Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Curso: Ciências Contábeis Disciplina: Ética Professor(a): Laércio Fair play e Ética Esportiva (Futebol) Ética 1.Parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. 2. Conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. Esporte 1.Prática metódica, individual ou coletiva, de jogo ou qualquer atividade que demande exercício físico e destreza, com fins de recreação, manutenção do condicionamento corporal e da saúde e/ou competição; desporte, desporto. 2. Esporte é uma forma de atividade física praticada com finalidade recreativa, educativa, sociocultural, profissional ou como meio de melhorar a saúde. A expressão Fair Play nasceu em 1896, durante as primeiras Olimpíadas da Era Moderna, em Atenas. Barão de Coubertin, o organizador dos Jogos, idealizou a filosofia por meio da frase: "Não pode haver jogo sem fair play. O principal objetivo da vida não é a vitória, mas a luta". Fair Play Traduzido literalmente do inglês para o português, significa jogo justo e é uma filosofia adotada em desporto que prima pela conduta ética nos esportes. Essa expressão é adotada em diversas modalidades esportivas, mais notadamente no mundo do futebol depois que a FIFA passou a tentar coibir mais energicamente as jogadas violentas desse esporte. O “Fair-Play” pode ser entendido como uma postura elegante dos participantes de uma competição esportiva, na qual se insere o respeito, a honestidade, a lealdade, a aceitação das regras vigentes e, principalmente, do entendimento de que os oponentes são apenas adversários esportivos e não inimigos mortais. O CIFP (Comitê Internacional de Fair Play) considera os cinco aspectos que seguem como sendo cruciais para colocar o esporte justo em prática: Desempenho e conquista; Criação de regras e cumprimento destas; Igualdade de Oportunidades; Respeito; Saúde. Desempenho Na competição esportiva, fair play significa dar o melhor de si e melhorar continuamente seu desempenho dentro das regras do esporte e levando em conta suas próprias habilidades. O desempenho deve ser entendido como comprometimento e esforço. A conduta violenta é, todavia, incompatível com o entendimento de desempenho dentro do esporte Regras Fair play quer dizer cumprir as regras do esporte, comportando-se de acordo com elas e agindo dentro do espirito dessas regras. fair play também significa garantir que ao criar e interpretar as regras, elas transmitam respeito, cuidem da saúde e garantam oportunidades iguais, de forma que possibilitem o melhor desempenho possível. Igualdade de Oportunidades Fair play significa observar e promover os princípios fundamentais e a ideia de oportunidades iguais no esporte. O principio da igualdade de oportunidades requer que as condições antes e durante a disputa esportiva obrigatoriamente sejam iguais para todos os participantes (na medida do possível). Respeito Fair play quer dizer respeitar aqueles envolvidos no esporte e o esporte em si, com tolerância por outras visões e opiniões exercendo um papel importante. Saúde Fair play significa garantir a saúde de jogadores parceiros assim como sua própria saúde no esporte e também gerar bem estar. A saúde de um oponente, assim como dos parceiros de equipe, deve ser reconhecida como algo inviolável. Fair Play na Olímpia - Rio 2016 As atletas Nikki Hamblin, da Nova Zelândia, e Abbey D'Agostino, dos EUA, participavam da prova dos 5 mil metros quando se chocaram e caíram. Hamblin foi a primeira a se levantar, mas, ao voltar a correr para recuperar o tempo perdido, ela parou ao ver a adversária caída chorando e incentivou a americana a se levantar. As duas então voltaram a correr, mas Hamblin começou a sentir a perna, que feriu na queda. Foi a vez de D'Agostino ajudar a colega a continuar o percurso. As duas terminaram a prova e se abraçaram na linha de chegada. A atitude delas foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) com a medalha de