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GESTÃO PÚBLICA - DESAFIO PROFISSIONAL - ANHANGUERA - III SEMESTRE

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP- POLO FORTALEZA / CE
CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA
ERLON CRISTIANO LAVOR OLIVEIRA-RA: 3371562275
PROINTER IV
Tutora EAD: Deisy Franciellen
RELATÓRIO PARCIAL e FINAL
FORTALEZA / CE
2017
ERLON CRISTIANO LAVOR OLIVEIRA-RA: 3371562275
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP- POLO FORTALEZA/CE
CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA
PROINTER IV
RELATÓRIO PARCIAL e FINAL
Trabalho desenvolvido para o Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública disciplinas norteadoras a, apresentado à Anhanguera Gestão Urbana e de Serviços Públicos, Licitações, Contratos e Convênios, Financiamentos Públicos, Políticas Públicas e Estado e Poder Local Educacional como requisito para a avaliação do Prointer lV, sob orientação da Tutora EAD Deisy Franciellen
FORTALEZA / CE
2017
RESUMO
Há quem diga que a Previdência é um dos sistemas mais complexos que a humanidade construiu – o senso comum não basta para fazer uma análise mais aprofundada da diversidade de impactos redistributivos que este grande sistema de solidariedade nacional acarreta, pois estas repercussões vão além da mera redistribuição entre ricos e pobres, homens e mulheres, jovens e idosos. A presente pesquisa visa a sobressair à seriedade da previdência social que faz parte do sistema de seguridade social, sendo um dos benefícios a que os trabalhadores têm direito. Embora seja de caráter contributivo e cheia de princípios e regras, é de extrema importância para que o trabalhador sinta-se seguro em relação ao futuro, seja em caso de doença, aposentadoria, invalidez, enfim, é uma necessidade. Foram muitas mudanças, Emendas, que trouxeram vantagens e desvantagens à classe trabalhadora. A dificuldade ainda é maior considerando que o assunto é complexo e faltam informação e transparência nas decisões. Diferentemente da assistência social não é a previdência um programa de proteção gratuito, mas um verdadeiro seguro cujas regras estão previstas na lei. Não se trata de um de sistema no qual contribui quem quer; pois a adesão tem previsão legal e natureza de exigência tributária. Trata-se de uma redistribuição intra e intergeracional de renda de longo prazo, envolvendo somas difíceis de imaginar (estima-se que a dívida implícita da Previdência brasileira esteja próxima de três vezes o PIB) e com enorme impacto econômico e social. Esta é uma amostra do que faz a análise de políticas previdenciárias serem tão desafiadora.
Palavras Chave: Previdência Social; Seguridade Social; Aposentadoria.
INTRODUÇÃO
Há grande diversidade de preferências sobre as melhores escolhas ou sobre as escolhas possíveis. Nelas se incluem o debate quanto às vantagens e desvantagens dos regimes de repartição simples ou capitalização, as divergências sobre a natureza – contributiva ou não? – dos benefícios outorgados, a eficácia social relativa de políticas universalistas ou focalizadas, as mudanças incrementais necessárias à adequação atuarial e a critérios de justiça previdenciária, as conseqüências atuariais da evolução demográfica nas próximas décadas e, por fim, os condicionantes que a dinâmica do mercado de trabalho impõe às decisões no âmbito dos regimes previdenciários.
O presente trabalho apresenta extensa trajetória histórica da questão previdenciária no Brasil suas contradições, a burocratização e a falta de empenho nesta importante questão que se arrasta a mais de 20 anos, as implicações que recairá sobre a Previdência e Seguridade Social.
O que esperar e contar com regras propostas pelo Governo pode ser a perda de mais anos de direito e de respeito aos cidadãos. Este governo acredita que esta é a solução para o Brasil e seus segurados, que qualquer outro destino que esses possam dar ao seu dinheiro é mais vantajoso do que o regime previdenciário oficial, caso a nova emenda seja aprovada.
