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Aula 3

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Processo de enfermagem no cuidado à criança e família: 
Politica Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, 
Agenda e caderneta da Criança, 
Programa de Humanização do Parto e do Nascimento.
Prof. Mestre Graziele M. Marcon
Agosto de 2015 o Conselho Nacional de Saúde, cria a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança. A Política considera como criança a pessoa na faixa etária de zero a nove anos e a primeira infância, de zero a cinco anos.
Objetivos!!
Promover o aleitamento materno, e a saúde da criança a partir da gestação aos nove anos de vida, com especial atenção à primeira infância, e às populações de maior vulnerabilidade, como crianças com deficiência, indígenas, quilombolas, ribeirinhas, e em situação de rua.
A Política sintetiza de maneira simples e clara para os gestores estaduais, municipais e profissionais de saúde, os grandes eixos de ações que compõem uma atenção integral à Saúde da Criança e aponta estratégias e dispositivos para a articulação das ações e da rede de serviços de saúde nos municípios e regiões de saúde.
Os sete eixos estratégicos da Política são: 
atenção humanizada e qualificada à gestação, parto, nascimento e recém-nascido; 
aleitamento materno e alimentação complementar saudável; 
promoção e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento integral; atenção a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas; 
atenção à criança em situação de violências, (Gráfico de 2006)
prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz; 
atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade; 
vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno.
META – Segundo o Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos do Milênio (ODM) 2013:
 No Brasil, a taxa passou de 53,7 óbitos por mil nascidos vivos em (1990) 			17,3 (2012) 67,7%. 
Com menos de um ano de idade, a taxa passou de 47,1 óbitos por mil nascidos vivos em (1990) 14,9 (2012) 68,3%.
 Há quase extinção de internações por desnutrição (agravo praticamente residual no país), por doenças imunopreveníveis (sarampo, difteria, tétano neonatal, poliomielite, varíola, rubéola, meningites) e por diarreia/pneumonia.
Agenda da Criança
Princípios norteadores do cuidado na saúde da criança:
Planejamento e desenvolvimento de ações intersetoriais
Acesso universal
Acolhimento
Responsabilização
Assistência integral e resolutiva 
Equidade
Atuação em equipe
Desenvolvimento de ações coletivas com ênfase nas ações de promoção da saúde
Participação da família/controle social na gestão local
Avaliação permanente e sistematizada da assistência prestada
Linhas de cuidado da atenção integral da saúde da criança e redução da mortalidade infantil
1 - Ações da saúde da mulher: 
Atenção humanizada e qualificada atenção clínico-ginecológica com ênfase na anticoncepção (gravidez indesejadas, abortos e partos prematuros), às mulheres vítimas de violência, às doenças sexualmente transmissíveis/aids e à saúde das adolescentes.
2 - Atenção humanizada e qualificada à gestante e ao recém nascido:
Integração de ações básicas com diversos serviços
Aderência aos Programas de saúde
Referencia e contra referencia
Puerpério 
3- Triagem neonatal: teste do pezinho
Realizado a partir do 5.º dia de vida, para detectar doenças como o hipotireoidismo, fenilcetonúria, anemia falciforme e fibrose cística, que podem ser tratadas, minimizando sua repercussão sobre a saúde da criança.
4 - Incentivo ao aleitamento materno:
Pré natal
Sala de parto e maternidade
Alta e acompanhamento
Pais tem direito de serem orientados corretamente quanto à alimentação saudável e correta de seus filhos.
Puérperas tem direito á 120 dias de licença maternidade, sem prejuízo do emprego e salário e, ainda, o direito da nutriz, quando do retorno ao trabalho, a pausa de uma hora por dia, podendo ser parcelada em duas pausas de meia hora, para amamentar seu próprio filho até os 6 meses de idade.
Banco de Leite Humano
5 - Incentivo e qualificação do acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento (CD), registro na caderneta:
Avaliação do peso, altura, desenvolvimento, vacinação e intercorrências, o estado nutricional, bem como orientações à mãe/família/cuidador sobre os cuidados com a criança (alimentação, higiene, vacinação e estimulação) em todo atendimento.
Busca ativa de crianças faltosas 
6 - Alimentação saudável e prevenção do sobrepeso e obesidade infantil:
Inicio do desmame
No município devem estar destacadas as ações de Vigilância Alimentar e
Nutricional
7 - Combate à desnutrição e anemias carenciais:
As equipes de saúde deverão incentivar ações de promoção à saúde e prevenção da desnutrição, como orientação alimentar para as famílias, acompanhamento pré-natal, incentivo ao aleitamento materno, orientação no desmame, acompanhamento do crescimento e desenvolvimento, uso do ferro profilático e vitaminas para recém-nascidos prematuros e de baixo peso, suplementação medicamentosa de vitamina A em áreas endêmicas, suplementação alimentar para gestantes desnutridas, nutrizes e crianças em risco nutricional.
8- Imunização
Doenças preveníveis através de imunização, como poliomielite, hepatite B, sarampo, rubéola, caxumba, tétano, coqueluche, difteria, entre outras, devem ser notificadas imediatamente pela equipe de saúde, para se traçar as medidas de prevenção e controle.
