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AULA 1 PROPRIEDADE E A LEGISLAÇÃO

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Legislação e Propriedade Intelectual 
 
Aula 1: Propriedade e legislação 
 
 
Professora Lorena Paes de Almeida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONVERSA INICIAL 
Oi, seja bem-vindo(a) à primeira aula de Legislação e Propriedade Intelectual, 
onde teremos a oportunidade de estudar a propriedade e a legislação pertinente, 
a fim de conhecermos a base conceitual necessária para compreensão da nossa 
disciplina. 
Acesse a versão online da aula e confira no vídeo a seguir a fala inicial da 
professora Lorena. 
 
 
 
CONTEXTUALIZANDO 
A evolução tecnologia trouxe mudanças relativamente rápidas e relevantes para 
sociedade. Hardware, software e meios de comunicação foram desenvolvidos 
com o objetivo de propor praticidade e eficiência àqueles que têm acesso a essas 
ferramentas. Contudo, essa evolução despertou o interesse dos legisladores, 
uma vez que os fatos sociais demonstraram a fragilidade quanto à proteção da 
propriedade intelectual pela facilidade do acesso a esse bem. 
Surgem, então, as legislações nacionais e os acordos internacionais sobre esse 
tema, onde o desafio encontrado é a sua atualização constante, uma vez que a 
evolução tecnológica não para. Porém antes de abordarmos a propriedade 
intelectual precisamos entender o que é propriedade e onde nasce a legislação 
que se aplica ao tema. 
 
 
 
Sobre esta reflexão, acesse a versão online da aula e assista ao vídeo a seguir. 
 
 
 
Tema 1 – Evolução histórica 
A propriedade surge junto com o indivíduo, portanto trata-se de um fenômeno 
social diretamente ligado ao fenômeno jurídico, já que o Direito, sendo um 
controle social, tem papel fundamental para manter a harmonia entre os 
indivíduos. 
Com a passagem do homem selvagem para o homem sedentário, o conceito de 
propriedade começa a ser desenvolvido diante da fixação desses indivíduos em 
espaços físicos determinados, quando a caça deixa de ser o único meio de 
sobrevivência, e a agricultura rudimentar começa a ganhar espaço na vida do 
homem. 
Nessa mesma época, começam a se caracterizar o chefe de família, que vem 
ocupar uma posição de liderança sobre o território onde estes indivíduos estão 
fixados, e a propriedade, já que este formato social dá a esse líder o direito de 
controlar o território ocupado. 
 
 
Pré-história. 
Tanto o Império Romano como o Grego adotavam esse formato e pregavam o 
direito à propriedade como algo absoluto, quase uma garantia fundamental do 
indivíduo. Porém, essa visão não é percebida na Idade Média, onde a 
concentração das propriedades estava nas mãos de poucos e o indivíduo não 
tinha representatividade fora da comunidade. Não existiam direitos subjetivos 
individuais oponíveis ao Estado, bem como não era admitido ideias que 
valorizassem a liberdade do indivíduo. 
Após as invasões bárbaras e o declínio do Império Romano, surge, no século V, 
o Estado feudal, um sistema econômico, social e político com fundamento na 
propriedade da terra. No Estado feudal, Estado e religião seguiam juntos, 
impondo a separação entre suserano e vassalo: 
 Suserano – doadores de terras para o cultivo, que ofereciam proteção 
aos seus vassalos em troca de lealdade, que acontecia em uma cerimônia 
chamada “Homenagem”, que concretizava os votos de lealdade e 
fidelidade entre as partes, e a "Investidura", que marcava a transmissão 
do feudo para o vassalo. 
 
 Vassalo – responsável por cultivar as terras, podendo, em contrapartida, 
utilizá-las para moradia e subsistência, não sendo, no entanto, possível 
vendê-las. 
 
