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Apostila Etica e Legislacao Profissional Eng 2017

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1 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
 
 
 
 
ÉTICA e LEGISLAÇÃO 
PROFISSIONAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENGENHARIA – CICLO BÁSICO 
 
 
 
 
UNIP 
 
2017 – 2º SEMESTRE 
2 
 
PLANO DE ENSINO 
 
OBJETIVOS GERAIS 
• Proporcionar noções sobre a ética profissional e social, preceitos fundamentais de 
ordem moral e de convívio, noções essas indispensáveis para o exercício profissional 
daqueles que estejam envolvidos com as áreas afins do Instituto de Ciências Exatas e 
Tecnologia. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
• Conscientização da importância do conhecimento e análises prévias das eventuais 
implicações que possam gravitar em torno de um caso concreto da atividade 
profissional, e da importância do predomínio do respeito ao semelhante sobre os 
valores do mundo capitalista. 
• Conscientização da importância da moral e do Direito, sobretudo em sua vida 
profissional, procurando mudanças no mundo profissional contemporâneo, afastando 
as práticas abusivas e ilegais, praticadas por muitos, que às vezes causam a falsa 
impressão de que tais atos estariam dentro dos parâmetros da ética. 
 
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 
• Ética: 
• História da ética; 
• Ética antiga e contemporânea; 
• Ética – Sócrates, Aristóteles e Platão; 
• Ética – Moral, usos e costumes; 
• Ideais éticos; 
• Consciência Moral; 
• Vícios e virtudes; 
• Excelência moral e deficiência moral; 
• Verdade, mentira ou omissão? 
• Evolução do conceito – Momentos de cada sociedade. 
• A ética na área de Exatas – Casos práticos. 
• A ética profissional e a responsabilidade social do profissional da área de Exatas – 
Relações com o universo jurídico. 
• Lei 5.194/1966 (Regulamentação Profissional – Engenharia). 
• Resolução 1002/2002 (Código de Ética do Engenheiro / vigente). 
 
 
 
ESTRATÉGIA DE TRABALHO 
Aulas expositivas e seminários com incentivo à participação dos alunos nos 
questionamentos e discussões. 
3 
 
AVALIAÇÃO 
A avaliação será realizada por intermédio de provas regimentais, trabalhos cadêmicos, 
participação em aulas e seminários. 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
Básica 
• CHALITA, Gabriel. Os dez mandamentos da ética. Nova Fronteira, 2003. 
• VALLS, A. O que é ética. Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1986. 
• SANCHEZ VAZQUEZ, A. Ética. 30ª ed. São Paulo: Civilização Brasileira, 2008. 
 
Complementar 
• ARISTÓTELES. Ética à Nicômaco. In: Os Pensadores. Nova Cultural, 1987. 
• NOVAES, A. Ética. Editora Companhia das Letras, 1996. 
• RIOS, T A. Ética e competência. Editora Cortez, 1993. 
• MACEDO, E F; PUSCH, J B. Código de ética profissional comentado: engenharia, 
arquitetura, agronomia, geologia, geografia, meteorologia. CONFEA CREA. 
• SAO PAULO (Estado) Conselho Regional de Engenharia e Agronomia. 
Engenheiros, agrônomos: regulamentação, código de ética, tabelas de 
honorários, Lei 5.194, de 24/12/66. CREA. 
4 
 
ÉTICA 
 
 
• Como único ser vivo dotado da capacidade racional, o ser humano age conforme o 
que aprende durante a vida, estando muitas vezes fadado ao erro principalmente por 
não possuir noções básicas sobre a ciência ÉTICA. 
• A Ética está presente em todas as sociedades. Ela é um conjunto de regras, 
princípios ou maneira de pensar e expressar. 
• Ética é tudo que envolve integridade, é ser honesto em qualquer situação, é ter 
coragem para assumir seus erros e decisões, ser tolerante e flexível, é ser humilde. 
 
Vídeo recomendado 
Programa do Jô Soares - Entrevistado: Mário Sérgio Cortella (Filósofo brasileiro - 
Mestre e Doutor em Educação, Professor-titular do Departamento de Teologia e 
Ciências da Religião e da pós-graduação em Educação da PUC-SP) 
 
ÉTICA - CONCEITOS 
• Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível de 
qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente à determinada 
sociedade, seja de modo absoluto. 
• Disciplina filosófica que tem por objeto de estudo os julgamentos de valor na medida 
em que estes se relacionam com a distinção entre o bem e o mal. 
• A ética é a teoria ou ciência que estuda o comportamento moral dos homens em 
sociedade e tem como finalidade o bem. 
 
Definição de Mário Sérgio Cortella 
• Ética é o conjunto de valores e princípios que o homem utiliza para decidir as 3 
grandes questões da vida: 
• Quero? Devo? Posso? 
• Quais os princípios utilizados: 
• Tem coisa que eu quero, mas não devo. 
• Tem coisa que eu devo, mas não posso. 
• Tem coisa que eu posso, mas não quero. 
• Quando se tem paz de espírito? 
• Quando o que você quer é o que você pode e é o que você deve. 
 
Conceito de Bem 
• Conceito de Bem: Qualidade atribuída a ações e a obras humanas que lhes confere 
um caráter moral. Tudo o que é bom, justo, agradável e conforme a moral. Aquilo que 
é “bem feito”. 
• Esta qualidade se anuncia através de fatores subjetivos (o sentimento de aprovação, 
o sentimento de dever) que levam à busca e à definição de um fundamento que os 
possa explicar. 
5 
 
HISTÓRICA DA ÉTICA 
 
• A vida ética na Antiguidade sempre teve como principal fundamento o predomínio 
das tradições e a ideia de que a religião comanda a vida das pessoas, do nascimento 
à morte, exercendo um domínio sobre tudo e sobre todos. 
• Parte-se do pressuposto de que os vínculos sociais derivam não da natureza, mas 
sim, fundamentalmente de uma força coativa da religião. Os antigos sempre tiveram 
seus olhares voltados para o passado, observando os atos de seus antepassados, 
ressaltando suas atitudes como heróicas ou mitológicas. 
• Extraímos daí a importância dos costumes sociais e da religião como principais 
guiadores das atitudes sociais da época. 
• Não restava ao indivíduo outra opção senão a observância criteriosa destas regras, 
impostas de forma severa pela própria sociedade. Aquele que as desobedecesse seria 
punido, conforme os costumes, pela própria sociedade. 
• A história da filosofia grega atinge seu esplendor teórico justamente no momento de 
sua decadência material, em que há desagregação interna, em que o crescimento das 
desigualdades sociais gera crescentes conflitos. 
• É nesse contexto de decadência e crise moral que surgem os esforços intelectuais 
de Sócrates, Platão e Aristóteles. 
• O fato de Sócrates ter "inventado" a Ética revela não o surgimento de uma nova 
ordem, mas antes a necessidade de se refletir, sistematizar e defender conceitos que 
antes eram dados como automáticos. 
 
Sócrates 
• Sócrates formula o problema; não oferece nenhuma resposta, apenas a esperança 
que ao fim haverá respostas definitivas, mas que estas não podem ser compreendidas 
sem provocar uma mudança do próprio homem. 
• Sócrates tem a crença de que basta saber o que é a bondade para ser bom. 
• Frase famosa: “Só sei que nada sei.” 
 
Platão 
• Platão tenta criar uma Ética Ideal que molde os homens a viver na virtude, ainda que 
tenham que sacrificar a si próprios em detrimento do bem comum. 
• O reencontro da ética e da realidade se dá através de uma grande reforma social, 
política e econômica que torne a cidade mais simples, mais desligada dos valores 
materiais, mais igualitária. 
• Frase famosa: “Tente mover o mundo o primeiro passo será mover a si mesmo.” 
 
Aristóteles 
• Aristóteles busca uma Ética do Possível, que não desrespeite as paixões humanas, 
mas antes as oriente pelo caminho da ponderação até a maturidade do equilíbrio. 
• A essência da virtude é a moderação entre os extremos de cada paixão, a Regra 
Dourada do caminho do meio entre a misericórdia absoluta e a privação absoluta. 
• Frase famosa: A virtude é o meio justo entre dois defeitos. 
6 
 
PRINCÍPIOS ÉTICOS: 
• Nem sempre o que a nossa consciência nos diz sobre como devemos agir está 
correto. 
Por isso, em todas as sociedades existem quatro princípios que servem como 
diretrizes,para a manutenção da ordem da vida em grupo, traçando as regras 
comportamentais que devemos obedecer no intuito de obtermos a respeitabilidade 
perante a sociedade em que vivemos. 
4 Princípios éticos: Usos, costumes, moral e leis. 
• Ter conhecimento sobre estas regras de comportamento ajuda o ser humano nas 
suas decisões do dia a dia, corroborando para sua melhor aceitação social. 
 
