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Material de Apoio Direito Penal Nestor Távora Aula 08

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1 
AGENTE, ESCRIVÃO E PERITO DA PF+PRF. 
Direito Penal. 
Prof.: Nestor Távora. 
Aula: 08. 
Monitor: Filipe Oliveira. 
 
 MATERIAL DE APOIO – MONITORIA 
 
 
Índice: 
I. Anotações. 
II. Lousa. 
III. Questões. 
I. ANOTAÇÕES. 
3. Ilicitude. 
 3.3. Estado de necessidade: 
 a. Conceito: art. 24 do CP1. 
 3.4. Legítima defesa: 
 a. Conceito: art. 25 do CP2. 
 b. Fundamento. 
 c. Requisitos (cumulativos). 
 d. Agressão injusta. 
 e. Agressão atual ou iminente. 
 f. Defesa de direito próprio ou alheio. 
 g. Empego dos meios necessários. 
 h. Uso moderado dos meios. 
 i. Conhecimento da situação justificante. 
 j. Questões complementares: 
 j.1. Erro na execução: art. 73 do CP3. 
 j.2. Legítima defesa putativa (imaginária). 
 j.3. Legítima defesa subjetiva. 
 j.4. Legítima defesa x Estado de necessidade: 
 
1CP. Estado de necessidade. 
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não 
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas 
circunstâncias, não era razoável exigir-se. 
§1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo. 
§2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a 
dois terços. 
2CP. Legítima defesa. 
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele 
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
3CP. Erro na execução. 
Art. 73 - Quando, por acidente ou erro no uso dos meios de execução, o agente, ao invés de atingir a 
pessoa que pretendia ofender, atinge pessoa diversa, responde como se tivesse praticado o crime contra 
aquela, atendendo-se ao disposto no § 3º do art. 20 deste Código. No caso de ser também atingida a 
pessoa que o agente pretendia ofender, aplica-se a regra do art. 70 deste Código. 
 2 
LEGÍTIMA DEFESA 
ESTADO DE 
NECESSIDADE 
i. Repulsa a uma injusta 
agressão 
i. Conflito entre bens 
jurídicos por uma situação 
de perigo apresentada 
ii. A agressão é exercida por 
pessoa 
ii. O perigo decorre da 
conduta humana, de animal 
ou da natureza 
 iii. É agressão é atual ou 
iminente 
 iii. O perigo deve ser atual 
 iv. O enfrentamento da 
agressão pode ou não ser 
evitado 
 iv. O perigo deve ser 
inevitável 
 
 j.5. Legítima defesa sucessiva: é a repulsa contra o excesso de quem estava 
em legítima defesa. Exemplo: estuprador que agride a vítima que o dominou e, agora, tenta 
mata-lo. 
 j.6. Confrontações: 
 I. Legítima defesa real x Legítima defesa real: 
 CONCLUSÃO 1: Inexiste tal possibilidade, pois legítima defesa pressupõe 
uma injusta agressão. 
 CONCLUSÃO 2: Ele é possível na hipótese de legítima defesa sucessiva. 
 II. Legítima defesa real x Legítima defesa putativa (imaginada): 
 CONCLUSÃO: Tal confrontação é plenamente possível. Exemplo: pessoa 
que atira primeiro por pensar que seria agredida (legítima defesa putativa). Como 
consequência, a pessoa que recebeu o disparo pode reagir, estando em legítima defesa real. 
 III. Legítima defesa putativa x Legítima defesa putativa: 
 CONCLUSÃO: Tal confrontação é plenamente possível. Exemplo: irmãos 
que trocam tiros pensando tratar-se de um assalto a residência, já que um não tinha 
conhecimento de que o outro viria para casa. 
 IV. Legítima defesa x Demais excludentes de ilicitude: 
 CONCLUSÃO: Tal confrontação não é possível, pois não há injusta 
agressão. 
 3.5. Estrito cumprimento do dever legal: 
 a. Conceito: é a excludente de ilicitude que consiste na realização de um fato típico, por 
força de uma obrigação imposta por lei (art. 23, III do CP4). Exemplo: policial que tira a 
liberdade de alguém, cumprindo um mandado judicial de prisão. 
 b. Enquadramento: o “dever legal” é visto em sentido amplo, abrangendo obrigações 
decorrentes de outros diplomas, tal como: lei, decreto, regulamento etc. 
 
