇÃO. Pelo novo CPC passou a ser uma hipótese de IMPEDIMENTO.
DOS JUÍZES
*
*
VII - em que figure como parte instituição de ensino com a qual tenha relação de emprego ou decorrente de contrato de prestação de serviços; (acrescido)
VIII - em que figure como parte cliente do escritório de advocacia de seu cônjuge, companheiro ou parente, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, mesmo que patrocinado por advogado de outro escritório; (acrescido)
IX - quando promover ação contra a parte ou seu advogado. (acrescido)
Obs.: É vedada a criação de fato superveniente a fim de caracterizar impedimento do juiz.  (acrescido)
DOS JUÍZES
*
*
Hipótese especial de impedimento - Quando 02 (dois) ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo impede que o outro nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os autos ao seu substituto legal).
CPC de 1973 – o impedimento se dava até o 2º grau.
Novo CPC – esse impedimento vai até o 3º grau
DOS JUÍZES
*
*
Juiz arrolado como testemunha – se o juiz é arrolado como testemunha, deverá, em primeiro lugar, certificar-se de que realmente tenha algum conhecimento acerca do fato discutido no processo. Inexistindo o que depor, ser-lhe-á possível recusar-se a atuar como testemunha no feito submetido à sua direção. Tendo, porém, conhecimento pessoal a revelar, instalar-se-á a incompatibilidade entre a qualidade de magistrado e a de testemunha. Ficará impedido de continuar como juiz do feito (igual ao CPC de 1973).
DOS JUÍZES
*
*
SUSPEIÇÃO – Há suspeição do juiz:
I - amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes ou de seus advogados;
II - que receber presentes de pessoas que tiverem interesse na causa antes ou depois de iniciado o processo, que aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa ou que subministrar meios para atender às despesas do litígio;
III - quando qualquer das partes for sua credora ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro ou de parentes destes, em linha reta até o terceiro grau, inclusive; 
	(CPC de 1973 até 2º grau / novo CPC até 3º grau).
IV - interessado no julgamento do processo em favor de qualquer das partes. (acrescido)
DOS JUÍZES
*
*
Suspeição por motivo de foro íntimo - Poderá o juiz declarar-se suspeito por motivo de foro íntimo, sem necessidade de declarar suas razões.
Ilegitimidade das alegações de suspeição - será ilegítima a alegação de suspeição quando:
I - houver sido provocada por quem a alega;
II - a parte que a alega houver praticado ato que signifique manifesta aceitação do arguido.
DOS JUÍZES
*
*
Implicações do impedimento - Os casos de impedimentos são mais graves e, uma vez desobedecidos, tornam vulneráveis a coisa julgada, pois ensejam ação rescisória da sentença; 
Implicações da suspeição - Já os de suspeição permitem o afastamento do juiz do processo, mas não afetam a coisa julgada, se não houver a oportuna recusa do julgador pela parte.
 
DOS JUÍZES
*
*
Declaração de ofício da suspeição e do impedimento pelo juiz ou exceção - o juiz deve reconhecer e declarar de ofício o seu próprio impedimento ou suspeição. 
Arguição pelas partes - Caso não o faça, poderão as partes recusá-lo. Esta recusa deve ser alegada por meio de simples petição, que será juntada aos autos. 
CPC de 1973 – o impedimento e a suspeição era arguida por meio de exceção de impedimento ou suspeição.
Novo CPC –a arguição de impedimento ou suspeição é feita por simples petição nos autos e não mais de forma incidental.
DOS JUÍZES
*
*
Extensão dos casos de impedimento e suspeição - Aplicam-se os motivos de impedimento e de suspeição:
I - ao membro do Ministério Público;
II - aos auxiliares da justiça;
III - aos demais sujeitos imparciais do processo.
  
