Buscar

tecnologia em sala de aula para alunos especiais.. julho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ESCOLA SUPERIOR DE EDUCAÇÃO | NÚCLEO DE PRÁTICAS | PORTFÓLIO 
Além do Braile
 “Para as pessoas sem deficiência a tecnologia torna as coisas mais fáceis.
Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis”.
(RADABAUGH, 1993) 
Por Edlaine de Melo Recco/ Eunice dos Santos Apolinário, RU 1404874/1512466
Polo – Sombrio
Data 05/09/2017
Figura 1Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
 
 Crédito: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil
 A tecnologia tornou a literatura mais acessível e interessante aos deficientes visuais, às bibliotecas estão providas de acessibilidade para cegos e oferecem mais livros falados do que em braile. A Fundação Dorina Nowill para Cegos, estima que apenas 10% dos deficientes visuais sejam alfabetizados em braile no Brasil. Contudo, é preciso lembrar que o braile ainda é importantíssimo para a alfabetização de crianças e para a inclusão de cegos na sociedade. “A impressão de informações em braile nas embalagens de remédios e nos elevadores, por exemplo, foi uma grande conquista dos deficientes visuais. O cego que é alfabetizado em braile, mesmo que não o utilize para ler livros, é mais independente”, explica Virginia ex-professora de literatura e revisora braile do Instituto Benjamin Constant. 
Regina de Oliveira, coordenadora da Fundação Dorina Nowill para Cegos, que há quase 70 anos trabalha em prol da inclusão e da qualidade de vida de pessoas cegas e com baixa visão, ficou cega, aos sete anos de idade, o que mais lhe fazia falta era ler. “Fui matriculada numa escola normal e naquela época não havia a acessibilidade que existe hoje. Quando não tinha mais nada novo para ler, eu repetia. Lia quatro, cinco vezes o mesmo livro,” hoje ela vive cercada de obras concebidas pela Fundação. Os livros são impressos em braile, mas em tinta também, com fonte ampliada, de forma que não apenas as crianças cem por cento cegas possam ler, mas também as com baixa visão. O livro inclusivo é pensado ainda para pessoas que enxergam, ou seja, para que todos leiam juntos. Além da edição em papel, existe também um CD com o áudio e descrições das imagens e um audiobook, para quem quiser ouvir o livro narrado, que pode servir à criança cega ou com baixa visão, à família, aos colegas de escola, ao professor. 
Um livro infantil requer ludicidade, são importantes as ilustrações, mesmo quando a publicação é pensada para a criança cega. Para Regina, existe uma adaptação do traço: no livro acessível, ele estará estilizado e em alto relevo, para que a criança o perceba pelo tato. Já a criança com baixa visão requer muitas cores e contrastes para ser estimulada; logo, os livros da Fundação Dorina possuem os dois elementos, que servem para atrair a criança e enriquecer a imaginação dos pequenos leitores.
 “Com o livro acessível, a criança não vai ficar excluída dentro da sala de aula e nem dentro da família. Essa criança precisa de algo parecido com o que crianças que enxergam têm. Apesar da importância do braile para a alfabetização, ter a audiodescrição e o contorno em relevo aproxima a criança das outras”, afirma Regina.
A Fundação Dorina Nowill lançou recentemente a Coleção Clássicos Infantis Acessíveis, que constitui dez títulos, entre eles “Chapeuzinho Vermelho”, “Branca de Neve”, “Peter Pan”, “Robin Hood” e “Rapunzel”, em três mil tiragens de cada história. A produção contou com o auxílio do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac) e será distribuída em bibliotecas, escolas e instituições voltadas para deficientes visuais, além de ser vendida pelo site da Fundação.

Outros materiais