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EDUCAÇÃO INCLUSIVA AUTISMO
 QUEIROZ, Vera Lucia Abreu 
 RU 1030448
 BARBOSA, Sidney
 RESUMO
Este artigo apresenta o tema Educação Inclusiva Autismo, ao qual aponta os fatores no desenvolvimento escolar da criança autista. O trabalho tem como objetivo caracterizar o aluno autista e suas características que interferem no processo ensino aprendizagem e possíveis soluções para melhorar o desenvolvimento escolar dos alunos autistas descreverem o papel do professor para com esses alunos. O método foi usado através de revistas e pesquisas. O motivo da pesquisa foi levar o estudo à importância para o meio acadêmico.
No Brasil, o cuidado mais efetivo tem apenas três décadas de vida e se devem principalmente, á coragem de algumas famílias de desbravarem fronteiras na luta pelo tratamento do autismo. Felizmente, cada vez mais, grupos e associações em vários países ao redor do mundo se engajam e se esforçam, incessantemente, para buscar diagnostico e tratamento adequados e, sobretudo, para exigir respeito, quebrar preconceitos, fazer com que as leis sejam cumpridas e que efetivamente haja inclusão escolar. O conhecimento atual sobre autismo é fruto de uma parceria de pesquisadores comprometidos e pais que dedicam suas vidas a zelar por seus filhos. A iniciativa de escolher sobre autismo foi perceber que muitos pais ficam perdidos quando recebem o diagnostico de filho e muitas vezes não sabem o quem recorrer nem por onde começar.
 Palavras-chave: Autismo. Inclusão. Ensino.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo busca fatores que podem influenciar no desenvolvimento escolar da criança e o que pode ser feito para superar reais dificuldades. 
A estrutura do trabalho foi baseada em tópicos e fatores que influenciam no desenvolvimento, possíveis soluções, descobrir o que interfere na aprendizagem do aluno autista, como a família pode ajudar e o mais importante o papel do professor.
O processo de inclusão das pessoas com deficiências nas escolas regulares de ensino comum brasileiras tem passado por discussões e ações efetivas a partir de documentos e políticas públicas programada pelo governo federal principalmente na ultima década. 
A Educação inclusiva propõe uma reorganização do sistema educacional brasileiro, garantindo acesso, permanência e condições de aprendizagem para todos os alunos. 
A construção da escola inclusiva deve começar na Educação Infantil, que deve ter uma prática voltada para uma ação pedagógica que seja direcionada para verdadeira inclusão.
Quando a criança é inserida na pré-escola que é considerada á primeira etapa da educação básica, ela passa por momentos que a ajudam no seu desenvolvimento como todo.
 Esse processo ás vezes é doloroso e requer da escola uma atenção diferenciada para as crianças dessa faixa etária.
Se a criança apresenta uma deficiência, as mudanças das práticas pedagógicas são ainda mais importantes no ambiente escolar. A criança que apresenta Transtorno de Espectro Autista –TEA- um transtorno de ordem neurobiológica que interfere principalmente no comportamento, na linguagem e na interação, requer uma atenção especial da escola.
A criança através das relações que vivencia, compreende a cultura existente em seu meio e vai, aos poucos apropriando dos conhecimentos, estabelecem os conceitos e vai construindo a sua identidade e autonomia promovendo a sua inserção e interação.
Vygotsky e seus colaboradores apontam para a natureza social da atividade mental, sustentados nos fundamentos do materialismo histórico e dialético e dizem que o homem se faz homem nas ralações que estabelece com os outros homens imersos em um mundo significados construídos na dinâmica da sociedade e da cultura (VYGOTSKY, LÚRIA, LEONTEV, 2007)
 O conceito autismo é muito amplo. Podemos falar de possibilidades e existem diferentes dificuldades de socializar-se, isolando-se até mesmo aquelas crianças que tentam o contato com o outro.
Ser um professor sensível á situação do aluno, procurar questões e se informar para que possa ajudar esse aluno. A tarefa do professor e árdua e requer muito mais que simples e exatos procedimentos metodológicos e formação continuada.
Requer talento, capacidade de adaptação e muito amor pela profissão, não basta ser um bom profissional, e preciso amar e dedicar a essas crianças, que são inclusas do meio social.
O papel do professor de um aluno com autismo é semelhante ao intérprete transcultural alguém que entende ambas as culturas e é capaz de traduzir as expectativas e procedimentos de um ambiente não autista para o aluno com autismo. Desta forma para ensinar um aluno com autismo, devemos entender muito bem a sua cultura e os pontos fortes e os déficits associados a esta.