Fair Play esportivo. O esgrimista Jiri Beran, durante uma disputa com o brasileiro Athos Schwantes, o tcheco corrigiu o árbitro ao perceber que ele tinha dado o ponto de um golpe para ele, mas que, na verdade, não aconteceu.O duelo estava no tempo extra, quando os esgrimistas tinham mais um minuto para pontuar. O brasileiro tinha aberto a vantagem com de 5 a 3, quando o árbitro marcou um ponto para o tcheco, mas ele corrigiu o erro e acabou eliminado. A atitude foi elogiada pelo brasileiro. Mas além do respeito ao adversário, também há o cuidado com o parceiro. Quem chamou atenção nesse quesito foi Nada Meawad, que disputou as provas de vôlei de praia ao lado de Doaa Elghobashy. A dupla do Egito é muçulmana, mas Elghobashy segue preceitos mais rígidos e usa calça e véu para jogar. Meawad não se incomoda em usar biquíni, mas abriu mão disso em respeito aos costumes da parceira. Uma equipe em especial chamou a atenção na Rio 2016: o time dos refugiados. Seus atletas receberam o apoio e carinho da torcida brasileira. O judoca Popole Misenga foi um dos acolhidos pelo público. Misenga nasceu na antiga República Democrática do Congo e veio para o Brasil em 2016, chegando a passar fome no país. Mas com o grito da torcida, ele chegou a glória ao se tornar o 1º refugiado a vencer uma luta olímpica. Ética no Futebol A ética no futebol é sempre um assunto polêmico ou desanimador, principalmente pelo péssimo hábito de ser classificado como a atividade sem honestidade. Segundo os professores Wagner Moreira, Ídico Pellegrinotti e João Carlos Hebling : “A ética no futebol, para ser real e atual, deve refletir sobre o pluralismo de fatores, de princípios e de valores morais e sociais que animam e intervêm nas práticas futebolísticas. Daí a conclusão é simples: não será possível pensar-se em uma ética do futebol à margem de uma ética do esporte e da sociedade. Como sub-sistema, a ética do futebol deve ser parte de uma problemática que abrange todos os domínios da atividade humana.” Ética e a moral são uma questão de valores e princípios de cada um dos envolvidos, mas que devem estar em consonância com os demais no mesmo grupo de pessoas que praticam a mesma modalidade esportiva. É algo a ser praticado e não apenas estudado e definido com palavras em um livro ou artigo. No esporte as pessoas querem se manifestar naquele exato momento sobre a sua discordância com a atitude de um jogador, a escalação do técnico do seu próprio time, e pior de tudo, xingar o árbitro por uma falta que ele acha que não foi. Ética no Futebol Atual A racionalidade que preside o futebol-empresa não tem como objetivo a consagração de valores éticos, mas a obtenção dos melhores resultados para os responsáveis pela produção e divulgação do espetáculo. Podemos afirmar, inclusive, que se trata da manifestação, no campo esportivo, de uma racionalidade utilitária (e centrada no indivíduo), que desde o século XIX já começava a se sobrepor à ética religiosa ou humanista As competições esportivas têm sido marcadas por uma influência cada vez maior de interesses políticos e econômicos, assim como pela crescente ênfase no individualismo e no imediatismo que acompanham a instalação de uma sociedade de massa. E isso tem causado contradições no ensino da ética esportiva e um aumento na transgressão das normas. O futebol talvez seja o esporte que mais esteja próximo de se tornar uma mercadoria: o jogador é “vendido” ou “comprado”; os preços dos ingressos são abusivos; assim como as camisas oficiais. Na época de copa do mundo, o futebol fica ainda mais comerciável: álbum de figurinhas da copa; lanchonete oficial da copa; pipoca oficial da copa; refrigerante oficial da copa; cerveja oficial da copa, etc. Com toda a mercantilização do futebol atual, vários dilemas éticos são levantados com relação ao dinheiro, e vários escândalos surgiram ao longo do tempo envolvendo manipulação de resultados e lavagem de dinheiro.
Compartilhar