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Exemplos de investimentos fixos e variáveis

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Exemplos de investimentos fixos e variáveis.
Um investimento de renda fixa nada mais é do que um empréstimo que fazemos, emprestando o dinheiro para alguma instituição e, em troca, o receberemos de volta corrigido por algum índice de reajuste, ou seja, quando investimos em renda fixa, já sabemos qual será a forma de juros que serão pagos para nós. Embora nem sempre saibamos exatamente qual será o rendimento, temos uma ideia aproximada do valor, por exemplo, em um Tesouro Prefixado contratado a uma taxa de 12% ao ano, você sabe que será essa a rentabilidade que receberá anualmente. Já no Tesouro Selic, embora saiba que receberá a rentabilidade com base na Selic, não sabemos quais serão os valores dela até a data de vencimento, pois ela varia ao longo do tempo.
Um Exemplo mais comum de renda fixa é a caderneta de poupança na qual é entendida como o investimento mais seguro. A rentabilidade nominal da poupança, sem descontar a inflação é de 0,5% ao mês mais a TR (taxa referencial). Sobre as aplicações em poupança não incide imposto de renda, o rendimento da aplicação é mensal, caso o investidor retire o dinheiro da aplicação antes da data, perde-se a rentabilidade de todo o período. A poupança tem rendido algo entre 6,5% e 7,5 % ao ano e ao contrario que muitos pensam, a poupança tem riscos, quando o investidor aplica recursos na poupança de um determinado banco, está emprestando dinheiro a esse banco. Se o banco não honrar suas dividas (quebrar ou for liquidado), há um limite para garantia das aplicações e depósitos, que em Abril de 2010 era de R$ 60.000,00 por instituição financeira e por CPF. 
Se Tratando de um investimento em renda variável, o mesmo é caracterizado pela propriedade sobre algum bem, quando investimos em renda variável, significa que nós tornamos donos daqueles ativos, por esse motivo, nossos ganhos (ou perdas) estão diretamente ligados ao sucesso (ou fracasso) daquele investimento. O risco aqui é maior do que a renda fixa, mas a possibilidade de ganho é, teoricamente, infinita, pois não há uma limitação de rentabilidade ou prazos de vencimento.
Um parâmetro muito importante que se costuma olhar ao investir em renda fixa é se os ganhos têm superado a inflação do período. Olha-se para a inflação, porque é isso que vai dizer se está mantendo o poder de compra. De nada adianta, ver a valorização nominal nos investimentos, mas o preço dos produtos e serviços que são consumidos subir muito mais forte do que o patrimônio.
Nesse caso, seria mais interessante comprar os produtos assim que recebesse o dinheiro, como acontecia na época de juros galopantes no Brasil antes do Plano Real. Porém, atualmente, consegue-se investir em investimentos de renda fixa muito seguros que rendem bem acima da inflação. E aqui é que entra o grande problema da renda fixa: mesmo tendo rentabilidade nominal bem alta, grande parte disso é para repor a inflação do período.
Então, a rentabilidade real que sobra fica na média de 3 a 5% ao ano. Isso não é ruim, visto que a maioria dos países sequer tem investimentos em renda fixa que rendam acima da inflação.
Se na renda fixa a inflação é resposta com parte do rendimento, como se mede isso na renda variável, já que não há como saber qual será a rentabilidade, o que muitos defensores de renda variável pregam é que, no longo prazo, esse tipo de investimento protegerá o seu capital contra a inflação.
A ideia é que, como se trata de ativos reais e a inflação nada mais é do que a subida dos preços de produtos e serviços reais, esses bens também subiriam acompanhando a inflação. O problema é que não existe nenhuma garantia de que isso acontecerá, muito menos no período que você precisará resgatar o dinheiro.