 O objetivo é atender as necessidades da criança, criando condições adequadas para seu desenvolvimento, estimulando à criatividade, a cooperação, a autonomia, considerando a história, experiências e as individualidades de cada criança.
 A dificuldade de socialização é à base de tríade de sintomas do funcionamento autista.
 Sabemos que o ser humano é, antes de tudo, um ser social. Busca desde pequeno, fazer amigos, agregar pessoas a sua volta e dividir momentos e experiências. È através da socialização que o individuo aprende as regras e os costumes da sociedade em que habita.
 No que se refere a pessoas com apenas traços de autismo, pode-se citar alguns exemplos, tais como: o garoto que não conseguia jogar futebol, mas decorava todas as regras, conhecia os jogadores e até conversava sobre os times; o jovem que preferia ser o fotógrafo das festinhas familiares, somente como desculpa para não interagir com os demais, e outros que adotaram hobbies únicos e extremamente solitários, como videogames, computador ou pescaria. Essas pessoas não tratadas colecionaram prejuízos na vida profissional, afetiva e, principalmente, em seu ciclo de amizade. Alguns mais habilidosos, na tentativa de estabelecer relacionamentos, chegam a oferecer seus serviços, mas acabam sendo usados pelas pessoas, sem conseguir aprofundar os laços de amizade. 
 E importante frisar que eles podem apresentar mesmo grau de sofrimento e isolamento que qualquer outro com transtorno grave. Não há duvida de que essas pessoas são, cada vez mais, os novos desafios para a prática de diagnóstico.
 Para todos aqueles com traços ou diagnóstico de autismo, uma coisa é universal: o contato social é sempre prejudicado não necessariamente, porque estão desinteressados, mas porque não sabem e não aprenderam a arte de interagir e manter vínculos.
 Algumas crianças com autismo não sentem prazer no convívio com os demais. No entanto elas são extremamente sensíveis, ao contato social lhes parece algo ameaçador. 
 E é exatamente por isso que muitos se isolam em seus “mundinhos” e brincam sozinhos, sem conseguir participar de atividades em grupo, como na hora do recreio escolar, por exemplo. 
 Um dos grandes desafios do tratamento do funcionamento autista é ensinar a essas pessoas os mecanismos e os prazeres contidos nos momentos de convivência. 
 As crianças com autismo não escolhem em ficar sozinhas, mas a falta de habilidades sociais as mantém distantes das outras, entretidas no seu mundo, sem demonstrar desconforto. 
 Elas são bem diferentes de crianças tímidas, que não conseguem ficar com o grupo por vergonha, mas observam de longe seus coleguinhas, com nítida vontade de serem aceitas e de participarem das brincadeiras. 
 A criança precisa saber quem ela é fisicamente, socialmente, emocionalmente, precisa conhecer seu corpo, sua vontade, necessidade,qual o seu meio, porque existem as diferenças e como são geradas, quase são os seus limites e possibilidade, compreender o que esta fazendo e quais as finalidades do seu fazer. (TONUCCI, 1997)
 Enfim a escola é fundamental na via da criança, não somente como obrigatoriedade da educação básica, mas sim porque nessa etapa que a criança é o foco central e é a partir dela e também para que as ações sejam direcionadas em busca do seu processo de desenvolvimento.
 
 2. EDUCAÇÃO INCLUSIVA AUTISMO
 
 No Brasil no final dos anos 80 e começo dos anos 2000, falar em autismo era mais citar critérios diagnósticos e características de um autista de uma forma vaga e sem nenhum sentido.
 Hoje em dia se refere ao autismo como TEA Transtorno de Espectro Autista citavam na época, como se a narração daquela lista fosse suficiente para que os pais e profissionais transformassem em forma de ação e estratégias de intervenção. A trajetória dos alunos autismo acompanha a evolução da conquista pelos direitos humanos. 
 Por isso, as primeiras instituições de ensino especial surgiram diante da precariedade do apoio de governos, onde serviços a parte buscavam oferecer tratamento ás pessoas que eram consideradas, incapacitadas, doentes e violentas. Assim passaram a justificar os fracassos desses alunos na escola, como instrumentos rotulação em massa.
