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Disciplina Desenvolvimento de Projeto de Produtos Aula 2 Professor Ricardo Lucena de Souza Livro Projeto de Produto: Planejamento, Desenvolvimento e Gestão Conversa inicial Olá! Seja bem-vindo(a) à aula 2 da disciplina Desenvolvimento de Projeto de Produtos. Antes de começarmos, saiba que, o responsável por projetos deve ser um profissional com uma base de conhecimento sólida e com uma visão que o distingue dos demais funcionários da empresa, deve também, antes de mais nada, conhecer qual a tipologia do seu projeto. A aula de hoje, tem o objetivo de capacitar você a lembrar, entender, aplicar, analisar, sintetizar e classificar os temas disponíveis nos tópicos a seguir: Classificação de projetos Enfoque em sistemas Visão Holística Impacto sobre desempenho Vantagem competitiva Contextualização A visão sistêmica somente é possível quando ocorre o entendimento do significado de sistema e posteriormente como atuar sobre estes modelos, porém, não somente isto deve estar em foco, mas também a busca do holismo, tanto para uma apresentação de simples mudança quanto para uma grande transformação dentro da empresa. É comum surgir ideias de novos projetos, mas de que forma podemos fazer uma triagem de conceitos e como estes conceitos apresentam conexão entre marketing, produção e Finanças, gerando objetivos de desempenho claros para a instituição? Ter um bom projeto não significa que o mesmo terá um diferencial positivo em relação aos demais que estão disponíveis no mercado. Portanto, é importante entender os princípios da vantagem competitiva e de que forma, mesmo nos abstendo de algumas características, podemos maximizar nossa condição de lucratividade. Objetivos da Aula Capacitar você a lembrar, entender, aplicar, analisar, sintetizar e classificar os temas a seguir: Classificação de projetos Enfoque em sistemas Visão Holística Impacto sobre desempenho Vantagem competitiva Pesquise Classificação de projetos Enfoque em sistemas Visão Holística Impacto sobre desempenho Vantagem competitiva lassificação de projetos Confira o vídeo, no material online, preparado pelo professor Ricardo Lucena de Souza, ele falará sobre o conteúdo que será visto no nosso encontro e, também falará sobre as características sobre a classificação de projetos, conteúdo do tema 1 da nossa aula. Bons estudos! A classificação de um projeto é realizada em função dos programas de financiamentos de apoio aos objetivos da política econômica decorridos das autoridades financeiras do país. A finalidade do projeto está associada aos itens financiáveis de atividades econômicas específicas por parte dos bancos de desenvolvimento, condicionados pelos dispositivos normativos de cada instituição financeira. Conheça as categorias que abrangem a classificação de projeto por finalidade: Implantação, ampliação, modernização e realocação de empresas; Reestruturação empresarial compreendendo a fusão, incorporação e aquisição de empresas; Capacitação tecnológica via desenvolvimento de processos e produtos; Conservação de energia e meio ambiente; Desenvolvimento de técnicas de gerenciamento e organização da produção Adoção de Sistemas de Gestão de Qualidade Total. A classificação por tipo é feita em decorrência da segmentação das atividades associadas aos setores de produção e à infraestrutura dos sistemas econômicos. Confira abaixo suas características: Projeto do setor primário - exploração de recursos naturais vinculados às atividades dos reinos mineral, animal e vegetal; Projeto do setor secundário - atividades de transformação industrial via processos manufatureiro, mecânico, elétrico e eletrônico, podendo-se utilizar técnicas correlacionadas às de áreas de ciência e tecnologia, e.g., informática cibernética e robótica; Projeto setor terciário - atividades de comércio e distribuição de bens, de exploração e de prestação de serviços tais como turismo, hotelaria, entretenimento e lazer; Projeto de infraestrutura ou capital social básico – implantação física de obras públicas referentes aos seguintes setores: telecomunicação, transporte, água e saneamento básico, saúde, educação, alimentação, segurança e energia. Confira a seguir para conhecer as características