DOS JUÍZES
NCPC.06.AUXILIARES DA JUSTIÇA.ppt
*
*
TJPE
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
LEI 13.105/2015 (NOVO CPC)
*
*
Juízo – o juízo é formado pelo juiz e pelos órgãos auxiliares da Justiça;
Auxiliares da Justiça – para cada tarefa existirá um auxiliar específico para cumpri-la.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
Enumeração dos auxiliares da justiça - são auxiliares da justiça, além de outros estabelecidos pelas normas de organização judiciária:
o escrivão;
o chefe de secretaria;
o oficial de justiça;
o perito;
o depositário;
o administrador;
o intérprete;
o tradutor;
o mediador;
o conciliador judicial;
o partidor;
o distribuidor;
o contabilista;
e o regulador de avarias.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
Classificação dos serventuários – os serventuários do juízo podem ser divididos em:
permanentes – são os que atuam continuamente, prestando colaboração em todo e qualquer processo que tramite pelo juízo (ex.: escrivão, oficial de justiça e o distribuidor);
eventuais – não integram habitualmente os quadros do juízo e só em alguns processos são convocados para tarefas especiais (ex.: o intérprete e o perito)
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
1. Escrivão ou Chefe de Secretaria - é o encarregado de dar andamento ao processo e de documentar os atos que se praticam no seu curso. 
 
Atribuições do escrivão ou chefe de secretaria - Incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria:
I - redigir, na forma legal, os ofícios, os mandados, as cartas precatórias e os demais atos que pertençam ao seu ofício;
II - efetivar as ordens judiciais, realizar citações e intimações, bem como praticar todos os demais atos que lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária;
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
III - comparecer às audiências ou, não podendo fazê-lo, designar servidor para substituí-lo;
IV - manter sob sua guarda e responsabilidade os autos, não permitindo que saiam do cartório, exceto:
a) quando tenham de seguir à conclusão do juiz;
b) com vista a procurador, à Defensoria Pública, ao Ministério Público ou à Fazenda Pública;
c) quando devam ser remetidos ao contabilista ou ao partidor;
d) quando forem remetidos a outro juízo em razão da modificação da competência;
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
V - fornecer certidão de qualquer ato ou termo do processo, independentemente de despacho, observadas as disposições referentes ao segredo de justiça;
VI - praticar, de ofício, os atos meramente ordinatórios.
Ordem preferencialmente cronológica do cumprimento das decisões judiciais - O escrivão ou o chefe de secretaria atenderá, preferencialmente, à ordem cronológica de recebimento para publicação e efetivação dos pronunciamentos judiciais (art. 153, nCPC, alterado pela lei 13.256, de 04/02/2016).
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
2. oficial de justiça - funcionário do juízo encarregado de cumprir os mandados relativos a diligências fora do cartório (citação, intimação, notificação, penhora, sequestro, busca e apreensão, imissão de posse, etc.). 
- Atribuições dos oficiais de justiça: Incumbe ao oficial de justiça:
I - fazer pessoalmente citações, prisões, penhoras, arrestos e demais diligências próprias do seu ofício, sempre que possível na presença de 2 (duas) testemunhas, certificando no mandado o ocorrido, com menção ao lugar, ao dia e à hora;
II - executar as ordens do juiz a que estiver subordinado;
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
III - entregar o mandado em cartório após seu cumprimento;
IV - auxiliar o juiz na manutenção da ordem;
V - efetuar avaliações, quando for o caso;
VI - certificar, em mandado, proposta de autocomposição apresentada por qualquer das partes, na ocasião de realização de ato de comunicação que lhe couber. (hipótese incluída pelo nCPC).
Obs.: Certificada a proposta de autocomposição prevista no inciso VI, o juiz ordenará a intimação da parte contrária para manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sem prejuízo do andamento regular do processo, entendendo-se o silêncio como recusa. 
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
Responsabilidade civil do Escrivão ou Chefe de Secretaria e do Oficial de Justiça -  O escrivão, o chefe de secretaria e o oficial de justiça são responsáveis, civil e regressivamente, quando:
I - sem justo motivo, se recusarem a cumprir no prazo os atos impostos pela lei ou pelo juiz a que estão subordinados;
II - praticarem ato nulo com dolo ou culpa.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
3. Perito - é auxiliar eventual do juízo e assiste ao juiz quando a prova do fato delituoso depender de conhecimento técnico ou científico. É, portanto, um auxiliar eventual por necessidade técnica.
Sua função é remunerada e o ônus das despesas atribuído às partes. 
São nomeados entre profissionais legalmente habilitados e os órgão técnicos ou científicos devidamente inscritos em cadastro mantido pelo Tribunal ao qual
o juiz está vinculado;
Uma vez nomeado pelo juiz o perito investe-se no cargo, independentemente de compromisso e assume o dever de cumprir o ofício no prazo em que lhe designar o juiz, empregando toda a sua diligência 
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
O encargo poder ser recusado por motivo legítimo (ex.: impedimento, suspeição etc.) e a escusa deverá ser apresentada em até 15 dias contados da intimação, da suspeição ou do impedimento supervenientes, sob pena de renúncia do direito de alegá-la.
Se por dolo ou culpa, o perito prestar declarações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar a outra parte, ficando, ainda, inabilitado pelo prazo de 02 a 05 anos de funcionar em outras perícias, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para adoção das medidas que entender cabíveis. 
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
4. Depositário ou administrador 
Depositário - depositário é o serventuário ou auxiliar da justiça encarregado da guarda e conservação dos bens colocados à disposição do juízo, por força de medidas constritivas como penhora, arresto, sequestro, busca e apreensão e a arrecadação. 
Administrador - quando além da guarda e conservação, ao auxiliar da justiça compete atos de gestão. Ex.: penhora de empresa. 
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
Disposições comuns ao depositário e ao administrador
São nomeados pelo juiz. 
São auxiliares da justiça por conveniência econômica. 
Suas funções são remuneradas. 
podem, conforme a complexidade da função, indicar prepostos para auxiliá-los, que serão nomeados pelo Juiz.
Respondem civilmente pelos prejuízos que causar às partes, por dolo ou culpa, perdendo a remuneração que lhes foi arbitrada.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
5. intérprete ou tradutor - auxiliar da Justiça (por necessidade técnica, como o perito), que tem o encargo de traduzir para o português os atos ou documentos em língua estrangeira ou em linguagem mímica dos surdos-mudos.
Atribuições do intérprete – O juiz nomeará intérprete ou tradutor quando necessário para:
I - traduzir documento redigido em língua estrangeira;
II - verter para o português as declarações das partes e das testemunhas que não conhecerem o idioma nacional;
III - realizar a interpretação simultânea dos depoimentos das partes e testemunhas com deficiência auditiva que se comuniquem por meio da Língua Brasileira de Sinais, ou equivalente, quando assim for solicitado. (item acrescido pelo nCPC)
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
6. Dos Conciliadores e Mediadores Judiciais (auxiliares acrescidos pelo nCPC)
 