 As instituições tiveram um papel muito importante no processo histórico da educação especial, contribuiu para a situação que encontramos atualmente, na intenção de oferecer um serviço especializado praticamente inexistente, acabaram como selecionando os alunos e passaram a se fortalecer. Existe uma fundação que acreditava na importância da educação especial e percebendo criou o instituto Pestallozzi. Em 1926, os professores Thiago e Johanna Wurth iniciaram num ambiente modesto, uma escola especializada para escolares em dificuldades na escola comum.
 Nasceu assim, no Rio Grande do Sul, a primeira escola de ensino especial de iniciativa não governamental do Brasil, denominado de Instituto Pestalozzi em homenagem ao educador suíço cujas ideias educacionais ficaram gravadas no professor Thiago Wurth 
 Os diversos grupos de professores e técnicos que passaram pela escola e um corpo de tradicionais colaboradores constituíram parte importante na história da instituição. Não só no que diz respeito à qualidade do trabalho desenvolvido, mas também, quanto à subsistência do estabelecimento.
 Os avanços para autista da educação no Brasil parecem ter sido marcados em movimento da sociedade inclusiva, onde se determinou a transformação. Com essas mudanças poderia propor a essas crianças a agregar de uma única forma a se aproximar a educação.
 Dentro dessas realidades era muito comum ver profissionais descrevendo que o autismo era um distúrbio do desenvolvimento que provoca um problema na comunicação. Mas ninguém citava que tipo de problema e sobre qual comunicação estaria falando.
 Uma criança que tem dificuldades de falar ou até mesmo de se comunicar com outras pessoas não pode ser considerada autista. 
 O autista e considerado atualmente, como um transtorno de desenvolvimento, envolvendo atrasos e comprometimentos nas áreas de habilidades de comunicação, relacionamento social, incluindo uma diversidade de sintomas associados no emocional, cognitivo, motor sensorial e comportamento.
 As características do autista esta relacionada mais na comunicação e no social, com isso pode se distinguir o autista de outras deficiências, mas são relativas para um conceito de como um individuo com autismo entende o mundo, age com base nesta compreensão e aprende.
 O que pode distinguir uma pessoa com autismo são a combinação e interação de problemas.
 Esse tratamento é orientado por médicos que entendem do assunto como: psicólogo, fonoaudiólogo, terapeutas ocupacionais e profissionais da educação são algumas pessoas que fazem parte dessa equipe e contar com ajuda da família que e fundamental.
 As crianças autistas possuem melhor percepção visual que os outros indivíduos, o recurso visual deve ser sempre utilizado tanto para autistas verbais e não verbais, desta forma possibilitamos a relação entre nome objeto ação e assim ambos significados para as palavras e para a comunicação que e a maior dificuldade do autista. O ambiente para essas pessoas deve ser áreas demarcadas e separadas para que elas possam ter maior visualização.Local para atividade individual sempre com um instrutor no caso um profissional
Local para uma atividade em grupo
Local para lanche
 Local para tempo livre onde tudo e selecionado para a criança fazer o que ela gosta.
 O importante e que os profissionais não interferem no comportamento para que a criança discrimine momentos de atividades estruturadas e momentos livres.
 As atividades devem ser prazerosas e divertidas para as crianças. 
 Os materiais devem ser meios facilitadores proporcionando um modo positivo de resposta e com auto-instruções, visuais que favoreça interações e reduzam possibilidades de erros.
 Ter certeza de que os materiais são suficientes para as atividades evitar regras abstratas e vagas.
 Assim para ajudar as crianças com autismo no direcionamento do foco da atenção para o que e relevante em uma atividade, as tarefas precisam ser modificadas para incorporar as instruções visuais.
 Pelo conceito de ensino estruturado uma criança deverá ser hábil em cumprir com uma atividade olhando as instruções que estão contidas no próprio material.
 As orientações visuais irão ajudar o aluno na combinação e na organização dos passos necessários para cumprir com o material.
 Considerar a visualização da tarefa e entender que o material precisa passar todas as informações necessárias para que o autista a conclua.
 Transformar o conteúdo de verbal para não verbal o professor precisa falar para que a atividade seja entendida.
 Indicar onde começa e termina a tarefa, não misturar objetivos.
 De acordo com as adaptações curriculares para crianças especiais autistas todo material deve ser adaptada de acordo com a necessidade de cada criança.
Eliminar estímulos em excesso
Colorir
Ampliar
Transformar conteúdo verbal em visual 
Usar apoios concretos menos abstratos
Fazer o material conversar com o aluno
Lembrar da estrutura referência imagens, apoios visuais, manipuláveis, sinalizações
Áreas de armazenamento, execução e fim.
