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Apostila Processual Civil

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CAPÍTULO 01
JURISDIÇÃO
Conceito - é o poder do estado, através do Judiciário, de dizer o direito no caso concreto. É o poder, função e atividade de aplicar o direito a um fato concreto, pelos órgãos públicos destinados a tal, obtendo-se a justa composição da lide. 
Lide e litígio são sinônimos e correspondem a “um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida”.
Necessidade de provocação - O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. (art. 2º, nCPC)
	CPC/1973
	Art. 2º  Nenhum juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e forma legais.
	CPC/2015
	Art. 2o O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei.
OBS.: O CPC de 1973 apontava com uma dessas exceções o disposto no art. 989 que autorizava o juiz a instaurar de ofício o inventário se outros legitimados não o fizessem em 30 dias após a abertura da sucessão. O nCPC não repetiu essa regra e excluiu o magistrado não mais lhe permitindo essa conduta de ofício (arts. 615 616 do nCPC). Entretanto, ainda sim manteve a possibilidade de a lei criar novas exceções em que o magistrado possa, de ofício, dar início a um processo.
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
secundária – porque realiza coativamente uma atividade que deveria ser exercida primariamente de maneira pacífica entre os sujeitos da lide;
substitutiva – porque ela substitui as partes na resolução do litígio que a princípio deveria ter sido resolvido por elas.
instrumental – porque é um instrumento que o próprio direito dispõe para impor a obediência dos cidadãos;
declarativa ou executiva – declarativa porque declara qual a regra que se deve aplicar ao caso concreto, e executiva porque aplica ulteriores medidas de reparação ou de sanção previstas pelo direito;
desinteressada – porque o Estado aplica as vontades concretas da lei que se dirige às partes e não ao órgão jurisdicional, agindo este com a maior imparcialidade possível para a solução do conflito de interesses;
provocada ou inércia – como em sua maioria os conflitos versam sobre interesses privados (direitos materiais subjetivos das partes), a prestação jurisdicional apenas ocorre quando solicitada por uma das partes interessadas, não podendo o órgão jurisdicional dar início ao processo de ofício (art. 2º, CPC). Entretanto, essa regra tem exceção.
definitiva – as decisões judiciais, em regra, são definitivas, não podendo ser modificadas. Assim, os atos jurisdicionais tornam-se imutáveis e não podem mais ser discutidos.
imperativa – as decisões judiciais têm força coativa, obrigando os litigantes ao seu cumprimento.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA JURISDIÇÃO
princípio do juiz natural – só pode exercer a jurisdição o órgão a que a Constituição atribui o poder jurisdicional, não podendo a lei infraconstitucional criar juízes ou tribunais de exceção;
a jurisdição é improrrogável – os limites da jurisdição são traçados pela Constituição, não sendo permitido ao legislador ordinário alterá-la, nem para restringi-la nem para ampliá-la;
a jurisdição é indeclinável – o órgão constitucionalmente investido no poder de jurisdição tem a obrigação de prestar a tutela jurisdicional e não a simples faculdade, não podendo recusar-se a prestá-la quando legitimamente provocado, nem delegá-la a terceiros.
Investidura – a jurisdição só será exercida por quem tenha sido regularmente investido na autoridade do juiz. 
Territorialidade – os magistrados só têm autoridade nos limites territoriais do seu Estado, ou seja, nos limites territoriais da sua jurisdição;
Indelegabilidade – a função jurisdicional não pode ser delegada. Não pode o órgão jurisdicional delegar suas funções a outros órgãos. 
Princípio da inafastabilidade da jurisdição – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
OBS.: A jurisdição é una. No entanto, didaticamente ela se divide por matéria abrangendo a jurisdição civil toda as matérias que não são abrangidas pela jurisdição penal ou pelas demais jurisdições especiais. Seu conceito, portanto, é dado por exclusão.
CLASSIFICAÇÃO DA JURISDIÇÃO CIVIL
- QUANTO À LITIGIOSIDADE DO OBJETO
CONTENCIOSA
É a verdadeira jurisdição, face a existência do conflito. É esta jurisdição o Estado desempenha na pacificação ou composição dos litígios.
Só se instaura por solicitação de uma parte e se houver litígio ou contestação das partes.
OBS.:  O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. (art. 2º, nCPC)
GRACIOSA, VOLUNTÁRIA OU ADMINISTRATIVA
Não depende de julgamento, porque a questão não envolve litígio que requeira uma decisão. Nela o juiz apenas realiza a gestão pública em torno de interesses privados
O juiz atua apenas para proteger o patrimônio ou a pessoa, intervindo para garantir a legitimidade de um ato de interesse privado.
Os sujeitos não são chamados partes e sim interessados.
Na jurisdição voluntária não existe processo e sim procedimento;
Ex.: nomeação de tutores, alienação de bens de incapazes etc. 
QUANTO AOS ORGÃOS QUE A EXERCEM HIERARQUICAMENTE
JURISDIÇÃO INFERIOR - 1º GRAU ou INSTÂNCIA
Juízes de Direito, em primeiro grau, os quais conhecem o processo desde o seu início e fazem o primeiro julgamento.
JURISDIÇÃO SUPERIOR - 2º GRAU ou INSTÂNCIA
Não se conformando com a decisão, o vencido pode pedir a sua revisão a um juízo colegiado, composto por juízes superiores (desembargadores). São os Tribunais.
QUANTO AO TIPO DE PRETENSÃO SUBMETIDA AO ESTADO-JUIZ (OU QUANTO AO OBJETO)
JURISDIÇÃO PENAL
O Estado exerce tal função diante de pretensões de natureza penal. Seu estudo é feito pelo Direito Processual Penal e quase sempre tem o intuito punitivo (com exceções, como no caso do habeas corpus).
JURISDIÇÃO CIVIL LATO SENSU
Pode ser subdividida em três espécies:
- 	jurisdição trabalhista – é estudada pelo Direito Processual do Trabalho;
- 	jurisdição coletiva – estudada pelo Direito Processual Coletivo;
- 	jurisdição civil propriamente dita – estudada pelo Direito Processual Civil. Este é um conceito dado por exclusão, de forma que tudo o que não fizer parte da jurisdição penal, trabalhista ou coletiva faz parte da jurisdição civil.
Obs.: a jurisdição civil trata tanto do direito material público (constitucional, administrativo etc.), quanto do direito material privado (civil, comercial etc.).
SUBSTITUTIVO DA JURISDIÇÃO
Substitutivos da Jurisdição – nosso ordenamento jurídico reconhece formas de autocomposição da lide e de solução por decisão de pessoas estranhas ao aparelhamento judiciário (árbitros):
Transação – é o negócio jurídico em que os sujeitos da lide fazem concessões recíprocas para afastar a controvérsia estabelecida entre eles. Pode ocorrer antes da instauração do processo ou na sua pendência.
Conciliação – nada mais é do que uma transação obtida em juízo, pela intervenção do juiz junto às partes, antes de iniciar a instrução do processo.
Juízo arbitral – importa renúncia à via Judiciária, confiando as partes a solução da lide a pessoas desinteressadas, mas não integrantes do Poder Judiciário. A sentença arbitral produz entre as partes e seus sucessores, os mesmos efeitos da sentença proferida pelos órgãos do Poder Judiciário (art. 3º, § 1º, nCPC).
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EXERCICIOS
A indeclinabilidade é uma característica
da ação. 
da jurisdição. 
do processo. 
da lide. 
do procedimento.
A jurisdição contenciosa civil
é divisível. 
é atividade substitutiva. 
é exercida pelo Tribunal de Contas da União. 
é exercida por membro do Ministério Público. 
não pressupõe território. 
Um meio de resolução de controvérsias, referentes a direitos patrimoniais disponíveis, no qualocorre a intervenção de um terceiro independente e imparcial, que recebe poderes de uma convenção para decidir por elas, sendo sua decisão equivalente a uma sentença judicial é denominado de 
Mediação. 
Arbitragem. 
Conciliação. 
Audiência. 
Avaliação. 
A respeito da jurisdição e da ação, considere:
Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional, senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais.
O direito de ação é objetivo, decorre de uma pretensão e depende da existência do direito que se pretende fazer reconhecido e executado.