Centros judiciais de solução consensual de conflitos - Os tribunais criarão centros judiciários de solução consensual de conflitos, responsáveis pela realização de sessões e audiências de conciliação e mediação e pelo desenvolvimento de programas destinados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
Conciliador - O conciliador, que atuará preferencialmente nos casos em que não houver vínculo anterior entre as partes, poderá sugerir soluções para o litígio, sendo vedada a utilização de qualquer tipo de constrangimento ou intimidação para que as partes conciliem.
 
Mediador - O mediador, que atuará preferencialmente nos casos em que houver vínculo anterior entre as partes, auxiliará aos interessados a compreender as questões e os interesses em conflito, de modo que eles possam, pelo restabelecimento da comunicação, identificar, por si próprios, soluções consensuais que gerem benefícios mútuos.
 
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
Princípios que regem a conciliação e a mediação -  A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da:
independência, 
da imparcialidade, 
da autonomia da vontade, 
da confidencialidade, 
da oralidade, 
da informalidade 
e da decisão informada (a plena consciência das partes quanto aos seus direitos e a realidade fática na qual se encontram)
Escolha dos mediadores e conciliadores pelas partes. Possibilidade -  As partes podem escolher, de comum acordo, o conciliador, o mediador ou a câmara privada de conciliação e de mediação.
AUXILIARES DA JUSTIÇA
*
*
7. Outros auxiliares eventuais:
serviço postal e telegráfico, 
imprensa oficial, 
força policial, 
leiloeiro, 
junta comercial, 
curador especial etc.;
  
AUXILIARES DA JUSTIÇA
NCPC.07.ATOS PROCESSUAIS.ppt
*
*
TJPE
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
LEI 13.105/2015 (NOVO CPC)
*
*
Conceito - ato processual é toda manifestação de vontade humana que tem por fim criar, modificar, conservar ou extinguir a relação jurídica processual.
 