da classificação de projetos por modalidade Comercial: Franchise ou franquia – caracteriza-se pela atividade de distribuição comercial através de condições contratuais entre franqueador e franqueado, compreendendo os tipos de concessão e transferências de direitos relativos A tecnologia, consultoria técnica, produtos, serviços e logomarca; Joint venture – consubstancia a associação de capital de duas ou mais empresas diferentes, via contrato social e de capital específico e autônomo. O contrato deve ser elaborado com responsabilidades definidas entre as partes, em função de aspectos mercadológicos, tecnológicos e financeiros. A associação se faz por participação acionária de natureza e origem diferentes, de modo geral, os contratos da modalidade de joint venture são pactuados por médias e grandes empresas, públicas e privadas, nacionais e internacionais; Factoring – é através desse serviço que é permitido que uma empresa receba dinheiro em função de vendas por meio de crédito. O agente, denominado factor, adquire os débitos baseados em fatura comercial, pagando à vista com determinado desconto, a posteriori, o reembolso do comprador original dos bens e serviços da empresa cedente dos créditos transferidos e sem direito de regresso contra a empresa cedente; Home office – refere-se às atividades econômicas desenvolvidas na própria residência do empresário, sob a forma de micro e pequena empresa. Essa modalidade engloba o emergente mercado de prestação de serviços pessoais e terceirização. Confira alguns serviços que poderiam ser prestados na modalidade home office: alimentação, confecção, bordado, editoração gráfica, contabilidade, consultoria, serviço de entrega, oficina de conserto rápido, corretagem, prestação de serviços associados a Internet e correlatos. Para conhecer melhor: Agora, assista um vídeo que explica e dá exemplos sobre a contribuição dos bens intangíveis e do setor terciário para a economia e crescimento de um país: https://www.youtube.com/watch?v=vuyW2MQP7ZY Alguns gestores não levam em conta a necessidade de classificação de seus projetos por tipo, finalidade e modalidade comercial. Normalmente, o que mais levam em consideração é a base criativa e as ações a serem realizadas na concepção do produto e, depois, como deve ser desenhado o processo. Entretanto, na prática, o projeto precisa de financiadores e, como o capital está cada vez mais escasso, colocar o projeto dentro de um programa com menores taxas e maior carência para pagamento pode ser o diferencial entre a realização do projeto ficar apenas nos sonhos ou, se tornar realidade. Enfoque processual e em sistemas Enfoque Processual O processo pode ser classificado como a menor entidade que transforma insumos em produto, sendo também utilizada para isso a expressão processo unitário. É necessário o estudo das gestões específicas que compõem o gerenciamento de projetos. As gestões específicas são apresentadas como uma sequência de processos e são estruturadaspelos seguintes componentes: entradas, recursos, atividades e saídas. Sistema Trata-se de um conjunto organizado, uma combinação ou montagem de entidades, de partes, processos ou de elementos interdependentes que formam um complexo unitário, podendo comportar diversas dimensões. Seguindo por essa linha de pensamento, devemos considerar que o termo “sistema” é bastante abrangente. O universo, por exemplo, pode ser visto como uma sequência hierarquizada de sistemas naturais, assim como o sistema solar, um planeta, o sistema da serra do mar, uma bacia fluvial, um bosque, uma árvore, um pássaro, um verme, etc. Há os sistemas que foram construídos por pessoas com fins específicos, os chamados sistemas artificiais. Confira abaixo apenas alguns exemplos desse tipo de sistemas: Máquinas (um automóvel, computador, liquidificador, etc.); Sistemas elétricos (da represa ao consumidor); Sistemas de transportes (estradas, aeroportos, estações, veículos, etc.); Sistemas sociais (clubes, empresas, sindicatos, etc.); Ramos do conhecimento (matemática, administração, etc.). Deve ser levado em consideração que, para caracterizar-se um sistema, o seu relacionamento com o ambiente no qual está inserido. Um sistema artificial é intencionalmente