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Resumo de Civil II

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Aula 1
Princípios do código civil:
- operabilidade: facilitar o entendimento das normas
- eticidade: pressupõem-se que as partes agiram de boa fé nas relações contratuais.
- socialidade: o código tem que atender às demandas sociais.
Obrigações: o contrato produz obrigações, em geral, recíprocas. Fonte das obrigações:
1- contrato: obrigações recíprocas, vinculo de devedor e credor.
2- lei (pensão alimentícia, obrigação de dar coisa incerta, no caso, dinheiro).
3- atos ilícitos (Ex.art.948), indenização devido a um ato ilícito praticado.
Uma obrigação nasce e morre
Responsabilidade patrimonial: o devedor que não cumprir com a obrigação de pagar o credor responde com seu patrimônio. Exceção: dívida de alimentos, onde caso o credor não pague de maneira voluntária e por motivo inexcusável a pensão devida, este é preso.
O débito sempre caminha junto com a responsabilidade patrimonial?
Resposta: Não, pois há casos em que o credor não pode cobrar a dívida do devedor, como nos casos de dívida prescrita, ela continua existindo, embora o credor não possa exigir o pagamento. Outro caso é a dívida de jogo, que não pode ser cobrada judicialmente. O último caso em que o débito não acompanha a responsabilidade civil é o do fiador, não há débito por parte do fiador, mas seu patrimônio responde pela dívida caso o devedor não pague, lembrando que nos casos de fiador não cabe a teoria do patrimônio mínimo.
Obs: em todos os casos em que alguém paga pela dívida alheia, cabe ação de regresso, com exceção de um pai que paga por um ato ilícito que seu filho menor de idade cometeu, pois nesses casos a dívida torna-se própria. Exemplo: uma criança de 10 anos que explode uma bomba caseira dentro do banheiro da escola, com prejuízo de 10.000 reais, quem responde nesse caso são os pais mesmo não sendo eles que deram causa. Exceção: art.928 permite que o incapaz de ser responsabilizado por seu ato ilícito desde que ele possa arcar com a dívida e o responsável não.
Boa-fé objetiva: tem-se que agir de boa-fé nas relações contratuais, de maneira proba, cumprindo os chamados deveres anexos dos contratos, que não estão no corpo do contrato, mas que devem ser cumpridos de acordo com a boa-fé, gerando novas obrigações. Exemplo: contrato de locação, dever central: o credor tem a obrigação de conceder a casa e o devedor de pagar o pelo aluguel do imóvel, já os deveres colaterais são: informar qual a real condição do imóvel, todos os problemas 	que pode vir a acontecer com ele, seu estado de conservação, isso é baseado na boa-fé das relações contratuais.
Função social do contrato: Os contratos devem ser bons, justos, razoáveis e adequáveis à realidade social. Exemplo: Um contrato que se torna excessivamente oneroso para uma das partes. Art. 473, parágrafo único é um exemplo de que os contratos e sua extinção deve se dar de maneira justa. 
Princípio da razoabilidade: artigo 187
Aula 02
Classificação das obrigações:
a) quanto à prestação:
- obrigação de dar: transferir algo a alguém, entregar algo a alguém. 
Coisa certa: algo certo, especificado. Exemplo: Uma Honda, da cor X, placa Y. A coisa certa pode perecer. Exemplo: A empresta a B um fusca, ano 72, placa X, de grande significado afetivo para A, está coisa é uma coisa certa, se perecer sem culpa do devedor a obrigação se extingue (art.238), mas se perecer por culpa do devedor a obrigação não se extingue, devendo este responder pelo objeto perecido e podendo arcar com eventuais perdas e danos.
Coisa incerta: determinado apenas pela quantidade e pelo gênero, sem especificação, exemplo: uma Honda. A coisa incerta não perece, pelo artigo 246. Exemplo: A empresta a B cem mil reais, quando B está indo devolver o dinheiro que pegou emprestado, ele é assaltado e roubam o dinheiro que seria entregue para A. Nesse caso, a obrigação não se extingue, mesmo não havendo culpa do devedor, pois dinheiro é uma coisa incerta, não houve perecimento do objeto, pois pode ser perfeitamente substituível.