 
Sistema Feudal. 
Os direitos dos indivíduos passam a ser valorizados com a evolução das 
sociedades. Surge a possibilidade da apropriação individual, no primeiro 
momento, dos bens imóveis, e mais tarde também dos bens móveis. O invento 
da moeda e a expansão de seu uso consolidou a propriedade individual. 
Tais direitos demandavam regulamentação, que surgem com o advento da Idade 
Moderna, até então a grandeza de um Rei era medida pelas posses e as práticas 
comumente utilizadas eram a usurpação do direito de propriedade alheia, ferindo 
claramente os direitos individuais. Nesse momento, o Estado intervém e passa 
a reconhecer a apropriação individual, através de lei, na visão positivista, 
considerado direito à propriedade com um direito fundamental, como os 
Romanos já defendiam antes da Idade Média. 
Em 1789, a Revolução Francesa traz a Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão. 
Artigo 1º Os homens nascem e são livres e iguais em direitos. As 
distinções sociais só podem fundar-se na utilidade comum. 
Artigo 2º O fim de toda a associação política é a conservação dos 
direitos naturais e imprescritíveis do homem. Esses Direitos são a 
liberdade. a propriedade, a segurança e a resistência à opressão. 
 
 
 
Idade Média. 
Acesse a versão online da aula e assista no vídeo a seguir, a professora Lorena 
tratando do assunto que estamos estudando. 
 
 
 
Tema 2 – Conceito de propriedade 
Segundo Caio Mário da Silva Pereira, em “Instituições de Direito Civil”, a 
propriedade é um fenômeno espontâneo, decorrente da necessidade de 
subsistência do ser humano, sendo posteriormente regulado a fim de possibilitar 
a convivência social pacífica. Em 1840, Pierre-Joseph Proudhon, filósofo político 
e econômico francês, lançava como título da sua obra: “Qu’est-ce que la 
proprieté?” (O que é a Propriedade?) 
 
 
Pierre-Joseph Proudhon. 
Apesar de a obra de Proudhon abordar a propriedade sob o enfoque 
socioeconômico, o Direito buscou uma resposta à pergunta de Proudhon para 
intervir sempre que a harmonia da sociedade estivesse em risco, já que o Direito 
é tido como o mais eficiente do controle social. 
O Direito não é o único instrumento pela harmonia da vida social. 
Moral, religião e regras de trato social são outros processos normativos 
que condicionam a vivência do homem em sociedade. De todos, 
porém, o Direito é o que possui maior pretensão de efetividade, pois 
não se limita a descrever os modelos de conduta social, simplesmente 
sugerindo ou aconselhando. (NADER, 2008, p. 21). 
O Direito conceitua propriedade como sendo o Direito Real sobre a coisa própria, 
este conceito vem da classificação dos Direitos Reais: 
a) jus in re propria – direito sobre a coisa própria, que se resume na propriedade 
b) jus in re aliena – direito real sobre a coisa alheia 
Mas esta classificação só tem fundamento se entendermos o que Direito Real e, 
para isso, usaremos o conceito de Clóvis Beviláqua: 
(...) é o conjunto de normas que regem as relações jurídicas 
concernentes aos bens (tudo o que satisfaz uma necessidade humana) 
materiais (móveis ou imóveis) ou imateriais (propriedade literária, 
 
científica e artística - direito autoral; propriedade industrial - marcas e 
patentes) suscetíveis de apropriação pelo homem (BEVILÁQUA. 
1942). 
Acesse a versão online da aula e assista no vídeo a seguir, a professora Lorena 
tratando do assunto que estamos estudando. 
 
 
 
Tema 3 – Propriedade e o Direito 
Legislação 
No Brasil, desde a instituição do regime das sesmarias: 
 Sistema Sesmaria – surgiu em Portugal, durante o século XIV, com a Lei 
das Sesmarias, de 1375, objetivou amenizar a crise econômica e agrícola 
e que atingia a Europa, potencializada pela peste negra. Quando o titular 
da propriedade não iniciava a produção dentro dos prazos estabelecidos, 
seu direito de posse poderia ser cassado. 
Este sistema foi implantado no Brasil em 1530 pelo Estado Português. Esse 
processo de distribuição privilegiava os interesses da Coroa e daqueles a ela 
ligados, sejam porligações sociais ou afetivas. Esse modelo teve continuidade 
no período colonial, Brasil Império e Republicano. 
 