Usos 
• Os usos são padrões não obrigatórios de comportamento social. Na maioria das 
vezes, constituem modos coletivos de conduta, considerada como normal e aceitável 
pela maioria da sociedade. 
• Regem a maior parte da nossa vida, sem serem impostos por quem quer que seja, 
nos indicando o que é adequado no dia a dia. 
• A pessoa que infringe os usos não sofre punição, mas poderá ser chamada de 
excêntrica, esquisita, extravagante. As sanções geralmente são despercebidas, como 
o riso, o ridículo, o deboche. 
• Exemplos de regras usuais: convenções, regras de etiqueta, rituais, rotinas de 
trabalho e lazer, maneiras de se vestir, etc. 
 
Costumes 
• Normas de conduta criadas espontaneamente pela consciência do povo, que a 
observa de modo constante e uniforme, sob a convicção de ser necessária e 
obrigatória. 
• Regulam o comportamento social, restringindo, moldando e reprimindo certas 
tendências. 
• O desrespeito aos costumes ou a não-conformidade provoca desaprovação moral. 
Aquele que os desrespeita sofre uma reação violenta por parte do grupo. 
• Exemplos: Incesto; Curandeirismo. 
 
• Moral 
• Conjunto de normas e regras, baseado nos costume e nas tradições de cada 
sociedade, em um determinado tempo, segundo os preceitos socialmente 
estabelecidos pela sociedade ou por determinado grupo social . 
• Baseiam-se em convicções próprias. Regras que se encontram gravadas em nossas 
consciências. 
• Independe de fronteiras geográficas e garante uma identidade entre pessoas que 
utilizam referencial moral comum. 
7 
 
Leis 
• Leis são regras de comportamento formuladas deliberadamente e impostas por uma 
autoridade especial. 
• São decretadas com a finalidade de: 
• suprir os costumes que começam a desintegrar-se, 
• controlar as condutas dos indivíduos. 
• Natureza impositiva – compulsória. 
• Validade restrita ao Estado que edita a lei. 
• O desrespeito gera punições legais. Ex: multa, prisão. 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS: 
 
1- Podemos definir ética, como: 
a) a conduta individual esperada como certa pelo indivíduo; 
b) a ética é a teoria ou ciência que estuda o comportamento moral dos homens em 
sociedade; 
c) a conduta individual que representa o interesse pessoal; 
d) a conduta apreciada pelo indivíduo como correta, mesmo que não proporcione o 
bem de outrem, mas pelo menos o seu bem-estar; 
e) todo tipo de conduta que possa ir muito além do necessário. 
 
2- Podemos conceituar a moral como: 
a) Disciplina filosófica que tem por objeto de estudo os julgamentos de valor na 
medida em que estes se relacionam com a distinção entre o bem e o mal. 
b) Conjunto de normas e regras, baseado nos costume e nas tradições de cada 
sociedade, em um determinado tempo, segundo os preceitos socialmente 
estabelecidos pela sociedade ou por determinado grupo social 
c) Regras de comportamento formuladas deliberadamente e impostas por uma 
autoridade especial. são decretadas com a finalidade de suprir os costumes que 
começam a desintegrar-se, a perder seu controle sobre os indivíduos. 
d) Sentimento ou percepção do que se passa em nós, voz secreta da alma que aprova 
ou reprova nossas ações. 
e) Padrões não obrigatórios de comportamento social, constituem modos coletivos de 
conduta, convencionais ou espontâneos, reconhecidos e aceitos pela sociedade 
 
3 - Ser livre é: 
a) Fazer o que entendemos ser o certo, independentemente das normas de conduta 
estabelecidas pelo nosso grupo social. 
b) Viver como se tudo fosse uma fatalidade, pois Deus é que traça nosso destino. 
c) Ter o direito de ir e vir, de poder pensar e chegar a conclusões, vivendo conforme 
nossas próprias convicções. 
d) Agir sempre tendo em vista o que julgamos ser melhor para nós. 
8 
 
CONSCIÊNCIA MORAL 
 
• Ética é a faculdade de distinguir o bem do mal, de que resulta o sentimento do dever 
ou da interdição de se praticarem determinados atos, e a aprovação ou o remorso por 
havê-los praticado. (Dicionário Aurélio) 
 
• Consciência: 
• Sentimento ou percepção do que se passa em nós, voz secreta da alma que 
aprova ou reprova nossas ações. 
• Ato de julgar (ato do entendimento, da razão) que julga a bondade ou malícia 
das nossas ações, ou seja, é um ato concreto de avaliação que o 
entendimento formula como conclusão de um raciocínio acerca de um 
problema moral prático, o que significa que não é um sensor que capta 
automaticamente a luz do certo e do errado. É um raciocínio que pode acertar 
ou errar e para isso, o entendimento precisa conhecer o bem para poder 
julgar. (um ignorante em eletrônica não pode dizer com certeza porque o 
computador não funciona, se arriscar, pode estragar o aparelho). Só 
conhecendo os princípios e as normas morais é que poderemos julgar bem 
sobre a qualidade moral das nossas ações. 
A consciência moral (juízo da razão) presente no íntimo da pessoa, impõe ao homem 
fazer o bem e evitar o mal. Ou seja, dentro do íntimo da pessoa há uma lei que leva a 
fazer o bem, e quando não se busca ou faz o bem, a consciência acusa e faz ter um 
mal estar: famoso peso da consciência. É algo da natureza humana a busca do bem. 
 
 
 
VÍCIOS E VIRTUDES 
• Em um dos livros indicados na bibliografia complementar, Os dez mandamentos da 
ética, (o qual recomendamos a leitura) o autor Gabriel Chalita, trata, no quarto 
mandamento, sobre o tema virtude. 
• Virtude é a disposição firme e constante para a prática do bem (Aurélio). Não existe 
um numero determinado de virtudes. As ações virtuosas sempre estão ligadas ao meio 
termo, ou seja, a moderação. Ao mesmo tempo, encontram-se entre dois extremos, 
normalmente considerados pela ética como ações excessivas. 
• Seguem abaixo alguns exemplos de virtudes e seus extremos. 
 
 
Pródigo Liberal Avarento 
Pusilânime Magnânimo Pretensioso 
Falsa modéstia Sincero Jactância/Vanglória 
Ação omissiva Temperança Ação impulsiva 
Sério demais Bom humor Fazer papel de ridículo 
9 
 
VERDADE, MENTIRA OU OMISSÃO? 
• Muitas vezes percebemos a dúvida quanto a falar a verdade, a mentira ou omitir. 
Alguns acreditam que nem sempre deve ser dito a verdade, outros acham que a 
mentira em certas ocasiões é bem vinda, e a omissão dá certa neutralidade na 
situação. 
• Estamos diante de vícios e virtudes. Deficiências morais e excelências morais das 
condutas. 
• Portanto a verdade sempre deve imperar em qualquer tipo de situação. Muitas vezes 
perguntam: e se a pessoa está com uma doença grave?? Devo falar a verdade? 
• Claro que sim! A mentira nunca é bem vinda. Basta se colocar na situação do outro. 
Quem gosta de mentiras? 
• E a omissão? É bem vinda? 
• Muitos tenta-se esquivar das situações dizendo que cabe omitir fatos como se fosse 
uma situação de neutralidade. É claro que aquele que omitir estará prejudicando a 
alguém ou a si próprio, e neste caso acaba indo de encontro com a ética. 
10 
 
TEXTO: EXISTÊNCIA ÉTICA: SENSO MORAL E CONSCIÊNCIA MORAL 
 
Livro Convite à Filosofia / De Marilena Chaui 
Ed. Ática, São Paulo, 2000. Unidade 8/O mundo 
da prática/Capítulo 4/A existência ética. 
 