Quem pode praticar os atos processuais – os atos processuais podem ser praticados pelas:
partes do processo, 
pelo órgão jurisdicional 
seus auxiliares 
por terceiros estranhos à lide (ex.: testemunhas);
 
ATOS PROCESSUAIS
*
*
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS TRAZIDA PELO CPC
Critério objetivo – são os critérios que consideram o objetivo do ato praticado. Podem ser:
atos de iniciativa – são os que se destinam a instaurar a relação processual (a petição inicial);
atos de desenvolvimento – são os que movimentam o processo, compreendendo os atos de instrução (provas e alegações) e os de ordenação (impulso, direção e formação);
atos de conclusão – atos decisórios do juiz ou dispositivos das partes, como a renúncia, a desistência e a transação.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Critério subjetivo de acordo com a classificação do CPC – quanto ao sujeito que pratica o ato processual, estes podem ser classificados em:
Atos das partes (arts. 200-202, nCPC);
Atos do juiz (arts. 203-205, nCPC);
Atos do escrivão ou do chefe de secretaria (arts. 206-211, nCPC).
ATOS PROCESSUAIS
*
*
FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS
Forma dos atos processuais - de acordo com o art. 188 do nCPC, os atos e termos não dependem de forma determinada, salvo quando a lei expressamente exigir, considerando-se válidos os que, realizados de outra forma, preencham a finalidade essencial.
Obs.: forma é o conjunto de solenidades que se devem observar para que o ato jurídico seja plenamente eficaz.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Classificação dos atos processuais quanto à forma – quanto à forma, os atos processuais podem ser:
 
solenes – são aqueles para os quais a lei prevê uma determinada forma como condição de validade;
não-solenes – são os atos de forma livre, ou seja, aqueles que podem ser praticados independentemente de qualquer validade e que se provam por quaisquer dos meios de convencimento admitidos em direito.
Obs.: os atos processuais são solenes porque, via de regra, se subordinam a forma escrita, a termos adequados, a lugares e tempo expressamente previstos em lei. 
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Princípio da instrumentalidade das formas – este princípio representa um intermediário entre o rigor absoluto da forma e a sua liberdade total. Dá-se, desse modo, valor ao conteúdo do ato, e não simplesmente ao seu envoltório, à sua forma. A forma será exigível quando a sua ausência implicar o não alcance da finalidade do ato. Necessário se faz, portanto, verificar que, mesmo que a forma prescrita em lei não seja observada, se a finalidade for atingida sem causar prejuízo às partes ou a terceiros, o ato deve ser convalidado.
Obs.: quando, todavia, o texto legal cominar, expressamente, a pena de nulidade para a inobservância de determinada forma, como no caso das citações, não incide a regra da instrumentalidade dos atos.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
A PUBLICIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS
 
Publicidade dos atos - regra geral, os atos processuais são públicos, uma vez que a própria Constituição
Federal veda, em seu art. 93, julgamentos secretos. E essa publicidade para os atos vem também prescrita no art. 189 do nCPC;
 
Obs.: as audiências devem ser realizadas a portas abertas, com acesso ao público, exceto nos casos de segredo de justiça.
 
Segredo de justiça – alguns processos correm em segredo de justiça, visando resguardar, preservar a intimidade dos litigantes, nas hipóteses em que a publicidade poderia ocasionar grande transtorno ou comoção social. Neste caso, a consulta do processo e o pedido de certidões ficam restritos às partes e procuradores.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Hipóteses de segredo de justiça conforme o nCPC - Os atos processuais são públicos, todavia tramitam em segredo de justiça os processos:
I - em que o exija o interesse público ou social;
II - que versem sobre casamento, separação de corpos, divórcio, separação, união estável, filiação, alimentos e guarda de crianças e adolescentes;
III - em que constem dados protegidos pelo direito constitucional à intimidade;
IV - que versem sobre arbitragem, inclusive sobre cumprimento de carta arbitral, desde que a confidencialidade estipulada na arbitragem seja comprovada perante o juízo. (acrescido pelo nCPC)
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Quem pode ver os processos que correm em segredo de justiça - O direito de consultar os autos de processo que tramite em segredo de justiça e de pedir certidões de seus atos é restrito às partes e aos seus procuradores.
 
