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CPI Caderno de Administrativo

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Bibliografia:
Carvalhinho
Rafael Oliveira
Aula 01 – 15/05/2017
Funções estatais 
Princípio da separação dos poderes ou da separação estatal vem com o intuito é separar os poderes e desconcentrar das mãos do monarca. São funções legislativa (Poder Legislativo); função judiciária (Poder Judiciário); função administrativa (Poder Executivo).
Poder legislativo tem função típica de legislar, mas Átila de julgar (Senado julga o impeachment), administrar seus servidores.
Poder judiciário de forma típica edita o regimento interno, legislando atipicamente. Além disso, quando da provimento aos cargos exerce função atípica de administrar.
Função administrativa consiste na função de aplicar a lei e prestar os serviços do estado, as atividades fim do estado. Classificada como função administrativa endógena (atividades meio da administração pública, serviços internos da AP) e exógena (atividades fim da AP, ocorre quando a administração presta serviços públicos, quando intervém na economia, quando exerce o poder de polícia. 
Conceito de AP
A doutrina elenca três critérios:
Criterio formal – AP será identificada de acordo com o regime jurídico de direito administrativo que a pauta. 
Critério material ou objetivo – a AP equivale ao conteúdo da atividade prestada. Significa dizer que equivale a própria função administrativa. Por esse aspecto escrevemos administração pública com a e p minúsculos.
Critério subjetivo – a administração responde subjetivamente. Sob esse critério escrevemos com a e p maiúsculo.
Regime jurídico de direito administrativo é o conjunto de normas que estabelece prerrogativas e restrições ao exercício da função pública que não encontramos no âmbito das relações particulares, ou seja, se aplica somente a AP.
Celso Antônio diz que os princípios da supremacia do interesse público sobre o privado e indisponibilidade do interesse público servem de esteio, de lastro para o direito administrativo.
Princípios
A doutrina não é uníssona quanto aos princípios do direito administrativo.
Classificação:
Princípios Expressos – consagrados na CRFB 
Princípios Implícitos ou reconhecidos – apesara de não expressos são amplamente de reconhecidos pela doutrina e jurisprudência.
Princípio da legalidade
Princípio expresso – art. 37, caput da CRFB.
Decorrência da própria ideia de estado de direito em que deve atuar pautado pelas leis, não pode atuar livremente, somente pelo limite dado pelos representantes.
Pode ser compreendida sob dois aspectos:
Supremacia da lei – há prevalências da lei, mas não significa que o estado não possa atuar na ausência da lei. Se não houver lei o estado poderia atuar sem ela. Nos remete a vinculação negativa a legalidade.
Reserva de lei – o estado só pode atuar conforme o ateu a lei autoriza. Há uma vinculação positiva do estado a lei. Esse segundo aspecto que prevalece a legalidade no Brasil. Hely Lopes Meireles – o particular pode fazer tudo que não está em lei, enquanto o estado só pode agir conforme o que autoriza a lei. 
A doutrina diz que a legalidade sofre uma releitura por força da constitucionalizarão direito administrativo e dos princípios, pôs positivista.
Princípio da jurisdicionalidade – a administração não se encontra mais vinculada só a lei, mas ao dirieto como um todo. Art. 2º,§ un, I, lei 9874/98.
Princípio da impessoalidade
Art. 37, caput, é expresso.
Doutrina diz que pode se compreendido sob dois aspectos:
Isonomia – a AP não pode destinar um atendimento discriminatório aos administrados. Ex.: concurso público, licitação, precatórios. Não pode conferir privilégios odiosos.
Vedação a promoção pessoal dos agentes públicos – a doutrina diz que o agente público não pode se apropriar dos Feitos do estado. Ex.: a obra é do estado e não do governador. Vem do art. 37,§1º da CRFB.
Princípio da moralidade 
Expresso no art. 37, caput da CRFB.
Doutrina traz a ideia que a moralidade administrativa diz que a AP deve atuar pautada pela ética, boa-fé, etc. Ex.: súmula Vinculante 13 que veda o nepotismo.
STF sempre disse que essa vedação é para cargos administrativos, mas não para cargos políticos, mas no caso do prefeito Crivella que nomeou o filho para secretaria, monocraticamente o STF entendeu que não poderia ocorrer isso. Ainda não há entendimento majoritário quanto a isso. 
Princípio da publicidade 
Expresso no art. 37, caput da CRFB 
Necessidade de divulgação dos atos da AP e transparência com os mesmos. Guarda relação direta com o princípio republicano. 
Sigilo é exceção. Art. 5º, XXXV da CRFB, só pode ser autorizado quando por necessidade de segurança da sociedade e estado.
Guarda relação com a necessidade de motivação dos atos administrativos. A doutrina diz que não basta publicizar, mas que externalize os motivos que levaram a encampar determinado posicionamento. Que possibilitará a impugnação do ato. 
É uma condição de eficácia do ato administrativo. Lembrando da escada Ponteana. Somente com a publicação ato tem aptidão para produzir efeitos.ex.: exoneração de servidor que já foi assinado mas não assinado. O servidor pode desistir da exoneração pois ainda não foi publicado e nao tem eficácia.
Princípio da eficiência 
Art. 37, caput da CRFB. Introduzido pela EC! Mas já era reconhecido antes pela doutrina e jurisprudência.
Prega que a tração da AP deve ser voltada a produção de resultados da maneira mais célere e eficiente possível. Lembrar sempre do termo resultados. 
Administração pública de resultados ou AP gerencial – conceito doutrinário acerca desse princípio. Autor diz que co. O reconhecimento desse princípio passamos para a AP de resultados e saímos da AP burocrática que só pretendia atender à lei sem se preocupar com os resultados eficientes. 
A partir do princípio da eficiência falamos do Direito fundamental à boa administração pública – seria uma AP eficiente que busca resultados.
Princípio da economicidade - Art. 70 da CRFB.
Tem conexão com o princípio da eficiência.
É um princípio geral que não se restringe a seara dos tribunais de contas, mas esprai seus efeitos a toda AP. 
Seria o aspecto financeiro do princípio da eficiência, do custo benefício dessa. Diferencia-se do princípio da eficiência, pois esse não é exclusivamente voltado para o aspecto do custo-benefício financeiro, a eficiência é muito mais ampla.
Princípio Isonomia e Princípio da Igualdade
Parte da doutrina faz diferenciação entre eles, mas há quem entenda (MAJORITÁRIA) que são equivalentes.
Isonomia no art. 5º, caput da CRFB.
Pode se formal (igualdade perante a lei) ou material ou substancial (retrata a igualdade formal, tratar igualmente os iguais e os desiguais desigualmente na medida em que se desigualam. Ex.: política de cotas, são as ações afirmativas, quando o estado estabelece políticas públicas que beneficia determinado setor e forma a promover a igualdade material).
Principio da Finalidade Pública
É a atividade administrativa deve ser sempre voltada ao atendimento do interesse público. 
Lembrada no estudo do controle dos atos administrativos. Temos o abuso de poder que se manifesta em duas espécies: 1) excesso de poder – quando o agente público extrapola suas competências legais; 2) desvio de poder ou desvio de finalidade – ocorre quando o atuar do administrador público for divorciado da administração pública, quando visa a atingir interesse particular. Ex.: desapropriação sem interesse público e necessidade para atingir uk desafeto.
Atos com vício de finalidade soa eivados de nulidade absoluta que não pode ser convalidada.
Princípio da continuidade
Ainda que Princípio setorial, a doutrina diz que pode ser um princípio aplicado a todos o serviços públicos (atividade estatal prevista em lei que confere a população alguma utilidade) que não é sinônimo de atividade administrativa.
Propõe que os serviços públicos e atividade administrativa em geral seja continua, regular, ininterrupta. Como são pautados pela necessidade da população, essa não poderestar desatendida. 
Distinção entre os casos de necessidade absoluta que não pode parar, tem de ser ininterrupto (ex.: serviços públicos essenciais: hospitais, serviço de água, luz) e necessidade relativa são aqueles que podem ser prestados de forma intermitente, ex.: quadras de esporte, serviços das barcas que houve manifestação do MP pedindo para não interromper após meia noite e foi entendido que é um caso de necessidade relativa.
Art. 6º, §3º da lei 8.987 – casos em que pode interromper. Lei das concessões dos serviços públicos. Diz que em casos de emergência (não precisa de notificação prévia), por razões de ordem técnica e de segurança das instalações (mediante notificação prévia) ou inadimplemento do usuário (mediante notificação prévia), o serviço pode ser interrompido. Apesar de expresso, há controvérsia na doutrina acerca dessa possibilidade de interromper o serviço quando do inadimplemento. Sustentam que seria inconstitucional nesse ponto. Interromper serviços essenciais seriam atos atentatórios a dignidade da pessoa humana. Outro ponto, o art. 22 do CDC, não poderia ocorrer em razão de inadimplemento. Seria inconstitucional pela vedação ao retrocesso, vez que a lei 8.987 é mais nova que o CDC. A doutrina MAJORITÁRIA, e jurisprudência PACÍFICA do STJ é admissível o corte, desde que haja notificação prévia (tem de se aplicar o princípio da especialidade, vez que a lei 8.987 é especial em detrimento ao CDC; além disso, se a concessionária, continuasse a fornecer o serviço sem o adimplemento, seria ato atentatórios ao contrato e violaria o princípio do equilíbrio econômico financeiro.