DESENVOLVIMENTO
CONCEITO E PRESSUPOSTOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Há diversos entendimentos do que seja Política Pública e por isso, certo, errado, melhor ou pior não deve ser o objeto de análise. Por exemplo, Mead (1995), Lynn (1980), Peters (1986), Dye (1984) seguem uma mesma linha em que focam o governo como promotor de ações que influenciam a vida dos cidadãos. 
A definição mais conhecida continua sendo a de Laswell: decisões e análises sobre política pública implicam, em linhas gerais, responder as questões: quem ganha o quê, por quê e que diferença faz. (Souza, 2006). 
Algumas críticas são feitas a essas abordagens que superestimam aspectos racionais e procedimentais das políticas públicas, argumentam que elas ignoram a essência da política pública, isto é, o embate em torno de idéias e interesses. Além do que ao centrarem-se nos governos essas definições obscurecem o seu aspecto conflituoso e os limites que cercam as decisões dos governos. 
Outras definições enfatizam o papel da política pública na solução de problemas uma Política Pública é uma diretriz elaborada para enfrentar um problema público. Ela pode ser uma orientação à atividade ou passividade de alguém, o que decorrer dessa orientação também faz parte da política pública.
1.1 A POLÍTICA PÚBLICA POSSUI DOIS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS:
a) Intencionalidade pública – motivação para o estabelecimento de ações para tratamento ou para resolução de um problema; 
b) Problema público – diferença entre uma situação atual vivida 
(status quo) e uma situação ideal possível à realidade coletiva. 
É certo que os modelos que iremos apresentar não esgotam todos os tipos de Políticas Públicas existentes, nem que cada política encaixe-se exclusivamente em um único modelo, mas eles são importantes, pois simplificam e esclarecem o entendimento em torno do tema, além de ajudar a identificar aspectos relevantes da problemática das políticas e direcionar nosso olhar para compreender melhor o campo das Políticas Públicas. 
a) Políticas Públicas distributivas As chamadas políticas distributivas não consideram a limitação dos recursos públicos e buscam privilegiar não a sociedade como um todo, mas uma parcela da população. Um risco iminente advindo das políticas distributivas é a ocorrência do que conhecemos como clientelismo, Assistencialismo etc. 
b) Políticas Públicas redistributivas por meio destas é que se alocam bens ou serviços a segmentos específicos da sociedade mediante recursos que são extraídos de outros grupos específicos. 
c) Políticas Públicas regulatórias são as mais facilmente identificadas e envolvem prioritariamente os policymakers, a administração pública e a burocracia estatal, além de outros grupos de interesse. As políticas regulatórias conformam-se em ordens e proibições, decretos e portarias. 
d) Políticas Públicas constitutivas São elas que estabelecem as ‘regras do jogo’, as normas e procedimentos a partir das quais devem ser formuladas e implementadas outras políticas. 
DEFINIÇÃO DA AGENDA.
A definição de agenda implica determinado governo reconhecer que um problema é uma questão “pública” digna de sua atenção. Ela foca nos processos iniciais de identificação de problemas, na iniciação de políticas e no modo como esses processos afetam as atividades de criação de políticas públicas posteriores de responsabilidade dos governos. 
Em síntese, a política pública começa quando a agenda é definida. A menos que um problema entre para a agenda do governo, nada será feito a respeito dele. O motivo pelo qual uma questão passa a ser vista como um problema, envolvendo processos sociais e políticos complexos, bem como circunstâncias dinâmicas, tais como o surgimento de uma crise e os complicados papéis dos gestores públicos na definição de agenda. 
Para minimizar os efeitos desses fatores, os gestores públicos precisam de uma base sólida de conhecimento, forte capacidade analítica e uma estratégia bem elaborada, mas flexível! A inclusão de um problema na agenda de políticas públicas do governo é apenas um começo. O problema precisa passar por mais duas etapas– a de formulação de políticas e a de tomada de decisão
PREVIDENCIA SOCIAL
CONCEITOS, FUNÇÕES E PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E SUAS RELAÇÕES COM A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL.
