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04 Tensoativos usados em xampu e sabonete (1)

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Tensoativos em xampús e sabonetes
Conceito
Limpar a pele ou os cabelos significa remover sujidades provenientes de poeira, secreções naturais como a oleosidade em excesso, células córneas em descamação, poluição, resíduos cosméticos, maquiagem e etc.
Formas de limpar a pele
Uso de solventes orgânicos;
Uso de substâncias lipofílicas;
Uso de tensoativos (detergentes)
Limpeza com solventes orgânicos 
	A limpeza com solventes orgânicos consiste na remoção das sujidades por meio da solubilização destas pelo solvente utilizado, com posterior arraste mecânico, adsorção ou absorção do produto realizada com auxílio de algodão, tecido ou papel. 
	O inconveniente deste tipo de limpeza é a agressividade do solvente orgânico à pele. Além de remover a gordura da pele e sujidades pode-se, dependendo do solvente usado, solubilizar também as lamelas intercorneocitárias, aumentando a perda transepidermal de água, a descamação da pele e, às vezes, provocar dermatites. A associação deste tipo de solvente com água, por exemplo, pode amenizar tais inconvenientes. É o caso de soluções hidroalcoólicas para umedecer lenços de papel destinados à limpeza facial. Nestas formulações o teor de álcool usado não oferece riscos para o usuário. 
Limpeza com substâncias lipofílicas 
	Aqui entra o conceito "semelhante dissolve semelhante". A gordura secretada pelas glândulas sebáceas na superfície da pele e as sujidades nela dispersas ou solubilizadas são removidas por auxílio de um material com polaridade semelhante, através de solubilização ou arraste com auxílio de algodão, gaze ou lenço de papel. 
	A vantagem deste processo de limpeza é a possibilidade de trabalhar com substâncias lipofílicas semelhantes às encontradas na camada córnea, como os triglicerídeos, encontrados nos óleos vegetais e na pele. Outra vantagem seria a segurança. Quando bem escolhida, a substância lipofílica ou a mistura destes compostos não induz a nenhuma alteração no equilíbrio da camada córnea. A desvantagem fica por conta do filme residual oleoso deixado sobre a pele após a limpeza, que para alguns tipos de pele pode ser incômodo. 
Limpeza com tensoativos 
	Os tensoativos são as substâncias utilizadas para limpeza mais conhecidas, práticas, eficazes, seguras e difundidas no mundo. São moléculas anfifílicas - têm afinidade pela água e óleo - portanto, capazes de diminuir a tensão interfacial entre estas duas substâncias, permitindo que as mesmas se misturem. 
	A limpeza feita só com água é menos eficiente porque na superfície da pele encontram se as secreções lipofílicas das glândulas sebáceas, resíduos de poeira, corneócitos, poluição e cosméticos, entre outras substâncias, que por não terem afinidade com a água não saem facilmente quando em contato com a mesma. Para facilitar o processo de remoção é necessário um tensoativo. 
Os fenômenos físico-químicos que envolvem a limpeza com tensoativo são:
Redução da tensão interfacial entre a água e a gordura/sujeira, reduzindo a aderência deste material à queratina da pele e cabelos, processo facilitado pelo trabalho mecânico (esfregação); 
Emulsificação da gordura/sujeira e sua transferência para o veículo aquoso; 
Dispersão ou suspensão do material graxo e sujeira emulsificada na espuma e sua remoção com o enxágüe. 
Esquema de Remoção de sujeira oleosa/ cerosa
Obs:
Detergentes: são os tensoativos sintéticos.
Sabões: são obtidos a partir da mistura de um álcali com um ácido graxo. 
Propriedades dos Tensoativos
Diminuem tensão interfacial e superficial
Detergência 
Formação espuma
Molhabilidade
Emulsionantes
Solubilização
Agentes de limpeza
Primário: ação detergente e poder espumógeno. 
Secundário: melhorar as propriedades dos tensoativos principais, reduzir irritabilidade ocular e cutânea
Agentes estabilizadores de espuma
Agentes redutores de irritabilidade 
Classificação dos tensoativos
Tensoativos Aniônicos: carga negativa
Tensoativos Anfóteros: carga positiva e negativa conforme pH 
Tensoativos Não-Iônicos: sem carga
Tensoativos Catiônicos: carga positiva
Tabela 1: Principais tensoativos de uso cosmético
	