Se o poder público for usuário do serviço público (poder público ‘dono do hospital’ utiliza serviço público essencial como luz). STJ diz que se for serviço essencial não pode haver corte, mas se for não essencial, pode haver o corte. Biblioteca, quadra do aterro do Flamengo não são essenciais e podem ser cortados.
Direito de greve dos servidores – mora legislativa quanto ao direito de greve. Utiliza a norma de direito privado para regular o direito público. O direito de greve É uma mitigação da continuidade. Dispõe que os serviços essenciais, tem de ter um mínimo funcionando, mas não deixa de ser uma relativização da continuidade.
Princípio da indisponibilidade do interesse público
A coisa pública não pertence ao administrador público, que não pode dispor livremente dela, não existe uma faculdade de não agir. 
Nas celebrações de TAC, o administrador só pode se pronunciar se estiver na seara do interesse público. Podem dispor sobre a forma como será atingido o interesse público. 
Princípio da Autotutela
Súmula 346 e 473 do STF.
Significa que AP tem o poder-dever de anular seus atos eivados de ilegalidade e de revogar seus atos que se tornem inconvenientes e inoportunos.
A anulação guarda 
...1:11:00 até 1:13:00
Limites a esse poder:
Sanatória – vício relacionado à competência. Se o ato for praticado por autoridade incompetente pode se ratificado pela autoridade competente sanando o vício do ato administrativo. Se tiver vício de finalidade não é possível a Sanatória do ato. Tem de analisar a segurança jurídica e a boa-fé do particular.
Decadência administrativa – em regra a AP dispõe de prazo de 5 anos (art. 54, da lei 9.784/99, lei federal e não se aplica aos demais entes). Por força do princípio da segurança jurídica e para resguardar a boa-fé do particular. Ainda que a AP não disponha de legislação específica para anulação dos atos ilegais, a doutrina diz que a administração não pode anular livremente os atos, diz que devemos fazer uma interpretação analógica, buscando um prazo de 5 anos na legislação federal. 
Efeitos da anulação ou da revogação:
Ex tunc em regra quando do reconhecimento do vício de legalidade; pela anulação por vício de legalidade produz efeitos retroativos .
Ex nunc – a anulação por juízos de conveniência e oportunidade (revogação)
OBs.: doutrina diz que observando a segurança jurídica a AP pode modular os efeitos. Lei 5.427/09 traz essa possibilidade expressamente.
Princípio da Supremacia do interesse público 
O interesse público, coletividade sempre prevalecerá perante o interesse meramente particular.
A doutrina moderna contesta isso, diz que se a CRFB não estabelece uma hierarquia entre os princípios, não poderia dizer que o interesse público irá sempre prevalecer. Dessa forma deverá ocorrer uma ponderação no caso e não uma ponderação a priori (doutrina tradicional). Não é pacifico.
Princípio da especialidade
O poder público cria autarquias e órgãos para executar suas funções. Administração pública indireta. Lembrar da organização da AP.
Princípio da hierarquia
Ligado à organização da AP.
Art. 84, II da CRFB.
Relação verticalizada. Ocorre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica. Não existe hierarquia entre a pessoa jurídica de direito público interno e uma autarquia, aqui há uma supervisão.
Princípio da legitimidade
Só será legítimo com Respaldo popular. 
Princípio da razoabilidade e proporcionalidade 
STF entende que são sinônimos.
Para quem discorda o faz quanto à origem: a proporcionalidade tem origem 1:26:00 até 1:27:00
Adequação - 
Necessidade -
Proporcionalidade em sentido estrito - 
Princípio da segurança jurídica 
Visa atingir previsibilidade, estabilidade. Doutrina diz que também pode ser encarada sob dois aspectos:
Objetivo – previsibilidade objetiva das normas 1:28:00 até 1:29:00
Subjetivo – a proteção à confiança legítima do administrado. Visa resguardar as legítimas expectativas que surge no administrado em razão do atuar da AP. Daqui deriva a teoria dos atos próprios da AP. Aplicação do ...
Casos concretos:
Aplicação da súmula Vinculante 13 e nepotismo cruzado – é vedado pela súmula Vinculante de acordo com entendimento do STF. Aqui são cargos administrativos e não poderia cogitar da exceção. A nomeação seria nula de pleno direito por violação à súmula e moralidade.
O ato de aposentadoria e pensões é um ato complexo (demanda manifestação de vontade do servidor e do tribunal de contas quando do registro), é pacifico. Não há que se falar em ato jurídico perfeito, nem passou do prazo de decadência, pois o tribunal não se pronunciara. Quanto ao contraditório e ampla defesa, aplica-se a súmula Vinculante 3 do STF, que afasta isso, salvo se o tribunal de contas demorar mais de 5 anos a analisar o pedido, deve conceder o contraditório e à ampla defesa, mas a contagem se dá da entrada no Tribunal de Contas. 
STF entende que deve prevalecer a publicidade dos atos públicos. Há um conflito de direitos fundamentais (intimidade X publicidade). Apesar da remuneração, e nome dos servidores, não há dados como endereço, CPF, RG que tornaria isso mais grave.
Aula 02 e 03 – 16/05/2017
Poderes Administrativos
Definição
Poderes administrativos são prerrogativas especiais de direito público outorgadas aos agentes públicos que se afiguram necessárias para a concepção dos fins do Estado.
Poderes administrativos X Deveres administrativos (art. 37, caput da CRFB): deveres não são prerrogativas, são na verdade sujeições.
Características
Os poderes administrativos tem como características: instrumentalidade e indisponibilidade:
Instrumentalidade é a ideia de que os poderes administrativos sempre são disponibilizados no interesse de terceiro.
Indisponibilidade é a ideia de que não cabe ao agente público dispor de prerrogativa que a lei lhe dê.
Na administração pública pode haver arbitragem? Isso conflita com a característica da indisponibilidade? Primeira corrente (minoritaria): Celso Antonio Bandeira de Melo entende que a arbitragem na administração pública é impossível em razão da característica da indisponibilidade, bem como em virtude de um dever administrativo decorrente do princípio da legalidade, visto que não existe lei versando sobre a arbitragem para a administração pública. Segunda corrente (majoritaria - TJRJ): José Carvalho Filho e outros entendem que a arbitragemé possível na administração pública com base em uma releitura dos argumentos do Celso, então só será cabível arbitragem quando o conflito de interesse seja meramente patrimonial, pois passa a ser disponível. Hoje em dia existe norma legal que prevê a arbitragem no âmbito da administração pública (art. 1°, §1° Lei 9307/96 com redação dada pela Lei 13.129/15).
Tipologia/Classificação (Hely Lopes Meirelis-banca TJRJ):
Poder Vinculado
Prerrogativa especial de direito público outorgada aos agentes públicos para a prática dos atos administrativos de sua competência escolhendo os demais elementos para o seu aperfeiçoamento.
Atos administrativos tem cinco elementos básicos: competência, motivo, forma, objeto e finalidade. Art. 2° da Lei 4717/65.
A lei dá competência e o agente escolherá a forma dos demais elementos, sempre seguindo os deveres administrativos.
Maria Sylvia Di Pietro entende que não são seis poderes administrativos, são apenas cinco. A Di Pietro entende que o poder vinculado não é poder administrativo, pois o que existe é uma sujeição e não um poder.
Caso concreto: STJ MS 16043 > dupla omissão administrativa > requerimento > omissão > requerimento à autoridade hierárquica > omissão. Há dever de decidir? Em que prazo? A omissão é manifestamente ilegal, arts. 48 e 49 da Lei 9784/99. Como o poder é vinculado tem o dever de responder e de observar um prazo.
Poder Hierárquico
Prerrogativa especial do direito público outorgada aos agentes públicos para escalonamento e distribuição das funções públicas entre órgãos e entidades.
Órgãos X Entidades: critério da personificação. Entidade é personificada, é pessoa jurídica. Órgão é despersonificado, não é pessoa jurídica.
Competência/atribuição: Limite ou medida da função administrativa. A competência tem como características: 
inderrogabilidade - uma vez fixada não pode ser alterada pela administração pública. É RELATIVA, as exceções são: avocação e delegação.
Avocação é de baixo para cima. 
A delegação é de cima para baixo. 
Ambas são manifestações de poder hierárquico para modificar a competência pela administração pública. 
Ex: delegação (art. 28 do CPP- independência fica mitigada).
a improrrogabilidade - uma vez fixada não pode ser modificada pelos administrados. Se a lei fixou ninguém pode modificar. ABSOLUTA
Caso concreto: autarquia é pessoa jurídica autônoma da entidade que a criou. Não existe hierarquia entre pessoas jurídicas autônomas. Existe vinculação, mas não subordinação/hierarquia. A doutrina chama de recurso administrativo impróprio, pois as autoridades envolvidas pertencem a pessoas jurídicas (entidades) diferentes. Recurso impróprio só se admite quando a legislação autorizar expressamente.
Poder Disciplinar
Prerrogativa especial do direito público conferida aos agentes públicos para controle do funcionamento da administração pública e da conduta dos agentes públicos, responsabilizando-os por eventuais infrações praticadas no desempenho de suas funções/atribuições.
Poder de controlar e de punir.
- A mais drástica punição é a perda de cargo público. Como o cargo pode vir a ser perdido?
Cargo é lugar dentro da administração pública. Unidade mínima da administração. Tipos de cargos: vitalício, efetivo e em comissão.
Cargo vitalício: maior segurança possível ao seu titular. Uma vez adquirida a vitaliciedade pelo exercício efetivo do cargo por dois anos. Só pode ser perdido o cargo por decisão judicial transitada em julgado.