A palavra previdência advém do latim pré videre, significando “ver com antecipação as contingências sociais e procurar compô-las (MARTINS, 2002:31). Affonso Almiro(1984:4) esclarece que “etimologicamente o vocábulo “previdência” significa “ver antecipadamente”, “calcular”, “pressupor”. “Em termos sociológicos, expressa a preocupação ontológica do homem com o seu futuro.”
A partir da ideia de união de esforços passam a prover um futuro seguro concebendo-se a previdência como um sistema social que vise assegurar melhores condições de sobrevivência aos cidadãos, garantindo-lhes segurança quando da doença ou da velhice. 
Célia Opice Carbone(1994 : 19) cita Oliveira para explicar que
“é possível distinguir três “definições” para previdência social, ou seja, “para alguns, a previdência social seria apenas um seguro compulsório visando à reposição da renda do indivíduo ou grupo familiar quando da perda de capacidade laborativa causada pela morte, invalidez, doença etc. Dentro deste conceito de “seguro”, os valores das contribuições e dos benefícios devem guardar estrita correspondência, pois o princípio fundamental é a reposição do ganho”.
A definição de Daft (2010:06) engloba as quatro funções da Administração – planejar, organizar, dirigir e controlar – e os seus objetivos – a eficiência e a eficácia.
Carvalho Filho (2012:04-05), que admite classificação da função administrativa, na Administração Pública, em três critérios (subjetivo, objetivo material e objetivo formal), defende que tecnicamente essa função “é aquela exercida pelo Estado ou por seus delegados, subjacentemente à ordem constitucional ou legal, sob regime de direito público, com vistas a alcançar os fins colimados pela ordem jurídica”.
A Previdência Social é basicamente um conjunto de normas que organiza a forma de proteção do trabalhador quando este, por qualquer razão, perde ou diminuí a sua capacidade de trabalho, prejudicando a sua subsistência e a de seus familiares.
A contribuição sustenta os atuais aposentados, sem garantir claramente uma vantagem equivalente futura. Desse modo, os trabalhadores acabam percebendo essa contribuição como sendo mais um imposto.
Nos últimos anos os problemas se agravaram, abalando-se as estruturas financeiras do sistema e impondo reformas, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, pelos vários aspectos estruturais e conjunturais que se apresentam, dentre eles o envelhecimento da população.
PRINCÍPIOS REGULADORES DA PREVIDÊNCIA
Além do solidarismo (solidariedade ou mutualismo), previsto implicitamente na Constituição (art. 3º, I), outros princípios constitucionais caracterizam nosso Sistema de Seguridade Social, sendo:
O principio da universalidade, pelo qual todos os residentes no país fazem jus aos benefícios, não devendo existir distinções, principalmente entre segurados urbanos e rurais;
O princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
O princípio da seletividade e distributividade na prestação de benefícios e serviços, onde a escolha das prestações se faz de acordo com as possibilidades econômico-financeiras do sistema. Nem todas as pessoas terão benefícios. A distributividade tem caráter social, podendo ser feita aos mais necessitados, em detrimento dos menos necessitados, de acordo com a lei;
O princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios que é nominal e não real, dependendo de lei ordinária;
O princípio da equidade na forma de participação no custeio, em que apenas os que estiverem em igualdade de condições contributivas terão que contribuir da mesma forma;
O princípio da diversidade da base de financiamento, onde se tem que conforme o art. 195 da CF a seguridade será financiada por toda a sociedade, pelo Estado, empresa, empregado, concursos de prognósticos etc.
O princípio da administração descentralizada e democrática, que determina que por meio dos Conselhos em níveis federal, estadual e municipal, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
E por fim o princípio da preexistência do custeio em relação ao benefício ou serviço, onde sempre que o legislador ordinário criar ou majorar um benefício ou prestação deverá observar a existência prévia de custeio para tal (§ 5º do inc. IV do art. 195).
Em nosso país infelizmente a questão social tem se constituído objetivo secundário dos planos governamentais. Referidos planos, sobretudo em um passado mais recente, trataram o desenvolvimento social como subproduto automático do crescimento econômico. Conseqüentemente, critérios de eficiência passaram a ser deixados de lado de forma absoluta.