criado como um conjunto de partes, elementos ou componentes relacionados entre si, denominados de subsistemas que, visam a realização de determinados objetivos ou efeitos situados no meio exterior ou no ambiente que está inserido. Para alcançar os objetivos do sistema, cada subsistema tem seu objetivo próprio e se encontra conectado a outro subsistema, do qual recebe os insumos ou entradas. Os sistemas biológicos foram um dos primeiros a serem estudados e acabaram servindo como ponto de partida para posteriores evoluções para outros campos do conhecimento. Os termos da anatomia, referente as partes constitutivas do sistema e fisiologia, que é o estudo do funcionamento dessas partes originariamente empregados nas ciências naturais, são hoje de uso geral. Para atender as necessidades próprias, com vistas a alcançar seu objetivo, cada subsistema pode atuar sobre o que o alimenta, ajustando as saídas deste e, estabelecendo assim, uma cadeia de interdependência das partes interligadas. Esta interdependência foi um dos aspectos estudados inicialmente nas ciências biológicas e, constitui o controle entre subsistemas, isto é, o sinal ou o comando exercido por um subsistema sobre aquele que o alimenta, a fim de que o recebedor bem desempenhe sua função. Este sinal ou comando é também conhecido como retroalimentação e é a base de tudo quanto se realiza no campo conhecido como da cibernética. Estes assuntos serão desenvolvidos com mais detalhes ao se tratar do planejamento, da execução e do controle do projeto. Conheça as características necessárias para que um sistema fique inteiramente definido: O objetivo, resultado ou efeito sobre o ambiente, ou seja, sua finalidade e como se dá o relacionamento externo. Seus limites ou fronteiras, ou seja, seu campo de influência e as entidades que o influenciam. Os subsistemas constitutivos, ou seja, a estrutura que os compõem. As funções e o inter-relacionamento de seus subsistemas, ou seja, como se dá o relacionamento interno. Enfoque Sistêmico Diversas entidades podem ser estudadas sob o enfoque sistêmico, desde que tenham uma finalidade a atingir, uma estrutura (subsistemas) e regras de funcionamento (ações ou atividades e retroalimentações dos subsistemas), como por exemplo: uma organização social, um projeto ou um microcomputador e seu software. Para conhecer melhor: Podemos ter sistemas que são efetivos e outros não, porém, ambos são sistemas. O exemplo do vídeo a seguir mostra diferentes bases para se conhecer um sistema de produção. Preste atenção na demonstração do sistema empurrado e puxado. Vale a pena conferir! https://www.youtube.com/watch?v=PbmotQJNr5E Agora, acesse o material online e preste bastante atenção na videoaula preparada pelo professor e revise o conteúdo visto até agora! O gestor de projetos não pode ter uma visão somente sobre sua área base de atuação, seu conhecimento deve ser multidisciplinar e, cercar-se de pessoas competentes para o assessorar frente às suas fraquezas, deve ter também, um conhecimento teórico e aplicado sobre, por exemplo, as seguintes áreas: Metodologias de Gestão de Projetos, Gestão do Tempo, Gestão de Custo, Gestão de Qualidade, Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Comunicação, Gestão de Riscos, Gestão de Aquisição (Processo de Compras), Gestão de Integração de todos os processos anteriores (guia PMBOK). Podemos concluir que, se quiser gerar um projeto robusto é necessário que, para alcançar os objetivos, cada subsistema tem seu objetivo próprio e se acha conectado a outro subsistema. Visão Holística da empresa A palavra hólos tem origem grega e significa inteiro; composto. Segundo o dicionário, holismo é a tendência a sintetizar unidades em totalidades. Sintetizar é reunir elementos em um todo; compor a visão holística de uma empresa equivale a se ter uma “imagem única", sintética de todos os elementos da empresa, que normalmente podem ser relacionados a visões parciais abrangendo suas estratégias, atividades, informações, recursos e organização, assim como suas inter-relações. Deve-se entender os recursos financeiros que a empresa utiliza, seus equipamentos de produção e de trabalho, os métodos e técnicas empregadas, hardware, software, etc. O conceito de