Exemplo de distinção de perecimento de coisa certa e incerta: Alberto vai à concessionária e compra um veículo da marca Y e modelo X, e o vendedor combina com Alberto dele pegar o carro no dia seguinte. No entanto, durante a madrugada, há uma enchente na cidade e todos os carros se perdem e o vendedor vem pretendendo devolver o dinheiro de Alberto, no entanto, o carro foi apenas determinado por marca e modelo, não sendo especificado, então não houve perecimento do objeto, devendo a concessionária lhe entregar o carro pago. Se este carro, na hora da venda fosse determinado, pelo modelo, marca, espécie, placa, seria uma coisa certa, sendo a obrigação resolvida e o dinheiro devolvido a Alberto. 
- Obrigação de fazer:
Fungível: qualquer pessoa pode exercer. Exemplo: contratar uma empresa pra lavar a sua roupa. Se a obrigação não for cumprida, este pode determinar que terceiro a faça às custas daquele que você contratou inicialmente.
Infungível: apenas aquela pessoa pode exercer. Exemplo: contratar um show de um artista famoso. Caso a pessoa se negue a realizar a obrigação, esta se resolverá em perdas e danos.
- obrigação pelo critério do objeto:
Simples: onde há apenas um objeto envolvendo a relação obrigacional
Cumulativa: onde se deve dois objetos ou mais e só será cumprida com a entrega de todos eles.
Alternativa: há dois objetos, um credor e um devedor, podendo ser entregue ou um ou outro objeto.
b) quanto às partes:
artigo 257: havendo mais de um devedor ou mais de um credor, numa obrigação divisível, esta obrigação presume-se dividida em tantas quantas forem as partes forem devedoras ou credoras
O código civil adota o princípio da fracionariedade e não da solidariedade , pelo art 257
Art. 265: a solidariedade não se presume, resulta da lei ou da vontade das partes.
Exemplo: Alberto empresta mil reais para cinco mulheres que o procura pedindo ajuda, sem contrato ou lei estabelecendo solidariedade entre as partes, deste modo, Alberto só pode cobrar 200 reais de cada uma.
Exemplo de solidariedade pela lei: locação. Há cinco inquilinas e um credor, ele pode cobrar o total da dívida apenas de uma delas.
Exemplo de solidariedade contratual: há cinco autores em uma única ação e contrata um advogado para representa-los, este advogado pode estabelecer contratualmente a solidariedade entre as partes para receber seus honorários advocatícios.
No caso da solidariedade de pluralidade de devedores (passiva), o credor aciona um dos devedores que tem a obrigação de pagar toda a dívida, este, quando a obrigação for extinta pelo pagamento da dívida, pode cobrar dos demais devedores solidários, somente sua parte correspondente no débito, pois a solidariedade não se presume. Nesse caso, com o pagamento e extinção da obrigação solidária, nasce um obrigação fracionária, onde este, que antes era o devedor, se torna o credor dos demais devedores que respondem de forma fracionária pela dívida, ou seja, pagará o correspondente a sua parte na dívida. Se caso um desses devedores se torne insolvente, ou seja, vá a falência, não há como cobrar sua parte, ficando aquele que pagou o total da dívida em prejuízo, pois sua parte será dividida entre todos os membros que respondiam solidariamente. Esta é uma das principais distinções da solidariedade e a fracionariedade, que faz com que a solidariedade seja muito mais interessante para o credor, pois nessa hipótese, se um dos devedores vira insolvente , ele não sai no prejuízo, por poder cobrar o total da dívida de apenas um dos devedores. Se a obrigação for fracionaria, ele ficará no prejuízo pois nesse caso só pode cobrar a parte que cada um deve na obrigação.
Na obrigação solidária, se o credor aciona apenas um dos devedores, notifica ou cita a prescrição da dívida é interrompida e volta a contar do zero. Se fosse fracionária teria que citar cada um dos devedores para zerar a prescrição.
Obrigação solidária e indivisível:
Cinco pessoas devem conjuntamente um carro a Gustavo, mas não são devedores solidários, se Gustavo acionar uma dascinco pessoas quanto ela terá que dar a ele?
