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FLEXÃO DE BARRAS CURVAS BARRAS CURVAS – são barras em que a linha de centros (linha que une os centroides de todas as seções transversais) é uma curva plana, tendo um raio e um centro de curvatura FLEXÃO DE BARRAS CURVAS A análise de barras curvas é necessária quando o raio de curvatura de uma barra for menor que cinco vezes a altura da seção transversal. Quando essa for a situação, a equação da flexão não fornece resultados precisos, resultando em erros no projeto. h hr 5≤_ EXEMPLOS DE BARRAS CURVAS A dedução da equação para as tensões provocadas pela flexão de barras curvas parte das seguintes considerações: Barras com seção transversal uniforme e com um plano de simetria; Momentos fletores atuando no plano de simetria da barra; A linha de centros (linha que une os centróides de todas as seções transversais) é uma curva plana; As seções transversais que eram planas e perpendiculares à linha de centros antes da flexão, devem permanecer assim após a flexão; Os materiais da barra devem apresentar comportamento elástico linear; As tensões atuantes na barra devem permanecer abaixo do limite de proporcionalidade do material. FLEXÃO DE BARRAS CURVAS M – Momento fletor que atua em torno do eixo neutro da seção de uma seção transversal da barra curva R – Distância entre o eixo neutro e o centro de curvatura – Distância entre o centróide da área da seção transversal e o centro de curvatura r – Distância do ponto onde a tensão deve ser determinada e o centro de curvatura e – Distância do eixo neutro até o centroide da área da seção transversal y – Posição do ponto onde se deseja determinar a tensão em relação ao eixo neutro r FLEXÃO DE BARRAS CURVAS 2 )..(2 δθrRS −=∆ Chamando −= r rRk.ε Como εE=σ . então: −= r rRkE ..σ θ δθ d k = FLEXÃO DE BARRAS CURVAS ; dθr δθr)(R = S ΔS=ε . 2 ..2 − S ΔS=ε θdrS .= 0. =∫ A d Aσ Isolando R chega-se a: 0=Σ= xR FF 0.... =− ∫∫ AA d AkE r d ARkE Localização do eixo neutro: FLEXÃO DE BARRAS CURVAS 0... = − ∫ d Ar rRkE A 0...... =−∫∫ r d ArkE r d ARkE A Como E.k e R são constantes, tem-se: ∫ = A r dA AR ∫ = A r dA AR Tanto R como r são medidos a partir do Centro de Curvatura da barra, representado nas figuras por O’. r que indica a posição do eixo centroidal, também é medido a partir do centro de curvatura da barra. R – Localização do eixo neutro a partir do centro de curvatura O’ da barra; A – Área da seção transversal; r – Posição do elemento de área dA na seção transversal, onde a tensão “σ” deve ser determinada, medida a partir do centro de curvatura O’ da barra. FLEXÃO DE BARRAS CURVAS Eixo que passa pelo Centro de Curvatura O’ da barra curva É importante destacar então que em Barras Curvas, o Eixo Neutro não coincide com o eixo centroidal da seção transversal (R ≠ r) A equação fornece a localização do eixo neutro a partir do Centro de Curvatura O’ da barra: Essa integral que é o denominador da equação de R pode ser determinada para várias geometrias de seção transversal conhecidas. As mais comuns estão mostradas na figura ao lado. ∫ A r dA A=R ∫ A r dA Então, para determinarmos a posição do eixo neutro é preciso calcular o valor de R: Para calcular o valor de R é preciso resolver a integral: +−= ∫ ∫∫ A AA R drd ARr d ARkEM .2. 2 Então: Determinação da tensão: Expandindo e lembrando que E.k e R são constantes, tem-se: −= r rRkE ..σrRy −= Sabendo que: ∫ ∫∫ === A AA R dyd Fyd MM ... σ ∫ −−= A R dr rRkErRM ...) .( FLEXÃO DE BARRAS CURVAS Referência a partir de O’ Determinação da tensão: +−= ∫ ∫∫ A AA R drd ARr d ARkEM .2. 2 - A segunda integral representa a área da seção transversal “A” R A r dA A =∫∫ = A r dA AR - Entendendo-se que a localização do centróide da seção transversal é dada por: A terceira integral pode ser substituída por: A dAr r A ∫ = . _ Ar . _ - A primeira integral equivale a: Assim podemos escrever: ).( . RrA MkE − = FLEXÃO DE BARRAS CURVAS ∫= A d ArAr .. _ )RrA(kE=M −.. Determinação da tensão: Com isso obtém-se: ou yRr −= Quando esses valores são substituídos na equação de “σ”, tem-se uma outra equação que pode ser usada: Como: rRy −= e ainda: Rre −= FLEXÃO DE BARRAS CURVAS ).( . RrA MkE − = ⇒ − − r rR RrA M=σ . )( Anteriormente , obteve-se uma expressão para a tensão que era dada por: O produto de E.K pode agora ser substituído por : −= r rRkE ..σ ( )yReA yM − = .. .σ − − = Rr rR rA M . σ Contudo, a equação mais usual é a primeira que foi deduzida, em que a tensão de flexão em uma barra curva é dada por: Nessa equação tem-se que: σ - Tensão normal de flexão em uma barra curva; M – Momento fletor interno resultante em torno do eixo neutro que atua nas seções transversais da barra curva; ele é positivo quando tender a tornar a barra reta; R – Distância entre o centro de curvatura e o eixo neutro; – Distância entre o centro de curvatura e o centroide da área da seção transversal r – Distância entre o centro de curvatura e o ponto em que a tensão “σ” deve ser determinada; e – posição do eixo neutro em relação ao centroide da área da seção transversal y – posição, em relação ao eixo neutro, do ponto onde se deseja determinar a tensão, sendo positivo quando no sentido do centro de curvatura da barra FLEXÃO DE BARRAS CURVAS r − − = Rr rR rA M . σ FLEXÃO DE BARRAS CURVAS A distribuição de tensão normal em barras curvas determinada a partir da equação é hiperbólica. As figuras a seguir mostram a representação dessa distribuição de tensão. − − = Rr rR rA M . σ Curva hiperbólica da distribuição de tensões Slide Number 1 Slide Number 2 Slide Number 3 Slide Number 4 Slide Number 5 Slide Number 6 Slide Number 7 Slide Number 8 Slide Number 9 Slide Number 10 Slide Number 11 Slide Number 12 Slide Number 13 Slide Number 14
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