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A ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA Tema de relevante interesse porquanto é a base do Sistema Tributário, haja vista que envolve a fiscalização e a arrecadação de tributos, com lavraturas de autos de infração, orientação aos contribuintes e expedições de certidões pelos órgãos da Receita Federal, Secretarias de Fazenda ou Finanças e das Procuradorias, neste último caso quando se tratar de dívida ativa. O Fisco ou a Fazenda Pública pode fiscalizar pessoas físicas ou jurídicas e mesmo as que são beneficiárias de isenção ou imunidade, podendo adentrar em todas as repartições da empresa e requisitar livros de escrituração obrigatória e documentos. Toda vez que houver uma fiscalização, deve-se ser elaborado termo que indique seu início e o termo final para sua conclusão (art. 196 do CTN). Na fiscalização, sempre que houver embaraço, poder-se-á ser requisitado auxílio policial (art. 200 do CTN). As obrigações tributárias acessórias atingem tanto os contribuintes principais como os co-responsáveis, bem como os imunes, os isentos; ou seja, todos devem prestar informações ao Fisco, quando previstas em lei (art. 197 do CTN, etc.). Destarte, os livros comerciais e fiscais obrigatórios e demais documentos devem ser conservados até o termo final do prazo decadencial ou prescricional (art. 195 do CTN). Todavia, ninguém será obrigado a depor sobre fatos a cujo respeito se deva guardar segredo, em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, como médicos, advogados, padres etc. (art. 197, parágrafo único); Quanto ao sigilo que protege a Administração Tributária, as instituições de crédito e o Poder Judiciário devem ser obedecidas as seguintes regras: 1) O Fisco ou a Fazenda Pública deve manter sigilo fiscal sobre o que tenha apurado, em face de terceiros (art. 198 do CTN). 2) Mas essa regra acima tem exceções: 2.a) é permitida troca de informações entre as os fiscos e fazendas federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais (art. 199 do CTN); 2.b) requisições decorrentes de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs); 2.c) requisições decorrentes de ordens judiciais do Poder Judiciário; 2.d) requisições oriundas de representações ao Ministério Público para fins penais; 2.e) informações sobre contribuintes inscritos em dívida ativa, que parcelaram débitos ou beneficiados pela moratória. Quanto ao sigilo bancário, malgrado o art. 197 do CTN preceitue que, mediante intimação escrita, os bancos e outras pessoas e entidades sejam obrigados a prestar à autoridade administrativa fiscal todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros, a jurisprudência vinha decidido que o sigilo bancário não poderia ser quebrado por medida administrativa fiscal, salvo se houvesse prévia autorização judicial, mas com o advento da LC n. 105/2001, art. 6º, conforme RE 389.808, que tratou da inconstitucionalidade dessa norma, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, decidiu-se que é permitido à fiscalização quebrar o sigilo bancário do contribuinte, sem autorização judicial.
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