Na jurisdição voluntária, não há lide, tratando-se de forma de administração pública de interesses privados. 
É correto o que se afirma APENAS em 
II. 
II e III. 
I. 
I e II. 
I e III. 
Os procedimentos de interdição e de separação consensual são exemplos de 
jurisdição voluntária. 
jurisdição contenciosa. 
ação ordinária. 
ação sumária. 
06. A jurisdição representa uma atividade estatal voltada à composição dos conflitos de interesses. No Brasil, uma das características fundamentais da jurisdição é a:
Parte superior do formulário
(A) inércia;
(B) diametricidade;
(C) eleição direta;
(D) dualidade;
(E) formalidade.
Parte inferior do formulário
07. Sobre o princípio do juiz natural, é correto afirmar:
Parte superior do formulário
(A) faz referência à necessidade dos magistrados serem brasileiros, natos ou naturalizados.
(B) tem relação com a prerrogativa de foro para determinadas pessoas, em razão do cargo ou função que ocupam.
(C) garante que o juiz que primeiro conhecer a causa deve necessariamente julgá-la.
(D) dispõe sobre a forma de promoção dos juízes, por antiguidade ou por merecimento.
(E) está ligado à competência jurisdicional, imparcialidade do órgão julgador e vedação aos tribunais de exceção.
08. Referente à jurisdição, é INCORRETO afirmar:
(A) arte superior do formulário
A função jurisdicional tem caráter substitutivo, busca solucionar os conflitos de interesses aplicando a lei ao caso concreto e pode produzir decisões definitivas e imutáveis.
(B) Em relação ao objeto, a jurisdição classifica-se em civil, penal e trabalhista; no tocante à hierarquia, em superior e inferior, tendo a justiça federal prevalência sobre a justiça estadual de mesma instância.
(C) Os juízes só podem prover a jurisdição dentro do território nacional, respeitados os limites de sua competência, que vem a ser a medida territorial da jurisdição.
(D) A jurisdição é inafastável, isto é, a lei não pode excluir da apreciação do Poder Judiciário nenhuma lesão ou ameaça a direito.
(E) A jurisdição é obrigatória, ou seja, mesmo que não haja lei aplicável ao caso concreto, o juiz não poderá escusar-se de julgar invocando a lacuna, devendo fazê-lo com base na analogia, usos e costumes e princípios gerais de direito.
Parte inferior do formulário
09. A atividade jurisdicional é exclusiva do Estado-juiz.
( ) Certo ( ) Errado
10. O oficial de Justiça da Comarca de Teresina realizou penhora e depósito de bens na Comarca de Campo Maior - PI, não contígua. A penhora é nula, pois oficial de justiça não pode realizar penhora e depósito em comarca diferente daquela em que é lotado. Isso diz respeito ao princípio da jurisdição denominado:
Parte superior do formulário
(A) investidura;
(B) juiz natural;
(C) indelegabilidade;
(D) territorialidade;
(E) inevitabilidade;
Parte inferior do formulário
	GABARITO
	1. B
	2. B
	3. B
	4. E
	5. A
	6. A
	7. E
	8. B
	9. E
	10. D
CAPÍTULO 02
AÇÃO
Conceito - é o direito subjetivo, tanto do réu quanto do autor, de ter um pronunciamento estatal que solucione o litígio, fazendo desaparecer a incerteza ou a insegurança gerada pelo conflito de interesses, pouco importando qual seja a solução a ser dada pelo juiz.
NATUREZA JURÍDICA DA AÇÃO
A ação é um direito subjetivo processual abstrato e de natureza pública;
direito subjetivo processual – o direto de ação não tem por objeto a prestação do devedor, mas sim, tem por objeto provocar a atividade do órgão jurisdicional;
abstrato – atua independentemente da existência ou inexistência do direito substancial que se pretende fazer reconhecido e executado;
natureza pública – pois se refere a uma atividade pública, oficial, do Estado.
REQUISITOS PARA O DESENVOLVIMENTO REGULAR DO PROCESSO (ANTIGAS CONDIÇÕES DA AÇÃO)
A existência de uma ação depende de alguns requisitos constitutivos, os quais se chamam de condições da ação. 
São duas, atualmente, as condições da ação:
Interesse de agir – Consiste na utilidade/ necessidade do processo e na sua adequação. Inicialmente, para que haja interesse de agir é necessário que o processo seja útil e necessário a persecução do provimento jurisdicional. Além de útil e necessário, o procedimento tem que ser adequado, ou seja, a via eleita pelo autor para buscar o seu direito tem que ser a adequada. Caso contrário o processo será extinto sem julgamento de mérito por falta de interesse de agir.
Mesmo que a parte esteja na iminência de sofrer um dano em seu interesse material, não se pode dizer que exista o interesse processual, se aquilo que se reclama do órgão judicial não é útil juridicamente para evitar a temida lesão. Falta interesse em tal situação porque é inútil a provocação da tutela jurisdicional se ela, em tese, não for apta a produzir a correção arguida na inicial. Isto ocorrerá, por exemplo, no caso do mandado de segurança por parte de quem não dispõe de prova documental indispensável, pois só cabe esse remédio constitucional quando a parte pretender tutela para direito líquido e certo (art. 5º, LXIV), ou, ainda, no caso de o locador intentar a recuperação da posse do imóvel, perante o locatário, por meio de ação possessória, pois a Lei do Inquilinato prevê que, seja qual for o fundamento do término da locação, a ação para rever o prédio é a de despejo.
Legitimidade da parte ou legitimidade ad causam – é a titularidade ativa e passiva para a ação. É preciso que os sujeitos sejam, de acordo com a lei, partes legítimas, sob pena de extinção do processo sem julgamento de mérito por ilegitimidade da parte. Segundo Arruda Alvim, estará legitimado o autor quando for o possível titular do direito pretendido, ao passo que a legitimidade do réu decorre do fato de ser ele a pessoa indicada, em sendo procedente a ação, a suportar os efeitos oriundos da sentença.
Extinção do feito sem resolução de mérito – Se não estiverem presentes a legitimidade das partes e o interesse de agir, a ação não irá se desenvolver validamente, levando à extinção do processo sem resolução de mérito, ou seja, sem que o juiz chegue a decidir a quem pertence o direito (art. 485, VI, nCPC).
IMPORTANTE 
O CPC de 1973 prevê a possibilidade jurídica do pedido como uma das condições da ação que impedem o Juiz ou Tribunal de atingir o mérito da ação. Já o novo CPC de 2015 prevê apenas como requisitos necessários ao mérito a legitimidade das partes e o interesse de agir, ambos levando à extinção do processo sem resolução de mérito, nos termos do art. 485, inciso VI. Na exposição de motivos do Projeto do Novo Código constou o entendimento de que a impossibilidade jurídica do pedido se confunde com o mérito, gerando a extinção do feito com resolução de mérito. Além disso, o novo CPC não mais utilizou a expressão condições da ação conforme utilizado pelo CPC de 1973.
	CPC/1973
	Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:
Vl - quando não concorrer qualquer das condições da ação, como a possibilidade jurídica, a legitimidade das partes e o interesse processual;
	CPC/2015
	Art. 485.  O juiz não resolverá o mérito quando:
VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
Condições postular em juízo - para postular emjuízo é necessário ter interesse e legitimidade (art. 17, nCPC).
	CPC/1973
	Art. 3º Para propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade.
	CPC/2015
	Art. 17.  Para postular em juízo é necessário ter interesse e legitimidade.
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES
Ação de cognição ou de conhecimento – é a ação através da qual se vai procurar reconhecer quem é o detentor de um direito. Assim, compõe-se o litígio declarando a vontade concreta da lei através do litígio;
Processo de Execução – antes da reforma processual, ainda no CPC de 1973, existia uma ação chamada de ação de execução, onde, após declarado de quem era o direito, a parte iria buscar o cumprimento deste direito declarado através da coação estatal sobre o patrimônio do devedor. Com a reforma processual, na execução baseada em título executivo judicial, não existe mais um processo a parte de execução, mas apenas uma fase de execução (processo sincrético), chamado de cumprimento de sentença. A execução se inicial nos próprios autos do processo de conhecimento. Mas ainda existem processos de execução, fundados em títulos executivos extrajudiciais. A mesa sistemática do processo sincrético foi utilizada no nCPC.