A manutenção do sistema previdenciário sustentável é um dos maiores desafios que se impõe ao Estado brasileiro neste momento. Ao propor uma reforma, o governo quer evitar que seja colocado em risco o recebimento de aposentadorias, pensões e demais benefícios por esta e as próximas gerações. A cada mês são pagos, rigorosamente em dia, quase R$ 34 bilhões correspondentes a cerca de 29 milhões de benefícios, somente no Regime Geral de Previdência Social (RGPS)/INSS.
O SISTEMA BUROCRÁTICO
A teoria burocrática surgiu em clara oposição a suas antecessoras, ou seja, à Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas. A primeira era criticada pelo seu excesso de mecanicismos e a segunda pelo seu ingênuo romantismo.
A teoria de Max Weber foi marcante em sua época e o é até os dias atuais, tendo em vista o seu pioneirismo. Dessa forma, várias pesquisas posteriores reportam-se à Teoria da Burocracia de Max Weber ou para apoiar-se nela, ou pela criticá-la. Importante frisar, também, que a teoria da burocracia de Max Weber tem alguns traços mais ligados à sociologia do que a administração em si.
As relações burocráticas são tipicamente autoritárias. Os subordinados aceitam as ordens de seus superiores por admitirem a ideia de que tais ordens estão amparadas por normas e preceitos legais. Dessa maneira, a obediência não deriva de nenhuma pessoa em si, mas sim do conjunto de normas e regulamentos estabelecidos e aceitos como legítimos por todos.
Em conceito mais amplo, a própria relação do povo com seus governantes baseiam-se em preceitos burocráticos. O povo aceita as leis como legítimas por acreditar que as mesmas foram elaboradas em uma espécie de cooperação entre a própria população e seus representantes políticos.
Com isso, toda a esfera administrativa, principalmente no serviço público, serve para replicar a vontade da ideologia política em vigor. Os funcionários, ou burocratas, devem agir de maneira estritamente prevista nas normas e regulamentos que os regem. Normas e regulamentos esses criados por ninguém menos que, Políticos. Concepção essa, mais claramente ligada à sociologia do que à administração.
Concluindo, toda organização administrativa de um sistema burocrata é feita de maneira a refletir a vontade política de um grupo de pessoas, nunca é totalmente impessoal.
CONCEITO COMUM DE BUROCRACIA E O DE WEBER
No senso comum, a burocracia é vista geralmente sob uma ótica pejorativa. Quando se fala em burocracia, normalmente associa-se a idéia de grande acumulo de papeis documentais e de procedimentos vistos quase sempre como desnecessários. Na verdade, essa é a disfunção da burocracia, ou seja, um defeito no sistema burocrático, mas não é o sistema em si.
Na Teoria da burocracia de Max Weber o conceito é completamente diverso. A burocracia prima pela total eficiência da organização e, para que se alcance a eficiência, todos os detalhes formais devem ser vistos com antecedência, a fim de que não existam interferências pessoais que acabem por atrapalhar o processo.
Nas organizações burocráticas as comunicações devem ser essencialmente escritas. Todas as regras e decisões devem constar em algum documento para que possam tervalidade formal.
Em razão disso, quando deparamo-nos com procedimentos tidos como burocráticos são cobrados vários tipos de documentos e várias vias de papéis assinados. Se não estiver documentado, não há validade!
Uma organização burocrática é essencialmente autoritária e hierarquizada. Há divisão sistêmica do trabalho de forma que cada um possui cargos e funções específicas, de competências e responsabilidades distintas. Cada membro do processo deve saber exatamente qual posição ocupa e que trabalho realiza. 