 
La Independencia de Brasil Historia Colonias de Portugal. 
As nossas constituições foram afetadas pelo momento histórico que a sociedade 
vivia quando da sua construção: 
 Constituição de 1824 
 Constituição de 1891 
 Constituição de 1934 
 Constituição de 1937 
 Constituição de 1946 
 Constituição de 1967 
 Constituição de 1988, "Constituição Cidadã" 
Ao analisarmos as constituições brasileiras, percebemos que houve uma 
evolução quanto ao direito de propriedade. De um direito absoluto e 
inquestionável a um direito relativizado, ligado diretamente à ideia de bem-estar 
social, até chegarmos à função social da propriedade (1946). A Constituição de 
1988 trata do direito de propriedade e é previsto, no artigo 5º, nos incisos XXII, 
XXVII e XXIX da Constituição Federal de 1988 como cláusula pétrea: 
 
 
TÍTULO II 
Dos Direitos e Garantias Fundamentais 
CAPÍTULO I 
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes 
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, 
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros 
pelo tempo que a lei fixar; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio 
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações 
industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a 
outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o 
desenvolvimento tecnológico e econômico do País; 
XXX - é garantido o direito de herança; 
Cláusula pétrea 
É a denominação dada aos dispositivos da Constituição Federal que não podem 
ser retirados por Emenda Constitucional (que é processo legislativo de mudança 
do texto constitucional). A palavra "pétrea" vem do latim e significa "pedra", ou 
seja, algo extremamente rígido, duro, resistente. 
 
 
 
 
 
 
Leitura complementar 
<http://bdjur.tjce.jus.br/jspui/bitstream/123456789/229/1/Monografia%20Robert
a%20Chaves%20Braga.pdf>. 
<http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,constituicoes-brasileiras-1824-a-
1988,38094.html>. 
No Código Civil (Lei n. 10.406/02), no artigo 1.228, temos especificados os 
direitos do proprietário de forma clara: Art. 1.228. O proprietário tem a 
faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder 
de quem quer que injustamente a possua ou detenha. 
Acesse a versão online da aula e assista no vídeo a seguir, a professora Lorena 
tratando do assunto que estamos estudando. 
 
 
Direito Objetivo e Direito Subjetivo 
Para Paulo Nader, Direito Objetivo e Direito Subjetivo não são duas realidades 
distintas, mas dois lados de um mesmo objeto. Entre ambos, não há uma 
antítese ou oposição. Esta definição se consolidou durante o século XX, quando 
a doutrina jurídica adotou à concepção de que os elementos essenciais do direito 
subjetivo consistem na vontade e no interesse. Como comenta Alessandro 
Groppali: 
A doutrina estagnou, pode dizer-se, nessas posições, e os esforços 
feitos para tentar dar-lhe um rumo novo têm sido vãos; de facto, definir 
o direito subjetivo como ‘uma faculdade de agir em ordem à satisfação 
de um interesse próprio’ […] ou como ‘uma possibilidade jurídica de 
 