Processo cautelar – no CPC de 1973 o processo cautelar foi criado não para satisfazer o direito de alguém, mas apenas para prevenir em caráter emergencial e provisório, a situação da lide contra as alterações de fato e de direito que possam ocorrer antes da solução de mérito. A ação cautelar, enquanto uma ação autônoma, foi extinta do nCPC, restando apenas o seu requerimento na forma de tutela provisória.
Obs.: A ação de cognição pode ser desdobrada em:
Ação condenatória – é aquela que busca a declaração de um direito subjetivo material do autor mais um comando que imponha uma prestação a ser cumprida pelo réu. Tende à formação de um título executivo judicial;
Ação constitutiva – além da declaração do direito da parte, também cria, modifica ou extingue um estado ou relação jurídica material;
Ação declaratória – é aquela que apenas se destina a declarar a certeza da existência ou inexistência da relação jurídica, ou da autenticidade ou validade de um documento (art.4º);
Ação mandamental – são aquelas que trazem em seu teor um conteúdo de mando, que se descumprida provoca desrespeito à ordem do Juiz (ex.: habeas corpus, mandado de segurança, imissão na posse, busca e apreensão etc.).
OBSERVAÇÕES
Ação Declaratória (interesse de agir) - O interesse do autor pode limitar-se à declaração (art. 19, nCPC):
da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
da autenticidade ou falsidade de documento.
Parágrafo único.  É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
Legitimidade - Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico (art. 18, nCPC).
Elementos identificadores da ação – para identificar a causa, existem três elementos essenciais:
- as partes;
- o pedido;
- a causa de pedir.
Identidade entre as ações - uma ação é idêntica à outra quando tem as mesmas partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido (art. 337, § 2º, nCPC).
Litispendência - há litispendência, quando se repete ação, que está em curso (art. 337, § 3º, nCPC);
Coisa julgada - há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado (art. 337 § 4º, nCPC).
Matérias de ordem pública – a legitimidade das partes e o interesse de agir são matérias de ordem pública, o que significa dizer que podem ser apreciadas pelo juiz a qualquer momento do processo ex officio (de ofício), ou seja, independentemente de requerimento das partes.
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EXERCICIOS
A legitimidade das partes e o interesse de agir são condições da
jurisdição e da ação, respectivamente. 
jurisdição. 
ação e da jurisdição, respectivamente. 
ação. 
competência funcional. 
A respeito das condições da ação, considere (alterada de acordo com o nCPC):
O interesse e a legitimidade são condições da ação que não podem ser apreciadas pelo juiz ex officio.
O interesse processual deve estar presente para postular em juízo.
Se o juiz tiver reconhecido a legitimidade das partes quando do deferimento da petição inicial, não poderá, por força da preclusão, reexaminá-la no momento da prolação da sentença.
	Está correto o que se afirma SOMENTE em: 
II. 
I e II. 
I e III. 
II e III.
I.
03. José propõe demanda em face de Rafael alegando ter celebrado com este um contrato de mútuo e que, na data marcada para cumprimento da obrigação, nada foi pago. José formula pedido condenatório de R$ 100.000,00 (cem mil reais), o valor do contrato celebrado. Rafael nega haver celebrado o referido mútuo e afirma que a dívida existe, mas é oriunda de um jogo ilícito praticado por ambos. Partindo da premissa de que o julgador se convence de que não existiu mútuo algum, e após finda a instrução probatória, percebe-se que o valor cobrado foi originado em dívida de jogo ilícito, conforme narrado pelo réu, agirá corretamente o juiz, à luz da teoria da asserção, se
Parte superior do formulário
(A) julgar extinto o feito por ilegitimidade ad causam da parte ré.
(B) julgar extinto o feito por falta de interesse processual.
(C) julgar extinto o feito por falta de possibilidade jurídica do pedido.
(D) julgar improcedente o pedido, porque o réu provou que não existe o fato constitutivo do direito do autor.
(E) julgar procedente o pedido, porque o réu reconheceu o pedido condenatório formulado.
Parte inferior do formulário
04. São ações constitutivas as que
Parte superior do formulário
(A) contenham preceito mandamental.
(B) visam declarar a invalidade dos negócios nulos.
(C) visam a condenação do réu ao cumprimento de uma obrigação pecuniária.
(D) visam a condenação do réu ao cumprimento da obrigação de fazer.
(E) visam anular o negócio jurídico viciado por dolo.
Parte inferior do formulário
05. A respeito da ação, assinale a alternativa INCORRETA:
Parte superior do formulário
(A) para postular em juízo é preciso ter legitimidade e interesse;
(B) o interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência ou da inexistência de relação jurídica;
(C) não é admissível a ação declaratória se já houver ocorrido a violação do direito;
(D) salvo se autorizado pelo ordenamento jurídico, não se pode pleitear, em nome próprio, direito alheio;
(E) não respondida.
Parte inferior do formulário
06. A respeito da jurisdição e da ação, é correto afirmar que
Parte superior do formulário
(A) o interesse do autor não pode limitar-se à declaração da autenticidade de documento.
(B) é admissível a ação declaratória, ainda que tenha ocorrido a violação do direito.
(C) não é necessário ter interesse e legitimidade para postular em juízo.
(D) o interesse do autor não pode limitar-se à declaração da existência ou inexistência de relação jurídica.
(E) o interesse do autor não pode limitar-se à declaração da falsidade de documento.
07. A alternativa que alude apenas aos elementos da ação é:
Parte superior do formulário
(A) órgão jurisdicional, partes e pedido;
(B) órgão jurisdicional, causa de pedir e demanda;
(C) partes, causa de pedir e pedido;
(D) partes, interesse processual e pedido;
(E) causa de pedir, interesse processual e demanda.
08. Marque a alternativa INCORRETA:
(A) O interesse e a legitimidade são requisitos essenciais da ação.
(B) Os requisitos de interesse e legitimidade são reconhecíveis de ofício pelo juiz.
(C) O reconhecimento da impossibilidade jurídica do pedido gera a extinção do feito sem resolução de mérito.
(D) A ausência de legitimidade das partes gera a extinção do feito sem resolução de mérito.
(E) A ausência de interesse gera a extinção do feito sem resolução de mérito.
09. Marque a alternativa INCORRETA:(A) O interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência, da inexistência ou do modo de ser de uma relação jurídica;
(B) O interesse do autor pode limitar-se à declaração de autenticidade ou falsidade de documento.
(C) Há litispendência, quando se repete ação, que está em curso.
(D) Há coisa julgada, quando se repete ação que já foi decidida por decisão transitada em julgado.
(E) Os requisitos de interesse e legitimidade são consideradas matérias de ordem pública e, portanto, não podem ser conhecidas de ofício pelo Juiz.
10. Marque a alternativa INCORRETA:
(A) A inércia é uma das características da ação.
(B) O interesse e a legitimidade são requisitos essenciais da ação.
(C) O interesse de agir e a legitimidade, uma vez ausentes, levam a extinção do feito sem resolução de mérito.
(D) Ocorre litispedência quando duas ou mais ações são idênticas, com as mesmas partes, o mesmo pedido e a mesma causa de pedir.
(E) Pela teoria da asserção, adotada pelo STJ, os requisitos de interesse e legitimidade serão verificados à luz das afirmações feitas pelo demandante em sua petição inicial, não sendo necessária a sua comprovação específica.
Parte inferior do formulário
Parte inferior do formulário
	GABARITO
	1. D
	2. A
	3. D
	4. E
	5. C
	6. B
	7. C
	8. C
	9. E
	10. A
CAPÍTULO 03
DAS PARTES E DOS PROCURADORES
PARTES	
Conceito - são as pessoas que pedem (autores) e contra as quais se pede (réus), em nome próprio, a tutela jurisdicional.
Obs.: o autor (ou demandante) compõe o chamado polo ativo da ação. Já o réu compõe o chamado polo passivo da ação.
Autor – é aquele que se julga no direito de receber alguma coisa.