Carreiras que possuem cargo vitalício: membros do tribunal de contas (art. 73, §3° da CRFB), membros do poder judiciário (art. 95, I da CRFB), membros do ministério público (art. 128, §5°, I, a da CRFB).
Obs: a Constituição não prevê vitaliciedade à Defensoria Pública. Portanto, é prematuro dizer que o cargo de defensor tem vitaliciedade.
Cargo efetivo: menor segurança possível ao seu titular. Identifica de modo residual. Uma vez adquirida a estabilidade pelo exercício efetivo do cargo por três anos pode vir a ser perdido: 
por decisão judicial transitada em julgado (art. 41, §1°, I da CRFB), 
por procedimento administrativo disciplinar assegurados o contraditório e a ampla defesa (art. 41, §1°, II da CRFB), 
por avaliação periódica de desempenho negativa em razão da ineficiência (art. 41, §1°, III da CRFB-EC 19/98), 
por excesso de gasto orçamentário ou irresponsabilidade fiscal - demissão de servidores estáveis para cortar gastos (art. 169, §4° da CRFB-EC 19/98).
Procurador do Estado ou da União, Defensor Público, Delegado Federal ou Civil são cargos efetivos.
Cargo em comissão: não atribui segurança ao seu titular. Art. 37, II da CRFB. É o cargo de livre nomeação e de livre exoneração. Ad nutum. Sem concurso público.
- Um município pode criar cargos em comissão de cozinheiro, motorista e jardineiro? Quais as funções poderiam ser destinadas à cargo em comissão? Art. 37, V da CRFB. As atribuições de direção, chefia e assessoramento podem ser por meio de cargo em comissão. Não cabe cargo em comissão de cozinheiro, motorista e jardineiro, pois não se enquadram como diretores, chefes ou assessores.
- Função de confiança e cargo em comissão são sinonimos? Função de confiança é restrita à servidor de carreira. Cargo em comissão pertence ao servidor de carreira ou não servidor público.
A liberdade de nomeação é absoluta? Qual seria a restrição? A liberdade não é absoluta. O superior hierárquico pode nomear qualquer pessoa, exceto quando configurar nepotismo. Princípio da moralidade (art. 37, caput da CRFB), Resolução CNJ 7/05, Resolução CNMP 1/05, ADC 12, Súmula Vinculante 13. O STF relativizou o entendimento, pois o nepotismo é aceito em cargos políticos (Ministros e Secretários). Nepotismo cruzado.
Poder de Polícia
Prerrogativa especial de direito público conferida aos agentes públicos de restrição de direitos individuais, especialmente liberdade e propriedade em favor de terceiros.
- Qual o fundamento legal do poder de polícia? Art. 145, II da CRFB. Art. 78 do CTN.
- Quais os principais exemplos de poder de polícia administrativa no campo da propriedade e da liberdade? 
Liberdade: lei do silêncio, em razão do direito de vizinhança há uma restrição para escutar o som quanto ao volume e o horário. Sossego.
Propriedade: gabarito, ou seja, recúo mínimo e número máximo de andares. Meio ambiente.
Caso concreto: ascensão em um bem público. Demolição.
Atributos dos atos administrativos: presunção de legalidade e legitimidade, imperatividade, exigibilidade, auto-executoriedade.
Auto-executoriedade: Os atos administrativos podem ser executados independentemente de autorização judicial. Em alguns casos este atributo pode não existir. Diogo de Figueireido dá o nome de ato administrativo heteroexecutoriedade, em que o ato administrativo depende de decisão judicial para ser executado. A execução de multa (infração no trânsito) depende de ação judicial, por isso nessa fase não há auto-executoriedade. Se o particular não concorda com a desapropriação tem que ser proposta uma decisão judicial, por isso essa hipótese não tem auto-executoriedade. Demolição é controverso, alguns entendem que tem auto-executoriedade, outros entendem que não tem auto-executoriedade. Porém, não há controvérsia quando o bem não está ocupado, nesse caso sempre haverá auto-executoriedade. O ato praticado pelo Município goza de auto-executoriedade já que o bem estava desocupado, portanto, não há fumus boni iuris e o pedido é impossível. Quando o bem está ocupado há controvérsia.
A defesa do administrado tem que ser pelo devido processo legal, ou seja, se há violação do devido processo legal no procedimento administrativo pode evitar a demolição.
- Poder de polícia é delegável ou só quem exerce é o Estado? É válida a multa de trânsito aplicada por pessoa jurídica de direito privado? Pode uma concessionária, pessoa jurídica de direito privado, ter pardal? Pode instituições privadas por convênio com o Estado fazer a vistoria dos carros? Pode uma instituição privada por convêniocom o Estado rebocar veículos privados?
Luciano Oliveira Matos defende que a delegação de poder de polícia é impossível, pois polícia administrativa tem a ver com soberania do Estado e a soberania é indelegável e indisponível. Nem sempre o Estado ao exercer o poder de polícia administrativa está exercendo poder de império, às vezes está exercendo um poder de gestão.
Nagib Slaib Filho entende que o poder de polícia é totalmente delegável, porque a manifestação máxima de polícia é a prisão, e própria Constituição aceita que a prisão seja realizada por qualquer do povo quando em flagrante delito. Desse modo, se aceitou o máximo, aceitou o mínimo. Houve uma confusão entre polícia administrativa e polícia preventiva (direito constitucional). Atividade de prevenção de delitos é feita pela polícia militar, polícia judiciária é a atividade de investigação do crime, e polícia patrimonial é a atividade de proteção de patrimônio público.
Marcos Juruena Vilela Souto e posição atual do TJRJ entende que o poder de polícia é parcialmente delegável. O poder de polícia é dividido em fases: ordem de polícia, consentimento de polícia, fiscalização de polícia, sanção de polícia.
Ordem de polícia: liberdade de restringir um veículo automotor. Apenas quem tem os requisitos para obter a carteira.
Consentimento: obtenção da carteira de habilitação. Laudo de vistoria.
Fiscalização: a todo tempo o administrado é fiscalizado. Atuação das guardas. Vistoria em si. Pardal (o dado tem que ser remetido ao Estado para este emitir a multa, pois é fase de sanção).
Sanção: multa de trânsito. Reboque.
A ordem de polícia e a sanção de polícia são indelegáveis, pois estão ligadas ao poder de império. O consentimento de polícia e a fiscalização de polícia são delegáveis, pois estão ligadas ao poder de gestão.
Poder Regulamentar
Prerrogativa especial de direito público outorgada aos agentes públicos para quando na chefia do poder executivo regulamentar a fiel execução de uma lei.
- O que é decreto autônomo? No Brasil é possível decreto autônomo? O normal é a Constituição ser regulada por lei, e esta ser regulamentada por decreto (art. 84, VI, in fine da CRFB). Este último é o decreto regulamentar. A exceção é a Constituição ser regulada por um decreto este é o decreto autônomo, O decreto que inova a ordem jurídica, o decreto que exerce a função da lei, decreto que busca fundamento de validade direto na Constituição.
Hely Lopes Meirelis com base na doutrina francesa entendia que o decreto autônomo seria adminissível, pois seria um atendimento à separação de poderes, que pressupõe colaboração entre os poderes.
José Cretela Jr. Com base na escola americana entendia que o decreto autônomo seria inadmissível, pois seria um atentado à separação de poderes, pois o contrário seria um atentado à divisão de poderes.
Até 2001 o STF se baseava na escola americana e entendia que decreto autônomo não seria ceito.
Surge a EC 32/01. Exceto a posição de José dos Santos Carvalho Filho e Marsal Justen Filho que entendem que o art. 84, VI é uma especificação do decreto regulamentar definido no art. 84, IV, todos os demais autores entendem que esta emenda criou o decreto autônomo (art. 84, VI da CRFB).
Interpretação sistemática entre os incisos, no incio IV a Constituição fala em lei, no inciso VI a Constituição não fala em lei, então no inciso VI o decreto seria autônomo.
O decreto autônomo para ser válido tem que observar condições (alíneas a e b). A criação de cargo tem que ser por lei, mas a extinção do cargo se tiver ocupado tem que ser por lei, mas se tiver desocupado pode extinguir por decreto autônomo.
O inciso VI é delegável.
Competência exclusiva da União é indelegável. Competência privativa da União é delegável. Uso técnico do art. 22 da CRFB e uso atécnico do art. 84 da CRFB.
Caso concreto: a legislação expressamente falou que será regulamentado por decreto o valor e as condições para o pagamento da indenização. Se o decreto estipulou como condição não ter havido o pagamento desse tipo de indenização nos últimos dozes meses, essa condição é válida por expressa delegação. Este é um decreto regulamentar.
Decreto será sempre do Presidente da República, do Governador ou do Prefeito.
Poder Discricionário
Ato administrativo vinculado - os cinco elementos constam em lei: competência, motivo, forma, objeto e finalidade. Não há juízo de valor. Pode ser anulado caso seja ilegal. 
Ato administrativo discricionário - a competência, a forma e a finalidade constam em lei. Não consta em lei o motivo e o objeto. Mérito administrativo é o juízio de valor feito em relação à conveniência e à oportunidade. Se o ato for ilegal pode ser anulado. Também pode ser revogado se o ato for inconveniente ou inoportuno. Súmula 473 do STF.
Prerrogativa especial de direito público outorgado aos agentes públicos para selecionar os elementos do ato administrativo que melhor atendem a conveniência e oportunidade.
