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Faculdade Boas Novas
Curso Licenciatura em Pedagogia
TRÁFICO DE SERES HUMANO
Manaus/Am
2017
Erika Santos 
TRÁFICO DE SERES HUMANO
Trabalho solicitado em prol de nota parcial da disciplina de Língua Portuguesa, ministrada pela professora Msc.: Maria Marta da Rosa Silveira.
Manaus/Am
2017
Tráfico de Seres Humano
O tráfico de seres humanos – TSH, para fins de exploração sexual, é uma prática criminal que se configura por uma rede de membros, com o intuito de deslocar pessoas de uma região para outra dentro do seu próprio país (tráfico interno) ou para outros países (tráfico internacional), a fim de que sejam submetidas à exploração sexual, negando-lhes o direito à liberdade de escolha, o de ir e vir, à dignidade da pessoa humana, entre tantos outros direitos e garantias fundamentais. O perfil das vítimas é basicamente o mesmo: pessoas que não têm dinheiro ou não têm oportunidade de trabalhar ou estudar e que querem melhorar as suas vidas, sendo, portanto, geralmente, mulheres e crianças oriundas de países em vias de desenvolvimento. Ansiosas em busca de um emprego são enganadas por agências de trabalho e publicidades (anúncios na internet) que forjam situações com promessas de carreiras desejadas, tais como modelo artista ou ainda qualquer outro tipo de trabalho lícito, como faxineira, diarista, emprego na indústria hoteleira, babá, manicure etc..
Essas vítimas acreditam que trabalharão em empregos decentes e bem remunerados com novas oportunidades de ascensão social e econômica. Ao chegarem aos respectivos lugares, deparam-se com uma realidade distinta da prometida: trabalho em casa de prostituição, dívidas a pagar relacionadas ao custo da viagem e, quando o destino é o exterior, seus passaportes são retidos pelos aliciadores, impossibilitando-lhes a fuga, forçando-as a permanecerem ilegais no país, sob condições de semiescravidão. Tal fenômeno, atualmente em expansão no Brasil, atrai, na maioria das vezes, mulheres afrodescendentes, entre 15 e 25 anos de idade.
 As mulheres brasileiras são grandes alvos do tráfico de pessoas para fins de exploração sexual. Essa atividade ilícita é uma das atividades mais rentáveis do crime organizado, mobilizando 31,6 milhões de dólares por ano. Os aliciadores, cafetões e os beneficiários indiretos, como donos de hotéis, danceterias e restaurantes, são exemplos de membros integrantes da rede que facilitam e financiam o tráfico.
Importante observar que os aliciadores são os que mais lucram com tal atividade, retendo a maior parte do dinheiro obtido pelas prostitutas as quais, em muitos casos, vivem em sistema de semiescravidão, sendo mal tratadas, com uso de violência, obrigadas a abrir mão de muitos de seus direitos, sofrendo discriminação, contribuindo para a perda de sua autoestima.
 Por outro lado, temos também o trafico de crianças e adolescentes, a Organização das Nações Unidas (ONU) considera o tráfico humano como a terceira atividade ilícita mais lucrativa do mundo. Esse fenômeno transnacional, focalizado na exploração sexual, trata a criança e o adolescente como mercadoria, fazendo acontecer o mercado do sexo. A oferta é o produto: criança e adolescente (idade entre 12 e 18 anos), na sua maioria afrodescendente, de classes sociais menos favorecidas, moradores de bairros periféricos e que, em geral, já sofreram algum tipo de violência sexual. A demanda é o usuário e consumidor, organizados em redes, compostas de diversas pessoas que dependem da atuação de outras, para atingir a finalidade do tráfico. O traficante geralmente sequestra a criança/adolescente, ou a engana, prometendo-lhe melhores condições de vida ou trabalho, ou, sobre os mais vulneráveis, ainda se utiliza de coerções. Os aliciadores procuram os seus alvos, preferencialmente, em locais onde há jovens de outras regiões que ali chegam em busca de um trabalho. Um ponto muito visado são as praças públicas além dos pontos de parada de caminhões. 
As maiores vítimas da exploração sexual são crianças de ambos os sexos. No tocante às meninas, após a exploração a que são submetidas, sentem-se desesperançadas e chegam a deixar de se considerar “gente” e a achar que não serão capazes de mudar de vida; outras sonham em se casar com um cliente pelo qual se apaixonem e formem uma família. Já quanto aos meninos, a situação é bem diferente. A maioria deixa voluntariamente suas famílias, porque são rejeitados, muitas vezes não têm o que comer e acabam fazendo parte de um bando de delinquentes, sujeitos a prostituição, violência e tráfico de drogas ou, ainda, caem na rede de pedófilos e são sustentados por eles, durante algum tempo. A criança passa a ser um brinquedo de um estrangeiro rico que divide o seu conforto com ela, temporariamente, pois, ao tornar-se adolescente, é trocado por outra criança. 
Referências 
Arendt, Hannah. Da violência. Universidade de Brasília. Brasília, DF:, 1985. 
Bittar, Eduando C. B. Ética, Educação, Cidadania e Direitos Humanos.São Paulo, SP: Ed Manole, 2004. 
Bull, Hedley. A sociedade Anárquica. Universidade de Brasília, Brasília, DF 2002. 
Global Alliance Against Trafficking in Women, Foundation Against Trafficking in Women e International Human Rights Law Group, January 1999. 
Global Alliance Agaisnt Trafficking in Women, GAATW. Human Rights Standarts for the Treatment of Trafficked Persons, January 1999. 
Jesus, Damásio. Tráfico Internacional de Mulheres e crianças – Brasil. Editora Saraiva, 2003. P.8 
Enciclopédia do Mundo Contemporâneo. Problemas Globais. Publifolha, São Paulo 2005. 
Bonjovani, Mariane Strake. Trafico internacional de Seres Humanos. Editora Damasio de Jesus.São Paulo, 2004.

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