A CRISE DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
Devido ao desequilíbrio no sistema previdenciário dos servidores públicos o governo propôs e aprovou, em 2003, a reforma da Previdência Social, por meio da Emenda Constitucional-41. O foco da reforma de 2003 foi a previdência dos servidores federais, estaduais e municipais. (previdenciasocial.gov.br). Assim, em relação as reformas mais recentes, as realizadas na década de 1990 pelo governo, FHC tiveram maior impacto sobre o INSS. Outro ponto importante e positivo no sentido de buscar o equilíbrio financeiro da
Previdência Social, foi a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n°10 I, de 4 maio de 2000) que estabeleceu o limite de 12% da receita líquida dos estados e municípios para os gastos com aposentados e pensionistas, e a obrigatoriedade da contribuição dos Estados, Municípios e da União aos respectivos regimes de previdência não exceder o dobro da contribuição do segurado.
Os mais afetados pela reforma foram os servidores do RGPS. Para esses o acesso aos benefícios foi dificultado. Já no caso do RPPS as medidas deixaram a desejar. Fatores considerados os grandes causadores do desequilíbrio no regime dos servidores públicos não foram considerados.
O que ficou claro é que na busca pelo equilíbrio de suas contas, o governo, através de suas medidas, acabou impondo perdas aos segurados, uma vez que o eixo da reforma foi o aumento da idade mínima para a concessão dos benefícios. Determinou-se que os trabalhadores deviam trabalhar mais, contribuir mais e receber menos, dada a nova fórmula do cálculo das aposentadorias.
4 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PREVIDÊNCIA NOS SÉCULOS XIX E XX.
 QUADRO 1. O EVOLUÇÃO HISTÓRICA
	Século XIX: Sistemas
Coloniais e Imperiais
	1966: Unificação dos IAPs a
nível nacional (INPSJ)
	1923: Primeiros Fundos
modernos (CAPs)
	1971·77: Extensão de
cobertura a trab. rurais e domésticos
	1930-40: CAPs sllo fundidos em Institutos (IAPs
	1988: Constituição determina e
amplia direitos sociais
	1946-1960: 14 anos discutindo a LOPS (1960)
	1995·2001: Reforma Paramétrica
Fonte: Elaborada pelo aluno.
A crise financeira da previdência social é resultado de um conjunto de fatores, exógenos e endógenos. O s primeiros não dependem da estrutura do sistema, enquanto os demais resultam da forma como foi este foi constituído, ou seja, do seu arcabouço jurídico institucional.
As reformas de 1998 e de 2003 conseguiram frear o déficit da previdência sem, contudo reverte-lhe. A tabela abaixo busca evidenciar a estabilização desse déficit como proporção do PIB, obtida através das mudanças introduzidas pelas duas reformas. Sem estas, a situação com certeza seria pior, e as expectativas antes das reformas eram de que o déficit ultrapassasse os 3,5% do PIB.
TABELA 2- Déficit da Previdência-1999/2004
	Déficit da Previdência-1999/2004
	Ano
	% do PIB
	1999
	0,97
	2000
	0,91
	2001
	1,07
	2002
	1,26
	2003
	1,65
	2004
	1,88
	2005*
	
Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional c Banco Central.
ALGUMAS PROPOSTAS PARA REFORMULAÇÃO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
O caminho mais curto de enxugamento ou privatização da Previdência Social não é o mais correto para o Estado Democrático de Direito, protetor dos direitos sociais. 
É necessário ir ao combate à informalidade e inclusão previdenciária, através de campanhas com imagem positiva desta medida, não meramente arrecadatória, frisando a melhoria da proteção social, relembrando o caráter dos riscos cobertos por estas políticas sociais. 
É necessário seguir promovendo debates com o objetivo de aperfeiçoar e tornar/manter sustentável os regimes da Seguridade Social (Previdência, Assistência e Saúde). 
As reformas futuras devem objetivar não apenas redução dos gastos previdenciários, mas também, e, principalmente, a aplicação do princípio da universalidade da cobertura, ampliando a cobertura e promovendo a inclusão social.
A justificativa apresentada pelos Governos arquitetados pelo Congresso Nacional para tais medidas de austeridade é a salvação das finanças públicas no Brasil, proporcionando um ambiente de maior confiabilidade para os investidores, a fim de promover o crescimento econômico e o emprego. Segundo o lema governamental, é preciso sair do vermelho.