Resposta: um carro, pois não se fraciona objeto indivisível. Caso o carro se perca por culpa de uma das cinco pessoas, o objeto se torna divisível e cada um paga a sua parte de forma fracionária, sendo que apenas aquele que deu causa ao perecimento do objeto que deve responder por perdas e danos.
Aula 03 
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
	Toda obrigação corresponde um direito pessoal que pode ser transferido para outra pessoa, tanto no polo passivo como no polo ativo.
Maneiras de transmissão:
1- cessão de crédito: 
Exemplo: Priscila é credora de Lúcia e contem um grande patrimônio, ela é também devedora de Ana que decide penhorar o crédito de Priscila por ter maior valor econômico a longo prazo. Ela tem que avisar Lúcia da transmissão de crédito para que ela não pague mal, ou seja, a pessoa errada.
Exemplo 2: Virlaine está devendo à Priscila 10 mil reais. Agenor com grande capital econômico se interessou pela dívida que Priscila tem a receber, ele então faz uma proposta a ela que está precisando de dinheiro e sabe-se que Virlaine não irá agora , propõe o pagamento à vista de 8 mil reais pela transmissão do crédito, para ceder o crédito e Priscila aceita a proposta. Sabe-se também que Virlaine tem um fiador, Gustavo, que acompanha na cessão de crédito, ou seja, na relação jurídica somente o que muda é o credor, as outras partes não, Virlaine devendo 10 mil reais e Gustavo como seu fiador, só que ela não deve mais a Priscila, agora deve a Agenor.
Em relação ao exemplo acima vamos colocar os termos jurídicos de cada parte: Agenor que recebeu o crédito é o cessionário , Priscila que cedeu o crédito é chamada de cedente e Virlaine é chamada de cedido.
Obs.: Priscila não precisa pedir a autorização de Virlaine para ceder seu crédito, pois na relação jurídica não muda nada para o credor, não há nenhum prejuízo. No entanto, Virlaine tem que ser notificada da cessão de crédito por Agenor, caso ela não seja notificada e pague a dívida ao antigo credor, Priscila, agindo de boa-fé, a obrigação está resolvida (art. 309). Nesta hipótese Priscila responde a Agenor a cessão pró soluto na qual o cedente responde ao cessionário pela existência do crédito transferido. Há também a cessão pró-solvento, que tem que ser acordada no momento da cessão de crédito, em que a cedente responde pela divida mesmo se a devedora não pagar.
Obs 2: quando a cessão de crédito for gratuita a cedente só responde pró-soluto e só se tiver agido de má-fé na hora da cessão.
- créditos incessíveis: significa que um determinado crédito não pode ser cedido. A primeira hipótese é quando o crédito é penhorado a segunda é aquele no qual se convenciona entre credor e devedor a impossibilidade de cessão de crédito, esse pacto é chamado de pacto de noum cedendo. Crédito incessível pela sua natureza: alimentos, não se pode transferir o crédito de prestação alimentícia, pois tem relação a sobrevivência do credor, único e exclusivamente dele, não podendo ser transferido. Tem também os créditos incessíveis pela lei: nos casos de tutor de incapaz, para a proteção ao patrimônio dele (artigo 497, parágrafo único).
O nome que se dá quando o cessionário “entra no lugar” do credor é chamado de sub-rogação convencional que tem fim especulativo podendo o novo credor cobrar o total da dívida mesmo tendo pago a antiga credora uma quantidade menor do que vai receber.
2 – assunção de dívida: quando alguém assume a dívida de outra pessoa, física ou jurídica. Exemplo: uma empresa se fundindo com outra. Só que nesta hipótese tem que ter autorização do credor para que ocorra a assunção da dívida, pois a situação muda para o credor, caso o novo devedor tenha um patrimônio bem menor que o anterior, prejudicando o credor. 
O silencio do credor na hora de notificar a possível troca de devedor, não havendo garantia real de pagamento, significa recusa pelo código civil. No entanto se houver uma garantia real esse silêncio significa aceitação do credor, pois pra ele não faz diferença a mudança do devedor, sendo que há um objeto, por exemplo um prédio, como garantia do pagamento da dívida. (artigo 299, parágrafo único e artigo303)
AULA 04
PAGAMENTO DIRETO E AS SUAS CONSEQUENCIA JURÍDICAS
Local do pagamento: o local ordinário do pagamento é no domicílio do devedor (regrinha do Seu Barriga), chamada de obrigação quesível ou querable, salvo disposição contratual estabelecido entre as partes em contrário, ou seja, o recebimento no domicílio do credor, chamado de obrigação portátil que é a exceção.