Um exemplo de investimento de renda variável são as ações: Supondo que alguém investiu em ações da Petrobras há 11 anos (em 2006), comprando por cerca de 17 reais cada ação. Hoje, essas ações valem cerca de R$ 13,50. Além da desvalorização, ainda teve a inflação do período (cerca de 64%), o que soma um grande prejuízo (imagina, então, quem comprou em 2008 a 40 reais). É claro que quem já conhece de mercado argumentará: “mas a Petrobras deixou de ser boa no meio do caminho, o que contribuiu para a grande perda de valor”. Isso é verdade. Se pegarmos a Ambev como exemplo, verifica-se que ela saiu de R$ 2,50 para cerca de R$ 19,50, um aumento de quase 8 vezes (cerca de 700%). A grande questão, portanto, está em saber escolher boas empresas que devem continuar crescendo e aumentando seus lucros no longo prazo.
Supondo que a ação se valorizasse somente no mesmo ritmo da inflação, pode-se dizer que a rentabilidade real dela seria a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). No caso da Ambev, que distribuiu R$ 0,49 por ação em 2015, a rentabilidade anual foi de 2,51% em relação ao preço atual. Comparado com a rentabilidade real da renda fixa de 3 a 5% ao ano, não faria muito sentido investir na Ambev, que tem um risco maior e rendimento maior, correto? Não se pode esquecer que, além desse rendimento, houve também uma enorme valorização, muito acima da inflação e da própria renda fixa.
Outro exemplo de renda variável são os fundos imobiliários. É muito frequente perguntas comparando o rendimento da renda fixa com o rendimento mensal dos fundos imobiliários. Na renda fixa, a rentabilidade nominal é de cerca de 12 a 16%, com uma rentabilidade real de 3 a 5%. Nos fundos imobiliários, tem-se rendimentos entre 8 e 13%, o que sempre leva aos questionamentos Por que investir em FIIs, sendo que são mais arriscados e o retorno é menor que da renda fixa? Simplesmente porque nos FIIs a rentabilidade de 8 a 13% já é real, teoricamente. Assim como nas ações, não existe garantia nenhuma de que os FIIs acompanham a inflação no longo prazo. Porem o que pode-se afirmar é que a renda dos fundos imobiliários poderia ser resgatada todos os meses para uso próprio e o seu capital continuaria intacto, valorizando ou desvalorizando de acordo com o mercado.
Na renda fixa, se resgatar a renda todos os meses, seu patrimônio será corroído pela inflação, pois, embora seu valor nominal não esteja diminuindo, o dinheiro já não compra o que antes comprava. Essa é uma diferença muito relevante para quem deseja viver com renda passiva.
Veja: com 1 milhão de reais em FIIs rendendo 1% ao mês, consegue-se 10 mil reais por mês. Em renda fixa que renda 1% ao mês também, conseguiria 10 mil reais. No entanto, ao resgatar esses 10 mil reais por mês (ou 120 mil reais por ano), aquele 1 milhão de reais que se tinha no início do ano já não terá o mesmo poder de compra.
Para manter o poder de compra em renda fixa, precisaria resgatar um valor menor, deixando parte destinada a proteger da inflação. Se for uma inflação de 8% ao ano, por exemplo, deveria deixar 80 mil reais somente como reposição da inflação, podendo resgatar somente 40 mil reais no ano.
Nos fundos imobiliários, não importa mais quanto vale o fundo que se foi comprado. O que importa é o rendimento que ele gera todo mês. Portanto, a cotação poderia valer zero. Se estiver gerando sua renda, já cumpre a função a que se destina. Mas é claro que algo que gera renda nunca chegará a valer zero (principalmente tendo imóveis como propriedade). Não estão preocupados com a oscilação de suas ações ou cotas dos FIIs. Acompanham somente a capacidade daquele ativo em conseguir gerar renda.
REFERÊNCIAS	
FERNANDES, Victor. Renda fixa ou renda variável: Qual é o melhor?: <http://jornadadodinheiro.com/investir/renda-fixa-variavel/>. Acessado em 14 Nov. 2017.
PORTINHO, Paulo. Quanto custa ficar rico? O guia definitivo para a tão sonhada liberdade financeira/ São Portinho. – Rio de Janeiro: Alta Books, 2017.
FERREIRA, Dalton. Transformando dinheiro em liberdade: como alcançar sua autonomia e independência pessoal/ Dalton Ferreira, Marcelo Felippe.-1. ed. – Curitiba: Appris, 2017.

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