Réu – é aquele que deve suportar o ônus de perder alguma coisa.
Pluralidade das partes (litisconsórcio) – normalmente, os sujeitos da relação processual são singulares: um autor e um réu. Há, porém, casos em que ocorre a figura chamada litisconsórcio, que vem a ser a hipótese em que uma das partes do processo se compõe de várias pessoas. Nesse caso, os diversos litigantes de um mesmo polo são chamados de litisconsortes.
Litisconsórcio ativo e passivo – o litisconsórcio ativo é aquele que se estabelece entre vários autores, já o passivo é o que se estabelece entre vários réus.
Deveres das partes, dos procuradores e de todos os que de qualquer forma participarem do processo - Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: (art. 77, nCPC): 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
Ato atentatório à dignidade da justiça - Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatório à dignidade da justiça.
Multa pela prática de ato atentatório à dignidade da justiça - A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até 20% (vinte por cento) do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta. 
Dívida ativa da União ou do Estado -  Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou.
Valor da causa irrisório ou inestimável - Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
Inaplicabilidade da multa - Esta multa não se aplica aos advogados públicos ou privados e aos membros do Ministério Público, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
Expressões injuriosas ou ofensivas por escrito - É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados (art. 78, nCPC).
Expressões injuriosas ou ofensivas orais - Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra (art. 78, § 1º, nCPC).
Certidão de inteiro teor das ofensas - De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada (art. 78, § 2º, nCPC).
	CPC/1973
	CPC/2015
	Art. 14. São deveres das partes e de todos aqueles que de qualquer forma participam do processo: 
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - proceder com lealdade e boa-fé;
III - não formular pretensões, nem alegar defesa, cientes de que são destituídas de fundamento;
IV - não produzir provas, nem praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou defesa do direito.
V - cumprir com exatidão os provimentos mandamentais e não criar embaraços à efetivação de provimentos judiciais, de natureza antecipatória ou final. 
Parágrafo único. Ressalvados os advogados que se sujeitam exclusivamente aos estatutos da OAB, a violação do disposto no inciso V deste artigo constitui ato atentatório ao exercício da jurisdição, podendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa em montante a ser fixado de acordo com a gravidade da conduta e não superior a vinte por cento do valor da causa; não sendo paga no prazo estabelecido, contado do trânsito em julgado da decisão final da causa, a multa será inscrita sempre como dívida ativa da União ou do Estado.
Art. 15. É defeso às partes e seus advogados empregar expressões injuriosas nos escritos apresentados no processo, cabendo ao juiz, de ofício ou a requerimento do ofendido, mandar riscá-las.
Parágrafo único. Quando as expressões injuriosas forem proferidas em defesa oral, o juiz advertirá o advogado que não as use, sob pena de Ihe ser cassada a palavra.
	Art. 77.  Além de outros previstos neste Código, são deveres das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo:
I - expor os fatos em juízo conforme a verdade;
II - não formular pretensão ou de apresentar defesa quando cientes de que são destituídas de fundamento;
III - não produzir provas e não praticar atos inúteis ou desnecessários à declaração ou à defesa do direito;
IV - cumprir com exatidão as decisões jurisdicionais, de natureza provisória ou final, e não criar embaraços à sua efetivação;
V - declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional onde receberão intimações, atualizando essa informação sempre que ocorrer qualquer modificação temporária ou definitiva;
VI - não praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso.
§ 1o Nas hipóteses dos incisos IV e VI, o juiz advertirá qualquer das pessoas mencionadas no caput de que sua conduta poderá ser punida como ato atentatórioà dignidade da justiça.
§ 2o A violação ao disposto nos incisos IV e VI constitui ato atentatório à dignidade da justiça, devendo o juiz, sem prejuízo das sanções criminais, civis e processuais cabíveis, aplicar ao responsável multa de até vinte por cento do valor da causa, de acordo com a gravidade da conduta.
§ 3o Não sendo paga no prazo a ser fixado pelo juiz, a multa prevista no § 2o será inscrita como dívida ativa da União ou do Estado após o trânsito em julgado da decisão que a fixou, e sua execução observará o procedimento da execução fiscal, revertendo-se aos fundos previstos no art. 97.
§ 4o A multa estabelecida no § 2o poderá ser fixada independentemente da incidência das previstas nos arts. 523, § 1o, e 536, § 1o.
§ 5o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa prevista no § 2o poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 6o Aos advogados públicos ou privados e aos membros da Defensoria Pública e do Ministério Público não se aplica o disposto nos §§ 2o a 5o, devendo eventual responsabilidade disciplinar ser apurada pelo respectivo órgão de classe ou corregedoria, ao qual o juiz oficiará.
§ 7o Reconhecida violação ao disposto no inciso VI, o juiz determinará o restabelecimento do estado anterior, podendo, ainda, proibir a parte de falar nos autos até a purgação do atentado, sem prejuízo da aplicação do § 2o.
§ 8o O representante judicial da parte não pode ser compelido a cumprir decisão em seu lugar.
Art. 78.  É vedado às partes, a seus procuradores, aos juízes, aos membros do Ministério Público e da Defensoria Pública e a qualquer pessoa que participe do processo empregar expressões ofensivas nos escritos apresentados.
§ 1o Quando expressões ou condutas ofensivas forem manifestadas oral ou presencialmente, o juiz advertirá o ofensor de que não as deve usar ou repetir, sob pena de lhe ser cassada a palavra.
§ 2o De ofício ou a requerimento do ofendido, o juiz determinará que as expressões ofensivas sejam riscadas e, a requerimento do ofendido, determinará a expedição de certidão com inteiro teor das expressões ofensivas e a colocará à disposição da parte interessada.
Responsabilidade das partes dos danos processuais - responde por perdas e danos aquele que pleitear de má-fé como autor, réu ou interveniente (art. 79, nCPC).
Litigância de má-fé (responsabilidade) Reputa-se litigante de má-fé aquele que (art. 79, nCPC): 
deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;
alterar a verdade dos fatos; 
usar do processo para conseguir objetivo ilegal; opuser resistência injustificada ao andamento do processo; proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; 
provocar incidentes manifestamente infundados.
 interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.
Sanções pela litigância de má-fé - De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a (art. 81, nCPC):
pagar multa que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) sobre o valor corrigido da causa; Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10(dez) vezes o valor do salário mínimo.
indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu;
pagamento dos honorários advocatícios;
e indenizar por todas as despesas que o lesado efetuou.
Obs.: O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos. (art. 81, § 3o, nCPC).
	CPC/1973
	Art. 18. O juiz ou tribunal, de ofício ou a requerimento, condenará o litigante de má-fé a pagar multa não excedente a um por cento sobre o valor da causa e a indenizar a parte contrária dos prejuízos que esta sofreu, mais os honorários advocatícios e todas as despesas que efetuou. 
§ 1º Quando forem dois ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção do seu respectivo interesse na causa, ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.
§ 2º O valor da indenização será desde logo fixado pelo juiz, em quantia não superior a 20% (vinte por cento) sobre o valor da causa, ou liquidado por arbitramento. 
	CPC/2015
	Art. 81.  De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou.
§ 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram para lesar a parte contrária.
§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo.
§ 3o O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo, liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.
- ÔNUS FINANCEIRO DO PROCESSO
Ônus financeiro do processo – a prestação da tutela jurisdicional é serviço público remunerado, a não ser nos casos de pobreza processual, em que o Estado concede à parte o benefício da assistência gratuita. Por isso, tirando as exceções legais, cabe às partes prover as despesas dos atos que realizam ou requerem no processo, antecipando-lhes o pagamento desde o início até a sentença final, ou na execução, até a plena satisfação do direito reconhecido no título (art. 82, nCPC).
Obs.: custa são as verbas pagas aos serventuários da Justiça e aos cofres públicos, pela prática de ato processual conforme a tabela de lei ou regimento adequado. Pertence ao gênero dos tributos, por representarem remuneração de serviço público. Já as despesas são todos os demais gastos feitos pelas partes na prática dos atos processuais, com exclusão dos honorários advocatícios, que recebem do CPC tratamento especial.