Caso concreto: aluguel social - chuvas fortes que atingiram uma área e deixou as famílias sem um local para morar. O município alega reserva do possível e que o ato é discricionário e depende da sua conveniência e da sua oportunidade. Não assiste razão ao município, pois o cidadão satisfez os critérios da lei. O aluguel social é ato vinculado, nenhum momento as leis abrem a possibilidade de juízo de oportunidade ou conveniência. Reserva do possível não pode ser um argumento isolado. O direito prestacional tem que ser observado por meio de ponderação entre mínimo existencial e reserva do possível. Tem que haver a satisfação do mínimo existencial para que possa ser alegado a reserva do possível.
- No Brasil existe o controle judicial da discricionariedade administrativa? O mérito (oportunidade e conveniência) pode ser controlado pelo poder judiciário? Primeira corrente (Hely Lopes e Miguel Seabra Fagundes- MAJORITÁRIOS): não existe controle judicial da discricionariedade administrativa. O judiciário não pode se imiscuir nesse âmbito em razão da separação de poderes (art. 2° da CRFB). Ingerência indevida de um poder sobre o outro. Súmula 473 do STF. AGU, PGE, PGM...
Segunda corrente (Diogo de Figueiredo Moreira Neto e Wilney Magnum-MINORITÁRIA): existe controle judicial da discricionariedade administrativa. Não aceita controle direto do mérito (conveniência e oportunidade), mas sim controle indireto do mérito, controle dos limites a que o mérito está submetido. O limite que o mérito está submetido é o princípio da proporcionalidade.
O que significa alargamento da margem do controle judicial da discricionariedade administrativa? É justamente pouco a pouco estar sendo aceito o controle judicial do mérito dos atos administrativos. Ex: tombamento > se esvaziar/aniquilar o conteúdo econômico do bem o Estado tem que pagar indenização ao proprietário. Ex: servidor público > se a pessoa passou em concurso público no número de vagas que o edital previu não pode ser aceito terceirização daquele cargo.
Aula 04 e 05 – 17/05/2017
Uso e Abuso do Poder
Ato administrativo (art. 2° Lei 4717/65): competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
Os poderes da administração não pertencem ao agente público. O agente público é mero executor, por isso tem que agir dentro da legalidade. Por isso, o agente público, em regra, não pode transigir ou renunciar a algo que não é seu, mas sim da administração. O agente usa o poder administrativo para benefício do interesse público (administrado). O uso do poder é o exercício do poder público observando os limites da ordem jurídica.
Abuso de Poder – o agente atua fora dos limites de sua competência.
Desvio de poder ou Desvio de finalidade – quando o agente atua dentro de sua competência, mas se afasta do interesse público.
O abuso de poder pode se manifestar pelo excesso de poder ou pelo desvio de poder (também pode ser denominado desvio de finalidade). No excesso de poder o agente público extrapola os limites da sua competência (elemento do ato administrativo). Competência é delimitaçãolegal de atribuições. Ex: competência do Presidente da República - Art. 84 da CRFB.
Ex: Comlurb > autos de infração anulados por não poder identificar o agente que emitiu o auto em razão de não ter colocado seu nome e carimbo, só deu uma rubrica.
O excesso de poder pode gerar nulidade do ato (vício insanável), ou anulabilidade do ato (vício sanável). O vício é sanável quando recair sobre competência delegável (sanatória). Se o vício recair sobre competência exclusiva (indelegável) o vício é insanável. Ex: art. 84 da CRFB- compete privativamente ao Presidente > a princípio tudo pode ser delegado, mas só será delegado quando o legislador permitir > o legislador só possibilitou a delegação de dois incisos e meio, estes são sanáveis.
Abuso de poder ligado à finalidade do ato. A finalidade é o objetivo de interesse público definido por lei de forma expressa ou implícita para a prática do ato. Art. 1° da lei 5427/09 (lei estadual). Art. 1° da lei 9784/99 (lei federal não se aplica ao estado do RJ). O desvio da finalidade é a inobservância da finalidade que a lei traz, sempre no interesse público. Qualquer vício que recai sobre a finalidade é insanável.
Ex: O agente público removeu o subordinado em razão de problemas pessoais. O agente incorreu em desvio de poder. Remoção ex ofício é uma sanção para quem possui inamovibilidade.
Desvio de finalidade é ato nulo e não se convalida no tempo.
No direito privado, a inação, omissão da administração pública, conta como consentimento; salvo disposição em contrário. Já no direito público, a omissão, o silêncio, equivale, a negativa, ou seja não importa em anuência, salvo disposição em contrário (ex. lei 9478/98-petróleo e gás).
Marcelo Caetano afirma que o silêncio da administração demonstra uma vontade negativa da AP e seria um ato administrativo. Contudo, MAJORITARIAMENTE, a doutrina entende que o silêncio quando gera efeitos administrativos, é meramente um fato e não um ato, pois não houve expressa manifestação de vontade. Fato administrativo é um acontecimento que interesse à administração. Quando mexe com o direito de alguém, passa a ser de interesse da administração também.
Como compelir a administração a fazer o que devia ser feito e se omitiu? Por via administrativa pode pedir que se manifeste. A forma mais eficiente é ir a juízo pelo Mandado de Segurança ou por Ação Ordinária por Cumprimento de Obrigação Fazer. Se o objetivo for um resultado rápido, a via mais célere seria a ação ordinária, pela existência da antecipação de tutela. Observar se há prazo em lei também para a decisão da administrativa, pois a partir disso embasará o pedido (aconselhável o MS). Quando não há definição em lei, faz-se necessário argumentar com base no prazo razoável, não sendo aconselhável o mandado de segurança, pois na ação ordinária seria possível arguir, colacionar provas, ela é mais segura nessa hipótese.
Celso Antônio Bandeira de Melo - Se o ato for vinculado, o juiz pode substituir a vontade da administração. 
MAJORITARIAMENTE, mesmo que o ato seja vinculado, o juiz não pode substituir a vontade da administração. O juiz deve determinar um prazo para que a administração se manifeste, sob pena de multa, etc. 
Contudo, há momentos em que a lei possibilita que o juiz substitua a vontade da administração. Ex.: MP 2020/2001 no art. 6º, regulamenta a autorização de uso urbanística (art. 9º) e concessão de uso especial para fins de moradia. No art. 6º, se a administração silencia ou indefere dentro do prazo de 6 meses o possuidor terá interesse para ajuizar a ação para que o Poder Judiciário verifique se ele reúne as condições para exercer o uso especial de moradia e ele mesmo concederá o uso.
Nesse caso não cabe MS, só Ação Ordinária, pois o sujeito precisa fazer prova de seu direito.
Quando Competência, Finalidade, Forma, Motivo, Objeto estão presentes na lei, o ato está vinculado, sendo obrigatório ocorrer.
Se somente, Competência, Finalidade e Forma estão presentes em lei e não motivo e objeto não presentes, a administração pode exercer sobre eles o mérito administrativo que é o juízo de conveniência e oportunidade para prática do ato.
Conveniência, se o ato é benéfico, útil ao interesse público. Verificar se o momento é oportuno para a edição do ato. Se a administração entender que não há conveniência ou oportunidade quando não está previsto em lei é o que chamamos de mérito administrativo e o ato derivado dele é um ato discricionário. 
Poder discricionário é o que é uma delegação do legislador ao administrador, a ordem jurídica limita essas atuações. ≠ Poder arbitrário não tem a ordem jurídica como limite, mas a consciência do administrador, seria um poder ilimitado. Logo, o poder arbitrário não é adotado constitucionalmente no Brasil.
A decisão não tomada viola direitos nos dois tipos de ato (discricionário e vinculado) em ambos os casos há o direito de saber a decisão da administração, se pode ou não.
Caso concreto tema 04
A disponibilidade ocorre quando não existe mais a necessidade de um cargo, reorganização administrativa, etc. Os servidores desses cargos são postos em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço até que surja novo cargo. A disponibilidade não pode ser utilizada para prejudicar pessoas que esteja, respondendo a processo administrativo disciplinar, pois cria um critério punitivo para um ato que não possui essa função. Além disso viola o princípio da inocência. Aqui há abuso de poder na modalidade desvio de finalidade. 
Inquérito administrativo não equivale a inquérito policial. Inquérito administrativo é uma fase do processo administrativo que é composto pela instauração, instrução (inquérito administrativo) e decisão.
Vinculada no caso é a obrigação de decidir, mas o ato é discricionário. Como não há previsão de prazo, o juiz que avaliará se há razoabilidade no tempo decorrido, para instar a administração a se manifestar. Como é ato discricionário, não pode ele mesmo deferir o pedido.
Há aqui claro abuso de poder, na modalidade desvio de finalidade. Como autoridade, poderia enviar memorandos de fatos que ocorrem na administração (que não configura excesso de poder), só não pode utilizar isso para denegrir a imagem de um servidor. Isso pode até gerar indenização pelos danos morais sofridos. 
Administração Pública 
Com letra maiúscula diz respeito a estrutura, como ela se organiza. A doutrina chama de aspecto formal (diz respeito a forma) subjetivo (diz respeito aos sujeitos que compõem a administração) ou orgânico (diz respeito à organização). 
Com letra minúscula são as funções que o estado exerce dentro do poder executivo.
O estado administrador, o poder executivo. É a estrutura do poder executivo. Parte da administração direta que é constituída pela:
União - administração direta distrital - 
Estado-membro - administração direta estadual - 
Distrito Federal - administração direta federal - 
Município - Administração direta municipal - 
Quando falamos em administração direta, queremos dizer que ela é centralizada. São os entes federativos. A federação brasileira surgiu de uma segregação – a união abriu parte de seu poder político para garantir o surgimento da federação. Em razão disso é que aplicamos o princípio da simetria. A forma de organização federal é modelo para os outros entes. Decreto lei 200/67 art. 1º-26. Foi recepcionado com status de lei ordinária. 
