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ANISTIA, GRAÇA E INDULTO Anistia: É quando é a lei que promove o esquecimento jurídico e penal de um fato, extinguindo a sua punibilidade (Art 107 do CP). Como é uma lei, a anistia é de competência do Congresso Nacional. O fato é que será esquecido, e não a norma em si. Não se confunde com a "abolitio criminis", que é a norma penal que revoga um tipo que antes era considerado incriminador. Essa norma retroage para beneficiar o réu. Já a anistia não interfere na vigência da norma. O fato continua sendo crime, sempre que praticado. A anistia apenas seleciona alguns fatos em determinadas épocas e promove o seu esquecimento jurídico penal, mas a norma continua em vigor. Ex: são anistiados os furtos a um determinado banco em 2008. A anistia promove o esquecimento jurídico penal, mas os efeitos civis ou administrativos persistem. Efeitos penais, como a pena, reincidiência antecedentes etc, são esquecidos. A anistia pode ser total ou parcial (quando só determinados efeitos jurídicos penais seriam afastados). Graça e Indulto: São formas de indulgência soberana, ou seja, de perdão do soberano, que se identifica na figura do presidente. O presidente concede a graça e indulto mediante DECRETO. Não podem ser veiculadas mediante medida provisória! Só podem ser concedidas após a condenação. Também são causas extintivas de punibilidade. Elas têm o condão de apenas afastar o efeito principal da condenação: a PENA. Ela não afasta os efeitos extra-penais. Quem recebe graça e indulto continua sendo considerado reincidente e tendo mal antecedência. Os efeitos civis e administrativos também persistem. Diferenças doutrinárias entre graça e indulto (a lei não faz diferença): O indulto é coletivo. A graça é individual. O indulto é espontâneo. A graça é provocada, feita por requerimento. O indulto também pode ser total ou parcial: Total = fica extinta a punibilidade. Parcial = reduz a pena (COMUTAÇÃO) Comutação de penas = indulto parcial O indulto e a graça podem ser condicionados ou incondicionadas (Ex: receberá indulto desde que...). Normalmente ele é condicionado. O indulto não necessariamente precisa ocorrer no natal.
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