Custas iniciais – cabe ao autor antecipar o pagamento das custas iniciais do processo, na propositura da ação. Caso o autor não pague as custas iniciais no prazo de 15 dias, será cancelada a distribuição (art. 290, nCPC).
	CPC/1973
	Art. 257. Será cancelada a distribuição do feito que, em 30 (trinta) dias, não for preparado no cartório em que deu entrada.
	CPC/2015
	Art. 290.  Será cancelada a distribuição do feito se a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das custas e despesas de ingresso em 15 (quinze) dias.
Antecipação das despesas – cabe a cada uma das partes o ônus processual de pagar antecipadamente as despesas dos atos que realizar ou requerer, em curso do processo (art. 82, nCPC).
Custeio das despesas determinadas pelo juiz de ofício ou a requerimento do Ministério Público - incumbe ao autor adiantar as despesas relativas a atos, cuja realização o juiz determinar de ofício ou a requerimento do Ministério Público, quando sua intervenção ocorrer como fiscal da ordem pública (art. 82, § 1º, nCPC). Porém, as despesas dos atos processuais praticados a requerimento da Fazenda Pública, do Ministério Público ou da Defensoria Pública serão pagas ao final pelo vencido (art. 91, nCPC).
Sucumbência e obrigações financeiras do processo – o juiz condenará na sentença o vencido a pagar ao vencedor as despesas que este antecipou (art. 82, § 2º, nCPC).
Obs.: sucumbência consiste em atribuir ao vencido na causa a responsabilidade por todos os gastos do processo.
Honorários advocatícios sucumbenciais - A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor (art. 85, nCPC). Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria (art. 85, § 17, nCPC).
Obs.: as despesas dos atos processuais, efetuados a requerimento do Ministério Público, da Fazenda Pública ou da Defensoria Pública serão pagas a final pelo vencido(art. 91, nCPC).
Sucumbência recíproca – ocorre a sucumbência recíproca quando o autor sai vitorioso apenas em parte de sua pretensão. Tanto ele como o réu são, portanto, vencidos e vencedores, a um só tempo. Nesses casos, serão proporcionalmente distribuídas entre eles as despesas. (art. 86, nCPC). Porém, se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários (art. 86, parágrafo único, nCPC).
	CPC/1973
	Art. 21. Se cada litigante for em parte vencedor e vencido, serão recíproca e proporcionalmente distribuídos e compensados entre eles os honorários e as despesas.
Parágrafo único. Se um litigante decair de parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e honorários.
	CPC/2015
	
Art. 86.  Se cada litigante for, em parte, vencedor e vencido, serão proporcionalmente distribuídas entre eles as despesas.
Parágrafo único.  Se um litigante sucumbir em parte mínima do pedido, o outro responderá, por inteiro, pelas despesas e pelos honorários.
Despesas do processo em caso de litisconsórcio - Concorrendo diversos autores ou diversos réus, os vencidos respondem proporcionalmente pelas despesas e pelos honorários. (art. 87, nCPC). A sentença deverá prever de forma expressa a distribuição da responsabilidade de cada litisconsorte, sob pena de serem os mesmos responsáveis solidários pelas despesas e honorários.
Despesas nos procedimentos de jurisdição voluntária – Nos procedimentos de jurisdição voluntária, as despesas serão adiantadas pelo requerente e rateadas entre os interessados. (art. 88, nCPC).
Despesas em caso de desistência, renúncia ou reconhecimento jurídico do pedido - Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu (art. 90, nCPC).
Obs.: Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o reconhecimento, a responsabilidade pelas despesas e pelos honorários será proporcional à parcela reconhecida, à qual se renunciou ou da qual se desistiu.
     
Despesas em caso de transação - Havendo transa-ção e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente (art. 90, § 2º). Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.
Pagamento das despesas para a propositura de nova ação - Quando, a requerimento do réu, o juiz proferir sentença sem resolver o mérito, o autor não poderá propor novamente a ação sem pagar ou depositar em cartório as despesas e os honorários a que foi condenado. (art. 92, nCPC).
Remuneração dos assistentes técnicos e peritos - Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes. (art. 95).
	CPC/1973
	Art. 33. Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver indicado; a do perito será paga pela parte que houver requerido o exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as partes ou determinado de ofício pelo juiz.
	CPC/2015
	Art. 95.  Cada parte adiantará a remuneração do assistente técnico que houver indicado, sendo a do perito adiantada pela parte que houver requerido a perícia ou rateada quando a perícia for determinada de ofício ou requerida por ambas as partes.
Sanções impostas pela litigância de má-fé - O valor das sanções impostas ao litigante de má-fé reverterá em benefício da parte contrária, e o valor das sanções impostas aos serventuários pertencerá ao Estado ou à União. (art. 96, nCPC).
- HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS
Fixação dos honorários advocatícios sucumbenciais - Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos (art. 85, § 2º, nCPC):
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
Honorários advocatícios quando o condenado for a Fazenda Pública 
	
VALOR DA CONDENAÇÃO DA FAZENDA PÚBLICA OU DO PROVEITO ECONÔMICO DO VENCEDOR
	
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS SUCUMBENCIAIS
	Até 200 salários-mínimos
	Mínimo de 10% e máximo de 20%
	Acima de 200 salários-mínimos até 2.000 salários-mínimos
	Mínimo de 8% e máximo de 10%
	De 2.000 salários-mínimos até 20.000 salários-mínimos
	Mínimo de 5% e máximo de 8%
	Acima de 20.000 salários-mínimos até 100.000 salários-mínimos
	Mínimo de 3% e máximo de 5%
	Acima de 100.000 salários mínimos 
	Mínimo de 1% e máximo de 3%
Honorários advocatícios arbitrados de forma equitativa - Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2o. (art. 85, § 8º, nCPC).
Honorários advocatícios em grau de recurso – outra inovação do nCPC foi a previsão de fixação de honorários advocatícios em grau de recurso. Assim, o juiz de primeiro grau, na sentença, fixará os honorários advocatícios entre o mínimo de 10% e o máximo de 20% sobre o valor da condenação ou do proveito econômico do vencedor. Entretanto, havendo recurso o Tribunal deverá aumentar o percentual dos honorários advocatícios sucumbenciais, porém respeitados os limites previstos no § 2º do art. 85, que é de 20% e dos limites de honorários fixados quando for vencida a Fazenda Pública, conforme tabela acima. Esses honorários podem ser cumulados com eventuais multas ou outras sanções processuais. Assim, dispõe o art. 85, § 11 do nCPC: “O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2o a 6o, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2o e 3o para a fase de conhecimento.”
Natureza alimentar dos honorários advocatícios sucumbenciais - Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial (art. 85, § 14, nCPC).
Honorários sucumbenciais para advogados que atuam em causa própria - Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria (art. 85, § 17, nCPC).
	CPC/1973
	CPC/2015
	Art. 20. A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Esta verba honorária será devida, também, nos casos em que o advogado funcionar em causa própria. 
§ 1º O juiz, ao decidir qualquer incidente ou recurso, condenará nas despesas o vencido. 
§ 2º As despesas abrangem não só as custas dos atos do processo, como também a indenização de viagem, diária de testemunha e remuneração do assistente técnico. 
§ 3º Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez por cento (10%) e o máximo de vinte por cento (20%) sobre o valor da condenação, atendidos: 
a) o grau de zelo do profissional; 
b) o lugar de prestação do serviço; 
c) a natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. 
§ 4o Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior. 
	Art. 85.  A sentença condenará o vencido a pagar honoráriosao advogado do vencedor.
§ 1o São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente.
§ 2o Os honorários serão fixados entre o mínimo de dez e o máximo de vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa, atendidos:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço.
§ 8o Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda, quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por apreciação equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2o.
§ 11. O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos §§ 2o a 6o, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ 2o e 3o para a fase de conhecimento.
§ 12.  Os honorários referidos no § 11 são cumuláveis com multas e outras sanções processuais, inclusive as previstas no art. 77.
§ 13.  As verbas de sucumbência arbitradas em embargos à execução rejeitados ou julgados improcedentes e em fase de cumprimento de sentença serão acrescidas no valor do débito principal, para todos os efeitos legais.
§ 14.  Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho, sendo vedada a compensação em caso de sucumbência parcial.