5.1 PRINCIPAIS PONTOS DA REFORMA (PEC 287/2016)
Garantia da sustentabilidade presente e futura da Previdência Social, preparando-a para a transição demográfica da população brasileira
 Respeito aos direitos adquiridos (reforma não afeta os atuais beneficiários e também não atinge aqueles que já possuem os requisitos para os benefícios)
 Regras de transição para homens com 50 anos de idade ou mais e mulheres com 45 anos de idade ou mais
 Avançar rumo à harmonização de direitos previdenciários entre os brasileiros (alinhar regras – Regime Geral de Previdência Social/INSS e Regimes Próprios de Previdência Social; parlamentares e cargos eletivos; homens e mulheres; trabalhadores urbanos e rurais)
 Convergir para as melhores práticas internacionais, baseando-se em experiências exitosas de países que já enfrentaram uma transição demográfica, observada a realidade social e econômica do Brasil
 Manutenção do salário mínimo como piso previdenciário
 Manutenção das aposentadorias especiais para pessoas com deficiência e para segurados cujas atividades sejam exercidas sob condições que efetivamente prejudiquem a saúde (sendo vedada a caracterização por categoria profissional ou ocupação)
Regras de acesso
Regra permanente
Para homens com menos de 50 anos idade e mulheres com menos de 45 anos de idade
Idade mínima: aposentadoria aos 65 anos de idade (com mínimo de 25 anos de contribuição)
Idade mínima passa a ser ajustável pela evolução demográfica (tendo como base a expectativa de sobrevida aos 65 anos)
Segurados especiais passam a ter contribuição com alíquota diferenciada e periodicidade regular
Regras de transição
 Regra para homens com 50 anos de idade ou mais e mulheres com 45 anos de idade ou mais
Aplica-se acréscimo de 50% sobre o tempo de contribuição que falta com base na regra antiga
Fórmula de cálculo
Progressiva e proporcional ao tempo de contribuição 
RGPS/INSS e RPPS: Piso de 51% acrescido de 1 (um) ponto percentual por ano de contribuição (mínimo 76% de reposição), limitado a 100%, respeitado o piso do salário mínimo
RGPS/INSS: Fim do fator previdenciário e da fórmula 85/95
RPPS: Extingue-se a integralidade (pelo último salário) e a paridade (reajustes iguais aos da ativa) dos servidores públicos homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 anos na data da promulgação da PEC e que ingressaram antes da Emenda Constitucional 41, de 2003.
Previdência complementar para novos servidores
Fórmula de cálculo progressiva e proporcional ao tempo de contribuição
 Idade mínima de 65 anos e tempo de contribuição de 25 anos
Valor do Benefício como Percentual do Salário de Benefício
Tempo de Contribuição (anos)
Taxa de Reposição
(51% + 1 ponto percentual por ano de contribuição a mais)
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Mesmo em meio a tantas, mudanças, ampliações e alterações das leis e EC, avalia-se a tamanha complexidade do cenário previdenciário, diante de tantas propostas de reforma.
Passados mais de 30 anos e até o presente momento os brasileiros não tem a noção correta e adequada para a sua realidade de fato.
O que se apresenta é muitas idéias sem que beneficie a todos os mais necessitados, os poucos ou nenhum entendimento concreto de todasdas propostas apresentadas até hoje.
Assim se caminha para um momento de extrema insegurança diante de tudo o que foi conquistado e que se pode perder.
Assim acirradas as discussões sobre a Previdência, a forma da sua aplicação, o tempo para contribuição até a aposentadoria, entre os parlamentares, sindicatos e a OAB. Discussões que não venceu a maioria do congresso que visa nesta reforma uma prorrogação para as futuras investidas em campanhas e interesses políticos. 
O Estado deveria garantir políticas públicas de previdência social, que, desse aos cidadãos condições dignas de sobrevivência, protegendo-o da velhice e da doença, isto é, que de todo o amparo necessário aos cidadãos que assim precisam ao se encontrarem em idade avançada.
Esperar e contar com as novas regras estabelecidas e propostas pelo Governo podem vir a ser o sinônimo de perder mais anos de direito e de respeito aos cidadãos.

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