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Universidade Federal de Sergipe Departamento de Química – DQI Química Orgânica - QUI 0072 Docente: Profª MSc. Tarciane Greyci Apostila I Estrutura Atômica e Ligações Químicas Introdução Um átomo consiste de um núcleo pequeno e denso rodeado por elétrons que são distribuídos por um volume espacial relativamente grande em volta do núcleo. O núcleo contém prótons carregados positivamente e neutrôns neutros, então ele é carregado positivamente. Como a quantidade de carga positiva de um próton é igual a quantidade de carga negativa em um elétron, um átomo neutro tem o mesmo número de prótons e elétrons. Átomos podem ganhar elétrons e tornarem-se carregados negativamente, ou podem perder elétrons para tornarem-se carregados positivamente. Entretanto o número de prótons em um átomo não muda. Considerações: Prótons e neutrôns têm aproximadamente a mesma massa e são 1800 vezes mais pesados que um elétron; O número atômico (Z) de um átomo é igual ao número de prótons em seu núcleo. É também o número de elétrons que rodeiam o núcleo de um átomo neutro. O número de massa (A) de um átomo é a soma de seus prótons e neutrôns. *Isótopos O peso atômico (uma) de um elemento de ocorrência natural é a média da massa atômica de seus átomos. O peso molecular é a soma dos pesos atômicos de todos os átomos da molécula. Distribuição eletrônica de elétrons em um átomo Os elétrons estão em contínuo movimento. Como tudo que se move, os elétrons possuem uma energia cinética que repele a força atrativa da carga positiva dos prótons; do contrário, puxariam a carga negativa do elétron para dentro do núcleo. Por muito tempo, os elétrons foram considerados partículas – “planetas” infinitesimais orbitando o núcleo de um átomo. Em 1924 o físico francês Louis De Broglie mostrou que os elétrons também tinha propriedades de onda. A mecânica quântica usa as mesmas equações matemáticas que descrevem o movimento da onda de uma corda de guitarra para caracterizar o movimento de um elétron em torno do núcleo. A versão mais aplicável da mecânica quântica para químicos foi proposta por Erwin Schrodinger, que propôs que o comportamento de cada elétron em um átomo pode ser descrito por uma equação de onda. As soluções para a equação de Schrodinger são chamadas de funções de onda ou orbitais. Elas nos revelam a energia de um elétron e a região do espaço em torno do núcleo onde é mais provável se encontrar um elétron. De acordo a mecânica quântica, o elétron em um átomo pode ser encontrado nas camadas concêntricas que rodeiam os núcleos. A primeira camada é a mais próxima do núcleo. A segunda fica longe do núcleo, e mais longe ficam a terceira camada e as camadas maiores. Cada camada contém subcamadas conhecidas como orbitais atômicos. Cada orbital atômico tem forma e energia característicos e ocupa uma região característica no espaço, que é prevista pela a equação de Schrodinger. ATENÇÃO: “ Quanto mais perto o orbital atômico está do núcleo, menor é a sua energia.” Tabela 1. Distribuição dos elétrons nas quatro primeiras camadas que rodeiam o núcleo Primeira camada Segunda Camada Terceira Camada Quarta Camada Orbital atômico s s, p s, p, d s, p, d, f Número de orbitais atômicos 1 1, 3 1, 3, 5 1, 3, 5, 7 Número máximo de elétrons 2 8 18 32 Cada camada contém um orbital atômico s. A segunda e as camadas maiores – em adição aos seus orbitais s – contêm cada três orbitais atômicos p degenerados. Orbitais degenerados são os que têm a mesma energia. A terceira e quarta camadas – em adição aos seus orbitais atômicos s e p – também contém cinco orbitais d degenerados, e a quarta e camadas maiores contêm sete orbitais atômicos f degenerados. A configuração eletrônica no estado fundamental de um átomo descreve o orbital ocupado pelos seus elétrons quando eles estão em orbitais disponíveis com menor energia. Se a energia é dada ao átomo no estado fundamental, um ou mais elétrons podem passar para orbitais de maior energia. O átomo poderá estar em uma configuração eletrônica no estado excitado. Os princípios abaixo são usados para determinar que orbitais os elétrons ocupam: 1. Princípio da exclusão de Pauli: estipula que não mais que dois elétrons podem ocupar cada orbital e que dois elétrons têm spins opostos. O spin em uma direção é representado por uma seta apontada para cima, e o spin na posição oposta, por uma seta apontada para baixo. 2. A regra de Hund: determina que, quando há orbitais degenerados – dois ou mais orbitais – com a mesma energia - , um elétron vai ocupar um orbital vazio antes de ser emparelhado com outro elétron. Dessa maneira, a repulsão dos elétrons é minimizada. Diagrama de Linnus Paulling Ligação iônica, covalente e polar “Um átomo é mais estável se sua camada de valência for completa ou contiver oito elétrons e não tiver elétrons de maior energia.” (G.N. Lewis) De acordo com essa teoria, um átomo libera, aceita ou compartilha elétrons para alcançar a camada de valência completa ou uma camada de valência que contém oito elétrons. Essa teoria começou a ser chamada Regra do Octeto. Ex: Lítio. Considerações: Energia de Ionização: Energia necessária para remover um elétron de um átomo no seu estado gasoso. Átomos eletropositivos e eletronegativos; Elétrons coração e elétrons de valência; Ligação iônica Uma ligação é a força atrativa entre dois átomos. Forças atrativas entre cargas opostas são chamadas atrações eletrostáticas. Uma ligação que é o resultado apenas de trações eletrostáticas é chamada de ligação iônica. Dessa forma, uma ligação iônica é produzida ao ao ocorrer transferência de elétrons, induzindo um átomo a tornar-se íon carregado positivamente e o outro a se tornar íon carregado negativamente. Ex: NaCl. Ligações Covalentes Em vez de liberar ou receber um elétron, um átomo pode alcançar uma camada completa pelo compartilhamento de elétrons. A ligação formada por meio do compartilhamento de elétrons é chamada ligação covalente. Ex: F2, HCl, NH3 Considerações: Ligação covalente apolar; Ligação covalente polar; Eletronegatividade; Momento dipolo; Eletronegatividade na tabela periódica Referências: 1 BRUICER, P. Y. Química Orgânica. 4ª Edição, vol. 1 e 2, Pearson/Prentice Hall, 2006.
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