 De acordo com a minha observação, é grande o impacto nos profissionais da educação que atuam na escola quando se deparam com reações dessas crianças que, tanto quanto os professores, estão diante de uma experiência nova.
 É comum que essas crianças apresentem manifestações de sua inflexibilidade de maneira irritantes. Se utilizarmos os subsídios teóricos trabalhados anteriormente, e fácil compreender que no ambiente escolar, com todos os seus estímulos e vendo em meio muitas crianças, e tantas falas e atitudes das outras pessoas que, aliás, não lhe são familiares, a criança reaja assim.
 Essas reações de forma recorrente podem ser de choro intenso, de movimentos corporais repetitivos, de indiferença em relação aos apelos e tentativas de ajuda, de apego a determinados locais fixos na escola e de recusa em deslocar-se conforme orientado. Também já em casos mais complexos, auto-agressões ou reações brutas envolvendo objetos ou mesmo alguma outra pessoa. 
 A ocorrência de tais manifestações não deve ser interpretada como o estado permanente da criança ou no que consiste o seu futuro. Na verdade, trata-se de reações esperadas mediante uma alteração importante na sua rotina. A escola, naquele momento, é uma experiência desconhecida e de difícil apropriação de sentido e propósito pela criança.
 Para alguns portadores de autismo não sentem prazer no convívio com os demais. No entanto, em minha pesquisaobservei que, por eles serem extremamente sensíveis. O contato social lhes parece algo ameaçador. E é exatamente por isso que muitos se isolam em seus “mundinhos” e brincam sozinhos, sem conseguir participar de atividades em grupo ,como na hora do recreio escolar, por exemplo.
 Um dos grandes desafios do tratamento do funcionamento autista é ensinar a essas crianças os mecanismos e os prazeres contidos nos momentos de convivência.
 Em um caso de uma criança autista era mais fácil ela se relacionar com os adultos que já conheciam seu jeito de ser, do que se dedicar á árdua tarefa de interagir com crianças de sua idade, com as quais teria que lutar pelo seu espaço.
 Assim como nas escolas é muito comum encontrarmos essas crianças solitárias, recolhidas em um canto do pátio, nos dando a impressão de que não querem brincar com os outros, mesmo após insistentes tentativas dos professores e colegas.
3. METODOLOGIA
 O estudo foi baseado em pesquisas bibliográficas e de campo participante que visa alcançar os objetivos que foram propostos sendo observadas crianças com atendimento do AE.
 Segundo Ferreira (2002, pag76) Autismo é fenômeno patológico caracterizado pelo desligamento da realidade exterior e criação mental de um mundo autônomo
 Segundo Damásio (1994), [...] tomar decisões é escolher uma opção de resposta entre as muitas possíveis num determinado momento e em uma determinada situação. Supõe conhecer: a situação que exige tal decisão, as distintas opções de ação; as conseqüências imediatas ou futuras de cada uma das ações (BUTMAN & ALLEGRI, 2001, p.276)
 Em 1943, o médico austríaco radicado nos Estados Unidos da America - Leo Kanner – observou onze crianças que passaram por sua consulta e escreveu o artigo ‘Os transtornos autistas contato afetivo “(1943).
 LEO KANNER descreve o autismo:
 As relações sociais e afetivas:
 Desde o inicio há uma extrema solidão autista, algo que, na medida do possível, desconsidera, ignora ou impede a entrada de tudo o que chega á criança de fora. O contato físico direto e os movimentos ou ruídos que ameaçam romper a solidão são tratados como se não estivessem ali, ou, não bastasse isso, é sentido dolorosamente como uma interferência penosa (kanner,1943).
A comunicação e a linguagem:
 Leo Kanner descreveu a ausência de linguagem (mutismo) em algumas crianças seu uso estranho nas que possuem a presença de ecolalia, a aparência de surdez em algum momento do desenvolvimento e a falta de emissões relevantes.
A relação com as mudanças no ambiente e a rotina:
 A conduta da criança é governada por um desejo ansiosamente obsessivo por manter a igualdade, que ninguém, a não ser a própria criança, pode romper em raras ocasiões (1943, p.22).
Memória:
 Capacidade surpreendente de alguns em memorizar grande quantidade de material sem sentido ou efeito pratico. 
Hipersensibilidade a estímulos:
 Muitas crianças reagiam intensamente a certos ruídos e alguns objetos. Também manifestavam problemas com alimentação.
 Com base nos aspectos que chamaram sua atenção, podemos dizer que ele identifica como traço fundamental do autismo a “incapacidade para relacionar-se normalmente com as pessoas e as situações” (1943, p, 20).