4CP. Exclusão de ilicitude. 
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato: 
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito. 
 3 
 c. Legitimidade: ela é inerente aos funcionários ou agentes públicos. 
 ADVERTÊNCIA: A excludente pode abranger particulares que exercem função 
pública. Exemplo: mesário e jurado. 
 3.6. Exercício regular de um direito: 
 a. Conceito: é a excludente de ilicitude que autoriza a prática de um fato típico por 
aquele que atua dentro dos limites do ordenamento jurídico. 
 CONCLUSÃO: O agente está exercendo uma prerrogativa conferida por lei (art. 23, 
III, 2º parte do CP). 
 Exemplo 1: prisão em flagrante por particular (art. 301 do CPP). 
 Exemplo 2: lesão esportiva, dentro das regras do esporte. 
 b. Excesso: ele caracteriza crime. 
 3.7. Ofendículos: 
 a. Conceito: eles representam os aparatos preordenados para a defesa do patrimônio, 
da integridade física e da vida. Exemplo: cerca elétrica. 
 b. Enquadramento: 
 b.1. Enquanto não acionado: exercício regular de um direito. 
 b.2. Uma vez acionado: legítima defesa (legítima defesa preordenada). 
 OBSERVAÇÃO: Classificação acadêmica: 
OFENDÍCULO 
DEFESA MECÂNICA 
PREDISPOSTA 
Aparatos visíveis Aparatos ocultos 
Exercício regular 
do direito 
Caracteriza legítima 
defesa preordenada 
 
 3.8. Consentimento do ofendido: 
 a. Conceito: é uma causa supralegal (criação doutrinária) de exclusão da ilicitude. 
 b. Requisitos (cumulativos): 
 I. O ofendido deve ser capaz: não admitimos que o agente seja menor de idade 
ou sofra das faculdades mentais; 
 II. O consentimento deve ser válido: 
 CONCLUSÃO 1: O agente deve ter liberdade e consciência. 
 CONCLUSÃO 2: Não se admite o consentimento obtido mediante fraude, coação 
ou erro. 
 III. O bem deve ser disponível: não se admite o consentimento em face de 
bem jurídico indisponível. Exemplo: vida. 
 IV. O bem deve ser próprio: não se pode consentir na lesão a bem alheio. 
 V. O consentimento deve ser prévio ou simultâneo à lesão ao bem 
jurídico: o consentimento posterior não exclui a ilicitude. 
 4 
 VI. O consentimento deve ser expresso: o consentimento pode ser oral, 
gestual ou por escrito. 
 c. Teorias: 
 c.1. 1º teoria: Teoria da ausência do interesse: se o titular do bem não tem 
interesse na proteção, desaparece o interesse do Estado na punição do infrator. 
 c.2. 2º teoria: Teoria da renúncia à proteção: o titular do bem jurídico 
disponível pode renunciar ao proteção do direito penal. 
 c.3. 3º teoria: Teoria da ponderação de valores: entre a liberdade humana e 
o bem atingido, o Estado prioriza a liberdade (teoria preponderante). 
 d. Questões complementares: 
 d.1. Consentimento x Integridade física: 
 CONCLUSÃO 1: A doutrina tem considerado a integridade física como bem 
jurídico disponível. 
 CONCLUSÃO 2: Requisitos: 
 i. É necessário que a lesão seja leve; 
 ii. O consentimento não deve contrariar a moral e os bons costumes; 
 d.2. Consentimento do ofendido em crime culposo: o consentimento é 
plenamente possível. Exemplo: vítima que aceita andar na motocicleta para que o piloto realize 
manobras imprudentes. 
 3.9. Excesso nas justificantes: 
 a. Conceito: o Código prevê responsabilidade penal para aquele que se excede em 
qualquer excludente de ilicitude (art. 23, §único do CP5). 
 CONCLUSÃO 1: O excesso punível pode ser doloso ou culposo. 
 CONCLUSÃO 2: O excessopode abranger qualquer das excludentes de ilicitude. 
 b. Classificação doutrinária: 
 b.1. Excesso doloso/consciente: o agente intencionalmente ultrapassa os 
limites da excludente. 
 CONCLUSÃO: Haverá responsabilidade pelo resultado a título de dolo. 
 b.2. Excesso culposo/inconsciente: o agente viola um dever de cuidado ao 
atuar amparado por uma excludente de ilicitude. 
 CONCLUSÃO: O indivíduo responde pelo resultado a título de culpa. 
 b.3. Excesso acidental: ele decorre de caso fortuito ou de força maior. Exemplo: 
repelir a injusta agressão com soco, sendo que o agressor enfarta e morre. 
 CONCLUSÃO: Não há responsabilidade penal. 
 b.4. Excesso exculpante: ele decorre de erro inevitável. 
 
