Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências Biológicas Departamento de Bioquímica Aula Teórica: Hormônios III Disciplina: Bioquímica 04 - BQ004 Curso: Ciências Farmacêuticas RECEPTORES DE HORMÔNIOS -Estrutura de um receptor -Receptores internalizados por endocitose -Receptores acoplados a proteína G CASCATAS INTRACELULRES: TRANSDUÇÃO DE SINAL: -Proteína G -proteína quinase A -proteína quinase C -Via do diacilglicerol (DAG) -proteína quinase G Receptores com esta estrutura para adrenalina, histamina, serotonina, angiotensina, vasopresina e varios outros. Ligação ao ligante pode ocorrer num bolsão formado pelos cilindros I a VII que atravessam a membrana Modelo proposto para inserção do receptor β2- adrenérgico na membrana celular RECEPTORES DE HORMÔNIOS Receptores de hormônios de membrana Para receptores de membrana existem domínios de ligação ao ligante, domínios transmembrânicos e domínios intracelulares Há 7 domínios que atravessam a membrana Os receptores β- adrenérgicos (β1 e β2) reconhecem catecolaminas (epinefrina e norepinefrina), e a ligação ao hormônio estimula a adenilato ciclase Região C-terminal intracelular que contém sítios de fosforilação (resíduos de serina e treonina) que são importantes para a REGULAÇÃO DO RECPETOR: quando fosforiladas, uma proteína ARRESTINA inibe a ativação de proteína G Internalização de receptores Muitos tipos de complexos hormônio-receptor de membrana celular são internalizados por ENDOCITOSE 1- O complexo polipeptídico do receptor entra em depressões encapadas (coated pits), que são invaginações 2- Estas depressões encapadas se destacam nas membrana para formar vesículas encapadas, que perdem suas capas, fundem-se umas com outras e formam vesículas chamadas de RECEPTOSSOMOS 3- Os receptores e ligantes dentro do receptossomos têm destinos diferentes: a) Os receptores podem ser reciclados para a superfície celular após fusão com o complexo de Golgi b) Os receptossomos fundem-se com os lisossomos, que contêm enzimas proteolícas que degradam o hormônio e o receptor. Algumas vezes o receptor pode retornar intacto a membrana RECPETORES DE HORMONIOS Internalização de receptores Clatrina direciona a internalização de complexos hormônio-receptor da membrana plasmática O principal componente protéico da vesícula encapada é a clatrina, uma proteína não-glicosilada (180 kDa) A endocitose pode ser um meio de introduzir o receptor intacto ou o ligante no interior da célula, em casos em que o núcleo pode conter o sítio de ligação para o receptor ou o ligante A endocitose torna uma célula menos responsiva ao hormônio, uma vez que reduz o número de receptores na superfície celular. Internalização do receptor leva, portanto a uma regulação negativa ou down-regulation e uma diminuição na sensibilidade ao hormônio Cascata hormonal intracelular Muitos hormônios que se ligam a receptores de membrana celular transmitem seus sinais por segundos mensageiros que ativam proteínas quinases específicas 1) cAMP ativa proteína quinase A 2) Diacilglicerol (DAG) ativa proteína quinase C 3) cGMP ativa proteína quinase G Receptores de hormônios Receptores de hormônios de membrana Algumas interações hormônio-receptor envolvem múltiplas subunidades hormonais Tireotropina (TSH), hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo-estimulante (FSH) contêm, todos, uma subunidade α e β. A subunidade α de todos os 3 hormônios é quase idêntica. A especificidade é conferida pela subunidade β, cuja estrutura é singular para cada hormônio. Modelo de interação de LH com seu receptor Receptores de hormônios de membrana Modelo do receptor de TSH O complexo TSH-receptor estimula a ADENILATO CICLASE e a via do FOSFATIDILINOSITOL (ciclo PI)(cascata DAG) Ligação da subunidade β do TSH com o receptor Proteína G: proteína transuctora do sinal. Posue 3 subunidades, é uma GTPase (GUANINA TRIFOSFATASE) CASCATA DE SINALIZAÇÃO DO FOSFATIDIL INOSITOL QUE ATIVA PROTEINA QUINASE C 4,5 FOSFATIDIL INOSITOL Cascata hormonal intracelular As subunidades α do receptor de insulina são localizadas extracelularmente e são os sítios de ligação de insulina Modelo hipotético representando duas vias bioquímicas separadas para explicar efeitos paradoxais da insulina na fosforilação de proteínas Efeitos metabólicos de curo-prazo: rápido aumento da captação de glicose Efeitos metabólicos de longo-prazo: diferenciação celular e crecimento Ligação do ligante induz autofosforilação de resíduos de tirosina localizados nas porções citoplasmáticas das subunidades β que ativa a cascata intracelular: fosforila substratos intracelulares, incluindo IRS-1, Shc e Cbl, que se associam com proteínas como p85 e Grb2. Formação do compelxo IRS-1/p85 ativa PI(-3)quinase; o compelxo IRS-1/Grb2 ativa MAP quinase. Cascata hormonal intracelular Esquema hipotético para transdução de sinal na ação da insulina Efeitos metabólicos de curo-prazo: rápido aumento da captação de glicose Cascata hormonal intracelular: proteína quinase A Mecanismo que a vasopressina ou arginina angiotensina (AVP) ou hormônio antidiurético causa reabsorção de água da urina no rim distal Cascata hormonal intracelular: proteína quinase A Mecanismo que a vasopressina ou arginina angiotensina (AVP) ou hormônio antidiurético causa reabsorção de água da urina no rim distal Neurônios liberam AVP em respostas a estímulos de barorreceptores que respondem a queda na pressão do sangue ou de osmorreceptores que respondem a um aumento na concentração extracelular de sal Cascata hormonal intracelular: proteína quinase A Exemplos de hormônios que operam pela via da proteína quinase A Cascata hormonal intracelular: proteína quinase C Hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) 1- Uma fibra nervosa aminérgica estimula o neurônio GnRH-érgico a secretar GnRH, que entra no sistema porta fechado conectando o hipotálamo e a pituitária anterior Cascata hormonal intracelular: proteína quinase C Hormônio liberador de gonadotropina (GnRH) GnRH estimula a secreção de FSH e LH pela pituitária anterior (gonadotropos) Cascata hormonal intracelular: proteína quinase C Exemplos de hormônios que operam pela via da proteína quinase C Cascata hormonal intracelular: proteína quinase G Fator natriurético atrial (ANF) ou ATRIOPEPTINA O receptor do ANF é uma proteína transmembrânica, cujo domínio citoplasmático C-terminal tem atividade de glunilato ciclase e cujo domínio N-terminal liga ANF Domínios funcionais do receptor de ANF O ANF é secretado por miócitos do coração, em resposta a sinais como expansão do volume sanguíneo, alta ingestão de sal, pressão aumentada no átrio direito e aumento da taxa de batimentos cardíacos Cascata hormonal intracelular: proteína quinase G Modelo para a transdução de sinal do receptor do fator natriurético atrial (ANF) Cascata hormonal intracelular: proteína quinase G Visão geral da secreção de ANF e de seus efeitos gerais Aumenta a taxa de filtração glomerular (GFR) e do fluxo sangüíneo renal (RBF) levando a um volume de urina (VU) aumentado e excreção de íons sódio (UNa) Redução da secreção de renina e adosterona Vasoconstricção produzida por angiotensina II é inibida, causando relaxamento dos vasos renais bem como de outros vasos
Compartilhar