Teoria do órgão 
Órgãos que compõe a pessoa jurídica e cada órgão constitui um centro de competências. 
 
O órgão principal da União é a Presidência, de onde parte, todos os comandos. A analogia com o cérebro que envia comandos, não é ele que recebe os comandos, nem os executa. 
Os órgãos são criados a partir da Presidência da República. Esses órgãos criados pela presidência são os Ministérios. Há uma especialização de cada órgão, cujas funções vão ficando cada vez mais especializadas. Internamente há um processo de descentralização pelo legislador.
A partir de cada órgão público que é criado,outros são criados a partir dele para especificar cada vez mais a função.
Órgão público é um centro de competência criado por lei. É um centro, pois é um lugar criado no centro de uma pessoa jurídica. De competência, pois a partir desse lugar competências serão executadas. Criado por lei, pois a pessoa jurídica é criação, decorrência, da ordem jurídica. Ex.: art. 84,VI da CRFB.
O agente público é a pessoa natural que da vida a administração, pois é ele quem vai executar as funções. O órgão é estático, precisa dos agentes públicos para fazer suas atividades.
Centralização é uma pessoa jurídica atuando para fora utilizando seus próprios recursos, mas sua estrutura interna derivou de uma descentralização interna que é chamada de desconcentração pela doutrina (conhecidas também por descentralização burocrática –no sentido de a criação de órgãos para especialização tem a ver com uma organização- ou descentralização hierárquica – cada órgão criado fica subordinado ao órgão a partir do qual foi criado, há hierarquia entre os órgãos criados). Quando falamos em recurso hierárquico consideramos a hierarquia advinda dessa descentralização. Não pode pular superiores direto para o recurso.
O termo Descentralização sozinho não associado a hierárquico ou a burocrático é um fenômeno externo e não interno. É a administração delegando atribuições a terceiros, a outras estruturas prontas e acabadas.
O órgão é despersonalizado, é um elemento da pessoa jurídica da qual decorreu. Quando ele manifesta vontade, essa não é imputada a ele, mas a pessoa jurídica a quem ele pertence – Teoria do Órgão ou Teoria da Imputação Volitiva. 
Capacidade judiciária é da pessoa jurídica e não do órgão, por isso o sujeito ingressa contra a união e não contra o ministério da saúde. Salvo situações excepcionais em que o órgão despersonalizado possui capacidade judiciária. 
Ex.: (I ) Mandado de Segurança – o órgão público pode impetrar MS em defesa de suas prerrogativas. Autonomia financeira e orçamentária. Quando o órgão não recebe sua fatia orçamentária destinada constitucionalmente, pode impetrar MS contra o ente, autoridade coatora; 
(II) MP é quem denuncia, é o próprio órgão. Defensoria pública e MP tem legitimidade ativa para ajuizar ação civil pública (art. 5º, lei 4737/05) e não o estado ou a união. Governo não é sinônimo de administração, vez que essa é permanente e o governo é temporário (trocamos por meio de eleições), é a chefia da administração.
Agente público é pessoa natural que exerce função pública, remuneradamente ou não, com ou sem vínculo de trabalho, de forma transitória ou permanente.
 Ex.: o mesário é agente público, ainda que não tenha vínculo de trabalho e de forma transitória. O delegado de polícia também é agente público, tem vínculo de trabalho, exerce função pública de forma permanente. Cada um desses tem especificidades dentro do gênero de agentes público. O mesário é agente honorífico, pois seria uma honra; já o delegado se encaixa na espécie servidor público. 
Agente público é pessoa natural. Agente, esse termo sozinho, engloba também pessoa jurídica. Art. 37, §6º da CRFB – fala em agentes e não somente em agente público, justamente por isso,
Caso concreto tema 5
1) atividade administrativa é aquela realizada de forma permanente pela administração pública, sem dissolução da continuidade. Atividade de governo é aquela exercida pela chefia da administração em função da alternância de poder. 
2) resposta que dei.
3) o fato da câmara ter uma dívida, ela também pertence ao município, como executivo. Contudo, não quer dizer que o município não possa ter uma certidão negativa pela necessidade de continuidade da administração. Uma má gestão de um órgão não pode inviabilizar financeiramente toda a administração pública.
Aula 06 e 07
Administração Indireta - Art. 37 da CRFB 
É uma necessidade a descentralização da função administrativa do estado, mas não ocorre somente por meio da criação das entidades. Ocorre, na prática, em sua maioria, por meio de delegação de atividades. 
Exigência de reserva legal para criação
Quando cria uma entidade, a administração além de especializar a prestação do serviço, dá mais autonomia a entidade para executar a funções.
Art. 37, XIX da CRFB define a criação das entidades da administração indireta. 
“XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação;”
A redação original desse artigo previa a criação de uma sociedade de economia mista por meio de lei também. A EC 19 conciliou a necessidade do controle parlamentar prévio para a criação das entidades da administração indireta e o entendimento daqueles pela desnecessidade de criação de entidades de direito privado por meio de lei. Quanto a essas o Congresso autoriza, mas não as cria por meio de lei. Já as pessoas jurídicas de direito público, deve ser criada por lei. 
Autarquia 
É uma pessoa pessoa jurídica de direito público, criada por lei para desempenhar atividades tipicamente estatal, o serviço público. Não necessariamente como forma de descentralização do poder público.
Há um Conceito de autarquia no art. 5º, I do decreto lei 200/1967 e no art. 77 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Esses conceitos são de autarquias administrativas. Há um conceito mais amplo de autarquia que esses que seria um ente de direito público que não é um ente estatal, desempenhando atividade típica de estado.
“ I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.”
Em razão disso, criou-se a ideia de Autarquia em Regime Especial, que seriam aquelas que não se encaixam no conceito convencional do Decreto Lei, a doutrina usa essa denominação – ex.: universidades públicas, conselhos profissionais, territórios federais, agências reguladoras, fundações de direito público, entre outras. Regime Especial é um regime jurídico diferente do Decreto Lei.
A iniciativa para criação das autarquias é do chefe do poder executivo (é iniciativa privativa).
Agentes integrantes das Autarquias
Os agentes integrantes das autarquias, fundações públicas, empresa pública e sociedade de economia mista o vínculo é estritamente profissional.
Existem dois vínculos que unem a pessoa ao ente: (i) estatutário – regime específico dos servidores públicos – pessoa que ocupa o cargo; (II) celetista – regime da iniciativa privada, no caso serão empregados públicos. 
Em função do fato, das autarquias serem pessoas jurídicas de direito público, o vincula natural é o estatutário. Ocupam cargo público.
As pessoas que trabalham nas autarquias estão sujeitas ao mesmo regime jurídico daquele ente estatal a que está vinculado (aposentadoria, proibições de acumulação de cargos, lei de improbidade administrativa, entre outros art. 37 a 41 da CRFB). Logo, aplica-se a lei 8.112/90 e o decreto lei 220/67.
Hoje uma autarquia não pode manter nos seus quadros de agentes públicos pessoas do regime estatutário e celetistas, só pode estatutário.
A EC 19 retirou do art. 39 da CRFB o regime único. Por isso muitas entidades criaram os dois regimes. A decisão do STF liminar com efeitos ex nunc proibiu isso. 
Bens das autarquias 
Inicialmente torna-se necessário definir bem público. O art. 98-103, em especial o art. 99 do CC define com base na titularidade. 
Sujeito a um regime jurídico próprio, características: inalienabilidade (art. 17 da lei 8.666 – estabelece normas gerais para alienação de bens públicos móveis e imóveis), imprescritibilidade, impenhorabilidade (não pode executar o crédito de uma autarquia usando o mesmo processo de um particular. A execução do estado é a requisição judicial e o principal instrumento dessarequisição é o precatório – art. 100 da CRFB), impossibilidade de oneração.
Licitação 
As autarquias se sujeitam as mesmas normas da administrativa direta. São obrigadas a utilizar o procedimento licitatório sempre que for contrataram. Art. 37, XXI da CRFB:
“XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”
Lei 8.666/90 e lei do pregão (Decreto 3.555/2000) - IMPRIMIR.
Responsabilidade civil 
Art. 37, §6º da CRFB:
“§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.”
Por essa redação concluímos que toda pessoa jurídica de direito público tem responsabilidade objetiva.
Sempre que o legislador for tratar desse assunto, se tiver a intenção de estabelecer a responsabilidade objetiva, tem de estar expresso em lei. 
A responsabilidade do agente é subjetiva, fez que a CRFB condiciona a responsabilidade mediante comprovação de culpa ou dolo.
Com base na teoria do Risco Administrativo – a vítima só precisa comprovar o dano e o nexo de causalidade. A administração que deve comprovar as excludentes de responsabilidade.
Controle 
Vale para as duas autarquias (especial e do decreto)
Existem dois aspectos:
 (I) controle pelo ente estatal a que estão ligadas – controle ministerial ou finalístico, cada autarquia tem um presidente. Não há hierarquia, pois essa só se verifica dentro de uma pessoa jurídica e a própria autarquia já é uma pessoa jurídica em si. Há quem diga que é um controle hierárquico impróprio. O controle não está definido em lei, dependerá da estruturação de cada ente estatal. 