9 - Atenção às doenças prevalentes
Destaque para as diarreias (parasitoses); sífilis e rubéola congênitas; tétano neonatal; HIV/aids; doenças respiratórias/alergias.
10 - Atenção à saúde bucal:
Mulher e criança
Higiene principalmente após desmame
Cuidados com açucares
11 - Atenção à saúde mental:
Os profissionais devem estar aptos a identificar e referenciar as crianças que demandam intervenção, nos casos em que há sintomas indicativos de autismo, psicose, ou neuroses mais severas.
12 - Prevenção de acidentes, maus-tratos/violência e trabalho infantil:
Reconhecimento principalmente por parte da equipe por meio de VD, e acompanhamento da criança (sinais).
Campanhas educativas
13 - Atenção à criança portadora de deficiência:
10% das crianças nascem ou adquirem algum tipo de Deficiência (UNICEF)
Cerca de 70 a 80% das seqüelas podem ser evitadas ou minimizadas através de condutas e procedimentos simples de baixo custo e de possível operacionalização.
Em toda visita domiciliar ou atendimento da criança a equipe de saúde deve estar atenta a alguns sinais de alerta como atraso nas aquisições neuropsicomotoras, comportamentos estereotipados e repetitivos, apatia frente a estímulos do ambiente, dificuldade em fixar visualmente o rosto da mãe e objetos do ambiente, ausência de resposta aos estímulos sonoros, dentre outros.
Caderneta da menina e do menino
Humanização do Parto e Nascimento
1993 foi criado Rede de Humanização pelo perto e nascimento ReHuNa e considera a Rede Cegonha a convergência de várias políticas e o cenário mais favorável possível para a implementação prática de seu ideário. Propõe a organização e a qualificação da atenção e gestão materna e infantil em todo âmbito nacional, com incentivos técnicos e com financiamento atrelados às mudanças do modelo obstétrico e neonatal.
Modelo Tecnocrático 
 Preponderante atualmente. A paciente aliena-se do processo de cura, as intervenções externas tecnológicas ampliam-se em intensidade e profundidade e ela termina por ser segmentada, particionada e desmembrada, como peças avulsas de maquinaria sofisticada, porém passível de compreensão analítica.
Modelo Humanista 
 O resultado expressa-se na ênfase oferecida aos aspectos relacionais, no resgate do afeto como ferramenta de trabalho e na valorização da conexão com as pacientes como fundamentais para a obtenção de resultados adequados para mãe e para o bebê. Por outro lado, entendem a tecnologia como ferramenta essencial para resgate de casos patológicos que se afastam perigosamente da rota da fisiologia.
Modelo Holístico
Se baseia na compreensão do corpo humano como sendo formado por um campo energético em constante interação com outros campos de energia.
O Brasil apresenta a maior taxa mundial de cesáreas (vários hospitais brasileiros ainda têm taxas como 80% ou mais de cesáreas) e este passou a ser o método “normal” de parir e nascer, uma inversão da naturalidade da vida.
No parto vaginal, a violência da imposição de rotinas, da posição do parto e das interferências obstetras perturbam e inibem o desencadeamento natural dos mecanismos fisiológicos do parto, que passa a ser sinônimo de patologia e de intervenção médica. Esses eventos vitais cruciais tornam-se momentos de terror, impotência, alienação e dor.
Ambiência (2008 – Anvisa)
Prever espaços que favoreçam o acolhimento e o atendimento adequados e singulares para as gestantes também nas Unidades Básicas.
Criar condições que permitam a deambulação e movimentação ativa da mulher, proporcionando acesso a métodos não farmacológicos e não invasivos de alívio à dor e de estímulo à evolução fisiológica do trabalho de parto; garantir à mulher condições de escolha das diversas posições no trabalho de parto.
Prever espaços adequados para se realizar ausculta fetal intermitente; controle dos sinais vitais da parturiente e do bebê.
Estimular o aleitamento materno ainda no ambiente do parto, criando ambiência que favoreça o conforto e a privacidade para essa situação.
Estimular o contato imediato, pele a pele, da mãe com o recém-nascido, favorecendo vínculo e evitando perda de calor.
Possibilitar o controle de luminosidade, de temperatura e de ruídos no ambiente.
Garantir que o atendimento imediato ao recém-nascido seja realizado no mesmo ambiente do parto, sem interferir na interação mãe e filho, exceto em casos de impedimento clínico, projetando-se espaços adequados para as atividades e os acolhedores.
Garantir que os partos cirúrgicos, quando realizados, ocorram em ambiente cirúrgico, sob assistência anestésica.
http://portalsaude.saude.gov.br/
Saúde da criança: materiais informativos (Ministério da Sáude).
Agenda de Compromissos para a Saúde Integral da Criança e Redução da Mortalidade Infantil, Ministério da Sáude, 2004.
Cadernos Humaniza SUS, Humanização do parto e nascimento. Vol 4, 2014.

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