Exceção -  O terceiro que demonstrar interesse jurídico pode requerer ao juiz certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e de partilha resultantes de divórcio ou separação.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
DISPOSIÇÕES INCLUÍDAS NO NOVO CPC
Alteração do procedimento pela vontade das partes – é possível as partes estipularem mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa e convencionar sobre os seus ônus, poderes, faculdades e deveres processuais, antes ou durante o processo, desde que atendidos os seguintes requisitos:
o processo verse sobre direitos que admitam autocomposição (direitos disponíveis);
as partes sejam plenamente capazes;
 
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Controle judicial da validade dos convencionados pelas partes - de ofício ou a requerimento, o juiz controlará a validade das convenções previstas neste artigo, recusando-lhes aplicação somente nos casos de:
Nulidade;
Inserção abusiva em contrato de adesão;
quando alguma parte se encontre em manifesta situação de vulnerabilidade.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Fixação de calendário para a prática de atos processuais - De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.
Vinculação das partes ao calendário - O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele previstos somente serão modificados em casos excepcionais, devidamente justificados.
 
Dispensa de intimação quando da fixação do calendário -Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido designadas no calendário.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
O USO DO VERNÁCULO
Uso do vernáculo -  Em todos os atos e termos do processo é obrigatório o uso da língua portuguesa.
Tradução de documento redigido em língua estrangeira - O documento redigido em língua estrangeira somente poderá ser juntado aos autos quando acompanhado de versão para a língua portuguesa tramitada por via diplomática ou pela autoridade central, ou firmada por tradutor juramentado.
Exceções (expressões em latim) - quanto às expressões latinas, comumente utilizadas por advogados, promotores e juízes, são admitidas, não se incluindo em tal vedação, uma vez que são termos já incorporados ao vocabulário jurídico pátrio.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
DISPOSIÇÕES INCLUÍDAS NO NOVO CPC
 
PROCESSOS ELETRÔNICOS 
 
Viabilidade dos processos eletrônicos - Os atos processuais podem ser total ou parcialmente digitais, de forma a permitir que sejam produzidos, comunicados, armazenados e validados por meio eletrônico, na forma da lei.
 
Problemas técnicos impeditivos à prática do ato - Nos casos de problema técnico do sistema e de erro ou omissão do auxiliar da justiça responsável pelo registro dos andamentos, poderá ser configurada a justa causa para perda do prazo, devendo o juiz fixar novo prazo à parte para a prática deste ato
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Manutenção de equipamentos à disposição dos interessados - As unidades do Poder Judiciário deverão manter gratuitamente, à disposição dos interessados, equipamentos necessários à prática de atos processuais e à consulta e ao acesso ao sistema e aos documentos dele constantes.
Prática de atos não eletrônicos nos processos eletrônicos - Será admitida a prática de atos por meio não eletrônico no local onde não estiverem disponibilizados os equipamentos previstos no caput.
Processos eletrônicos para pessoas com deficiências - As unidades do Poder Judiciário assegurarão às pessoas com deficiência acessibilidade aos seus sítios na rede mundial de computadores, ao meio eletrônico de prática de atos judiciais, à comunicação eletrônica dos atos processuais e à assinatura eletrônica
ATOS PROCESSUAIS
*
*
DOS ATOS DAS PARTES
 
Atos das partes – Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos processuais.
 