Senso moral e consciência moral 
Muitas vezes, tomamos conhecimento de movimentos nacionais e internacionais de 
luta contra a fome. Ficamos sabendo que, em outros países e no nosso, milhares de 
pessoas, sobretudo crianças e velhos, morrem de penúria e inanição. Sentimos 
piedade. Sentimos indignação diante de tamanha injustiça (especialmente quando 
vemos o desperdício dos quenão têm fome e vivem na abundância). Sentimos 
responsabilidade. Movidos pela solidariedade, participamos de campanhas contra a 
fome. Nossos sentimentos e nossas ações exprimem nosso senso moral. 
Quantas vezes, levados por algum impulso incontrolável ou por alguma emoção forte 
(medo, orgulho, ambição, vaidade, covardia), fazemos alguma coisa de que, depois, 
sentimos vergonha, remorso, culpa. Gostaríamos de voltar atrás no tempo e agir de 
modo diferente. Esses sentimentos também exprimem nosso senso moral. 
Em muitas ocasiões, ficamos contentes e emocionados diante de uma pessoa cujas 
palavras e ações manifestam honestidade, honradez, espírito de justiça, altruísmo, 
mesmo quando tudo isso lhe custa sacrifícios. Sentimos que há grandeza e dignidade 
nessa pessoa. Temos admiração por ela e desejamos imitá-la. Tais sentimentos e 
admiração também exprimem nosso senso moral. 
Não raras vezes somos tomados pelo horror diante da violência: chacinas de seres 
humanos e animais, linchamentos, assassinatos brutais, estupros, genocídio, torturas 
e suplícios. Com freqüência, ficamos indignados ao saber que um inocente foi 
injustamente acusado e condenado, enquanto o verdadeiro culpado permanece 
impune. Sentimos cólera diante do cinismo dos mentirosos, dos que usam outras 
pessoas como instrumento para seus interesses e para conseguir vantagens às custas 
da boa-fé de outros. Todos esses sentimentos manifestam nosso senso moral. 
Vivemos certas situações, ou sabemos que foram vividas por outros, como situações 
de extrema aflição e angústia. Assim, por exemplo, uma pessoa querida, com uma 
doença terminal, está viva apenas porque seu corpo está ligado a máquinas que a 
conservam. Suas dores são intoleráveis. Inconsciente, geme no sofrimento. Não seria 
melhor que descansasse em paz? Não seria preferível deixá-la morrer? Podemos 
desligar os aparelhos? Ou não temos o direito de fazê-lo? Que fazer? Qual a ação 
correta? 
Uma jovem descobre que está grávida. Sente que seu corpo e seu espírito ainda não 
estão preparados para a gravidez. Sabe que seu parceiro, mesmo que deseje apoiá- 
la, é tão jovem e despreparado quanto ela e que ambos não terão como se 
responsabilizar plenamente pela gestação, pelo parto e pela criação de um filho. 
Ambos estão desorientados. Não sabem se poderão contar com o auxílio de suas 
famílias (se as tiverem). 
Se ela for apenas estudante, terá que deixar a escola para trabalhar, a fim de pagar o 
parto e arcar com as despesas da criança. Sua vida e seu futuro mudarão para 
sempre. Se trabalha, sabe que perderá o emprego, porque vive numa sociedade onde 
os patrões discriminam as mulheres grávidas, sobretudo as solteiras. Receia não 
contar com os amigos. Ao mesmo tempo, porém, deseja a criança, sonha com ela, 
11 
 
mas teme dar-lhe uma vida de miséria e ser injusta com quem não pediu para nascer. 
Pode fazer um aborto? Deve fazê-lo? 
Um pai de família desempregado, com vários filhos pequenos e a esposa doente, 
recebe uma oferta de emprego, mas que exige que seja desonesto e cometa 
irregularidades que beneficiem seu patrão. Sabe que o trabalho lhe permitirá sustentar 
os filhos e pagar o tratamento da esposa. Pode aceitar o emprego, mesmo sabendo o 
que será exigido dele? Ou deve recusá-lo e ver os filhos com fome e a mulher 
morrendo? 
Um rapaz namora, há tempos, uma moça de quem gosta muito e é por ela 
correspondido. Conhece uma outra. Apaixona-se perdidamente e é correspondido. 
Ama duas mulheres e ambas o amam. Pode ter dois amores simultâneos, ou estará 
traindo a ambos e a si mesmo? Deve magoar uma delas e a si mesmo, rompendo com 
uma para ficar com a outra? O amor exige uma única pessoa amada ou pode ser 
múltiplo? Que sentirão as duas mulheres, se ele lhes contar o que se passa? Ou 
deverá mentir para ambas? Que fazer? Se, enquanto está atormentado pela decisão, 
um conhecido o vê ora com uma das mulheres, ora com a outra e, conhecendo uma 
delas, deve contar a ela o que viu? Em nome da amizade, deve falar ou calar? 
Uma mulher vê um roubo. Vê uma criança maltrapilha e esfomeada roubar frutas e 
pães numa mercearia. Sabe que o dono da mercearia está passando por muitas 
dificuldades e que o roubo fará diferença para ele. Mas também vê a miséria e a fome 
da criança. Deve denunciá-la, julgando que com isso a criança não se tornará um 
adulto ladrão e o proprietário da mercearia não terá prejuízo? Ou deverá silenciar, pois 
a criança corre o risco de receber punição excessiva, ser levada para a polícia, ser 
jogada novamente às ruas e, agora, revoltada, passar do furto ao homicídio? Que 
fazer? 
Situações como essas – mais dramáticas ou menos dramáticas – surgem sempre em 
nossas vidas. Nossas dúvidas quanto à decisão a tomar não manifestam apenas 
nosso senso moral, mas também põem à prova nossa consciência moral, pois 
exigem que decidamos o que fazer, que justifiquemos para nós mesmos e para os 
outros as razões de nossas decisões e que assumamos todas as conseqüências 
delas, porque somos responsáveis por nossas opções. 
Todos os exemplos mencionados indicam que o senso moral e a consciência moral 
referem-se a valores (justiça, honradez, espírito de sacrifício, integridade, 
generosidade), a sentimentos provocados pelos valores (admiração, vergonha, culpa, 
remorso, contentamento, cólera, amor, dúvida, medo) e a decisões que conduzem a 
ações com conseqüências para nós e para os outros. Embora os conteúdos dos 
valores variem, podemos notar que estão referidos a um valor mais profundo, mesmo 
que apenas subentendido: o bom ou o bem. Os sentimentos e as ações, nascidos de 
uma opção entre o bom e o mau ou entre o bem e o mal, também estão referidos a 
algo mais profundo e subentendido: nosso desejo de afastar a dor e o sofrimento e de 
alcançar a felicidade, seja por ficarmos contentes conosco mesmos, seja por 
recebermos a aprovação dos outros. 
O senso e a consciência moral dizem respeito a valores, sentimentos, intenções, 
decisões e ações referidos ao bem e ao mal e ao desejo de felicidade. Dizem respeito 
às relações que mantemos com os outros e, portanto, nascem e existem como parte 
de nossa vida intersubjetiva. 
 
Juízo de fato e de valor 
Se dissermos: “Está chovendo”, estaremos enunciando um acontecimento constatado 
por nós e o juízo proferido é um juízo de fato. Se, porém, falarmos: “A chuva é boa 
12 
 
para as plantas” ou “A chuva é bela”, estaremos interpretando e avaliando o 
acontecimento. Nesse caso, proferimos um juízo de valor. 
Juízos de fato são aqueles que dizem o que as coisas são, como são e por que são. 
Em nossa vida cotidiana, mas também na metafísica e nas ciências, os juízos de fato 
estão presentes. Diferentemente deles, os juízos de valor - avaliações sobre coisas, 
pessoas e situações - são proferidos na moral, nas artes, na política, na religião. 
Juízos de valor avaliam coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, 
sentimentos, estados de espírito, intenções e decisões como bons ou maus, 
desejáveis ou indesejáveis. 
Os juízos éticos de valor são também normativos, isto é, enunciam normas que 
determinam o dever ser de nossos sentimentos, nossos atos, nossos 
comportamentos. São juízos que enunciam obrigações e avaliam intenções e ações 
segundo o critério do correto e do incorreto. 
Os juízos éticos de valor nos dizem o que são o bem, o mal, a felicidade. Os juízos 
éticos normativos nos dizem que sentimentos, intenções, atos e comportamentos 
devemos ter ou fazer para alcançarmos o bem e a felicidade. Enunciam também que 
atos, sentimentos, intenções e comportamentos são condenáveis ou incorretos do 
ponto de vista moral. 
Como se pode observar, senso moral e consciência moral são inseparáveis da vida 
cultural, uma vez que esta define para seus membros os valores positivos e negativos 
que devem respeitar ou detestar. 
Qual a origem da diferença entre os dois tipos de juízos? A diferençaentre a Natureza 
e a Cultura. A primeira, como vimos, é constituída por estruturas e processos 
necessários, que existem em si e por si mesmos, independentemente de nós: a chuva 
é um fenômeno meteorológico cujas causas e cujos efeitos necessários podemos 
constatar e explicar. 
Por sua vez, a Cultura nasce da maneira como os seres humanos interpretam a si 
mesmos e suas relações com a Natureza, acrescentando-lhe sentidos novos, 
intervindo nela, alterando-a através do trabalho e da técnica, dando-lhe valores. Dizer 
que a chuva é boa para as plantas pressupõe a relação cultural dos humanos com a 
Natureza, através da agricultura. Considerar a chuva bela pressupõe uma relação 
valorativa dos humanos com a Natureza, percebida como objeto de contemplação. 
Freqüentemente, não notamos a origem cultural dos valores éticos, do senso moral e 
da consciência moral, porque somos educados (cultivados) para eles e neles, como se 
fossem naturais ou fáticos, existentes em si e por si mesmos. Para garantir a 
manutenção dos padrões morais através do tempo e sua continuidade de geração a 
geração, as sociedades tendem a naturalizá-los. A naturalização da existência moral 
esconde, portanto, o mais importante da ética: o fato de ela ser criação histórico- 
cultural. 
 
