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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVIL DA COMARCA DE JUIZ DE FORA /MG. (Espaçamento de 5 linhas) Nº do Processo (Espaçamento de 5 linhas) ISABEL PIMENTA, já qualificada nos autos da ação, vem por seu advogado, devidamente qualificada em procuração mandamental específica, juntada ao seguinte feito, com endereço profissional na Rua (...), Juiz de fora/MG, onde deverá ser intimado para dar andamento aos atos processuais, nos autos da AÇÃO DECLARATÓRIA DE NULIDADE DE NEGÓCIO JURÍDICO, pelo procedimento comum, movida por REGINA SILVA, vem a este juízo, apresentar: CONTESTAÇÃO Para expor e requerer o que se segue: PRELIMINARES Vem a Ré alegar a preliminar de litisconsórcio passivo necessário, com base nos artigos 114, e 115, II, CPC/15, uma vez que o ex-companheiro da autora não integra o pólo passivo da demanda, o que tornará ineficaz a sentença prolatada por esse juízo para declarar nulo o negócio jurídico, se tornará ineficaz pela ausência do mesmo, visto que, o negócio jurídico celebrado objeto da demanda foi realizado entre a Ré e o ex-companheiro da Autora. Requer a Ré que a Autora seja intimada a integrar no pólo passivo da demanda o nome do senhor André, seu ex-companheiro, no prazo estipulado por esse juízo sobre pena de extinção do processo sem resolução do mérito, conforme parágrafo único do Art. 115 do CPC/15. PEREMPÇÃO Vem a Ré alegar a preliminar de Perempção, com base no art. 337, V, combinado com o Art. 486 §3º do CPC/15, pois é a 4ª vez que a Autora ajuíza a presente demanda, sendo que, nas três vezes anteriores, o processo foi extinto sem resolução do mérito. Assim espera a Ré que o processo seja extinto sem a resolução do mérito na forma do artigo 485, V, CPC/15. MÉRITO Não merece prosperar a pretensão da autora, pois a Ré nunca manteve relacionamento amoroso com ex-companheiro da Autora, não conhecia nem a Autora e nem o senhor André antes da venda do imóvel. Vale esclarecer que a Autora pagou o preço justo de mercado no valor de R$ 95.000,00 (Noventa e cinco mil reais), sendo, portanto, compradora de boa-fé. Ademais, cumpre salientar que o negócio jurídico celebrado ocorreu após a partilha de bens realizada entre a Autora e o seu ex-companheiro. Percebe-se claramente que a alegação de simulação feita pela Autora, não preenche nenhum dos requisitos elencados no parágrafo 1 do art.167, CC, logo pode se afirmar a inexistência de simulação. . Verifica-se também de maneira clara que a Ré não agiu em conluio para prejudicar a Autora, mais uma vez verifica-se a ausência de veracidade das alegações feitas pela a Autora. Para corroborar com a defesa da Ré vale citar os ensinamentos do doutrinador Clóvis Beviláqua, citado no livro Novo Curso de Direito civil de Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho, editora SARAIVA, relata que: “A Simulação é uma declaração enganosa de vontade, visando produzir efeito diverso do ostensivamente indicado”. Segundo noção amplamente aceita pela doutrina, na simulação celebra-se um negócio jurídico que tem aparência normal, mas que, na verdade, não pretende atingir o efeito que juridicamente devia produzir. Pág. 445. Ed. Saraiva. Para tornar robusta a tese defensiva vale também mencionar a Jurisprudência. Apelação Cível do Tribunal de Justiça de Santa Catarina TJ-SC: AC 20120526408 SC 2012.052640-8 Ementa APELAÇÃO CÍVEL. ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA. INDEFERIMENTO DA INICIAL NA ORIGEM. INCONFORMISMO DA AUTORA. EXISTÊNCIA SIMULAÇÃO ENTRE AS PARTES PARA EXIMIREM-SE DOS RIGORES DA LEI NA TRANSFERÊNCIA DO IMÓVEL. AUSÊNCIA DE ELEMENTOS QUE EVIDENCIEM O CONLUIO ENTRE OS LITIGANTES. FALTA DE DOCUMENTOS ESSENCIAIS À PROPOSITURA DA AÇÃO. NECESSIDADE DE SE OPORTUNIZAR A EMENDA DA INICIAL, A FIM DE REGULARIZAR VÍCIOS SANÁVEIS. SENTENÇA CASSADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Diante das linhas dos autos, entende a Ré que não há motivo justo para que esse juízo declare a nulidade do negócio jurídico. PEDIDO Diante do pedido exposto a Ré vem a este juízo requerer: - Seja acolhida a preliminar de litisconsórcio passivo necessário, determinando que a Autora inclua no pólo passivo o nome de seu ex-companheiro, dentro do prazo a ser estipulado por esse juízo sobre pena de extinção do processo sem resolução do mérito. - Seja acolhida a preliminar de perempção, determinando por consequência a extinção do processo sem resolução de mérito. Julgue improcedente o pedido da Autora. Condene a Autora nos ônus sucumbenciais. DAS PROVAS Requer a Ré a comprovação de prova documental, pericial, testemunhal e depoimento pessoal da Autora, na amplitude do art. 369 CPC. Nestes termos pede deferimento. Local e data. Advogado OAB
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