§ 17.  Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.
§ 18.  Caso a decisão transitada em julgado seja omissa quanto ao direito aos honorários ou ao seu valor, é cabível ação autônoma para sua definição e cobrança.
Casos em que são devidos honorários advocatícios sucumbenciais - São devidos honorários advocatícios na reconvenção, no cumprimento de sentença, provisório ou definitivo, na execução, resistida ou não, e nos recursos interpostos, cumulativamente (art. 85, § 1º, nCPC).
- ASSISTÊNCIA GRATUITA
Assistência gratuita - A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei (art. 98, nCPC).
Despesas e honorários decorrentes da sucumbência – A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários advocatícios decorrentes de sua sucumbência. Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário (art. 98, §§ 2º e 3º, nCPC).
Assistência gratuita e multa - A concessão de gratuidade não afasta o dever de o beneficiário pagar, ao final, as multas processuais que lhe sejam impostas (art. 98, § 4º, nCPC).
Redução e parcelamento das custas - A gratuidade poderá ser concedida em relação a algum ou a todos os atos processuais, ou consistir na redução percentual de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento. Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito ao parcelamento de despesas processuais que o beneficiário tiver de adiantar no curso do procedimento (art. 98, §§ 5º e 6º, nCPC).
Momento do pedido de assistência gratuita - O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso. Se superveniente à primeira manifestação da parte na instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso (art. 99 e § 1º, nCPC).
Assistência gratuita e patrocínio particular da causa - A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça (art. 99, § 4º, nCPC).
Alegação falsa de hipossuficiência - Revogado o benefício, a parte arcará com as despesas processuais que tiver deixado de adiantar e pagará, em caso de má-fé, até o décuplo de seu valor a título de multa, que será revertida em benefício da Fazenda Pública estadual ou federal e poderá ser inscrita em dívida ativa (art. 100, Parágrafo único, nCPC).
- DOS PROCURADORES 
→ Pressupostos processuais dos procuradores
Capacidade postulatória – é a capacidade de realizar os atos do processo de maneira eficaz.
Presença do advogado A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil. (art. 103, nCPC). Trata-se de pressuposto processual.
Postulação em causa própria - é lícito postular em causa própria quando  tiver habilitação legal (art. 103, parágrafo único, nCPC).
Obs.: Também nos Juizados Especiais é lícito postular em causa própria, sem ser advogado, quando o valor da causa não ultrapasse 20 salários mínimos (art. 9º, Lei n° 9.099/95).
	CPC/1973
	Art. 36. A parte será representada em juízo por advogado legalmente habilitado. Ser-lhe-á lícito, no entanto, postular em causa própria, quando tiver habilitação legal ou, não a tendo, no caso de falta de advogado no lugar ou recusa ou impedimento dos que houver.
	CPC/2015
	Art. 103.  A parte será representada em juízo por advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil.
Parágrafo único.  É lícito à parte postular em causa própria quando tiver habilitação legal.
→ Procuração - instrumento necessário
Procuração – a procuração conferida ao advogado pode ser:
1. Particular ou ad judicia (regra geral) (art. 105, nCPC);
2. Instrumento público – no caso dos analfabetos ou para os que não tenham condições de assinar o nome;
Inexistência de formalidades na procuração - Para a procuração não se exigem maiores formalidades. Basta que ela seja assinada pela parte, não precisando ser assinada por testemunhas (art. 105, nCPC).
 
Poderes expressos da procuração - os poderes da cláusula ad judicia conferem poderes gerais ao advogado para que este atue no processo. Mas existem alguns atos que o advogado apenas poderá realizar se lhes forem concedidos expressamente na procuração. São eles: receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica (art. 105, nCPC).
	CPC/1973
	Art. 38. A procuração geral para o foro, conferida por instrumento público, ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, salvo para receber citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que se funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso. 
	CPC/2015
	Art. 105.  A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência econômica, que devem constar de cláusula específica.
→ Ingresso em juízo sem procuração
Necessidade de procuração - sem instrumento demandato, o advogado não será admitido a postular em juízo (regra geral);
Exceção – o advogado poderá, todavia, em nome da parte postular em juízo sem procuração para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente (art. 104, nCPC).
Prazo para apresentação da procuração - nestes casos excepcionais de ingresso da ação sem instrumento de procuração, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento do mandato no prazo de 15 dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz (art. 104, § 1º, nCPC).
Não juntada da procuração – apresentada a procuração, o ato praticado estará perfeito e considerar-se-á ratificado na data em que fora praticado. Mas, não exibido o instrumento de mandato no prazo do art. 104, § 1º, os atos do advogado sem procuração serão considerados ineficazes relativamente àqueles cujo nome foram praticados, ficando o causídico (advogado), ainda, responsável pelas despesas e perdas e danos que acarretar ao processo (art. 104, § 2º, nCPC).
	CPC/1973
	Art. 37. Sem instrumento de mandato, o advogado não será admitido a procurar em juízo. Poderá, todavia, em nome da parte, intentar ação, a fim de evitar decadência ou prescrição, bem como intervir, no processo, para praticar atos reputados urgentes. Nestes casos, o advogado se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável até outros 15 (quinze), por despacho do juiz.
Parágrafo único. Os atos, não ratificados no prazo, serão havidos por inexistentes, respondendo o advogado por despesas e perdas e danos.
	CPC/2015
	Art. 104.  O advogado não será admitido a postular em juízo sem procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente.
§ 1o Nas hipóteses previstas no caput, o advogado deverá, independentemente de caução, exibir a procuração no prazo de 15 (quinze) dias, prorrogável por igual período por despacho do juiz.
§ 2o O ato não ratificado será considerado ineficaz relativamente àquele em cujo nome foi praticado, respondendo o advogado pelas despesas e por perdas e danos.
Requisitos da procuração – a procuração do advogado deverá conter (art. 105, § 2º, nCPC):
- o nome do advogado;
- seu número de inscrição na OAB;
- seu endereço completo.
Obs.: e o outorgado integrar sociedade de advogados, a procuração também deverá conter o nome dessa, seu número de registro na Ordem dos Advogados do Brasil e endereço completo (art. 105, § 3º, nCPC).
Deveres dos advogados - Compete ao advogado quando postular em causa própria (art. 106, nCPC):
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação;
II- seu número de inscrição na OAB;
III- o nome da sociedade de advogados em que participa;
II - comunicar ao juízo qualquer mudança de endereço.
Direitos dos advogados - O advogado tem direito de (art. 107, nCPC):
I - examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos;
II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias;
III - retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.
	CPC/1973
	Art. 40. O advogado tem direito de:
I - examinar, em cartório de justiça e secretaria de tribunal, autos de qualquer processo, salvo o disposto no art. 155;
II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo pelo prazo de 5 (cinco) dias;
III - retirar os autos do cartório ou secretaria, pelo prazo legal, sempre que Ihe competir falar neles por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.
§ 1º Ao receber os autos, o advogado assinará carga no livro competente.
§ 2º  Sendo comum às partes o prazo, só em conjunto ou mediante prévio ajuste por petição nos autos, poderão os seus procuradores retirar os autos, ressalvada a obtenção de cópias para a qual cada procurador poderá retirá-los pelo prazo de 1 (uma) hora independentemente de ajuste.
	CPC/2015
	Art. 107.  O advogado tem direito a:
I - examinar, em cartório de fórum e secretaria de tribunal, mesmo sem procuração, autos de qualquer processo, independentemente da fase de tramitação, assegurados a obtenção de cópias e o registro de anotações, salvo na hipótese de segredo de justiça, nas quais apenas o advogado constituído terá acesso aos autos;
II - requerer, como procurador, vista dos autos de qualquer processo, pelo prazo de 5 (cinco) dias;
III - retirar os autos do cartório ou da secretaria, pelo prazo legal, sempre que neles lhe couber falar por determinação do juiz, nos casos previstos em lei.
§ 1o Ao receber os autos, o advogado assinará carga em livro ou documento próprio.
§ 2o Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos somente em conjunto ou mediante prévio ajuste, por petição nos autos.
§ 3o Na hipótese do § 2o, é lícito ao procurador retirar os autos para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo.