Efeitos da desistência - A desistência da ação só produzirá efeito após homologação judicial.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
DOS ATOS DO JUIZ
sentença - sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz põe fim à fase cognitiva do procedimento comum (fase de conhecimento), com ou sem resolução de mérito, bem como extingue a execução. Classificam-se as sentenças em: 
terminativas ou processuais - quando proferidas nos casos elencados pelo art. 485 do nCPC, nos quais o juiz não analisa o mérito; 
definitivas ou de mérito - quando se resolve o mérito ou se homologa manifestação de vontade das partes, resolvendo a lide, conforme os casos previstos no art. 487 do nCPC.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
decisão interlocutória - Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de natureza decisória que não se enquadre como sentença. Em outras palavras, é o pronunciamento do Juiz, de caráter decisório, no curso do processo, resolvendo questões incidentais, que não têm o efeito de encerrar o processo. Resolvem, por assim dizer, um impasse momentâneo, o qual necessita da decisão judicial para que o processo possa prosseguir.
despachos – São todos os demais pronunciamentos do juiz praticados no curso do processo, de ofício ou a requerimento da parte. Não envolvem o direito que se discute, tampouco os interesses das partes. Dizem respeito ao regular andamento da marcha processual, como por exemplo, o despacho da inicial, mandando citar o réu.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Atos meramente ordinatórios - Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessário.
Acórdão - recebe a denominação de acórdão o julgamento colegiado proferido pelos tribunais.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Formalidades dos atos judiciais - Os despachos, as decisões, as sentenças e os acórdãos serão redigidos, datados e assinados pelos juízes. Quando os pronunciamentos previstos no caput forem proferidos oralmente, o servidor os documentará, submetendo-os aos juízes para revisão e assinatura.
Assinatura eletrônica do Juiz - A assinatura dos juízes, em todos os graus de jurisdição, pode ser feita eletronicamente, na forma da lei.
Publicação no Diário de Justiça Eletrônico - Os despachos,
as decisões interlocutórias, o dispositivo das sentenças e a ementa dos acórdãos serão publicados no Diário de Justiça Eletrônico.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
ATOS DO ESCRIVÃO OU DO CHEFE DE SECRETARIA 
Atos do escrivão ou do chefe de secretaria – são atos do escrivão ou do chefe de secretaria:
Atos de documentação - são os que se destinam a representar em escritos as declarações de vontade das partes, dos membros do órgão jurisdicional e terceiros que acaso participem de algum evento no curso do processo.
Atos de comunicação ou de intercâmbio processual – estes são indispensáveis para que os sujeitos do processo tomem conhecimento dos atos ocorridos no correr do procedimento e se habilitem a exercer os direitos que lhe cabem e a suportar os ônus que a lei lhes impõe.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Termos processuais – os mais comuns são a juntada, vistas, conclusão e recebimento.
Juntada – é o ato com que o escrivão certifica o ingresso de uma petição ou documento nos autos.
Vistas - é o ato de franquear o escrivão aos autos à parte para que o advogado se manifeste sobre algum evento processual.
Conclusão – é o ato que certifica o encaminhamento dos autos ao juiz, para alguma deliberação.
Recebimento – é o ato que documenta o momento em que os autos voltaram ao cartório após uma vista ou conclusão.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Autuação do processo - Ao receber a petição inicial de processo, o escrivão ou o chefe de secretaria a autuará, mencionando o juízo, a natureza do processo, o número de seu registro, os nomes das partes e a data de seu início, e procederá do mesmo modo em relação aos volumes em formação.
Assinatura e rubrica das folhas dos processos - O escrivão ou o chefe de secretaria numerará e rubricará todas as folhas dos autos.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
DO TEMPO
Momento da prática dos atos processuais - Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas, devendo ser respeitado o horário de funcionamento do Fórum, no que se refere aos atos que dependem de protocolo, exceto em autos eletrônicos.
 