5CP. Art. 23 (...) 
Excesso punível. 
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou 
culposo. 
 5 
 CONCLUSÃO: Não há responsabilidade penal. 
 b.5. Excesso intensivo: ele ocorre quando ainda está acontecendo a injusta 
agressão. Exemplo: excesso na escolha do meio para reagir. 
 b.6. Excesso extensivo: ocorre quando já cessou a injusta agressão. 
 3.10. Evolução da disciplina: 
FATO 
TÍPICO 
ILÍCITO CULPÁVEL 
Conduta Legítima defesa 
 
Resultado Estado de necessidade 
 
Nexo Causal Exercício regular do direito 
 
Tipicidade 
Estrito cumprimento do dever 
legal 
 
Consentimento do ofendido 
 
 
4. Culpabilidade. 
 4.1. Conceito: é o juízo de reprovação que recai sobre o agente que praticou um fato 
típico e ilícito. 
 CONCLUSÃO: Ela é uma análise relativa à necessidade de aplicação de sanção penal. 
 4.2. Natureza jurídica: 
 a. Corrente bipartida: o crime é fato típico e antijurídico. 
 CONCLUSÃO: A culpabilidade não é elemento do crime, funcionando como pressuposto 
da pena. 
 b. Corrente tripartida: tema da próxima aula. 
 
II. LOUSA. 
 
 6 
 
 
 
 7 
 
 
 8 
 
 
 
 9 
 
 
 
 10 
 
 
 
 11 
 
 
 
 12 
 
 
 
III. Questões. 
01. CESPE - 2013 - Polícia Federal - Delegado de Polícia. 
Considere que João, maior e capaz, após ser agredido fisicamente por um desconhecido, 
também maior e capaz, comece a bater, moderadamente, na cabeça do agressor com um 
guarda - chuva e continue desferindo nele vários golpes, mesmo estando o desconhecido 
desacordado. Nessa situação hipotética, João incorre em excesso intensivo. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
02. FUNCAB - 2013 - PC-ES - Escrivão de Polícia. 
Quanto à legítima defesa, marque a única alternativa correta. 
a) Duas pessoas podem estar em legítima defesa real ao mesmo tempo. 
b) Não cabe legítima defesa concomitante com o estado de necessidade. 
c) Legítima defesa sucessiva ocorre quando alguém se defende do excesso de legítima defesa. 
d) Não cabe legítima defesa real de legítima defesa putativa. 
e) A legítima defesa é causa de exclusão da culpabilidade. 
 
03. CESPE - 2013 - TRT - 5ª Região (BA) - Juiz do Trabalho. 
No que se refere às causas de exclusão de ilicitude, assinale a opção correta. 
 13 
a) O consentimento do ofendido, considerado causa de exclusão de ilicitude, produz efeito se 
houver expressa manifestação de vontade da vítima, independentemente de o bem jurídico 
afetado ser disponível, ou seja, de ser bem jurídico de natureza pessoal ou patrimonial. 
b) O médico que, sabendo que sua amante, grávida de um filho seu, corre risco de morrer em 
decorrência de complicações da gravidez, a submete a aborto, com o intuito de evitar que sua 
esposa tome conhecimento da gravidez, age em estado de necessidade justificante. 
c) Responde por homicídio consumado, não sendo possível a alegação do estado de 
necessidade, o segurança que, contratado para defesa pessoal, não enfrenta cães ferozes que 
atacaram a pessoa que o contratou, causando-lhe a morte, já que era seu dever legal enfrentar 
o perigo. 
d) Age impelido por estado de necessidade o bombeiro que se recusa a ingressar em prédio 
onde há incêndio de grandes proporções, com iminente risco de desabamento, para salvar a 
vida de alguém que se encontre em andar alto e que tenha poucas chances de sobreviver, dada 
a possibilidade de intoxicação por fumaça, se houver risco para sua própria vida. 
e) Age em legítima defesa o autor de furto que, surpreendido pelo proprietário do imóvel por ele 
invadido, provoca-lhe lesões corporais ao se defender, com os próprios punhos, de agressão 
física consistente em golpe de imobilização. 
 
04. CESPE - 2013 - PC-DF - Escrivão de Polícia. 
Acerca do direito penal, julgue os itens subsecutivos. 
Considere a seguinte situação hipotética. Henrique é dono de um feroz cão de guarda, puro de 
origem e premiado em vários concursos, que vive trancado dentro de casa. Em determinado 
dia, esse cão escapou da coleira, pulou a cerca do jardim da casa de Henrique e atacou Lucas, 
um menino que brincava na calçada. Ato contínuo, José, tio de Lucas, como única forma de 
salvar a criança, matou o cão. Nessa situação hipotética, José agiu em legítima defesa de 
terceiro. 
 
( ) Certo ( ) Errado 
 
Gabarito 
1. Errado. 
2. C. 
3. D. 
4. Errado.

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