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Precipitação Centro Universitário do Distrito Federal – UDF Curso de Engenharia Civil Disciplina de Hidrologia Prof. Sandro Pedrotti Acosta OBJETIVO • ABORDAR OS PRINCIPAIS CONCEITOS DE HIDROLOGIA • Bacias Hidrográficas • Ciclo Hidrológico • Precipitações • Métodos de Medição de Precipitação • MAPAS DE PRECIPITAÇÃO • IMPORTÂNCIA DOS MAPAS DE PRECIPITAÇÃO • NBR 10844 • Sistemas de Drenagem • CONSIDERAÇÕES FINAIS SOBRE O ASSUNTO Bacias Hidrográficas Bacia hidrográfica é uma unidade fisiográfica, limitada por divisores topográficos, tal que recolhe a precipitação, age como um reservatório de água e sedimentos, é drenada por um curso d’água ou um sistema conectado de cursos d’água, e toda vazão efluente é descarregada em uma seção fluvial única, denominada seção exutória ou exutório. Ciclo Hidrológicos Em síntese, o ciclo hidrológico é um ciclo fechado que envolve 5 processos: • a evapotranspiração; • a evaporação; • a precipitação; • o escoamento Precipitação • A precipitação é entendida em hidrologia como toda água proveniente do meio atmosférico que atinge a superfície terrestre. O que diferencia as formas de precipitação é o estado em que a água se encontra, sendo que os dois últimos se formam por deposição Podem ser dos tipos: • Neblina • Chuva • Granizo • Saraiva • Neve • Orvalho • Geada Nuvens É um aerosol contituído por uma mistura de ar, vapor de água e gotículas em estado líquido ou sólido. Suas partículas tem diâmetro de 0,01 a 0,003 mm, com espaçamento de 1,0mm. Ficam em suspensão pelo efeito da turbulência do ar atmosférico e/ou devido à existência de correntes de ar ascendentes que contrabalançam a força da gravidade. Concentração média de gotículas nas nuvens é de 1000/cm³. Mecanismo de formação Ligada a ascensão de massas de ar úmido,provocando um resfriamento dinâmico, ou adiabático, fazendo com que o vapor atinja seu nível de saturação. Após atingir este nível de saturação, as gotículas de ar tendem a se convergirem para os núcleos higroscópicos, onde aumentarão de volume e após atingirem força suficiente, cairão na forma da precipitação. Tipos de precipitação • Quando duas massas com temperatura e pressão opostas se encontram, ocorre a condensação do vapor e a precipitação da água em forma de chuva. • Longa duração e apresentam intensidades de baixa a moderada, espalhando-se por grandes áreas. • no verão - chuvas intensas e de menor duração • no inverno - chuvas mais longas e de menor intensidade • Comuns no litoral nordestino. FRONTAIS Produzem cheias em grandes bacias! Tipos de Chuvas • ocorre em função da subida do ar contendo muito vapor d’água e que ao ganhar altitude entra em contato com as camadas frias e sofre condensação e posterior precipitação. • O ar quente e úmido sobe e desce frio e seco. • Chuvas de grande intensidade e pequena duração, podendo ocasionar inundações em pequenas bacias. CONVECTIVA Tipos de Chuvas • Massa de ar encontra uma barreira natural (montanha) é obrigada a ganhar altitude onde pode ocorrer a queda de temperatura e a condensação do vapor • Menor intensidade e maior duração • Chapada Diamantina e Serra do mar OROGRÁFICAS Precipitação orográfica Medição Precipitação A precipitação consiste na água que chega à superfície terrestre, proveniente do vapor d’água na atmosfera, sob a forma de chuva, granizo, neve, orvalho, etc. As grandezas características das medidas pluviométricas são (Pedrazzi, 2004): • Altura pluviométrica – medidas realizadas nos pluviômetros e expressas em milímetros. Representa a lâmina d’água que se formaria sobre o solo como resultado de uma certa chuva, caso não houvesse escoamento, infiltração ou evaporação da água precipitada; • Duração – período de tempo contado desde o início até o fim da precipitação, expresso geralmente em horas ou minutos; • Intensidade da precipitação – é a relação entre a altura pluviométrica e a duração da chuva expressa em mm/h ou mm/min. Pluviômetro • O pluviômetro é um recipiente metálico, dotado de uma superfície de captação horizontal delimitada por um anel metálico, com volume capaz de conter as maiores precipitações possíveis em um intervalo de 24 horas. • Limitação - Na prática o mínimo que se consegue são precipitações de seis horas de duração • No Brasil o mais difundido é o do tipo “Ville de Paris” Pluviômetro Pluviógrafo • O pluviógrafo possui uma superfície que capta os volumes precipitados e acumula-os em um recipiente, sendo capaz de registrar continuamente a precipitação em um local. Pluviograma Curiosidades Lugar mais chuvoso do mundo 1. MAWSYNRAM, MEGHALAYA, ÍNDIA Média de precipitação anual: 11.871 mm Lugar mais seco do mundo Dry Valleys, Antártica Média de precipitação anual de 0mm Precipitação média na amazônica 2300 mm Análise das chuvas São quatro características fundamentais da precipitação: Intensidade, duração, frequência e distribuição. É