 (II) Controle Externo – autarquia está sujeita ao controle do Tribunal de Contas (art. 71 da CRFB). Do MP, inclusive na questão de improbidade (lei 8429/92). MS art. 61 da CRFB. Ação Popular art. Art. 5º, LXXIII da CRFB. Ação Civil Pública de agente externo e as autarquias também podem propor (lei 7.347/85).
Agências Reguladoras
Funções neutrais – aquelas atividades desempenhadas (serviço público) por um órgão que não é essencialmente político, como o são os ministérios. 
As agências reguladoras foram criadas nessa ideologia. Retirou-se da ingerência dos ministérios do executivo e passou-se por delegação, a regulação que por ser função estatal tornou necessário uma autarquia. 
São autarquias em regime especial, pelo tratamento jurídico diferente das autarquias convencionais. Não possuem o grau de independência imaginado no contexto histórico de sua criação.
Agência Reguladora de serviços públicos delegados a particulares – ex.: telefonia (ANATEL), energia elétrica (ANEEL) - e regula também serviços privados sensíveis, que são de extrema importância para a sociedade - Ex.: saúde (ANS), petróleo (ANP), entre outros.
Fundações públicas 
Foram cunhadas no direito privado.
Art. 5º do DL 200/67:
“V - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.”
São entidades criadas e mantidas pelo poder público.
Quando criadas para desempenhar atividades típicas do estado tem caráter e tratamento das autarquias, com Personalidade jurídica de direito público. São chamadas de fundações autárquicas ou autarquias funcionais. 
Art. 37, XIX da CRFB na parte final, prevê uma LC dispondo sobre o campo de atuação das fundações o que acabaria com fundações de direito público e de direito privado. Essa LC não foi criada.
Por outro lado, as fundações de direito privado tem regime jurídico semelhante ao das empresas públicas e sociedades de economia mista. 
Empresa pública e Sociedade de economia mista 
São aquelas criadas e controladas pelo poder público. O estado pode criar dois tipos de empresa:
Empresa pública – capital todo público. Ex.: caixa econômica. É em tese uma sociedade unipessoal (posição Assumpção??) e não há um modelo específico para ela.
Sociedade de economia mista – parte público e parte privado. Se organiza necessariamente na forma de sociedade anônima. Ex.: banco do Brasil, Petrobras.
Todas as Duas são pessoas jurídicas de direito privada. 
Justificativa constitucional para criação de empresas estatais e sociedade de economia mista é a prestação de serviços públicos. No Brasil, opta-se mais pela delegação a concessionárias do que criação dessas pessoas jurídicas. 
Outra Justifica constitucional para criação de empresas estatais e sociedade de economia mista é Art. 173 da CRFB somente nesses casos do artigo é possível a intervenção no domínio econômico. A redação do artigo fala em supletiva (quando não houver outra) e restritiva (só deve desempenhas por imperativo de segurança nacional, ficando restrito a união, e por relevante interesse coletivo determinado em lei). Ex.: 
Haveria uma inconstitucionalidade caso os entes públicos criassem empresas públicas e sociedades de economia mista em caso de intervenção econômica.
Não são mais criadas por lei, mas por autorização do Poder Legislativo. Sendo criadas com base nas regras do direito privado.
Agentes integrantes
São empregados públicos e não servidores. O vínculo é disciplinado pela CLT.
Tem uma interpretação de que não seria preciso fazer concurso para a escolha dos empregados. O STF afastou isso, pois são partes da administração indireta, sendo afetas ao art. 37, precisando fazer concurso público. Isso vale para as que intervém no domínio econômico ou não.
Licitação
Não se exigia licitação, pois essas pessoas jurídicas de direito privado foram criadas para colocar em circulação um serviço para o maior número de pessoas. Isso equivale para as atividades-fim.
Seria uma causa de inexigibilidade. 
Quanto às atividades-meio há necessidade de licitação.
Art. 22, XXVII e 173 da CRFB simplificam o procedimento licitatório para essas empresas. Modificação da EC 19.
Lei 13.303/16 - dispõe dentre outras coisas sobre o regime especial de licitação para as empresas estatais.
Bens 
O CC considera como 21:22 parte 2 até 36 min.
“Com relação às empresas públicas e sociedades de economia mista, cuja natureza jurídica é de direito privado, há duas situações distintas, uma vez que essas entidades estatais podem ser prestadoras de serviço público ou exploradoras de atividade econômica.
Os bens das empresas públicas ou sociedades de economia mista prestadoras de serviço público e que estejam afetados a essa finalidade são considerados bens públicos. Já os bens das estatais exploradoras de atividade econômica são bens privados, pois, atuando nessa qualidade, sujeitam-se ao regramento previsto no art. 173, da Carta Magna, que determina, em seu § 1º, II, a submissão ao regime jurídico próprio das empresas privadas.” – RE 536297 de 2010 cuja relatora foi a min. Ellen Gracie.
Responsabilidade civil
Há responsabilidade civil objetiva das empresas estatais que prestem serviço público, sejam de empresas públicas ou sociedades de economia mista, segundo o RE 591874 de 2009 cuja relatoria foi do min. Ricardo Lewandowski. Decidiu pela responsabilidade independentemente do fato de o terceiro que foi vítima ser usuário ou não do serviço prestado.
Controle
Estão sujeitas ao Tribunal de contas quantoa procedimentos especiais. Podem fiscalizar as atividades fim.
Não cabe MS quando não se relacionar com a atividade que desempenham. Quando a natureza do ato não se relacionar com o serviço do poder público.
Ação popular é cabível pelo art. 5º, LXXIII da CRFB, para controlar ato lesivo ao patrimônio dessas entidades. 
São empresas privadas ainda que controladas pelo poder público.
Estão sujeitos a lei de improbidade administrativa. Aplica-se aos dirigentes.
Consórcios públicos
É formado por entes estatais, se transformam em pessoa jurídica para realizar uma atividade.
Contrato de gestão
Amplia a liberdade inicial, orçamentária do administrador do recurso público. 
O uso indevido das OS por empresários gera problemas. O contrato de gestão costuma dar certo com entidades filantrópicas que já existiam.
Aula 08 e 09
Atos Administrativos
Definição
São a manifestação do exercício da função administrativa que sob regime de direito público objetiva a aquisição, conservação, transformação, transmissão ou extinção de direitos, para a consecução do interesse público. – Agostinho Gordilho.
Se tem um ato administrativo temos o exercício da função administrativa. 
Regime jurídico tem de ser publicista ao contrário seria negócio jurídico, pois esses são do direito privado.
O objetivo é atender o interesse público.
Obs.: Ato Administrativo X Ato da Administração – o ato da administração é qualquer ato jurídico praticado pela administração pública. Esse tem um viés subjetivo enquanto aquele tem viés objetivo. Via de regra coincidem, mas nem sempre há coincidência entre os dois atos, ex.: ato Administrativo praticado por outro poder que não o executivo. A posse de um deputado, a posse de um juiz. Exercício atípico da função administrativa. De outro lado a administração pode praticar um ato atípico como um contrato que se submete ao direito privado. 
Obs.: Ato da Administração X Ato de Administração. O ato DE administração é o mesmo que fato administrativo que é qualquer atividade material que concretiza o ato administrativo. Ex.: decreto expropriatório é o ato, e a imissão na posse do bem é o ato DE, é o fato. O ato DA administração 
Elementos
Previsão no art. 2º da lei 4.717/65, traz os elementos.
Obs.: Celso Antônio Bandeira de Mello faz distinção entre requisitos e pressupostos: para ele requisitos são elementos indispensáveis à formação do ato Administrativo, sem os quais o ato não existe, não se forma – conteúdo é continente, ou seja, objeto e forma. Os pressupostos seriam elementos indispensáveis à perfeição do ato Administrativo – competência, motivo e finalidade. O autor se inspira em direito constitucional nos critérios de vigência (requisitos) e validade (pressupostos), para perfeição dos atos administrativos.
Competência – termo que a lei usa. Em rigor técnico competência seria para órgão jurisdicional. O correto seria atribuição. Liga-se a ideia de limite ou medida da função administrativa. É o espaço para autorização do agente público. Logo, a função administrativa não é ilimitada. 
Inderrogabilidade – uma vez atribuída a competência, ela não pode ser alterada. Nem sempre existe, o poder judiciário poderia alterá-la.
Improrrogabilidade – as partes não podem alterar a competência. Sendo administrado. Duas exceções: avocação (autoridade inferior tem competência avocada pela superior) e delegação (a autoridade superior delega competência a autoridade inferior). São manifestações naturais (não previstas) do poder hierárquico, salvo quando exista uma restrição por força de um princípio na CRFB - ex.: art. 5º, LIII da CRFB, princípio do juiz e promotor natural. Nas duas instituições (magistratura e MP) só pode existir avocação e delegação nos casos em que a lei prescrever. A lei da DPU LC 80/84, art. 4º tem a ideia do princípio do defensor natural.
Fonte da competência: norma legal, constitucional ou regulamentar? A fonte principal do direito administrativo é a norma legal, sendo a fonte da competência por via de regra. Excepcionalmente pode haver fonte da competência na CRFB e em decretos. Competência do Presidente lei 10.683/03, excepcionalmente no art. 84 da CRFB, que tem enumeração exemplificativo, em decreto 4118/03. Confirma a regra.
Motivo – é a situação de fato ou de direito (nem sempre aparece na doutrina) em razão da qual é exercida a função administrativa. Situação fática ou jurídica que motiva a prática do ato. 