Ética e violência 
Quando acompanhamos a história das idéias éticas, desde a Antiguidade clássica 
(greco-romana) até nossos dias, podemos perceber que, em seu centro, encontra-se o 
problema da violência e dos meios para evitá-la, diminuí-la, controlá-la. Diferentes 
formações sociais e culturais instituíram conjuntos de valores éticos como padrões de 
conduta, de relações intersubjetivas e interpessoais, de comportamentos sociais que 
pudessem garantir a integridade física e psíquica de seus membros e a conservação 
do grupo social. 
13 
 
Evidentemente, as várias culturas e sociedades não definiram e nem definem a 
violência da mesma maneira, mas, ao contrário, dão-lhe conteúdos diferentes, 
segundo os tempos e os lugares. No entanto, malgrado as diferenças, certos aspectos 
da violência são percebidos da mesma maneira, nas várias culturas e sociedades, 
formando o fundo comum contra o qual os valores éticos são erguidos. 
Fundamentalmente, a violência é percebida como exercício da força física e da coação 
psíquica para obrigar alguém a fazer alguma coisa contrária a si, contrária aos seus 
interesses e desejos, contrária ao seu corpo e à sua consciência, causando-lhe danos 
profundos e irreparáveis, como a morte, a loucura, a auto-agressão ou a agressão aos 
outros. 
Quando uma cultura e uma sociedade definem o que entendem por mal, crime e vício, 
circunscrevem aquilo que julgam violência contra um indivíduo ou contra o grupo. 
Simultaneamente, erguem os valores positivos – o bem e a virtude – como barreiras 
éticas contra a violência. 
Em nossa cultura, a violência é entendida como o uso da força física e do 
constrangimento psíquico para obrigar alguém a agir de modo contrário à sua natureza 
e ao seu ser. A violência é a violação da integridade física e psíquica, da dignidade 
humana de alguém. Eis por que o assassinato, a tortura, a injustiça, a mentira, o 
estupro, a calúnia, a má-fé, o roubo são considerados violência, imoralidade e crime. 
Considerando que a humanidade dos humanos reside no fato de serem racionais, 
dotados de vontade livre, de capacidade para a comunicação e para a vida em 
sociedade, de capacidade para interagir com a Natureza e com o tempo, nossa cultura 
e sociedade nos definem como sujeitos do conhecimento e da ação, localizando a 
violência em tudo aquilo que reduz um sujeito à condição de objeto. Do ponto de vista 
ético, somos pessoas e não podemos ser tratados como coisas. Os valores éticos se 
oferecem, portanto, como expressão e garantia de nossa condição de sujeitos, 
proibindo moralmente o que nos transforme em coisa usada e manipulada por outros. 
A ética é normativa exatamente por isso, suas normas visando impor limites e 
controles ao risco permanente da violência. 
 
Os constituintes do campo ético 
Para que haja conduta ética é preciso que exista o agente consciente, isto é, aquele 
que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e proibido, virtude 
e vício. A consciência moral não só conhece tais diferenças, mas também reconhece- 
se como capaz de julgar o valor dos atos e das condutas e de agir em conformidade 
com os valores morais, sendo por isso responsável por suas ações e seus 
sentimentos e pelas conseqüências do que faz e sente. Consciência e 
responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética. 
A consciência moral manifesta-se, antes de tudo, na capacidade para deliberar diante 
de alternativas possíveis, decidindo e escolhendo uma delas antes de lançar-se na 
ação. Tem a capacidade para avaliar e pesar as motivações pessoais, as exigências 
feitas pela situação, as conseqüências para si e para os outros, a conformidade entre 
meios e fins (empregar meios imorais para alcançar fins morais é impossível), a 
obrigação de respeitar o estabelecido ou de transgredi-lo (se o estabelecido for imoral 
ou injusto). 
A vontade é esse poder deliberativo e decisório do agente moral. Para que exerça tal 
poder sobre o sujeito moral, a vontade deve ser livre, isto é, não pode estar submetida 
à vontade de um outro nem pode estar submetida aos instintos e às paixões, mas, ao 
contrário, deve ter poder sobre eles e elas. 
14 
 
O campo ético é, assim, constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o 
conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes. Estas são realizadas pelo sujeito 
moral, principal constituinte da existência ética. 
O sujeito ético ou moral, isto é, a pessoa, só pode existir se preencher as seguintes 
condições: 
● ser consciente de si e dos outros, isto é, ser capaz de reflexão e de reconhecer a 
existência dos outros como sujeitos éticos iguais a ele; 
● ser dotado de vontade, isto é, de capacidade para controlar e orientar desejos, 
impulsos, tendências, sentimentos (para que estejam em conformidade com a 
consciência) e de capacidade para deliberar e decidir entre várias alternativas 
possíveis; 
● ser responsável, isto é, reconhecer-se como autor da ação, avaliar os efeitos e 
conseqüências dela sobre si e sobre os outros, assumi-la bem como às suas 
conseqüências, respondendo por elas; 
● ser livre, isto é, ser capaz de oferecer-se como causa interna de seus sentimentos, 
atitudes e ações, por não estar submetido a poderes externos que o forcem e o 
constranjam a sentir, a querer e a fazer alguma coisa. A liberdade não é tanto o poder 
para escolher entre vários possíveis, mas o poder para autodeterminar-se, dando a si 
mesmo as regras de conduta. 
O campo ético é, portanto, constituído por dois pólos internamente relacionados: o 
agente ou sujeito moral e os valores morais ou virtudes éticas. 
Do ponto de vista do agente ou sujeito moral, a ética faz uma exigência essencial, qual 
seja, a diferença entre passividade e atividade. Passivo é aquele que se deixa 
governar e arrastar por seus impulsos, inclinações e paixões, pelas circunstâncias, 
pela boa ou má sorte, pela opinião alheia, pelo medo dos outros, pela vontade de um 
outro, não exercendo sua própria consciência, vontade, liberdade e responsabilidade. 
Ao contrário, é ativo ou virtuoso aquele que controla interiormente seus impulsos, suas 
inclinações e suas paixões, discute consigo mesmo e com os outros o sentido dos 
valores e dos fins estabelecidos, indaga se devem e como devem ser respeitados ou 
transgredidos por outros valores e fins superiores aos existentes, avalia sua 
capacidade para dar a si mesmo as regras de conduta, consulta sua razão e sua 
vontade antes de agir, tem consideração pelos outros sem subordinar-se nem 
submeter-se cegamente a eles, responde pelo que faz, julga suas próprias intenções e 
recusa a violência contra si econtra os outros. Numa palavra, é autônomo. 
Do ponto de vista dos valores, a ética exprime a maneira como a cultura e a sociedade 
definem para si mesmas o que julgam ser a violência e o crime, o mal e o vício e, 
como contrapartida, o que consideram ser o bem e a virtude. Por realizar-se como 
relação intersubjetiva e social, a ética não é alheia ou indiferente às condições 
históricas e políticas, econômicas e culturais da ação moral. 
Conseqüentemente, embora toda ética seja universal do ponto de vista da sociedade 
que a institui (universal porque seus valores são obrigatórios para todos os seus 
membros), está em relação com o tempo e a História, transformando-se para 
responder a exigências novas da sociedade e da Cultura, pois somos seres históricos 
e culturais e nossa ação se desenrola no tempo. 
Além do sujeito ou pessoa moral e dos valores ou fins morais, o campo ético é ainda 
constituído por um outro elemento: os meios para que o sujeito realize os fins. 
Costuma-se dizer que os fins justificam os meios, de modo que, para alcançar um fim 
legítimo, todos os meios disponíveis são válidos. No caso da ética, porém, essa 
afirmação deixa de ser óbvia. 
15 
 
Suponhamos uma sociedade que considere um valor e um fim moral a lealdade entre 
seus membros, baseada na confiança recíproca. Isso significa que a mentira, a inveja, 
a adulação, a má-fé, a crueldade e o medo deverão estar excluídos da vida moral e 
ações que os empreguem como meios para alcançar o fim serão imorais. 
No entanto, poderia acontecer que para forçar alguém à lealdade seria preciso fazê-lo 
sentir medo da punição pela deslealdade, ou seria preciso mentir-lhe para que não 
perdesse a confiança em certas pessoas e continuasse leal a elas. Nesses casos, o 
fim – a lealdade – não justificaria os meios – medo e mentira? A resposta ética é: não. 
Por quê? Porque esses meios desrespeitam a consciência e a liberdade da pessoa 
moral, que agiria por coação externa e não por reconhecimento interior e verdadeiro 
do fim ético. 
No caso da ética, portanto, nem todos os meios são justificáveis, mas apenas aqueles 
que estão de acordo com os fins da própria ação. Em outras palavras, fins éticos 
exigem meios éticos. 
A relação entre meios e fins pressupõe que a pessoa moral não existe como um fato 
dado, mas é instaurada pela vida intersubjetiva e social, precisando ser educada para 
os valores morais e para as virtudes. 
Poderíamos indagar se a educação ética não seria uma violência. Em primeiro lugar, 
porque se tal educação visa a transformar-nos de passivos em ativos, poderíamos 
perguntar se nossa natureza não seria essencialmente passional e, portanto: forçar- 
nos à racionalidade ativa não seria um ato de violência contra a nossa natureza 
espontânea? Em segundo lugar, porque se a tal educação visa a colocar-nos em 
harmonia e em acordo com os valores de nossa sociedade, poderíamos indagar se 
isso não nos faria submetidos a um poder externo à nossa consciência, o poder da 
moral social. Para responder a essas questões precisamos examinar o 
desenvolvimento das idéias éticas na Filosofia. 
16 
 
LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL 
fonte: http://www.creasp.org.br 
 
CREA-SP 
• Sigla que identifica o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de 
São Paulo. 
• Conselho de Fiscalização do Exercício Profissional 
• Fiscaliza, controla , orienta e aprimora o exercício e as atividades profissionais nas 
áreas da Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e Meteorologia, além das 
atividades dos Tecnólogos e das várias modalidades de Técnicos Industriais de nível 
médio. 
• Obs: Recentemente foi criado conselho profissional próprio para os Arquitetos e 
Urbanistas – o CAU -, deixando esses profissionais de integrar o CREA. 
 
Fiscalização do CREA-SP 
• Os Agentes Fiscais do Crea-SP realizam pesquisas internas e externas e diligências 
de rotina a obras, empresas privadas ou órgãos públicos, para verificação da 
responsabilidade técnica pelos serviços executados nas áreas de Engenharia, 
Agronomia e afins. 
• Segundo a legislação, a responsabilidade técnica sobre obras e serviços nas áreas 
citadas só pode ser atribuída a profissionais habilitados com registro no Crea-SP. 
• Quando a obra não conta com responsável técnico, ou quando o "responsável 
técnico" identificado é um leigo, o Crea-SP parte para uma ação mais objetiva: o 
Agente Fiscal, constatando realmente a irregularidade, procede à lavratura da 
Notificação e, quando necessário, do Auto de Infração, o qual gera um processo 
administrativo, conforme a tipificação pertinente à atividade e/ou irregularidade 
encontrada. 
 
RESPONSABILIDADES 
• Os profissionais respondem de diversas formas em razão das atividades exercidas: 
• Responsabilidade Técnica 
• Responsabilidade Civil 
• Responsabilidade Penal 
• Responsabilidade Trabalhista 
 
Responsabilidade Técnica 
• Os profissionais que executam atividades específicas dentro das várias modalidades 
das categorias da área tecnológica devem assumir a responsabilidade técnica por todo 
trabalho que realizam. Exemplos: 
• O engenheiro civil que executa a construção desta mesma casa será o 
responsável técnico pela construção; 
• O engenheiro agrônomo que projeta determinado cultivo especial de feijão 
será o responsável técnico pelo projeto desse cultivo. 
17 
 
Responsabilidade Civil 
• Decorre da obrigação de reparar e/ou indenizar por danos causados. 
a) Responsabilidade contratual: decorrente do contrato firmado para a 
execução de um determinado trabalho, no qual são fixados os direitos e 
obrigações. 
b) Responsabilidade pela solidez e segurança da construção: o profissional 
responde pelo prazo de 05 anos. Se, através de perícias, ficar constatado erro 
do profissional, este será responsabilizado, independente do prazo 
transcorrido, conforme jurisprudência. 
c) Responsabilidade pelos materiais: a escolha dos materiais é da 
competência exclusiva do profissional. Quando o material não estiver de 
acordo com a especificação ou dentro dos critérios de segurança, o profissional 
deve rejeitá-lo, sob pena de responder por qualquer dano futuro. 
d) Responsabilidade por danos a terceiros: constatação de danos a 
vizinhos. Cabe ao profissional tomar todas as providências necessárias para 
que seja preservada a segurança, a saúde e o sossego de terceiros. Os 
prejuízos causados são de responsabilidade do profissional e do proprietário, 
solidariamente, podendo o lesado acionar tanto um como o outro. 
 
Responsabilidade Penal 
• Cabe ao profissional prever todas as situações que caracterize perigo à vida ou à 
propriedade, para que fique isento de qualquer ação penal. 
• Decorre de fatos considerados crimes. 
• Exemplos: 
a) desabamento - queda de construção em virtude de fator humano; 
b) desmoronamento - resulta da natureza; 
c) incêndio - quando provocado por sobrecarga elétrica; 
d) intoxicação ou morte por agrotóxico - pelo uso indiscriminado de herbicidas e 
inseticidas na lavoura sem a devida orientação e equipamento; 
e) intoxicação ou morte por produtos industrializados - quando mal 
manipulados na produção ou quando não conste indicação da periculosidade; 
f) contaminação - quando provocada por vazamentos de elementos radioativos 
e outros. 
 
Responsabilidade Trabalhista 
• A matéria é regulada pelas Leis Trabalhistas em vigor. 
• Resulta das relações com os empregados e trabalhadores que compreendem: direito 
ao trabalho, remuneração, férias, descanso semanal e indenizações, inclusive, 
aquelas resultantes de acidentes que prejudicam a integridade física do trabalhador. 
• O profissional só assume esse tipo de responsabilidade quando contratar 
empregados, pessoalmente ou através de seu representante ou representante de sua 
empresa. Nas obras de serviços contratados por administração o profissional estará 
isento desta responsabilidade,desde que o proprietário assuma o encargo da 
contratação dos operários. 
18 
 
CASOS PRÁTICOS 
 
Bom Jesus: Falso engenheiro é preso pela PRF 
Um homem acusado de exercer a profissão de engenheiro químico de forma ilegal foi 
preso, na tarde desta quarta-feira (4), por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) 
em Bom Jesus da Lapa, no oeste baiano. De acordo com a PRF, o homem é 
administrador e sócio-gerente de uma empresa que realizava testes de qualidade de 
água para consumo em várias cidades da região. A PRF apreendeu material de 
trabalho na empresa. A abordagem foi resultado da Operação XXIV Fiscalização 
Preventiva Integrada, realizada pela PRF, juntamente com o Ministério Público (MP- 
BA) e o Conselho Regional de Engenharia (Crea). 
http://www.bahianoticias.com.br/noticias/noticia/2011/05/05/93338,bom-jesus- 
falsoengenheiro-e-preso-pela-prf.html 
 
Engenheiro é condenado a 6 anos por roubar segredos da Ford 
A Polícia dos Estados Unidos divulgou na terça-feira imagem do engenheiro chinês 
Mike Yu, condenado a seis anos de prisão por roubar segredos comerciais da Ford, 
empresa onde trabalhou entre 1997 e 2007. Yu, 49 anos, também terá de pagar uma 
multa de US$ 12,5 mil. Segundo a sentença, o ex-engenheiro roubou milhares de 
documentos secretos sobre projetos da Ford. 
Segundo informações da Polícia, antes de deixar a Ford para trabalhar na Beijing 
Automotive Industry Corp, no início de 2007, Yu copiou cerca de 4 mil documentos de 
projetos de design da montadora. Em 2009, o chinês foi preso sob acusação. Agora, 
após a sentença, ele será deportado de volta à China. 
(http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201104271055_RTR_796 
27 467) 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1- A responsabilidade penal ou criminal pode incidir sobre o engenheiro quando do 
exercício de sua atividade profissional vier a ocorrer um fato considerado como crime. 
Dentre os possíveis crimes, merecem destaque, exceto: 
a) desmoronamento; 
b) intoxicação ou morte por agrotóxico, pelo uso indiscriminado de herbicidas e 
inseticidas na lavoura sem a devida orientação e equipamento 
c) Incêndio, quando provocado por descarga elétrica entre uma nuvem e o solo, 
acompanhada de relâmpago e trovão; 
d) contaminação, quando provocada por vazamentos de elementos radioativos e 
outros; 
e) desabamento. 
 
 
2- Os serviços prestados pelos profissionais de engenharia estão sujeitos a diversas 
normas e que em caso de desrespeito a estas normas o mesmo poderá ser 
responsabilizado. 
Destaque abaixo a alternativa incorreta sobre o tema responsabilidade trabalhista: 
19 
 
a) Nas obras de serviços contratados por administração o profissional estará isento 
desta responsabilidade, desde que o proprietário assuma o encargo da contratação 
dos operários, o que é raro na prática. 
b) Um engenheiro que possui empregados deve respeitar não apenas as regras 
previstas na legislação trabalhistas, como também àquelas previstas no código de 
ética da engenharia, no que diz respeito ao tratamento de seus subordinados; 
c) O profissional só assume esse tipo de responsabilidade quando contratar 
empregados, pessoalmente ou através de seu representante ou representante de sua 
empresa. 
d) O engenheiro que possui empregados deve respeitar apenas as normas previstas 
na legislação trabalhistas; 
e) O engenheiro empregador deve respeitar as normas trabalhistas, com relação a 
remuneração, férias, descanso semanal e indenizações, inclusive, aquelas resultantes 
de acidentes que prejudicam a integridade física do trabalhador. 
20 
 
LEI Nº 5.194, de 24 DEZ 1966 
 
Regula o exercício das profissões de 
Engenheiro e Agrônomo, e dá outras 
providências. 
 