organização aqui empregado é mais abrangente do que o normalmente conhecido. Ele considera a estrutura organizacional e suas inter-relações, a sua cultura, as pessoas e sua qualificação, as formas de comunicação, assim como a capacidade de aprendizado da organização. Visualize a seguir um, esquema com as características da visão holística de uma empresa: Todo empresário e o seu pessoal gerencial deveriam ter uma visão holística de sua empresa. Essa visão possui diferentes ênfases e graus de abstração. No entanto, a visão do todo (a imagem única) é essencial para que eles cumpram o seu papel. Algumas empresas possuem pessoas com essa visão, e normalmente se destacam de suas concorrentes. Porém uma grande parte dos dirigentes atingiu seu posto vindo de uma área específica, trazendo assim uma visão distorcida do todo. É comum encontrar gerentes empolgados com os recursos computacionais, outros achando que a solução está somente na estrutura organizacional e alguns que consideram suas máquinas e equipamentos como sendo a salvação da empresa. Com uma visão holística é mais seguro tomar decisões relativas a uma das visões, pois a influência desta decisão sobre as outras da empresa é observada a priori. Se esta visão holística for então formalizada, pode-se discutir problemas específicos sem se perder abrangência, nivelando-se o conhecimento entre os participantes da discussão. No entanto, é impossível representar o todo de forma completa e o todo é algo abstrato, que forma uma unidade na mente dos dirigentes. É preciso discutir amplamente o conceito da visão holística dentro das empresas, para poder partir para um formalismo maior, se necessário, trazendo a consciência dos dirigentes, que eles já possuem (ou deveriam possuir) esta visão. Em seguida deve-se difundir esse conceito para as demais pessoas da empresa. Analisar a empresa como um conjunto de business process (processo de negócios)é o que mais se aproxima de um formalismo para a obtenção da visão holística. Acompanhe a videoaula com o professor Ricardo, no material online, ele falará sobre a Visão Holística. Para conhecer melhor: O vídeo disponível no link a seguir demonstra o poder do trabalho dentro de um formigueiro. Podemos relacionar a sua organização com a nossa prática, tendo em mente que a busca por um objetivo comum deve reger nossos trabalhos. Vale refletir sobre o impacto desta visão sobre uma empresa, assim como sobre o desenvolvimento de projetos. https://www.youtube.com/watch?v=ci7SLk6SvJg Somente ter uma visão sistêmica não significa que o gestor de projeto consiga sintetizar e transformar as informações que são recebidas das interações de cada processo em resultados. O gestor precisa ter foco para buscar o resultado pretendido, simplificando e alinhando seus recursos em prol do projeto. Problemas podem surgir, como por exemplo, perspectivas de aumento cambial ou dificuldades em importar matéria prima de alguns continentes ou, também, como a dificuldade em se adaptar ao idioma e fuso-horário diferentes para comunicação, ou ainda, lidar com incertezas de medição máximas e fatores de capacidade de processo requeridas e tecnologias que possuem alta produção mas não possuem assistência técnica no país. Estes e outros exemplo, quando ocorridos na prática, devem ser catalogados, entendidos e analisados quanto ao risco, com o objetivo de buscar a solução de maneira direta pelo gestor de projeto. Visão sistêmica do projeto e impacto sobre desempenho Com a aplicação das técnicas mencionadas no desenvolvimento de projeto, podem ser gerados diversos conceitos de/para produtos, entretanto, tais conceitos podem não se adequar a organização por diversos motivos. Em virtude disso, os projetos a serem desenvolvidos, devem passar pelos diversos departamentos da organização para que seja feita uma triagem dos conceitos e, cujo objetivo é avalia-los quanto a sua viabilidade, aceitabilidade e vulnerabilidade. Confira uma tabela com questões que devem ser respondidas quando o objetivo é avaliar a viabilidade, aceitabilidade e vulnerabilidade de um projeto: A partir das respostas obtidas por essas questões, é importante analisar os aspectos de produção propriamente dita. Para isso é preciso que sejam considerados os requisitos necessários a um bom produto/processo, os quais devem ser evidenciados por cinco objetivos de desempenho, como os que se apresentam no quadro disponível a seguir: Agora, vamos acompanhar as explicações do conteúdo visto até agora nesse tema!? Acesse o material online e preste bastante atenção! A partir dessas considerações podemos compreender que a concepção de bens e serviços é uma etapa importante do desenvolvimento de um projeto de produto, uma vez que, em âmbito organizacional, nada pode ser desenvolvido sem que, previamente, tenha sido planejado e concebido. Por essa razão, apontamos a importância de conhecer as necessidades dos clientes a partir da realização do teste de conceito, que por sua vez, subsidia a geração de ideias, do que decorre a elaboração dos pacotes de bens e serviços que serão oferecidos ao cliente para atendimento de suas necessidades. Assim, ao definirmos o conceito através da geração de ideias, ultrapassamos uma fase de grande diferencial competitivo para a organização, possibilitando passar para a fase seguinte que compreende o desenvolvimento de bens e serviços. Para conhecer melhor: O artigo disponível no link a seguir, tem por objetivo avaliar dimensões como custo, qualidade, flexibilidade, inovação, tempo e confiabilidade na atual indústria marítima brasileira, com um enfoque diferente, porém, diretamente ligado ao tema em estudo. http://www.rausp.usp.br/download.asp?file=v4501018.pdf Depois desse estudo podemos concluir que os projetos de uma empresa devem passar por um crivo de questionamento sobre a sua viabilidade, aceitabilidade e vulnerabilidade em relação a setores como Marketing, Produção e Financeiro, para posteriormente ter sua avaliação em relação aos objetivos de desempenho. A princípio, vamos verificar somente a viabilidade de uma empresa que trabalha com canetas populares de baixo valor de venda e deseja lançar uma nova linha de canetas tinteiro premium. Supondo que eles nunca trabalharam neste mercado e, que o país de aplicação passa por uma crise que atinge principalmente a classe média alta, que seria o principal público alvo para consumo do produto, além de a empresa ter passado por algumas dificuldades, o que acaba impedindo a possibilidade de solicitar recursos de empréstimos bancários. No que diz respeito ao Marketing, o mercado estaria reduzido e em relação à produção, a linha seria nova e precisaria de um grande investimento tanto em estrutura como em pessoal além de, levando em consideração aspectos financeiros, como a empresa não possui créditos no mercado e, por se tratar de um produto novo, os custos em marketing de lançamento seriam elevados e sem possibilidade de empréstimos. Você concorda que o risco elevado para estes três critérios já seriam um grande indicativo para não dar continuidade ao projeto e dar foco na produção e clientes do mercado que já fazem parte? Aproveite a oportunidade colocar em prática os seus conhecimentos adquiridos e, nesta mesma linha de raciocínio, exercite os critérios de aceitabilidade e vulnerabilidade, levando em consideração o caso exemplificado acima. Vantagem competitiva A vantagem competitiva diz respeito a um conjunto de fatores que fazem com que uma empresa se destaque no mercado, de modo a evitar que seus concorrentes a alcancem ou a derrotem. Esse fator fundamenta ou justifica qualquer estratégia definida pela empresa. Nesse sentido, a empresa precisa definir seu posicionamento estratégico, ou seja, o lugar que a organização ou o produto ocupa no mercado. Esse posicionamento pode ser global, mas requer flexibilidade suficiente para que a empresa possa mobilizar-se de acordo om os movimentos de seus concorrentes. Dessa forma, podemos compreender que os posicionamentos estratégicos estão diretamente relacionados à liderança, uma vez que empresas vencedoras são líderes em algum aspecto, o que é um reflexo do seu diferencial competitivo. Confira abaixo alguns âmbitos que essa liderança pode se dar: Participação global do mercado; Em um nicho do mercado; Em determinado segmento de clientes; Em uma região; No valor percebido; Numa diferenciação de atendimento; Nos custos. Para que a empresa atinja uma dada vantagem competitiva, pode observar as chamadas estratégias genéricas, as quais consistem em métodos gerais para que se dê a superação dos concorrentes em uma dada indústria e, compreendem três abordagens: A diferenciação consiste na criação de algo que seja considerado único no âmbito de uma determinada indústria e, para isso, a empresa pode valer-se de elementos como a fidelização dos clientes, o que isola outras instituições da rivalidade. A liderança de custo requer um conjunto de políticas funcionais, cuja atenção principal está focada na administração do controle de custos. O enfoque é a abordagem na qual a empresa determina um alvo em particular (grupo comprador) sobre o qual atuará e fixará sua estratégia competitiva. Podemos compreender, então, que a aplicação dessas estratégias sempre pode acarretara necessidade de a empresa abster-se de algumas outras vantagens para alcançar a competitividade desejada, o que é denominado de trade off. Assim, fica claro que, ao utilizar-se, por exemplo, da estratégia de enfoque, a empresa tem em conta que dificilmente poderá obter volume de vendas. Por outro lado, organizações que optam pela estratégia da diferenciação terão um custo maior de seu produto, enquanto que empresas que são conhecidas por terem custos muito atrativos, podem não conseguir manter diferencial no atendimento ao cliente. De qualquer modo, é imprescindível para a empresa a elaboração do planejamento estratégico e a definição das estratégias fundamentais para o projeto de produto, com o objetivo que este chegue ao mercado já com uma certa segurança. No entanto, lançamento de novos produtos sempre acarreta em algum grau de risco, o que sugere um nível de incerteza ao qual a organização será submetida. Então, para que a empresa esteja preparada para enfrentar os desafios e minimizar os riscos, o planejamento estratégico requer todo um processo de tomada de decisões. Para conhecer melhor: Não deixe de ler o artigo disponível no link a seguir que fala sobre o uso do conceito chamado tradeoff, com uma aplicação prática sobre como uma empresa é vista pelos seus clientes, e também, como os seus gestores a vislumbra. http://www.unisantos.br/mestrado/gestao/egesta/artigos/179.pdf O gestor de projetos deve ter uma visão amplificada do todo para agir de maneira preventiva e, como temos dito dentro de nossas aulas “Devemos fazer a qualidade começar no projeto e não na vida seriada. ”. Por que sentimos falta desta visão ampla dos gestores de projetos? Publique sua opinião em nosso fórum e mais que isto, sugira soluções. Na Prática Pronto para resolver exercícios para testar seus conhecimentos sobre os temas que acabamos de estudar? Resolva as atividades a seguir! Um projetista deve conhecer muito bem o seu projeto e uma das primeiras fases é definir qual a segmentação de seus produtos. Em relação à classificação das características setoriais primárias, secundárias e terciárias, marque a única alternativa que correlaciona de maneira errônea a relação entre produto e setorização: a. ( ) setor primário: extrativismo de metais nobres. b. ( ) setor secundário: indústria automobilística. c. ( ) setor terciário: serviços de consultoria. d. ( ) setor secundário: indústria moveleira. e. ( ) setor primário: industrias de beneficiamento de leite e produção de iogurtes. Gabarito: A correta é a alternativa “e”. Um sistema por definição pode também ser um conjunto de processos que interagem entre si, cada qual com seus objetivos isolados, mas que devem buscar um objetivo comum e final. Assinale a alternativa incorreta sobre o conceito de definição de sistema: a. ( ) Diversas entidades podem ser estudadas sob o enfoque sistêmico, desde que tenham uma finalidade a atingir; b. ( ) Um sistema fica inteiramente definido quando se conhecem seu objetivo, resultado ou efeito sobre o ambiente; c. ( ) Um sistema fica inteiramente definido quando se conhecem seus limites ou fronteiras; d. ( ) ...com vistas a alcançar seu objetivo, cada subsistema pode atuar sobre o que o alimenta, ajustando as saídas deste... e. ( ) Para alcançar os objetivos de um processo, cada subsistema tem seu objetivo próprio e se acha conectado a outro subsistema. Gabarito: A alternativa “e” está incorreta! O correto seria alcançar os objetivos de um sistema e não de um processo, portanto, para se gerar um subsistema, devemos primeiramente ter um sistema e não um processo. Segundo uma das definições, holismo é a tendência a sintetizar unidades em totalidades, ou seja buscar uma imagem única pelo conhecimento de elementos da empresa sejam eles atividades, recursos, base organizacional ou seu sistema de informações. Quais diferenciais competitivos voltados ao projeto um líder com visão holística pode agregar? Gabarito: Por ter um conhecimento de várias áreas e não somente no desenvolvimento, o líder com esta visão trará consigo o conhecimento das áreas que envolvem o projeto, como por exemplo, custos, qualidade, informação, produção e tecnologias fabris, financeiros, gestão de recursos, manutenção e técnicas de projeto. Quando pensamos em iniciar o desenvolvimento de um produto, devemos primeiramente, avaliar seus conceitos em times multidisciplinares da organização em relação aos quesitos de viabilidade, aceitabilidade e vulnerabilidade. Após este crivo, é necessário pensar no desempenho do produto/processo que devem seguir as cinco dimensões. Seguindo esse raciocínio, marque a única alternativa que correlaciona erroneamente objetivo e exemplo de execução: a. ( ) Qualidade – Produto com baixo retorno dos clientes; b. ( ) Confiabilidade – Processos com baixa; c. ( ) Rapidez – Aplicação de ISO OHSAS 18.001; d. ( ) Custo – Melhor lucratividade do produto em relação aos gastos; e. ( ) Flexibilidade – Maior quantidade de possibilidade de cores em um produto. A alternativa “c” está incorreta! A aplicação de uma norma da série ISSO OHSAS 18.001 voltada para a segurança e saúde ocupacional não trará melhoras no objetivo de rapidez do produto. Conforme os estudos do processo de trade-off a empresa por vezes precisa se abster de determinadas características para poder se posicionar no mercado de maneira estratégica e maximizar seus lucros. Assinale a situação abaixo onde a empresa terá a menor vantagem competitiva: a. ( ) Produto de baixo custo porém com produção elevada; b. ( ) Produto de baixa produção porém diferenciado para o cliente; c. ( ) Produto de baixo custo com diferencial para o cliente; d. ( ) Produto de baixa produção e com baixa diferenciação para o cliente; e. ( ) Produto diferenciado para o cliente e com alta produção. Gabarito: A alternativa “d” está correta! A menor vantagem competitiva se dará em produtos com baixa produção, por vezes artesanais, e aos quais tem grande oferta ao cliente não possuindo um diferencial que deveria maximizar sua lucratividade. Síntese E assim, chegamos ao fim da nossa segunda aula! Conforme os temas que estudamos, é possível concluir que um projetista precisa conhecer além das técnicas de projetos de diferentes áreas, com esforço, ampliação e humildade ele deve buscar ser completo, deve entender que um sistema somente funcionará de maneira autônoma se todos seus subsistemas também funcionarem da mesma maneira. O responsável de projetos deve também ter o poder de sintetizar grandes problemas de maneira simples e criativa. Ter o conhecimento de diversas áreas vai auxiliar no momento das primeiras análises de risco (foco exemplificado em Marketing, Produção e Finanças) para definir em caso de aprovação do projeto, características de desempenho, como qualidade, custo e confiabilidade. Por vezes mesmo conhecendo as características ainda é de suma importância planejar como o produto pode ser lançado de maneira mais competitiva. Em alguns casos é necessário abster de algumas características com o objetivo de maximizar o lucro e diminuir o risco. Acompanhe no vídeo no material online, a síntese da aula preparada pelo professor Ricardo! Até o nosso próximo encontro! ReferênciasBibliográficas SOARES, P. F. Planejamento e projetos econômicos. 1. ed. Fortaleza: Ed. FUNECE, 1999. VALERIANO, D. L. Gerenciamento Estratégico e Administração por Projetos. Porto Alegre. PEARSON, 2000. FERREIRA J.; Achiles B. Desenvolvimento de produto e mercado. Curitiba: IBPEX, 2003. SELEME, Robson; PAULA, Alessandra de. Projeto de produto: desenvolvimento e gestão de bens, serviços e marcas. 3. reimp. Curitiba: IBPEX, 2009.
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