Motivo X Móvel X Causa – móvel é propósito, intenção de quem pratica o ato. Motivo é objetivo e externo. Móvel é subjetiva e interna, é vontade. Causa é uma correlação entre motivo e objeto tendo em vista uma finalidade. Causa não é conceito autônomo, resultado de 3 elementos. 
Motivação – é a exposição do motivo, da situação fática ou jurídica, identificando uma norma jurídica aplicável a ela e a subsunção da norma ao fato. 
TRÊS CORRENTES quanto a obrigatoriedade:
(I) obrigatória em todos os atos administrativos – Maria Sylvia. Criticada e minoritária, pois nem sempre o ato administrativo tem a forma escrita o que impossibilitaria a motivação dele. Ex.: guarda de trânsito executa gestualmente atos administrativos; 
(II) Oswaldo Aranha Bandeira de Melo – quando o ato for vinculado, a motivação não é obrigatória. Logo, só é obrigatória se for um ato discricionário. Críticas e minoritária: ligou a obrigatoriedade da vinculação da motivação a uma classificação o que não são temas conexos, correlatos. Mesmos que não fossem diferentes, os atos vinculados já estão todos em lei, não precisaria expor novamente o motivo. No ato discricionário o motivo e objeto não encontram previsão legal, tornando necessária a motivação. 
(III) MAJORITÁRIA – Carvalhinho – a motivação é obrigatória, quando houver obrigação pela CRFB ou legislação, deve estar expresso. Não importa a forma do ato ou a classificação, que são críticas das outras duas correntes. O que importa é a obrigatoriedade expressa. Ex.: na CRFB art. 169, §4º; lei 9.784/99 no art. 50. Não pode obrigação por decreto por força do art. 5º, I “ninguém será obrigado a nada senão em virtude me lei”.
Teoria dos Motivos determinantes – quanto o ato não for de motivação obrigatória, caso o agente público exponha os motivos, ele se vincula aos motivos que expôs. Cabendo invalidade administrativa ou judicial se o administrado conseguir comprovar que o fato não equivale ao ato. Ex.: o critério de correção na banca de concurso, vincula a banca, pois consta como motivação. O judiciário no caso, pode determinar a anulação da correção e determinar que a correção seja novamente realizada pela banca cabendo a reformatio in pejus, é necessário intimar a pessoa contudo.
Teoria da motivação determinante (adm. Ato administrativo, motivação) # Teoria dos motivos transcendentes (constitucional, controle constitucional). Ex.: ADPF 1 – veto imune a controle pela seara política. A contrário, binemboin diz que poderia ter controle judicial, pois se há exposição de motivos, haveria vinculação a esses. Posição isolada.
Forma – modo pelo qual se expressa a função administrativa. 
Forma X Prova X Formalidade – forma e formalidade se parecem, mas não são iguais, esse último é a forma pelo qual se expressa a forma. Ex.: papel A4, fonte arial, espaço entre linhas é a formalidade. A forma é a escrita. Forma e Prova – forma é sempre concomitante com o ato. A prova ou é posterior ou anterior, nunca será concomitante. A diferença é de tempo.
Princípio regulador – princípio da liberdade das formas em direito privado, pois a forma é livre; a exceção é o art. 1245 do CC. No direito público vigora a solenidade da forma, será a forma solene, que a lei prever. Em casos raros a forma será livre. MP RJ lei 8.666/93 art. 60,§un caso de forma livre, pequenas compras com pagamento no ato. Contrato em via de regra é escrito.
Objeto – fim imediato ou direto da função administrativa. “Aquilo que eu quero”. 
Condições de validade – só duas condições ao contrário das 6 do direito privado. São: possibilidadee liceidade (licitude # moral). Liceidade quer dizer que o objeto não pode ser juridicamente proibido, ao mesmo tempo que deve ser materialmente possível (possibilidade). 
Mari Sylvia Di Pietro – fala em possibilidade, licitude, certeza e moral. Se é possível é certo, se é lícito é porque é ético.
Finalidade – é o fim indireto, mediato da função administrativa.
# do objeto – fim direto da função administrativa. Logo o objeto é variável, mas a finalidade é sempre a mesma que é dar consecução ao interesse público.
Abuso, Desvio de finalidade e Excesso – são sinônimos? Se não, qual exemplo de cada um deles.
Abuso e Excesso seriam espécies de Desvio – abuso é qualitativo no ato administrativo é o desvio de poder. No desvio tenho um ato e abuso qualitativo e um fato. No excesso tem-se um fato e abuso quantitativo. Se há um ato com abuso na qualidade há desvio. Se há um ato com abuso na quantidade tem-se o desvio. Questão do MPRJ. 
Desvio de finalidade o vício é originário, desde o início não se busca o interesse público.
No excesso há um vício decorrencial, no decurso buscando o interesse público, carece dele, depois da prática do ato.
Obs.: elemento 6 que seria um elemento morfológico, para o autor Jesse Torres. 6º elemento seria a Causa não seria um conceito autônomo, mas uma correlação de 3 elementos que formam o ato. Além disso, a lei 4.717 não abrange o elemento causa. MINORITÁRIO.
Atributos
São quatro atributos:
Presunção de legalidade e legitimidade – todo ato administrativo tem a presunção relativa de estar em consonância com a ordem jurídica (legalidade) e com o interesse público (legitimidade). 
Obs.: na prática, ensejam dois efeitos:
Inverte o ônus da prova em desfavor do administrado – se fosse presunção absoluta, nem se falaria em ônus da prova. Ex.: multa multa de trânsito. 
Torna o controle judicial em repressivo – controle tem de aguardar o ato ser praticado, para depois ser impugnado. Salvo situações excepcionais quando houver direito líquido e certo cabendo mandado de segurança preventivo.
Proteção de confiança legítima – princípio alemão que o STF tem aplicado. Na medida do possível deve haver a manutenção do ato, quando não possível, pelo menos uma manutenção dos efeitos, em respeito aos terceiros de boa-fé. 
Direito de construção, mitigação: da licença concedida (i) compete ao estado desapropriar o direito de construção, direito decorrente de licença e que necessita de intervenção; (II) Hely Lopes – revogação de ato vinculado. Único caos em que pode. Se o ato é vinculado, ele não tem mérito. Se é discricionário, pode ser anulado ou revogado. Contudo, seria possível aqui a revogação de ato vinculado, pois não é anulação, visita eu não é ilegal. MAJORITÁRIA, STJ. A revogação poderia ser pelo poder judiciário, mas a princípio costuma ser pela administração. 
Imperatividade – os atos administrativos são comentes, obrigatórios. Logo, eles não dependem do consentimento dos administrado, mesmo que haja interesse deles. 
Presunção de legalidade e legitimidade são presunções de validade. De outro lado, a imperatividade se liga a eficácia. 
Exigibilidade – os atos administrativos devem ser cumpridos pelos administrados independentemente de ordem judicial, pois são atos exigíveis.
Imperatividade # exigibilidade – no primeiro a constituição unilateral de obrigações a serem cumpridas pelo administrados mesmo que não consintam com isso. No segundo, a administração pública utiliza um meio e coerção, aquele que influencia a psique de alguém para que cumpra determinada conduta. 
Autoexecutoriedade – os atos administrativos podem ser executados pela administração independentemente de autorização judicial. É o inverso da exigibilidade.
Do ângulo da administração PODE executar com autorização ou não.
Exigibilidade # Autoexecutoreidade – no segundo usa um meio de sub-rogação, meio que invade o patrimônio de alguém para que a custas dele, sub-rogado nesse direito, para satisfazer sua necessidade. ex.: penhora. No primeiro, utiliza um meio de coerção para que o particular proceda à conduta. 
Em alguns casos, é possível, que não tenham Autoexecutoriedade. Seria o ato heteroexecutório ou heteroexecutável. Ex.: multa de trânsito, não revisa de autorização do juízo para lavrar o auto, cobrança, mas o não pagamento enseja uma execução judicial, não executa administrativamente. A multa tem a autoexecutoriedade no ato de lavrar e na confecção da cobrança, mas não há a possibilidade de executar administrativamente sem utilizar o meio judicial. 
Ex.2: demolição de prédio não ocupado é a exceção a isso, não é heteroexecutável.
Classificação
Banca do TJRJ:
Formação da vontade da Administração Pública:
Ato Administrativo Simples – 1 ato de 1 órgão.
Ato Administrativo Composto – Ato Principal + Ato Acessório (confere efeitos ao principal). 2 atos de 2 órgãos. Ex.: um procurador fez um parecer, o procurador geral aprovou.
Ato Administrativo Complexo – 1 ato de 2 órgãos (que decorre da fusão de 2 vontades). Ex.: lei – vontade do congresso e vontade do presidente. 
Procedimento administrativo temos o encadeamento de 3 ou mais atos administrativos, para um ato final. É diferente do ato composto e do ato complexo. Ex.: licitação (procedimento licitatório); concurso público; tombamento; alguns casos de desapropriação.
Grau de liberdade da Administração:
Ato vinculado - durante a prática do ato não há valoração, somente há visualização se a descrição em lei foi praticada na situação fática. 
Consequência: ato pode ser anulado pela administração em controle interno ou anulação pelo poder judiciário em controle externo se houver ilegalidade.
Ato Discricionário – competência, forma e finalidade estão enumeradas em diploma legal. Logo, temos juízo de valor sobre motivo e objeto.
Esse juízo de conveniência e oportunidade sobre motivo e objeto é o que se chama de mérito Administrativo.
Consequência: alem de poder ser anulado pela administração pública e judiciário se for ilegal, pode ser REVOGADO (se for inconveniente ou inoportuno) pela administração pública. Súmula 473 do STF, não há controle externo de mérito. Exceção seria a licença para construir que o ato discricionário pode ser revogado.