No entanto, se é estabelecido no contrato o local do recebimento no domicílio do devedor, obrigação quesível, mas há uma prática reiterada de entrega do pagamento no domicílio do devedor, não se pode mudar de uma hora pra outra o local que costumeiramente era utilizado como local do recebimento, isso é chamado de renúncia contratual do local do pagamento pela regra do artigo 330.
Forma de pagamento: meio com que se cumpre o pagamento da obrigação, cheque, dinheiro, cartão...
Tempo do pagamento: no tempo do vencimento
A mora se caracteriza pelo pagamento defeituoso quanto o local, a forma ou o tempo de pagamento. Para configurar a mora do devedor ou mora solvente, é indispensável que fique caracterizada a culpa do devedor.
É possível haver mora sem atraso? 
Sim, basta que descumpra um dos outros requisitos: forma correta, ou lugar correto.
É possível haver atraso sem mora?
Sim, basta que o devedor atrase o pagamento sem culpa dele, por um caso fortuito ou força maior.
1- consequências da mora do credor (o credor descumprir local, forma, ou tempo de entrega do objeto):
a) sujeição ao conseguinação em pagamento
b)pagar despesa de conservação da coisa
c)perda da coisa por culpa do devedor: a mora do credor tira a responsabilidade do devedor pela perda da coisa.
d) se o preço da coisa variar, oscilar entre a data do vencimento e a do efetivo pagamento, o credor deverá receber o preço mais favorável ao devedor
2 – consequências da mora do devedor (depende de culpa):
a) juros, multa
b) responde pela perda da coisa ainda que sem culpa, salvo se for provado que o dando ocorreria ainda que tivesse pagado na data do vencimento. Exemplo: o devedor não entrega o cavalo no dia 10, dia do vencimento, porque não quis, no dia doze o cavalo morre de uma doença congênita que não pode ser identificada, nessa hipótese a obrigação se resolve, isso é chamado de exceção de dano inevitável.
Qual a diferença entre mora e inadimplemento absoluto?
A mora é quando há o atraso, mas a obrigação ainda é útil e no inadimplemento absoluto ela deixa de ser útil. Exemplo: um casal vai se casar às 19h e combina com a costureira de entregar o vestido de às 18h, no entanto ela chega às 20h, não sendo mais útil para o credor, essa hipótese é de inadimplemento absoluto.
3- pagamento da dívida por terceiro:
Primeiramente tem-se que analisar se esse terceiro é interessado na relação jurídica, que poderia ser obrigado a pagar a obrigação num todo ou em parte. Exemplo: fiador.
Exemplo: Adriano deve cem mil reais a Cícero e Gustavo seu fiador. Esse fiador paga 80 mil ao credor em acordo com o devedor, pois viram que Adriano não iria pagar a dívida. Nesta hipótese o fiador se sub-roga no lugar de credor para cobrar a dívida de Adriano, chamada de sub-rogação legal, esse novo credor tem direito a dívida e acompanhado de todos os acessórios que acompanham a obrigação. A sob-rogação legal não tem fim especulativo, ou seja, o novo credor somente pode cobrar 80 mil que foi pago ao antigo credor e não cem mil.
Pagamento da dívida de terceiro não interessado: A deve a B cem mil reais, se C não interessado na relação jurídica paga a dívida de A. Ele pode pagar de duas maneiras diferentes, em seu nome ou em nome de A. No caso dele escolher pagar em seu próprio nome essa obrigação se resolve, indo embora a dívida e seus acessórios, nascendo uma nova obrigação entre A e C, pura, sem acessórios da dívida anterior (multa, juros, fiador,etc.), com o mesmo valor que C pagou a B. No caso de C pagar a dívida em nome do devedor a obrigação se resolve, se extingue, sem nenhum tipo de regresso ou reembolso.

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