Momento da prática dos atos processuais em processos eletrônicos -   A prática eletrônica de ato processual pode ocorrer em qualquer horário até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia do prazo.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Prolongamento dos atos processuais – o art. 212, § 1º, do nCPC, permite que os atos iniciados em momento adequado possam prolongar além das 20h, quando o adiamento prejudicar a diligência ou causar grave dano.
Exceção nos casos de citação, intimação e penhora - Independentemente de autorização judicial, as citações, intimações e penhoras poderão realizar-se no período de férias forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido neste artigo, observado o disposto no art. 5o, inciso XI, da Constituição Federal.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
OBSERVAÇÃO
CPC de 1973 - a citação e a penhora somente poderiam ser realizada em dias não úteis ou em dias úteis, mas fora do horário estabelecido no Código em casos excepcionais e quando houvesse autorização expressa no Juiz. 
Novo CPC - esses atos, bem como as intimações, podem ser praticados em dias não úteis ou fora do horário legal, ou ainda, durante as férias forenses, onde houver, independentemente de autorização judicial e não estão mais restritos aos casos excepcionais. Importante salientar que em todos os casos deve ser observado o disposto no art. 5º, inciso XI, da CF/88 que dispõe que a violação de domicílio por determinação judicial está restrita ao dia.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Prática de atos processuais durante as férias forenses e nos feriados - Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais, excetuando-se:
I - os atos previstos no art. 212, § 2o (citações, intimações e penhoras);
II - a tutela de urgência.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Processos que tramitam durante as férias forenses – Processam-se durante as férias forenses, onde as houver, e não se suspendem pela superveniência delas:
I - os procedimentos de jurisdição voluntária e os necessários à conservação de direitos, quando puderem ser prejudicados pelo adiamento;
II - a ação de alimentos e os processos de nomeação ou remoção de tutor e curador;
III - os processos que a lei determinar.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
Feriados forenses –  Além dos declarados em lei, são feriados, para efeito forense, os sábados, os domingos e os dias em que não haja expediente forense;
Férias forenses - férias forenses são paralisações que afetam, regular e coletivamente, durante determinados períodos do ano, todo o funcionamento do juízo, por determinação da lei de organização Judiciária.
Fim das férias forenses nos juízos e tribunais – a EC n° 42/2004 determinou que a atividade jurisdicional será ininterrupta, ficando, por isso, vedadas “férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau” e determinando os plantões permanentes de juízes nos dias em que não houver expediente forense normal.
Obs.: esta regra, não se refere aos tribunais superiores e ao Supremo Tribunal Federal, de forma que as férias forenses não foram abolidas por completo em nossos tribunais, sendo, portanto, ainda, aplicáveis as regras acima mencionadas.
ATOS PROCESSUAIS
*
*
DO LUGAR
 
Local para a prática dos atos - Os atos processuais realizar-se-ão ordinariamente na sede do juízo, ou, excepcionalmente, em outro lugar em razão de deferência, de interesse da justiça, da natureza do ato ou de obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo juiz. 
 
Atos praticados fora do juízo - no entanto, quatro ordens de razão justificam a prática do ato em outro local. São eles:
 
a) deferência em razão do cargo. Algumas pessoas, em razão do cargo que exercem serão inquiridas em sua residência ou no local onde exercem suas funções. (Ex.: Presidente e Vice da República, Governadores do Estado ou do DF, Deputados e Senadores, embaixador de país e demais pessoas elencadas no art. 454);
ATOS PROCESSUAIS
*
*
b) interesse da justiça - quando o juiz entender necessário praticar o ato fora da sede do juízo ou a coisa não puder ser apresentada em juízo, sem consideráveis despesas ou graves dificuldades, ou quando determinar a reconstituição do fato (ex.: inspeção judicial in loco);
 
c) natureza do ato – quando pela própria natureza do ato, este tiver que ser praticado fora da sede do juízo (ex.: carta precatória, carta rogatória, citação, intimação etc.) (acrescido pelo nCPC)
 
d) obstáculo arguido pelo interessado e acolhido pelo Juiz, como quando uma testemunha estiver enferma ou por outro motivo relevante estiver impossibilitada de comparecer à sede do juízo e for imprescindível a sua ouvida.
ATOS PROCESSUAIS
NCPC.08.PRAZOS.ppt
*
*
TJPE
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
LEI 13.105/2015 (NOVO CPC)
*
*
Prática dos atos dentro do prazo legal - cada ato deve ter assim um prazo máximo, dentro do qual deve necessariamente ser realizado. Quando a lei não determinar este prazo, o mesmo deve ser fixado pelo juiz levando-se em consideração a complexidade do ato.
 
Prazo - é o espaço de tempo para o ato processual ser validamente praticado.
Termo – todo prazo é limitado por dois termos: o momento inicial (dies a quo) ou o momento final (dies ad quem);
 
A quem os prazos se dirigem – os prazos podem se dirigir às partes e aos juízes ou auxiliares da justiça;
PRAZOS
*
*
- CLASSIFICAÇÃO DOS PRAZOS
 
Classificação dos Prazos quanto ao sujeito que os fixa – em geral os prazos processuais são classificados em:
Prazos legais - são aqueles definidos em lei, e a respeito dos quais nem as partes e nem o juiz, em princípio, têm disponibilidade (ex.:

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais