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INTRODUÇÃO
Começaremos o seguinte trabalho com o conceito de esquizoanálise para melhor compreensão do atual tema proposto. O conceito de esquizoanálise, segundo Guattari e Deleuze, surgiu com o Anti- èdipo, esta então é enormemente norteada pela Filosofia e vai totalmente contra a ideia de estrutura, de totalidade, de esquemas. A esquizoanálise então poderia ser entendida como uma perpesctiva de valorização da vida, ela busca que o indivíduo deseje, não um desejo que será recalcado mais um desejo que impulsiona, um desejo que faz sair o indivíduo do propriamente dado, do instituido com o instituinte, daí então vem a questão da valorização da vida. Esta, intitulada Esquizoanálise, valoriza o ato de criação, da revolução que cria mudanças, e defende a ideia de infinitas formas de se compor a vida. 
Não existe para esta o dualismo platônico( bom/mal, belo/feio, certo/errado), os conceitos para Deleuze e Guattari não são dados como verdade. Não existe para a esquizoanálise também forma boa ou ruim de guiar a vida, aqui acredita-se que qualquer modo de conduzir sua vida é válido, e o limite então será dado por cada indivíduo, cada pessoa cria sua normalidade. Aqui então um corpo pode fazer tudo aquilo que consiga suportar, podendo então satisfazer seus desejos. 
SUBJETIVIDADE
 	A Esquizoanálise pode ser entendida como uma ética estética de valorização da vida, enaltecendo a importância de uma visão ampliada sobre o sujeito e todos os discursos que o circundam, sendo de extrema importância uma clínica que seja pensada de acordo com seu tempo e pelas subjetividades nas quais o sujeito se ocupa. Sendo assim, existiram, portanto, infinitas formas de existência, em que um corpo pode tudo aquilo que ele consiga suportar. 
	Há uma extensa valorização dos atos de criação nessa linha teórica, havendo impossibilidade de haver rótulos ou verdades absolutas, havendo sempre possibilidades, nunca imposições. No entanto, há uma valorização para atitudes que produzam uma vida vibrátil e pulsante.
	Desta forma, para a Esquizoanálise, nossa subjetividade é constituída historicamente, e para cada época histórica temos um certo tipo de produção de subjetividade, sempre heterogênea e múltipla. Pensando dessa maneira, a subjetividade seria como uma espécie de argamassa de constituição não apenas do sujeito, mas do mundo como um todo. 
	Existem duas maneiras de planos de formação subjetiva: a singularizadora (que através da criação cria um corpo pleno) e a normatizadora (que forma um corpo maquínico e disciplinar através de um regime de reprodução/estratificação). Desta forma, é possível afirmar que a subjetividade contemporânea é capturada pela normatização, pelos dispositivos de poder e saber que nos fazem como ferramentas para as classes dominantes. Uma alternativa de reapropriação existencial seria novas formas de se compor a vida, ou seja, novas formas subjetivas pulsáteis e vibrantes. 
	Para a psicanálise, o sujeito é marcado e dividido por duas maneiras de funcionamento: consciente e inconsciente, sendo marcado essencialmente pela sintaxe inconsciente. Este sujeito da psicanálise é um sujeito extremamente desejante e movido pela falta, que lhe é constituinte. No entanto, o sujeito contemporâneo pouco é marcado por esta falta simbólica, tornando-o assim, suscetível à objetificação, já que se imagina pássivel de completude, imerso em um discurso do saber cientifico de uma suposta felicidade que poderia ser atingida de uma maneira pela. 
INCONSCIENTE – VISÃO PSICANALÍTICA E ESQUIZOANALÍTICA
O inconsciente é o objeto de estudo da psicanálise, sendo este o responsável pela organização do psiquismo humano a base de toda a vida psíquica. Os pensamentos, as ações e todas as manifestações conscientes seriam manifestações do inconsciente, assim como: o sonho, atos falhos, entre outros.
Segundo a psicanálise, o inconsciente designa um dos sistemas do aparelho psíquico definido por Freud, que se constitui de conteúdos aos quais foi negado o acesso ao plano da consciência por se tratarem sempre de algo penoso para o indivíduo, abrange processos tais como os recalcados, que caso se tornasse conscientes estariam propensos a um contraste com o restante dos processos conscientes.
Ressaltamos que Freud em suas obras nos informa que a região psíquica a qual a psicanálise se refere não são localidades anatômicas, a subdivisão em inconsciente e consciente faz parte de uma tentativa de retratar o aparelho mental como sendo constituído de grande número de instâncias ou sistemas.
Para Deleuze e Guatarri as produções do inconsciente foram a maior invenção da psicanálise, porém eles propõem o conceito de Inconsciente Maquínico, povoado por máquinas desejantes. O inconsciente torna-se usina é responsável pelo desejo como intensidade que produz realidade.
O inconsciente como produção desejante, ao invés de falta a ser preenchida como vista pela psicanálise permite uma nova abordagem ao indivíduo. A esquizoanálise resiste ao império do Édipo rebate a tese freudiana da família como responsável por todo comportamento social deste indivíduo, há uma crítica ao processo capitalista que consiste em recalcar a produção desejante através do complexo de Édipo, impossibilitando a constituição de novos modos de vida, o desejo é impedido de criar e cai sempre no triângulo edípico. 
Deleuze e Guatarri nos remetem a refletir que o problema de nossa sociedade está em transformar o indivíduo ao modo neurótico de vida, infeliz, afastando-o de sua capacidade de criar uma vida intensa.
O inconsciente para esquizoanálise não tem representação, o corpo preso dentro das representações é como um prisioneiro condenado à solitária, um escravo amarrado. Se há uma negação do inconsciente é porque o desejo estabelece relações, estabelecendo relações cria suas próprias vontades de viver estes desejos. Há muitas vias para o inconsciente, é preciso sair do triângulo familiar da psicanálise e encontrar as trilhas que ainda não foram exploradas.
O DESEJO
A esquizoanálise surge então, para superar as estruturas limitantes para o homem e seu desejo, estruturas estas oriundas do modelo psicanalítico, que traz o Édipo como forma de estruturação do sujeito, como doença inserida na criança, como ilusão e canalização do desejo. O sujeito da psicanálise é o sujeito do desejo, mas é um sujeito marcado e movido pela falta, delineado por Freud através da noção de inconsciente. 
A produção edípica consiste em rebater todas as imagens sociais do capitalismo sobre a família: tudo passa pela triangulação pai, mãe e filho. Ocorre a castração do desejo, o que vai de encontro ao que Deleuze e Guatarri propõem. Para Deleuze e Guattari, o desejo é revolucionário, todo desejo é produção do real e transborda para fora do sujeito, transformando a realidade. O que para a psicanálise é desejo demais, para a esquizoanálise nunca há desejos suficientes, não falta nada ao desejo. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesse trabalho tivemos a oportunidade de falar sobre as diferenças entre a subjetividade da Psicanálise e da Esquizoanálise, bem como cada uma funciona segunda suas teorias. Vimos nesse trabalho as duas formas de subjetivação, a Normalizadora que é a que estar em total vigor que defini o que pode ou que não pode, e a singular que tenta fugir desse padrão do normativo. Falamos ainda sobre o Inconsciente da Psicanalise e da Esquizoanálise, que trabalham de forma diferente, enquanto uma segue uma lógica do complexo de édipo a outra roupe e não se prender que o inconsciente que deriva todo desejo e sim que esse desejo do Inconsciente é produzido segundo a Esquizoanálise. A subjetividade é algo que sempre estar em processo de transformação e por isso que o homem sempre muda de acordo com o tempo histórico.
REFERÊNCIAS:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982003000100002 – acesso em 03 de dezembro de 2016.
http://www.scielo.br/pdf/agora/v16nspe/04.pdf - – acesso em 03 de dezembro de 2016.
TOREZAN, Zeila C. Facci; AGUIAR, Fernando. O sujeitoda psicanálise: particularidades na contemporaneidade. Rev. Mal-Estar Subj.,  Fortaleza ,  v. 11, n. 2, p. 525-554,   2011 .   Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482011000200004&lng=pt&nrm=iso> acessos em  03  dez.  2016.
PERES, Rodrigo; BORSANELLO, Elizabethe; PERES, Wilian. A Esquizoanálise e a produção de subjetividade: Considerações práticas e teóricas, 2009. Disponível em http://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/6580/S1413-73722000000100003.pdf?sequence=1&isAllowed=y acesso em 03 dez. 2016.

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