assumir um comportamento determinado pela norma’, é sempre dar 
uma definição que não se afasta da comumente aceite a não ser nas 
palavras, porque substancialmente se concorda em admitir que a 
vontade e o interesse constituem os elementos do direito subjectivo. 
(GROPPALI, 1974). 
O chamado direito objetivo pode ser entendido como o direito positivado, a 
norma a que os indivíduos estão submetidos, Paulo Nader reúne estes conceitos 
e os inter-relaciona de maneira clara. 
Determinado estatuto legal pode ser estudado enquanto Direito 
Objetivo, condição em que o jurista investiga a finalidade, princípios 
norteadores e mandamentos da fonte normativa. Direito subjetivo e 
dever jurídico figuram sempre em face de alguém e dentro de uma 
relação. Um não existe sem o outro. São correspectivos. O direito de 
um titular é o reverso do conteúdo do dever jurídico de outrem. Aquele 
é o sujeito ativo da relação jurídica, enquanto que este é o sujeito 
passivo. Em sentido amplo o fato gerador da relação jurídica se 
denomina fato jurídico. Este se consubstancia em acontecimento da 
vida social ou do mundo natural previsto ou regulado pelo ordenamento 
jurídico. É sempre um acontecimento relevante do ponto de vista 
humano, pois o Direito se ocupa exclusivamente de fatos ou situações 
que dizem respeito aos interesses principais dos seres dotados de 
razão: vida, honra, liberdade, patrimônio, entre outros. (NADER, 2003). 
O sociólogo David Emile Durkheim (1858–1917) define fato social como os 
agentes reais ou o conjunto de maneiras que estão no centro focal de uma 
sociedade. São os instrumentos sociais e culturais que determinam na vida de 
um indivíduo as maneiras de agir, pensar e sentir e o obrigam a se adaptar às 
regras da sociedade. 
Leitura complementar 
<http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/durkheim-fato-social.htm>. 
Então, podemos dizer que direito objetivo é norma da organização social. É 
chamado Jus norma agendi. 
 
 
 
Direito subjetivo é a possibilidade de agir que a ordem jurídica garante a alguém. 
• Direito subjetivos expatrimoniais: direitos de personalidade e os 
direitos de família 
• Direitos subjetivos patrimonias: reais e pessoais 
Orlando Gomes comenta esta subdivisão do direito subjetivo: 
A divisão dos direitos patrimoniais em reais e pessoais permanece 
como dado fundamental da morfologia do direito privado, apesar das 
dificuldades que se apresentam quando se tenta conceituá-los e traçar 
a linha divisória entre uns e outros. [...] Predomina a distinção baseada 
no modo de exercício do direito. O direito real se exerce numa coisa, 
sem intervenção de outra pessoa. O direito pessoal, por intermédio de 
outra pessoa, a quem incumbe satisfazer determinada prestação, 
positiva ou negativa [...]. Um é jus in re, o outro jus ad rem. (GOMES, 
1977, p. 135, 138). 
• Direito Subjetivo de propriedade: a maioria dos doutrinadores de 
direito civil considera o direito subjetivo de propriedade extremamente 
importante, pois ele centraliza o direito Real que pertence ao ramo do 
Direito Privado. 
Acesse a versão online da aula e assista no vídeo a seguir, a professora Lorena 
tratando do assunto que estamos estudando. 
 
 
 
 
 
 
 
Tema 4 – Direito Público e Privado 
Direito Público pode ser chamado como o Direito do Estado e o Direito Privado, 
o direito dos indivíduos. 
A chamada summa divisio do direito estabelecia duas ordens distintas, 
impermeáveis, cada qual sendo regulada à sua maneira. Enquanto o 
Direito Privado se referia aos direitos individuais e inatos do homem, o 
Direito Público teria a função de tutelar os interesses gerais da 
sociedade através do Estado, que deveria se abster de qualquer tipo 
de incursão na órbita privada dos indivíduos. (RAMOS, 2002. p. 463.) 
 
Alguns Ramos do Direito Público 
• Direito Constitucional: estuda os princípios e as normas de 
organização do Estado. Os demais ramos do Direito estão 
hierarquicamente subordinados ao Direito Constitucional. 
• Direito Administrativo: regula a atividade do Estadocom relação aos 
serviços públicos. Também regula a relação entre as entidades 
públicas e privadas com a Administração Pública. 
• Direito Financeiro: coordena, dentro das entidades públicas, as 
receitas, despesas e a administração financeira. 
• Direito Penal: regula as ações penais ilícitas com o objetivo de 
defender a sociedade. 
• Direito Processual: representado por um conjunto de normas 
aplicadas na solução de conflitos jurídicos. Código de Processo Penal 
e Código de Processo Civil. 
• Direito Internacional Público: regula a relação entre o Estado e 
outros Estados. Ex.: Organização das Nações Unidas, que, apesar de 
não ser um Estado, age através do Direito Internacional Público. 
 