	Tensoativos
	Formas Cosméticas
	  
Aniônicos 
	Sabões de ácidos graxos 
Lauril sulfato de sódio, TEA ou NH3 
Lauril éter sulfato de sódio, TEA ou NH3 
Lauril éter sulfossuccinato de sódio 
Sarcosinatos de sódio 
Cocoil sarcosinato de sódio 
Cocoil glutamato de sódio 
Lauroil glutamato de sódio 
Cocoil glutamato de sódio 
Cocoil glicinato de sódio 
Óleo de oliva PEG-] carboxilato de sódio
	Sabonetes cremosos 
Loções de limpeza, sabonetes cremosos, sendo utilizados também para o amolecimento de comedões 
Mesmo uso que os anteriores, sendo menos agressivos
	Catiônicos 
	Compostos de amônio quaternário: 
Cloreto de cetil trimetil amônio 
Sais de dialquil dimetilamônio 
Polímeros quaternários
	Antimicrobianos, utilizados em desodorantes e em alguns xampus anti-caspa 
Condicionadores para os cabelos
	Não-iônicos 
	Monoetanolamidas (cocamida MEA) e dietanolamidas (Cocoamida DEA) de ácidos graxos de coco 
Mono e diestearato de etilenoglicol 
Estearato de polietilenoglicol 
Mono e diestearato de glicerila 
Álcoois graxos etoxilados ou propoxilados 
Alquilpoliglicosídeos (Decil glucosídeo e lauril glucosídeo)
Monoetanolamida de ácidos graxos de coco 
Monoisopropanolamida (Cocoamida MIPA) 
Monoetanolamida de ácidos graxos de babaçu 
Monoetanolamida de ácidos graxos de oliva
	Em xampus como agentes sobreengordurantes, estabilizadores de espuma e doadores de viscosidade e brilho pérola. Utilizadas também em sabonetes líquidos com muitos destes atributos. 
Emulsificante 
Espessante 
Emulsificante 
Co-surfatantes e solubilizantes de essências
	Anfóteros
	Betaína de coco 
Cocoamidopropil betaína 
Cococarboxianfoglicinato de sódio 
Lauroanfodiacetato dissódico
Oleil amidopropil betaínal 
Babaçu amidopropil betaína 
Oliva amidopropil betaína
	Usados em cremes, loções cremosas, sabonetes líquidos, géis para banho, xampus mais suaves (infantis) e géis higienizantes 
Tensoativos aniônicos
Formação de carga negativa
Concentrações utilizadas: de 20 a 30%
Ex:
Alquilsulfatos
Alquil éter sulfatos
Alquil sulfossuccinatos e alquil éter sulfossuccinatos 
Sarcossinatos (alquil sarcossinatos)
Isotianatos 
Alquil sulfatos
alto poder espumógeno (mesmo em água dura)
alta reserva de viscosidade
boa solubilidade em água
baixa irritabilidade nas concentrações usuais
odor agradável
bom poder molhante e detergente
completa biodegradabilidade
Ex:
Lauril sulfato de sódio
Lauril sulfato de amônio
Lauril sulfato de trietanolamina (TEA)
Alquil éter sulfatos
baixo poder espumógeno
menos irritantes (em relação aos alquilsulfatos)
baixo ponto de turvação
fácil controle de viscosidade com a adição de eletrólitos
maior solubilidade
Ex:
Lauril éter sulfato de sódio
Lauril éter sulfato de monoetanolamina
Alquil sulfossuccinatos e alquil éter sulfossuccinatos 
Menor poder detergente que os alquilétersulfatos 
Menor poder espumante
Baixo grau de irritação a pele e aos olhos
Boa solubilidade em água
Dificuldade de espessamento
Menor disponibilidade/maior custo
#Associação com o alquil e alquil éter:
Lauril éter sulfossuccinato de sódio
Lauril éter sulfossuccinato de sódio/ Lauril éter 2 OE sulfato de sódio
Sarcossinatos (alquil sarcossinatos)
Boa capacidade de limpeza
Menos irritantes que os alquilsulfatos
Compatíveis com catiônicos
Espuma abundante e instantânea
Difíceis de serem espessados
Alto custo
ISOTIANATOS
Poder espumógeno semelhante aos sabões
Sensação aveludada na pele
Boa espuma frente a água dura
Hidrolisam a pH muito ácido ou muito alcalino
Inconveniente: baixa solubilidade em água à temperatura ambiente ( inadequados para xampu transparenteTensoativos anfóteros
Boa suavidade
Bom poder espumógeno
Bom poder detergente
Boa solubilidade em água
Baixo grau de irritação aos olhos, pele e mucosas
Bom estabilizantes de espumas
Bom agente condicionador
Alto custo
Tensoativos Anfóteros: possuem baixa toxicidade e irritabilidade. 
Possuem tanto um radical ácido quanto um radical básico em sua molécula.
Concentração usual: 1 a 10%
Ex:
Cocobetaína 
Cocoamidopropil betaína 
Cocoanfocarboxiglicinato 
Imidazolinas 
Tensoativos Não Iônicos 
compatibilidade com a maioria das matérias primas
baixa irritabilidade à pele e aos olhos
alto poder de redução da tensão interfacial
baixo poder de detergência 
baixo poder de espuma e estabilizante de espuma
bom poder espessante
possui efeito sobreengordurante 
reduz efeito ressecante causado pelos tensoativos aniônicos
ajudam na solubilização de essências
Ex: 
Alcanolamidas de ácidos graxos de coco
Eficiente estabilizador de espuma
Alcanolamidas de ácidos graxos de coco
Dietanolamina de ácidos graxos de coco
Derivados do polioxietileno e polioxipropileno. Ex: cocomonoetalonamida - na presença de um tensoativo aniônico, aumenta a produção de espuma.
Derivados etoxilados - ésteres glicerol etoxilado: baixo poder espumógeno.
ALQUILPOLIGLICOSÍDEOS: Glicose de Milho + Ácidos Graxos do óleo de coco
Laurilpoliglicosídeo - Plantaren 1200: poder espessante e estabilizador de espuma, com baixa irritação. Uso: 1/3 do agente detergente primário
Decilpoliglicosídeo Plantaren 2000: baixo potencial de irritação, bom poder espumógeno. Pode ser utilizado como tensoativo primário.
Sabão
	O sabão é o tensoativo de limpeza mais antigo e usado ainda nos dias de hoje. É um sal alcalino de ácido graxo obtido através da reação de saponificação de óleos ou gorduras por adição de um alcalinizante, como por exemplo, o hidróxido de sódio, ou neutralização de ácidos graxos. 
Sabonetes 
	O produto de limpeza mais conhecido e difundido entre os brasileiros é o sabonete em barra, elaborado, principalmente, com sabão. Dependendo do tipo de tensoativo ou mistura que compõe a formulação do sabonete, o mesmo pode ser classificado em: 
• Regular; 
• Combo ou combars (combination bars); 
• Syndet (synthetic detergent); 
• Glicerinados; 
• Pó. 
	Além das apresentações em barra, os sabonetes podem, ainda, ser líquidos e em pó. 
Tabela 2: Tipo de sabonete, tensoativos presentes e seus respectivos pHs.
Combars: associação de sabões com detergentes sintéticos.
Syndets: até 10% de sabão + isotianatos. Têm como característica a suavidade, o sensorial agradável e a melhora da textura da pele. 
Sabonete cremoso DOVE
	�
	Composição:
Isotianato de sódio (propriedades detergentes);
Estearato de sódio; 
Sebato de sódio (Sodium Tallowate);
Cocoato de sódio; 
Sabão base de sódio;
Cocoamidopropil betaína (Tensoativo anfótero);
Sulfato de sódio;
Cloreto de sódio;
Ácido esteárico (Ácido graxo saturado - 18C);
Ácido de coco;
Ácido graxo de coco;
EDTA Tetrassódico (agente seqüestrante);
Ácido etidrônico;
Dióxido de titânio (agente opacificante);
Óxido de zinco;
Água, perfume.
Sabonete LUX - Delicadeza das Pétalas
	
