Buscar

ABATE SUÍNO

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
CÂMPUS MOSSORÓ
CURSO DE ZOOTECNIA
PALLOMA VITÓRIA CARLOS DE OLIVEIRA 
 RELATÓRIO: ABATE DE SUÍNO 
MOSSORÓ-RN
2016
 INTRODUÇÃO
Estudos e investimentos na suinocultura posicionaram o Brasil em quarto lugar no ranking de produção e exportação mundial de carne suína. Elementos como sanidade, nutrição, bom manejo da granja e produção integrada contribuíram para aumentar a oferta interna e colocar o País em destaque no cenário mundial.
O crescimento do mercado de suínos no Brasil tem o apoio do Ministério da Agricultura, que promove políticas públicas para o setor e garante a sanidade da cadeia suína, requisito imprescindível no comércio desses animais.
As agroindústrias estão cada vez mais preocupadas em manter alta a porcentagem de carne na carcaça e melhorar simultaneamente a qualidade da carne suína, a fim de incentivar o consumo no mercado interno e aumentar as possibilidades de atendimento aos requisitos de qualidade do mercado externo, com produtos de origem suína sem risco à saúde humana, com adequada qualidade nutricional, além de manter características organolépticas da carne apropriadas para esses mercados.
DESENVOLVIMENTO 
Os procedimentos de manejo englobam diferentes fatores estressantes com reflexos psicológicos, físicos, ambientais e metabólicos. As falhas no manejo pré-abate podem desenvolver carcaças com anomalias, conhecidas como carnes PSE (pale, sofl and exudative: carne pálida, flácida e exsudativa) e DFD (dark, firm and dry, carne escura, firme e seca). Essas carnes são frequentemente rejeitadas pelos consumidores e comerciantes, devido à cor ser pouco atrativa e pela indústria de transformação
De acordo com RAJ (2001) a qualidade da carne é o resultado da interação dos fatores de longo prazo, dentre as quais: a genética, nutrição, práticas de criação e de manejo com os fatores de curto prazo, como as condições de manejo na granja, embarque, transporte, desembarque, período de descanso no abatedouro, manejo imediatamente antes do abate e do método de atordoamento dos animais.
Os suínos assim como alguns animais são capazes de realizar adaptações fisiológica em relação as suas funções corporais, adaptações bioquímicas que são adaptações químicas e biológicas do corpo, assim como, adaptações comportamentais como liberação de hormônios e mudanças climáticas. 
O embarque dos suínos é um ponto crítico do manejo pré-abate, nesta etapa, ocorrem diversos problemas físicos e comportamentais, pois os animais não são acostumados com as condições de transporte e seus procedimentos. Inicialmente, o produtor deve organizar o sistema de embarque, preparando as instalações e a seleção da mão de obra para o embarque dos suínos, devem ser conduzidos até a rampa de embarque, em pequenos grupos, sendo ideal a utilização de pranchas para manejar pequenos grupos e fazer barulho com chocalho é bom para manejar grupos maiores, manejadores eficientes estão no lugar certo, na hora certa usando o mínimo de força física. 
Os suínos têm visão monocular bem desenvolvida, assim como olfato sendo o principal sentido dos suínos, pelo fato de que na natureza serem animais predadores. Esses animais têm memória de curta e longa duração boa, bons manejadores trabalham a favor do comportamento natural do animal, por isso deve-se respeitar a zona de fuga (espaço pessoal.
Cuidados no desembarque são imprescindíveis para que os suínos sejam desembarcados e conduzidos facilmente até as baias de descanso, tais como rampa com ângulo de inclinação, pisos antiderrapantes, de preferência emborrachados e em relevo. Estas recomendações são importantes para facilitar o desembarque dos animais e reduzir os riscos de queda. 
Após o desembarque, são alojados nas baias de espera formando novos grupos, misturar suínos desconhecidos causa brigas e consequentemente estresse. Nesse período de descanso os animais devem se recuperar do desgaste físico ocasionado durante o transporte, esse período de permanência nas baias de espera é muito variável, depende das condições do manejo, tempo de transporte, procedimentos de manuseio.
O primeiro lugar onde deve ser feito a inspeção é o local onde os animais são desembarcados, mas ao longo do dia devem ser feitas inspeções, assim pode-se adotar um manejo diferencial para os suínos que não estão em condições de serem abatidos (doentes, feridos, sentindo dor, estressados). Suínos em boas condições de abate apresentam olhos limpos e brilhantes, focinho úmido, movimentam- se normalmente, pele saudável, boas condições corporais, urina na cor amarela pálida, fezes sólidas e sempre em alerta. Suínos que não estão em boas condições devem ser abatidos imediatamente.
 	Os procedimentos de insensibilização em suínos com utilização da energia elétrica para deixar os animais inconscientes na hora do abate são eletronarcose que é insensibilização com alta frequência, o ideal é inserir o eletrodo entre os olhos e a orelha para a corrente chegar mais rápido no cérebro, o importante é a corrente ser de 1,3 AMPS por um segundo, correntes menores que esta tem baixa resistência e não irá insensibilizar o animal corretamente, tendo que repetir o procedimento. O outro procedimento é a insensibilização com baixa frequência também chamado de eletrocussão, é inserido um eletrodo cardíaco no animal que irá causar fibrilação cardíaca e morte no suíno.
E for fim a sangria, que deve ser feita 15 segundos após a insensibilização, deve-se verificar se o animal esta inconsciente, de forma que não devem apresentar respiração rítmica, movimento ocular focalizado, vocalização de modo que se apresentar alguma dessas características deve ser realizado uma nova insensibilização. Para uma sangria adequada deve ser cortado os grandes vasos que emergem o coração, assim a perda excessiva de sangue priva o coração de bombear um volume sanguíneo suficiente para oxigenar os tecidos, inclusive o cérebro, causando choque hipovolêmico. A função cerebral é gradualmente prejudicada até que ocorra a morte do animal.
 
CONCLUSÃO
As agroindústrias estão cada vez mais preocupadas em manter alta a porcentagem de carne na carcaça e melhorar simultaneamente a qualidade da carne suína, a fim de incentivar o consumo no mercado interno e aumentar as possibilidades de atendimento aos requisitos de qualidade do mercado externo, com produtos de origem suína sem risco à saúde humana, com adequada qualidade nutricional, além de manter características organolépticas da carne apropriadas para esses mercados.

Outros materiais