 
 
Alguns ramos do Direito Privado 
• Direito Civil: regula as relações entre pessoas físicas e jurídicas. 
Código Civil (Lei n. 10.406/02). 
• Direito Autoral e Propriedade Intelectual: regula a criação e 
utilização econômica de obras intelectuais e compreendidas na 
literatura, nas artes e ciência (Lei n. 9.610/98: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm) e propriedade 
industrial, considerado o seu interesse social e o desenvolvimento 
tecnológico e econômico do país (Lei n. 9.279/96: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm). 
• Direito Comercial: regula as relações comerciais. Código Comercial 
(Lei n. 556/50, modificado em 2002). 
• Direito do Trabalho: regula as relações entre trabalhadores e 
empregadores. Consolidação da Leis do Trabalho (Decreto-Lei n. 
5.452/43). 
• Direito Internacional Privado: regula as relações de interesse público 
internacional de acordo com os procedimentos e órgãos jurídicos 
internacionais. Ex.: Conflito de um estrangeiro fora de seu país. 
Além desses, existem outros ramos que fazem parte do Direito Privado: 
• Direito do Consumidor; 
• Direito Empresarial; 
• Direito de Família; 
• Direito das Sucessões; 
• Direito Coletivo do Trabalho; 
 
• Direito Processual do Trabalho; 
• Direito Ambiental; 
• Direito Imobiliário; 
• Direito Previdenciário; 
• Direito Tributário; 
• Direito de Trânsito; 
• Direito Eleitoral; 
• Direito Contratual; 
• Direitos Humanos, entre outros 
Acesse a versão online da aula e assista no vídeo a seguir, a professora Lorena 
tratando do assunto que estamos estudando. 
 
 
 
SÍNTESE 
Muito bem, chegamos ao final da aula. Iniciamos entendendo a relevância do 
estudo da disciplina Legislação e Propriedade Intelectual diante da rápida 
evolução da tecnologia e das mudanças sociais ocasionadas por essa evolução 
– abordamos a fragilidade que essa rapidez traz nas relações humanas 
percebidas nos fatos sociais e como a legislação se preocupa e proteger os 
interesses da sociedade buscando preservar a harmonia. 
 
 
No tema Evolução histórica foi visto como a propriedade foi resgatada como 
um direito individual após a Idade Média e como ela está intimamente ligada ao 
Direito por, naturalmente, gerar conflitos na sociedade e por demandar regras 
para que sejam geridos de forma eficiente. O conceito de propriedade foi 
abordado como sendo um Direito Real sobre a coisa própria, e o conceito de 
Direito Real também foi explicado segundo Clóvis Beviláqua (Direito da Coisas - 
1942). 
O tema Propriedade e o Direito expos a evolução histórica da legislação 
pertinente à propriedade no Brasil, salientando que a Constituição de 1946 nos 
trouxe a função social da propriedade. Em Direito Objetivo e Direito Subjetivo, 
entendemos que enquanto o primeiro se refere à lei, o segundo trata do direito 
pessoal de exercer o direito previsto na lei. Por essa razão, o direito à 
propriedade é visto como um direito subjetivo, classificado como patrimonial. 
No tema Direito Público e Privado classificamos a propriedade intelectual e os 
direitos autorais como sendo ramos do Direito Privado, já que ambos tratam das 
relações entre os indivíduos. Assim, estamos preparados para nossa próxima 
aula que tratará de Propriedade Intelectual. 
Leitura complementar 
<http://bdjur.tjce.jus.br/jspui/bitstream/123456789/229/1/Monografia%20Robert
a%20Chaves%20Braga.pdf> 
<http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,constituicoes-brasileiras-1824-a-
1988,38094.html> 
<http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/durkheim-fato-social.htm> 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9610.htm> 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9279.htm> 
 
 
 
Acesse a versão online da aula e confira no vídeo a seguir a fala final da 
professora Lorena. 
 
 
Até a próxima aula!

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