a quantidade de chuva por unidade tempo para um período de recorrência e duração previsto. A intensidade de precipitação é classificada de acordo com a taxa de precipitação: Chuva fraca: quando a taxa inferior a cinco milímetros por hora (mm/h); Chuva moderada: quando taxa está entre 5 e 25 mm/h; Chuva forte: quando taxa está entre 25 e 50 mm/h; Chuva muito forte: quando taxa é igual ou superior a 50 mm/h. INTENSIDADE Período de tempo contado desde o início até o fim da precipitação, expresso geralmente em horas ou minutos. A relação entre intensidade e duração pode ser determinada por meio de análise estatística. Frequência está relacionada com a probabilidade de ocorrência ou superação do evento chuva DURAÇÃO FREQUENCIA Análise das chuvas A distribuição espacial da precipitação é bastante complexo, devido à influência de vários fatores, tais como: a topografia, a distância a partir dos grandes corpos hídricos, a direção e caráter das massas de ar predominantes, entre outros. Análise das chuvas DISTRIBUIÇÃO Mapas de Precipitação - Variações A variável utilizada na hidrologia para avaliar eventos extremos como chuvas muito intensas é o tempo de retorno (TR), dado em anos. O tempo de retorno é uma estimativa do tempo em que um evento é igualado ou superado, em média. O tempo de retorno pode, também, ser definido como o inverso da probabilidade de ocorrência de um determinado evento em um ano qualquer. A precipitação é uma variável hidrológica com grande aleatoriedade, tanto temporalmente quanto espacialmente. Podemos exemplificar a variabilidade espacial da chuva observando que, em algumas cidades é registrada a ocorrência de precipitação em uma região, enquanto em outras, a poucos quilômetros de distância, não se observa o evento chuvoso. Justamente pela dificuldade da correta definição da variabilidade temporal e espacial, a precipitação é uma das variáveis hidrológicas mais difíceis de ser avaliada. • Variação Espacial da Precipitação Uma das características da precipitação é sua extrema variabilidade espacial, existindo gradientes pluviométricos tanto horizontais como verticais. Os dados de chuva dos pluviômetros e pluviógrafos referem-se a medições executadas em áreas muito restritas (400 cm²), quase pontuais, não conseguindo, portanto, representara variabilidade espacial da precipitação. Assim, durante um evento de chuva um pluviômetro pode ter registrado 60 mm de chuva enquanto um outro pluviômetro, a 30 km de distância registrou apenas 40mm para o mesmo evento. Isto ocorre porque a chuva apresenta uma grande variabilidade espacial, principalmente se é originada por um processo convectivo. Uma forma de visualizar essa variação são os mapas de isoietas, isso é, linhas que unem pontos de igual precipitação durante um certo período de tempo (dia, mês, ano). As isoietas são obtidas por interpolação dos dados de pluviômetros ou pluviógrafos, e podem ser traçadas de forma manual ou automática. • Variabilidade Sazonal da Precipitação Para a Hidrologia e para a Climatologia, a época de ocorrência das chuvas é um dado essencial para a análise e o estudo das condições climáticas locais. Há regiões com grande variabilidade pluviométrica sazonal, ou seja, possuem estações do ano marcadas pela escassez hídrica e outras muito úmidas. No território brasileiro, o verão caracteriza-se como o período de maior incidência de chuvas e o inverno, em geral, é marcado por um período de estiagem, típicos de um clima tropical. Mapas Temáticos - Pluviosidade Sobre a questão dos mapas temáticos, todo o mapa, qualquer que seja ele, ilustra um tema e até o mapa topográfico não escapa à regra. Dessa forma, define-se como mapas temáticos “todos os mapas que representam qualquer tema, além da representação do terreno” A elaboração de mapas temáticos abrange as seguintes etapas: coleta de dados, análise, interpretação e representação das informações sobre um mapa base que geralmente, é extraído da carta topográfica. Os mapas temáticos são elaborados com a utilização de técnicas que objetivam a melhor visualização e comunicação, distinguindo-se essencialmente dos topográficos, por representarem fenômenos de qualquer natureza, geograficamente distribuídos sobre a superfície terrestre Os fenômenos podem ser tanto de natureza física como, por exemplo, a média anual de temperatura ou precipitação sobre uma área. Cada mapa possui um objetivo específico, de acordo com os propósitos de sua elaboração, por isso, existem diferentes tipos de mapas. O mapa temático deve cumprir sua função, ou seja, dizer o quê, onde e, como ocorre determinado fenômeno geográfico. Mapa Climático de Brasília (Plano Piloto) Em Brasília a temperatura média é 21.1°C. A média anual de pluviosidade é de 1668 mm. Tabela Climática de Brasília. 