 Desde o inicio há uma extrema solidão autista, algo que na medida do possível, desconsidera,ignora ou impede a entrada de tudo o que chega á criança de fora. O contato físico direto e os movimentos ou ruídos que ameaçam romper a solidão são tratados como se não estivessem ali, ou, não bastasse isso, é sentido dolorosamente como uma interferência penosa (KANNER, 1943). 
 
 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A inclusão escolar tem se mostrado essencial para que as crianças e os adolescentes com autismo desenvolvam competências a serem utilizadas no decorrer de toda a sua vida. Por mais complexas que possam apresentar o autismo é fundamental que seja garantido á criança o direito á escola desde a Educação Infantil.
 Nas minhas pesquisas tive a oportunidade de conhecer crianças e adolescentes autistas, ficou evidente que, nos casos que houve um percurso educacional segregado, anterior ao ingresso na escola, as dificuldades de desenvolvimento de tais competências eram muito maiores.
 O desafio que se apresenta hoje resulta de termos nos privado do convívio e atuação com essas crianças e do fato de que as práticas da educação exclusivamente para as pessoas com autismo não podem orientar a experiência da escola comum. É preciso propor práticas novas, pautadas na conciliação da organização do trabalho e dos tempos escolares ao tempo e necessidade de nossos alunos.
 Entretanto, precisamos não perder de vista que o acumulo e a sistematização de estratégias escolares para inclusão, de pessoas com autismo não podem desconsiderar o que é próprio de cada criança e adolescente. È preciso compreender os fundamentos de cada estratégia para que ela possa ser flexibilizada mediante o conhecimento sobre nosso aluno quem ele é pra além do transtorno que apresenta.
 Sabemos que cada passo novas possibilidades e novas dúvidas se colocam o que é próprio do processo de ensino e aprendizagem, do cuida dor e educar.
 A escola regular de ensino comum é, por excelência, um ambiente capaz de formar pessoas com idéias diferentes sobre o outro, onde as pessoas se respeitam apesar das diferenças. O preconceito, a discriminação, são comportamentos aprendidos.
 A criança pequena,quando entra e convive em um espaço escolar em que as diferenças são bem vindas, vai aprender de forma natural a valorizar o outro por aquilo que ele é que é capaz de realizar e não pela condição física, intelectual, sensorial ou comportamental que apresenta o sujeito.
 Desta forma, pensar em mudança de paradigma e em conseqüente transformação da escola em verdadeiramente inclusiva implica no reconhecimento de que a pré-escola é o primeiro espaço em que as mudanças devem se efetivar, pois nessa idade a criança reconhece a outra como igual , sem qualquer distinção entre pares.
 Assim como uma criança com Transtorno de Espectro Autista é inserida na escola, se o professor compreender as características, buscar o opoio da família e do professor do Atendimento Educacional Especializado o AEE, fazer as adequações necessárias principalmente pedagógicas, conseguira construir um ambiente inclusivo que propicia condições para que todos os envolvidos possam se beneficiar do processo de ensino - aprendizagem de maneira igualitária e com qualidade.
 Desse modo, o objetivo maior seria o de capacitar indivíduos com autismo, a partir da estruturação e do ambiente de aprendizado, de acordo com seu nível de compreensão, ensinando habilidades que facilitarão o desenvolvimento desta criança para que atinja uma maior independência e uma melhor qualidade de vida, pois e possível criar estratégias de superação as limitações cognitivas e comportamentais do autismo.
 E importante a participação da família, profissionais na atuação da inclusão escolar.
REFERÊNCIAS
BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Especial.
Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Brasília, 2007b. Disponível em: 11 fev.2017
Cunha, Eugenio. Autismo e inclusão psicopedagoga práticas educativas na escola e na família. Rio de Janeiro. Wak Ed.2009.
FERREIRA, AURÉLIO. HOLANDA. Dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro.
Manejo Comportamental de crianças com transtornos do Espectro do Autismo em condição da inclusão escolar: guia de orientação a professores [livro eletrônico].São Paulo:Menon, 2014.1004,23Kb;PDF.
PAIVA JUNIOR, Editor chefe da revista autismo ano I numero 2010.
TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO. Ministério da Educação, Secretária de Educação Especial Universidade Federal do Ceará.
THIAGO E JOHANNA WURTH, 1926
VYGOTSKY, L.S; LURIA, A. R; LEONTEV, A.N. A formação social da mente:o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 2007

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