§ 4o O procurador perderá no mesmo processo o direito a que se refere o § 3o se não devolver os autos tempestivamente, salvo se o prazo for prorrogado pelo juiz.
Prazo comum - Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos (art. 107, §§ 2º e 3º, nCPC):
- somente em conjunto;
- ou mediante prévio ajuste, por petição nos autos;
- para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo. Neste último caso, o procurador perderá no mesmo processo o direito de tirar o processo para cópias se não devolver os autos tempestivamente, salvo se o prazo for prorrogado pelo juiz.
- SUCESSÃO DAS PARTES E DOS PROCURADORES
- Parte em sentido material e parte em sentido processual
Parte em sentido material - é aquela que se diz titular do direito pleiteado em juízo. 
Parte em sentido processual – é o sujeito que intervém no contraditório ou que se expõe às suas consequências dentro da relação processual (ou seja, é o autor ou réu).
Obs.: regra geral, a parte em sentido processual coincide com a parte em sentido material. Porém, quando a lei determina, pode ocorrer de a parte em sentido processual não coincidir com a parte em sentido material, ou seja, pode ocorrer de o autor ou réu do processo não ser o titular do direito material. Isso ocorre na denominada substituição processual.
Obs.: Só haverá substituição processual nos casos em que a lei expressamente autorize (art. 18, nCPC).
Conceito de substituição processual – a substituição processual ocorre quando o sujeito discute em nome próprio direito controvertido de outrem.
Exemplo de substituição processual – uma pessoa que aliena durante o processo um bem litigioso, mas continua a defendê-lo em juízo como se ainda fosse o seu dono; também o mandado de segurança coletivo, previsto no art. 5º da CF.
Obs.: Na substituição processual, portanto, a parte material (titular do direito) não coincide com a parte processual (autor ou réu do processo).
Necessidade de relação jurídica entre o substituto e o substituído – para ser possível a substituição processual, é necessário que o substituto possua uma relação jurídica especial com o substituído. Em outras palavras, para que a substituição processual se mostre possível é necessário que exista uma conexão de interesse entre a situação jurídica do substituto e do substituído.
Poderes do substituto – os poderes do substituto são amplos no que diz respeito aos atos e faculdades processuais,mas não compreendem obviamente os atos de disposição do próprio direito material do substituído, como confissão, transação, reconhecimento do pedido etc.
Alienação de bem litigioso - a alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a legitimidade das partes (art. 109, nCPC). 
Possibilidade de ingresso do adquirente com o consentimento da parte adversa - o adquirente ou cessionário não poderá ingressar em juízo, sucedendo o alienante ou cedente, sem que o consinta a parte contrária.
Possibilidade de atuação do adquirente como assistente litisconsorcial - o adquirente ou cessionário poderá intervir no processo como assistente litisconsorcial do alienante ou cedente.
Diferença entre substituição processual e sucessão da parte – na sucessão da parte ocorre uma alteração nos polos subjetivos do processo (ex.: em caso de morte do autor ou réu, o mesmo será sucedido pelo espólio ou sucessores no processo). Uma outra pessoa passa a ocupar o lugar primitivo do sujeito da relação processual. Já na substituição processual, nenhuma alteração se registra nos sujeitos do processo. Apenas um deles age, por especial autorização da lei, na defesa de direito material de quem não é parte na relação processual.
Sucessão da parte. Possibilidade - só é permitida, no curso do processo, a sucessão voluntária das partes nos casos expressos em lei (art. 108, nCPC).
Sucessão das partes em caso de morte - Ocorrendo a morte de qualquer das partes, dar-se-á a sucessão pelo seu espólio ou pelos seus sucessores (art. 110, nCPC).
OBSERVAÇÃO
O atual CPC fala em substituição das partes e dos procuradores. O novo CPC fala em sucessão das partes e dos procuradores.
→ Sucessão dos procuradores
Revogação do mandato outorgado ao advogado - a parte, que revogar o mandato outorgado ao seu advogado, no mesmo ato constituirá outro que assuma o patrocínio da causa (art. 111, nCPC). Em caso de omissão do autor, o processo será extinto sem julgamento de mérito. No caso do réu, deverá ser decretada a sua revelia, se a providência lhe couber; e no caso do terceiro, este será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre (art. 76, nCPC).
Renúncia do mandato pelo advogado -  advogado poderá renunciar ao mandato a qualquer tempo, provando, na forma prevista neste Código, que comunicou a renúncia ao mandante, a fim de que este nomeie sucessor (art. 112, nCPC). Durante os 10 (dez) dias seguintes, o advogado continuará a representar o mandante, desde que necessário para lhe evitar prejuízo (art. 112, § 1º, nCPC).
Dispensa de comunicação - Dispensa-se a comunicação referida no caput quando a procuração tiver sido outorgada a vários advogados e a parte continuar representada por outro, apesar da renúncia (art. 112, § 2º, nCPC).
 
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EXERCICIOS
Vera, advogada do Condomínio Edifício SOL, ajuizou ação de cobrança a fim de evitar a prescrição, sem instrumento de mandato, tendo em vista que a síndica do referido Condomínio está ausente do Brasil em razão de viagem. Neste caso, 
Vera se obrigará, mediante caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 10 dias, prorrogável até outros 10, por despacho do juiz
o processo será extinto sem resolução do mérito, tendo em vista a inexistência da procuração, com o consequente reconhecimento da prescrição 
a inicial será indeferida por estar desacompanha-da de documento essencial
Vera se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo de 15 dias, prorrogável até outros 15, por despacho do juiz. 
Vera se obrigará, independentemente de caução, a exibir o instrumento de mandato no prazo improrrogável de 60 dias
A condenação por litigância de má-fé
implicará no pagamento de multa superior a 1% e inferior a 10% sobre o valor corrigido da causa. 
depende de requerimento da parte contrária, não podendo o juiz decidir de ofício
não implicará em indenização à parte contrária, estando os prejuízos que sofreu incluídos na multa fixada pelo juiz ou tribunal
não inclui pagamento de honorários advocatícios
depende de requerimento da parte contrária, não podendo o tribunal decidir de ofício
A sentença condenará o vencido a pagar ao vencedor as despesas que antecipou e os honorários advocatícios. Os honorários serão fixados entre o mínimo de 
10% e o máximo de 20% sobre o valor da condenação, não sendo devidos ao advogado que funcionar em causa própria
10% e o máximo de 20% sobre o valor da condenação, sendo devidos também ao advogado que funcionar em causa própria. 
10% e o máximo de 15% sobre o valor da condenação, não sendo devido ao advogado que funcionar em causa própria 
5% e o máximo de 15% sobre o valor da condenação, sendo devidos também ao advogado que funcionar em causa própria 
5% e o máximo de 20% sobre o valor da condenação, não sendo devidos ao advogado que funcionar em causa própria
João alienou a José, por ato entre vivos, um terreno liti-gioso. Nesse caso, José, como adquirente,
poderá substituir o adquirente, mesmo sem o consentimento do alienante e exigir a repetição de todos os atos processuais já praticados. 
deverá ingressar em juízo e substituir o adqui-rente, mesmo sem o consentimento do alienante, recebendo o processo no estado em que se encontra. 
deverá pleitear a anulação do processo, por ter ocorrido alteração de um dos polos da demanda. 
poderá intervir no processo assistindo o alienante, mesmo sem o consentimento da parte contrária. 
não poderá de nenhuma forma intervir no processo, devendo aguardar os efeitos da senten-ça que decidir a demanda. 
NÃO se reputa litigante de má-fé a parte que
interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório
alterar a verdade dos fatos
só se manifestar nos autos no último dia dos prazos processuais. 
proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo
deduzir pretensão ou defesa contra texto expres-so de lei.
06. Marque a alternativa INCORRETA:
(A) o advogado poderá, todavia, em nome da parte postular em juízo sem procuração para evitar decadência ou prescrição, ou para praticar ato considerado urgente, mas não para evitar preclusão.
(B) só é permitida, no curso do processo, a sucessão voluntária das partes nos casos expressos em lei.
(C) a parte, que revogar o mandato outorgado ao seu advogado, no mesmo ato constituirá outro que assuma o patrocínio da causa.