�
	Composição:
Sabão a base de sódio;
Cloreto de sódio;
Ácido de coco; 
Dióxido de titânio;
Mica (E) sílica; 
Água floral de rosa damascena;
EDTA tetrassódico;
BHT;
Ácido etidrônico;
Corantes: CI16255, CI 16185, CI 42090;
Água;
Glicerina; 
Perfume
	A alta detergência associada à alcalinidade destes produtos os torna mais irritantes para a pele, muitas vezes sendo desaconselháveis para uso em peles secas e sensíveis. 
	Os sabonetes em pó consistem em associações de detergentes em pó, lauril sulfato de sódio e os derivados de aminoácidos: cocoil glutamato de sódio e cocoil glicinato de sódio com veículo inerte. 
Emulsões e soluções de limpeza
	As emulsões utilizadas para limpeza da pele são elaboradas como qualquer outra, ou seja, apresenta uma fase oleosa, uma aquosa e um ou mais tensoativos com propriedades emulsificantes. A limpeza promovida por este tipo de produto pode ser realizada pelos componentes oleosos, o tensoativo emulsionante, ou pode conter detergentes sintéticos suaves para facilitar a remoção das sujidades da pele sem agredi-la. Normalmente é usada para remoção de maquiagem, limpeza diária da face ou em clínicas estéticas, como preparo da pele antes de iniciar algum cuidado cosmético. Estes produtos podem conter ou não ativos cosméticos. 
	Há também as soluções de limpeza aquosas, normalmente tamponadas para o pH da pele, contendo tensoativo(s) suave para ajudar a remoção da sujeira lipofílica e ativos cosméticos diversos. São especialmente indicadas para pessoas que têm pele oleosa ou acnêica, para a qual a limpeza com produtos oleosos é incômoda. Podem ser multifuncionais, ou seja, fazem a limpeza ao mesmo tempo em que proporcionam algum "cuidado" cosmético extra para a pele.
	Quanto à área dos olhos, há que se cuidar para que a formulação não seja irritante, devendo testar a segurança do produto. 
Fonte:
RIBEIRO, C.J. Cosmetologia aplicada a dermoestética. São Paulo, Pharmabooks, 1ªed. 2006.

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