277 mm é a diferença de precipitação entre o mês mais seco e o mês mais chuvoso. Ao longo do ano as temperaturas médias variam 3.4°C. NBR-10844/89 • Instalações prediais de águas pluviais • A norma tem como objetivo fixa exigências e critérios necessários aos projetos das instalações de drenagem de águas pluviais, visando a garantir níveis aceitáveis de • funcionalidade, • segurança, durabilidade • economia. • A norma se aplica exclusivamente à drenagem de águas pluviais em coberturas e áreas associadas ao edifício, tais como terraços, pátios, quintais e similares. Definições Conceitos utilizados em hidrologia que contribuem para o entendimento e definição das premissas de cálculos para o dimensionamento da vazão de projeto. • Intensidade pluviométrica - Quociente entre a altura pluviométrica precipitada num intervalo de tempo e este intervalo. • Área de contribuição - Soma das áreas das superfícies que, interceptando chuva, conduzem as águas para determinado ponto da instalação. • Duração de precipitação - Intervalo de tempo de referência para a determinação de intensidades pluviométricas. Definições • Período de retorno - Número médio de anos em que, para a mesma Duração de precipitação, uma determinada intensidade pluviométrica repete. • Tempo de concentração - Intervalo de tempo decorrido entre o início da chuva e o momento em que toda a área de contribuição passa a contribuir para determinada seção transversal de um condutor ou calha. • Vazão de projeto - Vazão de referência para o dimensionamento de condutores e calhas. Fatores meteorológicos-vazão de projeto • A determinação da intensidade pluviométrica “I”, para fins de projeto, deve ser feita a partir da fixação de valores adequados para a Duração de precipitação e o período de retorno. • Tomam-se como base dados pluviométricos locais. • O período de retorno deve ser fixado segundo as características da área a ser drenada, obedecendo ao estabelecido a seguir: • T = 1 ano, para áreas pavimentadas, onde empoçamentos possam ser tolerados; • T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços; • T = 25 anos, para coberturas e áreas onde empoçamento ou extravasamento não possa ser tolerado. A duração de precipitação deve ser fixada em t = 5min. • Se forem conhecidos, com precisão, valores de tempo de concentração e houver dados de intensidade pluviométrica correspondentes, estes podem ser utilizados. Para o caso de construções de até 100m2 de área de projeção horizontal, não havendo dados de intensidade pluviométrica pode-se adotar: I = 150mm/h. Calculo da vazão de projeto • Todos estes dados são relacionados para que na prática, numa edificação possa-se dimensionar o seu sistema de coleta de agua, ou seja, calhas e condutores. • A vazão de projeto deve ser calculada pela fórmula: Q = IA/60 • Onde: Q = Vazão de projeto, em L/min I = intensidade pluviométrica, em mm/h A = área de contribuição, em m² Dados pluviométricos apresentados na norma: Drenagem é o termo empregado na designação das instalações destinadas a escoar o excesso de água, seja em rodovias, na zona rural ou na malha urbana. Toda bacia hidrográfica é composta por uma rede de elementos de drenagem constituída por rios, riachos, córregos e pântanos ou várzeas, que naturalmente se formaram e se mantém em função da dinâmica das precipitações e das características do terreno, como tipo de solo, declividades, cobertura vegetal, entre outros. Drenagem Com o uso urbano intenso do solo da bacia hidrográfica, este sistema é alterado substancialmente pela introdução de elementos artificiais e pelo aumento das descargas . O sistema inicial ou micro drenagem compreende tudo o que é construído para garantir o funcionamento do sistema Drenagem As cidades, para funcionarem direito, precisam ter uma rede de drenagem, que é o que possibilita o escoamento das águas pluviais. Os elementos básicos de um sistema convencional de drenagem de águas pluviais são: •Meio-fio Drenagem Drenagem SARJETAS Drenagem BOCAS DE LOBO Drenagem CONDUTO DE LIGAÇÃO Drenagem CAIXA DE LIGAÇÃO Drenagem POÇOS DE VISITA Drenagem GALERIAS Em termos de desempenho, estes elementos caracterizam-se se por admitir alto risco de falha, correspondente em termos hidrológicos, aos eventos de precipitação de período de retorno 2 a10 anos. Como estes sistemas tem alcance pequeno, sua interconexão também é reduzida e suas falhas causam problemas nas ruas ou avenidas às quais servem. Drenagem Destina-se ao escoamento final das águas escoadas superficialmente, inclusive as captadas pelas estruturas de microdrenagem; São compostos dos seguintes itens: sistema de microdrenagem, galerias de grande porte, canais e rios canalizados (Gois, 1998); Sendo assim, a macrodrenagem compreende a rede de drenagem natural, existente antes da ocupação; São obras de retificação ou de embutimento dos corpos aquático, são de grande vulto, dimensionadas para grande vazões e com maiores velocidades de escoamento.Sistema de macrodrenagem OBRIGADO !
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