(D) Sendo o prazo comum às partes, os procuradores poderão retirar os autos do cartório somente em conjunto, ou mediante prévio ajuste, por petição nos autos, ou para obtenção de cópias, pelo prazo de 2 (duas) a 6 (seis) horas, independentemente de ajuste e sem prejuízo da continuidade do prazo. 
(E) Só haverá substituição processual nos casos em que a lei expressamente autorize.
07. Sobre as despesas processuais, marque a alternativa INCORRETA:
(A) Nos procedimentos de jurisdição voluntária, as despesas serão adiantadas pelo requerente e rateadas entre os interessados.
(B) Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, renunciou ou reconheceu.
(C) Havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto às despesas, estas serão divididas igualmente.
(D) Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.
(E) Quando, a requerimento do réu, o juiz proferir sentença sem resolver o mérito, o autor, ainda sim, poderá propor novamente a ação sem pagar ou depositar em cartório as despesas e os honorários a que foi condenado ante ao princípio da inafastabilidade da jurisdição.
	GABARITO
	1. D
	2. A
	3. B
	4. D
	5. C
	6. A
	7. E
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CAPÍTULO 04
DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Conceito – o Ministério público é o órgão através do qual o Estado procuratutelar, com atuação militante, o interesse público e a ordem jurídica. Ele atuará na defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses e direitos sociais e individuais indisponíveis (art. 178, nCPC).
Ministério Público = Parquet
Independência - o Ministério Público é uma instituição autônoma e não integra o Poder Judiciário, embora desenvolva suas funções essenciais basicamente no processo e perante órgãos da jurisdição. É uma instituição independente que não se subordina ao Poder Judiciário.
ÓRGÃOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
- Promotores de Justiça – atual no primeiro grau de jurisdição;
- Procuradores de Justiça – atuam no segundo grau de jurisdição;
IMPORTANTE
Não confundir o Procurador de Justiça que pertence ao Ministério Público com o Procurador de Estado que pertence a Advocacia Pública.
ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
- Parte – o Ministério Público poderá atuar no processo na qualidade de parte, em conformidade com suas atribuições constitucionais (art. 177, nCPC). Pode agir na qualidade de parte ou de substituto processual, onde será também considerado parte;
Obs.: No processo civil, mesmo quando o Ministério Público tutela os interesses particulares de outra pessoa, a sua função processual nunca será a de representante da parte material. Sua posição jurídica neste caso será a de substituto processual, agindo em nome próprio, embora na defesa de direito alheio.
Exemplos de casos em que o MP funciona como parte:
na ação de nulidade de casamento (art. 1.549 do CC/2002);
na ação direta de declaração de inconstitucionalidade (art. 129, IV, da CF/88);
nas ações de indenização de vítima pobre de delito (art. 68 do CPC);
no pedido de interdição (art. 1.177 do CPC) ou na defesa do interditando (art. 1.182, § 1º do CPC);
ação civil pública, para defesa de interesses difusos (Lei n° 7.347/85).
- Fiscal da lei (custos legis) – nas causas em que atua como fiscal da lei, o Ministério Público não tem compromisso nem com a parte ativa, nem com a passiva da relação processual. Ele só defende a prevalência da ordem jurídica e do bem comum (art. 178, nCPC).
O Ministério Público agirá como fiscal da lei nos termos do art. 178 do nCPC, ou seja, quando envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Obs.: A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.
Prazo para a intervenção do MP na qualidade de custos legis - Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica (178, nCPC).
	CPC/1973
	Art. 82. Compete ao Ministério Público intervir:
I - nas causas em que há interesses de incapazes;
II - nas causas concernentes ao estado da pessoa, pátrio poder, tutela, curatela, interdição, casamento, declaração de ausência e disposições de última vontade;
III - nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural e nas demais causas em que há interesse público evidenciado pela natureza da lide ou qualidade da parte. 
	CPC/2015
	Art. 178.  O Ministério Público será intimado para, no prazo de 30 (trinta) dias, intervir como fiscal da ordem jurídica nas hipóteses previstas em lei ou na Constituição Federal e nos processos que envolvam:
I - interesse público ou social;
II - interesse de incapaz;
III - litígios coletivos pela posse de terra rural ou urbana.
Parágrafo único.  A participação da Fazenda Pública não configura, por si só, hipótese de intervenção do Ministério Público.
Prerrogativas do Ministério Público quando atuar como fiscal da lei -  Nos casos de intervenção como fiscal da ordem jurídica, o Ministério Público (art. 179, nCPC):
I - terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo;
II - poderá produzir provas, requerer as medidas processuais pertinentes e recorrer.
Responsabilidade do membro do Ministério Público - O membro do Ministério Público será civil e regressivamente responsável quando agir com dolo ou fraude no exercício de suas funções (art. 181, nCPC).
Prazo para o Ministério Público - O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal (art. 181, nCPC). Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
	CPC/1973
	Art. 188. Computar-se-á em quádruplo o prazo para contestar e em dobro para recorrer quando a parte  for a Fazenda Pública ou o Ministério Público.
	CPC/2015
	
Art. 180.  O Ministério Público gozará de prazo em dobro para manifestar-se nos autos, que terá início a partir de sua intimação pessoal, nos termos do art. 183, § 1o.
§ 1o Findo o prazo para manifestação do Ministério Público sem o oferecimento de parecer, o juiz requisitará os autos e dará andamento ao processo.
§ 2o Não se aplica o benefício da contagem em dobro quando a lei estabelecer, de forma expressa, prazo próprio para o Ministério Público.
IMPORTANTE
Importante perceber que na redação do CPC de 1973, os prazos apenas eram diferenciados quando o MP atuava na condição de parte, mas não de fiscal da lei. A nova redação não faz mais essa distinção, passando a prever ao MP os prazos em dobro, seja quando da sua atuação como parte, seja quando da sua atuação como fiscal da lei.
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EXERCICIOS
Intervindo no processo como fiscal da lei, o Ministério Público
não poderá requerer medidas processuais pertinentes. 
não poderá produzir prova. 
terá vista dos autos antes das partes. 
poderá recorrer. 
será intimado dos principais atos processuais, a critério do juiz. 
Sobre a atuação do Ministério Público no Processo Civil, é correto afirmar: 
Quando a lei considerar obrigatória a intervenção do Ministério Público, ele deverá ser intimado pessoalmente, devendo intervir no prazo de 15 dias.
Intervindo como fiscal da lei, o Ministério Público não poderá produzir prova.
Compete ao Ministério Público intervir, dentre outros casos, nas ações que envolvam litígios coletivos pela posse da terra rural ou urbana.
Em hipótese alguma o órgão do Ministério Público será responsabilizado civilmente pela sua atuação no processo
Intervindo como fiscal da Lei, o Ministério Público terá vista dos autos depois do autor e antes do réu.
De acordo com o Código de Processo Civil, o Ministério Público 
poderá, quando intervir como fiscal da lei, requerer medidas processuais pertinentes, sendo-lhe vedado produzir prova em audiência
exercerá o direito de ação nos casos previstos em lei, mas não nos casos previstos na Constituição.
não intervirá nas causas em que haja interesse de incapaz.
deverá ser intimado nos processos em que a lei considera obrigatória a sua intervenção, mas a intimação não é pessoal.
terá, quando intervir como fiscal da lei, vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo. 
No processo “B” o Ministério Público está intervindo como fiscal da Lei. Neste caso, 
poderá juntar requerer medidas processuais pertinentes, bem como produzir prova, mas não poderá recorrer. 
poderá juntar requerer medidas processuais pertinentes, mas não poderá produzir prova. 
o Ministério Público terá vista dos autos antes das partes, sendo intimado apenas dos principais atos processuais previstos no Código de Processo Civil. 
não poderá requerer medidas processuais pertinentes, mas poderá produzir prova. 
o Ministério Público terá vista dos autos depois das partes, sendo intimado de todos os atos do processo. 
Assinale a causa em que o Ministério Público não intervém.
Ação que envolva litígio coletivo pela posse de terra rural ou urbana. 
Nas ações de estado. 
Causa em que haja interesse de incapaz. 
Nas causas em que haja interesse público ou social.
Processo de

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