Caracterização das Profissões 
• As profissões de engenheiro e engenheiro-agrônomo são caracterizadas pelas 
relações de interesse social e humano que importem na realização dos seguintes 
empreendimentos: 
a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, 
paraestatais, autárquicas e de economia mista e privada 
b) aproveitamento e utilização de recursos naturais; 
c) meios de locomoção e comunicações; 
d) edificações, serviços e equipamentos urbanos, rurais e regionais, nos seus 
aspectos técnicos e artísticos; 
e) instalações e meios de acesso a costas, cursos, e massas de água e 
extensões terrestres; 
f) desenvolvimento industrial e agropecuário. 
 
Exercício das Profissões 
• O exercício da profissão de engenheiro e agrônomo, é assegurado: 
a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma de faculdade ou escola 
superior de Engenharia ou Agronomia, oficiais ou reconhecidas, existentes no 
País; 
b) aos que possuam, devidamente revalidado e registrado no País, diploma de 
faculdade ou escola estrangeira de ensino superior de Engenharia ou 
Agronomia, bem como os que tenham esse exercício amparado por convênios 
internacionais de intercâmbio; 
c) aos estrangeiros contratados que, a critério dos Conselhos Federal e 
Regionais de Engenharia e Agronomia, considerada a escassez de 
profissionais de determinada especialidade e o interesse nacional, tenham 
seus títulos registrados temporariamente. 
 
Do uso do Título Profissional 
• São reservadas exclusivamente aos profissionais referidos nesta Lei as 
denominações de engenheiro ou agrônomo. 
• As sociedades compostas exclusivamente por profissionais da engenharia e 
agronomia poderão ter tais títulos em sua qualificação. 
• As sociedades - firma comercial ou industrial - só poderão ter em sua denominação 
as palavras engenharia ou agronomia, se composta, por uma diretoria, em sua 
maioria, de profissionais registrados nos Conselhos Regionais 
21 
 
Do exercício ilegal da Profissão 
• Exerce ilegalmente a profissão: 
a) aquele que realizar atos reservados aos profissionais e que não possua 
registro nos Conselhos Regionais: 
b) o profissional que se incumbir de atividades estranhas às atribuições 
discriminadas em seu registro; 
c) o profissional que emprestar seu nome a pessoas, firmas, organizações ou 
empresas executoras de obras e serviços sem sua real participação nos 
trabalhos delas; 
d) o profissional que, suspenso de seu exercício, continue em atividade 
 
Atribuições profissionais e coordenação de suas atividades 
• As atividades profissionais do engenheiro e do agrônomo consistem em: 
a) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, 
estruturas, transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da 
produção industrial e agropecuária; 
b) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e 
divulgação técnica; 
c) ensino, pesquisa, experimentação e ensaios; 
d) fiscalização de obras e serviços técnicos; 
e) direção de obras e serviços técnicos; 
f) execução de obras e serviços técnicos; 
g) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária. 
 
• O Conselho Federal organizará e manterá atualizada a relação dos títulos 
concedidos pelas escolas e faculdades, bem como seus cursos e currículos, com a 
indicação das suas características. 
• Nos trabalhos gráficos, especificações, orçamentos, pareceres, laudos e atos 
judiciais ou administrativos, é obrigatória, além da assinatura, nome, assinatura, 
especialidade e número de registro. 
• Enquanto durar a execução de obras, instalações e serviços de qualquer natureza, é 
obrigatória a colocação e manutenção de placas visíveis e legíveis ao público, 
contendo o nome do autor e co-autores do projeto. 
 
Da Responsabilidade e Autoria 
• Os direitos de autoria de um plano ou projeto de Engenharia ou Agronomia, 
respeitadas as relações contratuais expressas entre o autor e outros interessados, são 
do profissional que os elaborar. 
• As alterações do projeto ou plano original só poderão ser feitas pelo profissional que 
o tenha elaborado. 
• Estando impedidoou recusando-se o autor do projeto ou plano original a prestar sua 
colaboração profissional, comprovada a solicitação, as alterações ou modificações 
22 
 
deles poderão ser feitas por outro profissional habilitado, a quem caberá a 
responsabilidade pelo projeto ou plano modificado. 
• Quando a concepção geral que caracteriza um plano ou um projeto for elaborada em 
conjunto por profissionais legalmente habilitados, todos serão considerados co-autores 
do projeto, com os direitos e deveres correspondentes. 
• A responsabilidade técnica pela ampliação, procedimento ou conclusão de qualquer 
empreendimento de engenharia ou agronomia caberá ao profissional ou entidade 
registrada que aceitar esse encargo, sendo-lhe, também, atribuída a responsabilidade 
das obras, devendo o Conselho Federal adotar resolução quanto às responsabilidades 
das partes já executadas ou concluídas por outros profissionais. 
 
Da Fiscalização do Exercício das Profissões – Art. 24 
• A fiscalização do exercício e atividades das profissões nela reguladas serão 
exercidas: 
• pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) e 
• pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREA). 
• CREA’s: 
• Cada unidade da Federação só poderá ficar na jurisdição de um Conselho 
Regional. 
• A sede dos Conselhos Regionais será no Distrito Federal, em capital de Estado 
ou de Território Federal. 
 
Do registro dos profissionais – Art. 55 a 58 
• Os profissionais habilitados só poderão exercer a profissão após o registro no 
Conselho Regional do local de sua atividade. 
• Aos profissionais registrados será fornecida carteira profissional contendo o número 
do registro, a natureza do título, especialização e todos os elementos necessários à 
sua identificação. 
• A expedição da carteira fica sujeita à taxa: 
• R$79,48 – registro profissional 
• R$50,13 – carteira profissional 
• A carteira profissional substituirá o diploma, valerá como documento de identidade e 
terá fé pública. 
• Para emissão da carteira profissional, os Conselhos Regionais deverão exigir do 
interessado a prova de habilitação profissional e de identidade, bem como outros 
elementos julgados convenientes. 
• Se o profissional, firma ou organização, registrado em qualquer Conselho Regional, 
exercer atividade em outra Região, ficará obrigado a apontar, nela, o seu registro. 
 
Do registro de firmas e entidades – Art. 59 a 62 
• As firmas ligadas ao exercício profissional da Engenharia e Agronomia só poderão 
iniciar suas atividades depois de promoverem o registro nos Conselhos Regionais, 
bem como o dos profissionais do seu quadro técnico. 
23 
 
Das anuidades, emolumentos e taxas - Art. 63 a 70 
• Os profissionais e pessoas jurídicas registrados são obrigados ao pagamento de uma 
anuidade ao Conselho Regional. 
• A anuidade será devida a partir de 1º de janeiro de cada ano. 
• O pagamento da anuidade após 31 de março terá o acréscimo de vinte por cento, a 
título de mora, quando efetuado no mesmo exercício. 
Anuidades – valores: 
Profissional de nível superior - R$529,95 
Profissional técnico de nível médio – R$264,39 
Pessoas Jurídicas inscritas - em função do capital social: 
 
FAIXA CAPITAL SOCIAL (R$) R$ 
1 Até R$ 50.000,00 501,23 
2 De 50.000,01 até 200.000,00 1.002,47 
3 R$ 200.000,01 até R$ 500.000,00 1.503,71 
4 R$ 500.000,01 até R$ 1.000.000,00 2.004,93 
5 R$ 1.000.000,01 até R$ 2.000.000,00 2.506,18
6 R$ 2.000.000,01 até R$ 10.000.000,00 3.007,40
7 Acima de 10.000.000,00 4.009,86
 
DESCONTOS: 
De 90% para 
o recém-formado que fizer seu registro até 180 dias da colação de grau; 
profissional do sexo masculino com ou mais de 65 anos de idade ou 35 
anos de registro profissional 
profissional do sexo feminino com ou mais de 60 anos de idade ou 30 
anos de registro profissional 
De 50% para o profissional cuja empresa individual esteja quite com as 
anuidades. 
 
• Será automaticamente cancelado o registro do profissional ou da pessoa jurídica que 
deixar de efetuar o pagamento da anuidade durante 2(dois) anos consecutivos. 
• O profissional ou pessoa jurídica que tiver seu registro cancelado: 
• passará a exercer ilegalmente a profissão; 
• pode reabilitar-se mediante novo registro, desde que pague os débitos, multas 
e taxas existentes. 
• O pagamento da anuidade devida por profissional ou pessoa jurídica somente será 
aceito após verificada a ausência de quaisquer débitos concernentes a multas, 
emolumentos, taxas ou anuidades de exercícios anteriores. 
• Embora registrado, só será considerado no legítimo exercício da profissão o 
profissional ou pessoa jurídica que esteja em dia com o pagamento da respectiva 
anuidade. 
24 
 
• Só poderão ser admitidos nas concorrências públicas para obras ou serviços 
técnicos e para concursos de projetos, profissionais e pessoas jurídicas que 
apresentarem prova de quitação de débito ou visto do Conselho Regional da jurisdição 
onde a obra, o serviço técnico ou projeto deva ser executado. 
• Cabe ao Conselho Federal estabelecer e revisar o Regimento de Custas. 
 
Das penalidades – Art. 71 a 79 
• As penalidades aplicáveis, de acordo com a gravidade da falta, são as seguintes,: 
a) advertência reservada; 
b) censura pública; 
c) multa; 
d) suspensão temporária do exercício profissional; 
e) cancelamento definitivo do registro. 
• As penas de advertência reservada e de censura pública são aplicáveis aos 
profissionais que deixarem de cumprir disposições do Código de Ética, tendo em vista 
a gravidade da falta e os casos de reincidência. 
• As multas são estipuladas em função do maior valor de referência fixada pelo Poder 
Executivo e terão os seguintes valores: 
a) de um a três décimos do valor de referência, aos infratores dos arts. 17 e 58 
e das disposições para as quais não haja indicação expressa de penalidade; 
b) de três a seis décimos do valor de referência, às pessoas físicas, por 
infração da alínea "b" do Art. 6º, dos arts. 13, 14 e 55 ou do parágrafo único do 
Art. 64; 
c) de meio a um valor de referência, às pessoas jurídicas, por infração dos arts. 
13, 14, 59 e 60 e parágrafo único do Art. 64; 
d) de meio a um valor de referência, às pessoas físicas, por infração das 
alíneas "a", "c" e "d" do Art. 6º; 
e) de meio a três valores de referência, às pessoas jurídicas, por infração do 
Art. 6º. 
• As multas serão aplicadas em dobro nos casos de reincidência. 
• Nos casos de nova reincidência das infrações previstas no artigo anterior, será 
imposta, suspensão temporária do exercício profissional, por prazos variáveis de 6 
(seis) meses a 2 (dois) anos e de 2 (dois) a 5 (cinco) anos. 
• O cancelamento do registro será efetuado por má conduta pública e escândalos 
praticados pelo profissional ou sua condenação definitiva por crime considerado 
infamante. 
• As pessoas não habilitadas que exercerem as profissões, independentemente da 
multa estabelecida, estão sujeitas às penalidades previstas na Lei de Contravenções 
Penais. 
• São competentes para lavrar autos de infração das disposições a que se refere a 
presente Lei os funcionários designados para esse fim pelos Conselhos Regionais de 
Engenharia e Agronomia nas respectivas Regiões. 
• Das penalidades impostas pelas Câmaras Especializadas, poderá o interessado, 
dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, contados da data da notificação, interpor 
25 
 
recurso que terá efeito suspensivo, para o Conselho Regional e, no mesmo prazo, 
deste para o Conselho Federal. 
• Não se efetuando o pagamento das multas, amigavelmente, estas serão cobradas 
por via executiva. 
• Os autos de infração, depois de julgados definitivamente contra o infrator, constituem 
títulos de dívida líquida e certa. 
• O profissional punido por falta de registro não poderá obter a carteira profissional, 
sem antes efetuar o pagamento das multas em que houverincorrido. 
 
 
 
EXERCÍCIOS 
 
1- Analise as afirmações: 
 
I. Sempre, em laudos, projetos, orçamentos, e outros, o Engenheiro deve colocar seu 
nome, assinatura, especialidade e número de registro (CREA) 
II. As alterações de projetos, ou outros serviços, podem ser feitas por qualquer outro 
profissional habilitado, mesmo que não seja autor do projeto. 
III. As alterações de projetos, ou outros serviços, podem ser feitas por qualquer outro 
profissional habilitado, mesmo que não seja autor do projeto, desde que comprovada a 
solicitação, para autor que a recusou. 
IV. Todos os projetos são de inteira responsabilidade do autor e de seus co-autores. 
a) Apenas I e II estão corretas 
b) Apenas I e III estão corretas 
c) Apenas I, III e IV estão corretas 
d) Somente a II esta correta 
e) Todas estão corretas 
Resposta: C 
 
2- Identificar a alternativa correta. 
O exercício, no País, da profissão de engenheiro ou agrônomo, observadas as 
condições de capacidade e demais exigências legais, é assegurado: 
a) aos que possuam, devidamente registrado, diploma de faculdade ou escola superior 
de Engenharia ou Agronomia, oficiais ou reconhecidas, existentes no País; 
b) aos que possuam, devidamente revalidado e registrado no País, diploma de 
faculdade ou escola estrangeira de ensino superior de Engenharia ou Agronomia, bem 
como os que tenham esse exercício amparado por convênios internacionais de 
intercâmbio; 
c) aos estrangeiros contratados que, a critério dos Conselhos Federal e Regionais de 
Engenharia e Agronomia, considerados a escassez de profissionais de determinada 
especialidade e o interesse nacional, tenham seus títulos registrados 
temporariamente. 
d) O exercício das atividades de engenheiro e agrônomo é garantido, obedecidos os 
limites das respectivas licenças e excluídas as expedidas, a título precário, até a 
publicação desta Lei, aos que, nesta data, estejam registrados nos Conselhos 
Regionais. 
e) Todas as alternativas estão corretas. 
Resposta: E 
3- As alterações de projetos: 
a) qualquer pessoa pode alterar; 
b) qualquer engenheiro pode fazer; 
c) jamais pode ser feita por outro profissional, a não ser seu autor; 
26 
 
d) qualquer profissional habilitado pode fazer, desde que tenha comunicado e 
realizado comprovada solicitação ao autor do projeto; 
e) qualquer profissional habilitado. 
Resposta: D 
 
4- Das atividades abaixo, qual delas não é uma atividade do engenheiro ou agrônomo: 
a) desempenho de cargos, funções e comissões em entidades estatais, paraestatais, 
autárquicas e de economia mista e privada; 
b) fiscalização de obras e serviços técnicos; 
c) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, 
transportes, explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção 
industrial e agropecuária; 
d) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação 
técnica; 
e) aprovar legislação referente a edificações urbanas e rurais. 
Resposta: E 
 
5- Favor efetivar com atenção a leitura das seguintes afirmações: 
Constata-se exercício ilegal de profissão quando: 
I. Uma pessoa física, que não possua registro, realizar serviços reservados aos 
profissionais indicados na Lei nº 5.194/66; 
II. Um profissional se incumbir de atividades estranhas ao seu registro; 
III. Um Profissional emprestar seu nome; 
IV. Um profissional cobrar um valor superior ao do salário líquido do Presidente da 
República; 
a) Somente as frases “I” e “II” estão corretas; 
b) Somente as frases “I” e “III” estão corretas; 
c) Somente as frases “I” , “II” e “III” estão corretas; 
d) Somente as frases “I” e “IV” estão corretas; 
e) Somente as frases “II” e “IV” estão corretas. 
Resposta: C 
 
6- A firma comercial ou industrial, só poderá ter em sua denominação as palavras 
engenharia ou agronomia, se: 
a) Composta, por uma diretoria, em sua maioria, de profissionais registrados nos 
Conselhos Regionais 
b) Composta exclusivamente de profissionais que possuam tais títulos 
c) Ao menos algum profissional destas categorias, assinar por ela 
d) Composta por qualquer pessoa física 
Resposta: A 
 
7 - O bacharel em Engenharia, mesmo sem ter o registro junto ao CREA, pode: 
a) Emprestar seu nome a pessoas jurídicas, organizações ou empresas executoras de 
serviços 
b) Continuar suas atividades, mesmo após ter sofrido uma penalidade de suspensão 
c) Ter atividades de arquiteto 
d) Exercer a atividade normalmente, diferenciando-se apenas, por não fazer parte da 
estrutura do CREA 
e) Exercer qualquer atividade profissional, exceto a de engenheiro 
Resposta: E 
27 
 
CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL – CONFEA 
Resolução 1002/2002 
 
 
1 - Preâmbulo 
Art. 1º - O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as condutas 
necessárias à boa e honesta prática das profissões da Engenharia, da Agronomia, da 
Geologia, da Geografia e da Meteorologia e relaciona direitos e deveres correlatos de 
seus profissionais. 
Art. 2º - Os preceitos deste Código de Ética Profissional têm alcance sobre os 
profissionais em geral, quaisquer que sejam seus níveis de formação, modalidades ou 
especializações. 
Art. 3º - As modalidades e especializações profissionais poderão estabelecer, em 
consonância com este Código de Ética Profissional, preceitos próprios de conduta 
atinentes às suas peculiaridades e especificidades. 
 
2 - Da identidade das profissões e dos profissionais 
Art. 4º - As profissões são caracterizadas por seus perfis próprios, pelo saber 
científico e tecnológico que incorporam, pelas expressões artísticas que utilizam e 
pelos resultados sociais, econômicos e ambientais do trabalho que realizam. 
Art. 5º - Os profissionais são os detentores do saber especializado de suas profissões 
e os sujeitos pró-ativos do desenvolvimento. 
Art. 6º - O objetivo das profissões e a ação dos profissionais volta-se para o bem-estar 
e o desenvolvimento do homem, em seu ambiente e em suas diversas dimensões: 
como indivíduo, família, comunidade, sociedade, nação e humanidade; nas suas 
raízes históricas, nas gerações atual e futura. 
Art. 7o - As entidades, instituições e conselhos integrantes da organização profissional 
são igualmente permeados pelos preceitos éticos das profissões e participantes 
solidários em sua permanente construção, adoção, divulgação, preservação e 
aplicação. 
 
3 - Dos princípios éticos 
Art. 8º - A prática da profissão é fundada nos seguintes princípios éticos aos quais o 
profissional deve pautar sua conduta: 
Do objetivo da profissão 
I - A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente capaz de 
exercê-la, tendo como objetivos maiores a preservação e o desenvolvimento 
harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus valores; 
Da natureza da profissão 
II - A profissão é bem cultural da humanidade construído permanentemente pelos 
conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística, manifestando-se pela 
prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da qualidade de vida do homem; 
Da honradez da profissão 
III - A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, digna e 
cidadã; 
Da eficácia profissional 
IV - A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e competente dos 
compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, assegurando os 
resultados propostos e a qualidade satisfatória nos serviços e produtos e observando 
a segurança nos seus procedimentos; 
Do relacionamento profissional 
V - A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo e com espírito 
progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores, destinatários, 
28 
 
beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade de tratamento entre os 
profissionais e com lealdade na competição; 
Da intervenção profissional sobre o meio 
VI- A profissão é exercida com base nos preceitos do desenvolvimento sustentável na 
intervenção sobre os ambientes natural e construído e da incolumidade das pessoas, 
de seus bens e de seus valores; 
Da liberdade e segurança profissionais 
VII - A profissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a segurança de sua 
prática de interesse coletivo. 
 
4 - Dos deveres 
Art. 9º - No exercício da profissão são deveres do profissional: 
I - ante ao ser humano e a seus valores: 
a. oferecer seu saber para o bem da humanidade; 
b. harmonizar os interesses pessoais aos coletivos; 
c. contribuir para a preservação da incolumidade pública; 
d. divulgar os conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos inerentes à 
profissão; 
II - Ante à profissão: 
a. identificar-se e dedicar-se com zelo à profissão; 
b. conservar e desenvolver a cultura da profissão; 
c. preservar o bom conceito e o apreço social da profissão; 
d. desempenhar sua profissão ou função nos limites de suas atribuições e de sua 
capacidade pessoal de realização; 
e. empenhar-se junto aos organismos profissionais no sentido da consolidação da 
cidadania e da solidariedade profissional e da coibição das transgressões éticas; 
III - Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores: 
a. dispensar tratamento justo a terceiros, observando o princípio da eqüidade; 
b. resguardar o sigilo profissional quando do interesse de seu cliente ou empregador, 
salvo em havendo a obrigação legal da divulgação ou da informação; 
c. fornecer informação certa, precisa e objetiva em publicidade e propaganda pessoal; 
d. atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais e periciais; 
e. considerar o direito de escolha do destinatário dos serviços, ofertando-lhe, sempre 
que possível, alternativas viáveis e adequadas às demandas em suas propostas; 
f. alertar sobre os riscos e responsabilidades relativos às prescrições técnicas e às 
conseqüências presumíveis de sua inobservância; 
g. adequar sua forma de expressão técnica às necessidades do cliente e às normas 
vigentes aplicáveis; 
IV - Nas relações com os demais profissionais: 
a. atuar com lealdade no mercado de trabalho, observando o princípio da igualdade de 
condições; 
b. manter-se informado sobre as normas que regulamentam o exercício da profissão; 
c. preservar e defender os direitos profissionais; 
V - Ante ao meio: 
a. orientar o exercício das atividades profissionais pelos preceitos do desenvolvimento 
sustentável; 
b. atender, quando da elaboração de projetos, execução de obras ou criação de novos 
produtos, aos princípios e recomendações de conservação de energia e de 
minimização dos impactos ambientais; 
c. considerar em todos os planos, projetos e serviços as diretrizes e disposições 
concernentes à preservação e ao desenvolvimento dos patrimônios sócio-cultural e 
ambiental. 
29 
 
5 - Das condutas vedadas 
Art. 10 - No exercício da profissão são condutas vedadas ao profissional:I - ante ao 
ser humano e a seus valores: 
I - Ante o ser humano e seus valores: 
a. descumprir voluntária e injustificadamente com os deveres do ofício; 
b. usar de privilégio profissional ou faculdade decorrente de função de forma abusiva, 
para fins discriminatórios ou para auferir vantagens pessoais; 
c. prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer ato 
profissional que possa resultar em dano às pessoas ou a seus bens patrimoniais; 
II - Ante à profissão: 
a. aceitar trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa para os quais não tenha 
efetiva qualificação; 
b. utilizar indevida ou abusivamente do privilégio de exclusividade de direito 
profissional; 
c. omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que transgrida à ética profissional; 
III - Nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores: 
a. formular proposta de salários inferiores ao mínimo profissional legal; 
b. apresentar proposta de honorários com valores vis ou extorsivos ou desrespeitando 
tabelas de honorários mínimos aplicáveis; 
c. usar de artifícios ou expedientes enganosos para a obtenção de vantagens 
indevidas, ganhos marginais ou conquista de contratos; 
d. usar de artifícios ou expedientes enganosos que impeçam o legítimo acesso dos 
colaboradores às devidas promoções ou ao desenvolvimento profissional; 
e. descuidar com as medidas de segurança e saúde do trabalho sob sua coordenação; 
f. suspender serviços contratados, de forma injustificada e sem prévia comunicação; 
g. impor ritmo de trabalho excessivo ou exercer pressão psicológica ou assédio moral 
sobre os colaboradores; 
IV - Nas relações com os demais profissionais: 
a. intervir em trabalho de outro profissional sem a devida autorização de seu titular, 
salvo no exercício do dever legal; 
b. referir-se preconceituosamente a outro profissional ou profissão; 
c. agir discriminatoriamente em detrimento de outro profissional ou profissão; 
d. atentar contra a liberdade do exercício da profissão ou contra os direitos de outro 
profissional; 
V - Ante ao meio: 
a. prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer ato 
profissional que possa resultar em dano ao ambiente natural, à saúde humana ou ao 
patrimônio cultural. 
6 - Dos direitos 
Art.º 11 - São reconhecidos os direitos coletivos universais inerentes às profissões, 
suas modalidades e especializações, destacadamente: 
a. à livre associação e organização em corporações profissionais; 
b. ao gozo da exclusividade do exercício profissional; 
c. ao reconhecimento legal; 
d. à representação institucional. 
Art.º 12 - São reconhecidos os direitos individuais universais inerentes aos 
profissionais, facultados para o pleno exercício de sua profissão, destacadamente: 
a. à liberdade de escolha de especialização; 
b. à liberdade de escolha de métodos, procedimentos e formas de expressão; 
c. ao uso do título profissional; 
d. à exclusividade do ato de ofício a que se dedicar; 
e. à justa remuneração proporcional à sua capacidade e dedicação e aos graus de 
complexidade, risco, experiência e especialização requeridos por sua tarefa; 
f. ao provimento de meios e condições de trabalho dignos, eficazes e seguros; 
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g. à recusa ou interrupção de trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa quando 
julgar incompatível com sua titulação, capacidade ou dignidade pessoais; 
h. à proteção do seu título, de seus contratos e de seu trabalho; 
i. à proteção da propriedade intelectual sobre sua criação; 
j. à competição honesta no mercado de trabalho; 
k. à liberdade de associar-se a corporações profissionais; 
l. à propriedade de seu acervo técnico profissional. 
7 - Da infração ética 
Art. 13 - Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profissional que atente 
contra os princípios éticos, descumpra os deveres do ofício, pratique condutas 
expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem. 
Art.14 - A tipificação da infração ética para efeito de processo disciplinar será 
estabelecida, a partir das disposições deste Código de Ética Profissional, na forma que 
a lei determinar.

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