Qual o limite do controle do mérito Administrativo? Ele é sindicáveis judicialmente? Está sujeito a controle do poder judiciário? MAJORITÁRIA, Hely Lopes não há controle quanto ao mérito, art. 2º da CRFB, seria violação da separação de poderes. Corrente 2: MINORITÁRIA: há controle judicial na discricionariedade administrativa. Diogo de Figueiredo, há controle indireto dos limites do ato. 
Ampliação da margem do controle judicial da discricionariedade administrativa – essa margem pela súmula 473 era nenhuma. A luz do princípio da proporcionalidade, seria um controle indireto do mérito.
A reintegração de servidor público só corre por previsão legal expressa. 
Discricionariedade técnica # Discricionariedade político-administrativa. O primeiro é um conceito reservado a agência reguladora, pois decidiu com base em critérios técnicos. O segundo é o visto no restante da AP que se baseiam em critérios públicos ou administrativos. Consequência: recurso Administrativo próprio é impróprio. Se existe a distinção entre os dois, então não cabe recurso Administrativo impróprio nas agências reguladoras? Admitir isso seria aniquilar a autonomia técnica, pois o ministério, a presidência não tem conhecimento técnico algum sobre esses assuntos. No que tange às agências reguladoras só há recurso próprio e ação anulatória, ação civil pública. Só houve um caso no Brasil de aceitação de recurso impróprio. 
As omissões do Estado podem ser controladas pelo judiciário? No caso de uma política pública que dependa de um ato discricionário? 
Em constitucional: É possível o controle de políticas públicas?
Em administrativo: é possível levar o ato Administrativo que não foi prático para controle judicial? Controle de omissão.
Processocivil: é possível ação civil pública para o estado numa obrigação de fazer? Ações coletivas.
Construção de presídios, construção de creches, asilos, abrigos, habitacional.
Controvérsia: Hely Lopes – não pode controle, art. 2º, sob pena de violação de poderes. Só haveria controle das ações e não do mérito. # MAJORITÁRIAna DOUTRINA (marcos maselli Gouveia, Américo bedê Junior, André Joaquim krell) cabe controle judicial dos atos omissos do estado para garantir a execução das polícias públicas. Não se nega o art. 2º da CRFB. Mas pondera com outros princípios, mas implementação dos freios contrapesos, um controle recíproco entre poderes. Judiciário controla a ação do executivo. Leva em consideração o princípio da eficiência administrativas. Na jurisprudência é minoritária essa posição. Ex.: saúde, medicamentos a hipossuficientes econômicos. Ex.2: infância, condenar o estado construir creches ou pré-escolas. ADPF 45 voto do Celso de Mello.
Aqui a polícia pública é insuficiente, já no estado de coisas inconstitucionais fracassou-se as políticas e não tem meio para vê-la controlada, como existe no caso d omissão do estado que temos as ações coletivas.
Aula 10 e 11
• Espécies de Atos Administrativos
Formais: decretos, resoluções, alvará..
Materiais: licença, permissão, autorização.. (conteúdo- atos negociais)
• Espécies (Hely)
Ato administrativo é manifestação unilateral de vontade por parte da administração publica, realizada pela administração ou por quem lhe faça as vezes, que cria, extingue e modifica direitos submetida ao regime jurídico público (do direito administrativo).
A manifestação bilateral são os contratos administrativos.
As manifestações plurilaterais são os convênios.
1) Atos Normativos: exercício do poder regulamentar. Se destina em regra à fiel execução da lei.
Decretos X Regulamentos: relação de continente e conteúdo. O decreto é uma das formas de regulamento. O decreto é um regulamento editado pelo chefe do poder executivo. Continente-decreto X Conteúdo-regulamento.
Os atos normativos são dotados de generalidade e abstração.
Existe decreto sem regulamento, ou seja, decreto que não é dotado de generalidade e abstração (ex. Decreto expropriatório). Existe regulamento sem decreto (ex. Resoluções das agencias reguladoras).
Os atos normativos podem inovar no ordenamento jurídico? Em regra os decretos não podem inovar, pois são feitos para a fiel execução da lei. É finalidade da lei inovar no ordenamento jurídico com base no princípio da legalidade. Porém, de forma excepcional podem inovar.
Decretos de Execução X Decretos Autônomos: em lugar de buscar fundamento na lei, o decreto autônomo irá buscar seu fundamento diretamente na Constituição. O exemplo de decreto autônomo que a maioria da doutrina indica é o do art. 84, VI da CRFB. Parte minoritária (Carvalhinho) da doutrina entende que o que está disposto no art. 84, VI da CRFB é ato ordinatório, e não ato normativo. Os atos ordinatórios são voltados para organização da própria administração pública. São voltados para o interesse público da administração pública, interesse público secundário, ou seja, não atinge os cidadãos, ato de efeitos internos. Interesse público primário: Garantir o interesse da coletividade, promover os direitos fundamentais, atos de efeitos externos. Os atos ordinatórios buscam fundamento em outro ato administrativo.
Regulamentação X Regulação: a regulamentação (regulamento) tem caráter político é geral, com intuito de fiel execução da lei. A regulação (resolução) é atividade complexa que abrange a normatização de forma técnica e setorial (ex. poder de polícia).
Resoluções, deliberações e regimentos são outras espécies de atos normativos (espécies quanto a forma). As resoluções são atos normativos editados pelos órgãos de cúpula (Ministério ou Agência reguladora).
As deliberações são atos normativos editados por órgãos colegiados. Via de regra as deliberações terão efeitos internos (voltados para a própria administração pública). 
Os Regimentos são atos normativos que visam reger o funcionamento interno dos órgãos.
2) Atos ordinatórios: são voltados para organização da própria administração pública. Não são dotados de generalidade e abstração. Os atos ordinatórios buscam fundamento em outro ato administrativo. Efeitos internos.
Ex: instruções, circulares, portarias, ordens de serviço. Manual de redação da presidência da república*
Atos ordinatórios não podem inovar na ordem jurídica.
3) Atos enunciativos: vão atestar a existência de um fato que conste no cadastro da administração ou contém uma opinião (cálculo, consulta feita a um técnico).
Ex: atestados, certidões e pareceres.
Existe um entendimento na doutrina (Di Pietro) de que os atos enunciativos, ordinatórios e normativos não são atos administrativos porque não criam, extinguem ou modificam direitos.
Os pareceres são em regra opinativos, mas podem se tornar atos normativos pois passam a vincular a administração publica federal. Procedimento para transformar um parecer em ato normativo (art. 40 a 42 da LC 73/93).
O parecer pode ser facultativo ou obrigatório. O obrigatório pode ser vinculante ou não vinculante. Ex: art. 42 da lei 9784/99 (federal) e art. 38 da lei 5427/09 (estadual rj). Art. 38, §ú da Lei 8666 exige um parecer técnico, este parecer é obrigatório, além disso o gestor não pode fazer de forma diversa do que o parecer indicar, então o parecer também é vinculante. Porém, existem pedidos de consulta (perecer) que não são obrigatórios. O parecer será obrigatório vinculante quando o gestor não pode decidir de forma diversa do parecer. O parecer será obrigatório não vinculante quando o gestor pode decidir de forma diversa do parecer.
Omissão do parecerista: quando o parecerista não realiza o parecer. Em regra tem 15 dias para fazer o parecer. Se o parecer é obrigatório e vinculante a omissão irá paralisar o processo administrativo. Art. 42, §1°. Se o parecer é facultativo ou obrigatório não vinculante não irá paralisar o processo administrativo.
O parecerista tem responsabilidade pela opinião que ele emitiu? O STF tem o entendimento de que é possível a responsabilização no caso de parecer obrigatório vinculante, mas exige o erro grosseiro ou má-fé. Grandes nomes (procuradores) do direito administrativo criticam muito a possibilidade de responsabilidade atribuída ao parecerista. Eventualmente será possível a responsabilização no parecer facultativo, quando houver culpa ou erro grosseiro.
Atributos dos Atos Administrativos: Presunção de veracidade (dos fatos), legitimidade (legalidade e moralidade e finalidade), imperatividade e autoexecutoriedade. Isso importa na inversão do ônus da prova, então o particular tem que tentar desconstituir a presunção.
Planilhas da PGFN: primeira corrente entende que são atos enunciativos. Para parte minoritária da corrente (Di Pietro) entende que são meros atos da administração, pois não criam, extinguem ou modificam direitos, portanto não são atos administrativos. Para a primeira corrente seria essencial os atributos da veracidade e da legitimidade do ato administrativo.
4) Atos punitivos: ligados ao direito administrativo sancionador. Sanções ligadas ao poder de polícia e ao poder disciplinar. Sanções disciplinares existe uma relação de sujeição especial com o Estado, ou seja, existe uma relação jurídica anterior que pode desencadear uma sanção disciplinar (ex. Processo administrativo disciplinar de funcionário público). As sanções de polícia decorrem do exercício do poder de polícia, não há necessidade de uma relação jurídica anterior com o Estado, não exige relação de sujeição anterior.
5) Atos negociais: 
Ex: Licença, autorização, permissão e admissão.
autorização e licença ligados ao poder de polícia.
Atos negociais são atos de consentimento por parte do poder público coincidindo com a vontade do particular.
Atos Discricionários X Atos Vinculados: discricionariedade é a margem de escolha conferida ao administrador que diz respeito à valoração dos motivos ou à escolha

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