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Licao Discipulando 1

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Prévia do material em texto

Professor
Discipulando
C D a d . C 0 m . b rc p a d . c o m . b r
Editorial
Em 2015, a Casa Publicadora das Assembleias de Deus completa 75 anos, o seu jubileu 
de brilhante. São 75 anos de história dedicados à Escola Dominical, ao fortalecimento 
da Igreja, ao evangelismo e ao cumprimento da missão que o Senhor Jesus Cristo 
nos deixou, o de fazer discípulos em todas as nações.
Comemorando essa ditosa data, apresentamos o Novo Currículo de Escola Dominical. 
Trata-se de um novo material, pensado para os atuais desafios da Igreja no Brasil no 
século 21. A equipe de educadores de nossa Casa preparou um plano educacional com 
o que há de melhor e mais moderno no campo da Educação Cristã. Assim, a CPAD 
honra uma tradição de compromisso com a Escola Dominical e com o ensino bíblico 
coerente e cristocêntrico.
O material que apresentamos é o currículo mais completo do Brasil, e abrange todas as 
faixas etárias existentes, desde o bebê recém-nascido (a faixa de Berçário) à fase da 
maturidade da vida (Adultos). As lições foram preparadas buscando o que a Palavra 
de Deus tem para ensinar para cada faixa etária, e acima de tudo, o compromisso com 
uma teologia conservadora e bíblica. Acreditamos que esse compromisso é essencial 
para a igreja em dias de tantas mudanças, como os nossos, e cremos também que 
a Educação Cristã pautada nas Sagradas Escrituras é o compromisso da CPAD com 
a Igreja Evangélica no Brasil.
Portanto, queremos dar as boas vindas a você, que participa da Escola Dominical. Esta 
instituição existe por sua causa. Sim, você é a razão da Escola Dominical. O nosso 
desejo é que este novo currículo faça com que você ame ainda mais a nossa Escola 
Dominical, mas sobretudo, ame mais a Palavra de Deus e faça dela sua regra de fé 
e prática para a vida.
A Deus toda a Glória!
Pastor José Wellington Bezerra da Costa 
Presidente da CGADB
Pr José Wellington Costa Júnior 
Presidente do Conselho Administrativo da CPAD
Ronaldo Rodrigues de Souza 
Diretor Executivo da CPAD
CPAD
Sumário
Comentarista: César Moisés Carvalho
► Lição 1 - A NECESSIDADE HUMANA:
O PROBLEMA DO PECADO........................................................................03
* Lição 2 - O FRACASSO DE ISRAEL
EM REPRESENTAR O REINO DE DEUS......................................................10
► Lição 3 - QUEM É JESUS..........................................................................................17
► Lição 4 - O CARÁTER DE JESUS..............................................................................24
► Lição 5 - O MINISTÉRIO DE JESUS.........................................................................31
► Lição 6 - O NOVO MANDAMENTO...........................................................................38
► Lição 1 - MENSAGEM DE JESUS - O REINO DE DEUS....................................45
► Lição 8 - O REINADO DE DEUS JÁ TEVE INÍCIO................................................... 52
► Lição 9 - A MORTE DE JESUS............................................................................. 59
► Lição 10- A RESSURREIÇÃO DE JESUS............................................................. 66
► Lição 11 - A SALVAÇÃO EM CRISTO..................................................................... 73
► Lição 12 - SENDO UM DISCÍPULO DE JESUS................................................... 80
► Lição 13 - IGREJA: UMA EXPRESSÃO DO REINO DE DEUS.....................................87
| Discipulando Professor 1 |
Discipulando
Professor
CASA PUBLICADORA DAS 
ASSEMBLEIAS DE DEUS
Av. Brasil, 34.401 - Bangu
Rio de Janeiro - RJ - cep: 21852/002
Tet: (21) 2406-7373 / Fax: (21) 2406-7326
Presidente da Convenção Geral das 
Assembleias de Deus no Brasil 
José Wellington Bezerra da Costa 
Presidente do Conselho Administrativo 
José Wellington Costa Júnior 
Diretor Executivo 
Ronaldo Rodrigues de Souza 
Gerente de Publicações 
Alexandre Claudino Coelho 
Consultoria Doutrinária e Teológica 
Antonio Gilberto e 
Claudionor de Andrade 
Gerente Financeiro 
Josafá Franklin Santos Bomfim 
Gerente de Produção e Arte 8 Design 
Jarbas Ramires Silva
Gerente Comercial 
Cícero da Silva
Gerente da Rede de Lojas 
João Batista Guilherme da Silva
Chefe de Arte 8 Design 
Wagner de Almeida
Chefe do Setor de Educação Cristã 
César Moisés Carvalho 
Redator
Marcelo Oliveira de Oliveira
Projeto Gráfico - capa e miolo 
Jonas Lemos
E D I T O R I A L
Caro professor, as novas revistas 
Discipulando chegam com uma propos­
ta permanente de um rico discipulado. 
Após sete anos de sucesso com o an­
tigo currículo, os professores de Escola 
Dominical se veem agora diante de no­
vos desafios, agendas e complexidades 
que fazem com que eles sintam a neces­
sidade de contar com revistas que aten­
dam a esses desafios contemporâneos.
Este material foi pensado e planeja­
do visando ao desenvolvimento inte­
gral e permanente do novo convertido. 
Este, por sua vez, entrará numa nova 
realidade, em um novo mundo até en­
tão desconhecido para ele. O desafio de 
qualquer discipulador é fazer com que o 
seu discipulando deseje cada vez mais 
parecer-se com o maior discipulador de 
todos os tempos: Jesus de Nazaré.
Portanto, este também é o desafio 
da CPAD, ou seja: produzir um material 
que desperte nos alunos do discipulan­
do a inspiração de ser igual a Jesus e de 
compreender os aspectos manifestos 
do Reino de Deus e da sua Justiça no 
mundo.
2 | Discipulando Professor 1 |
a Necessidade
Humana: o problema
do pecado
TEXTO BÍBLICO BASE
Romanos 3.9-11; 5.12-14
► Romanos 3
9 - Pois quê? Somos nós mais excelentes? De
maneira nenhuma! Pois já dantes demonstra­
mos que, tanto judeus como gregos, todos 
estão debaixo do pecado,
10 - como está escrito: Não há um justo, nem 
um sequer.
11 - Não há ninguém que entenda; não há nin­
guém que busque a Deus.
► Romanos 5
12 - Pelo que, como por um homem entrou o 
pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, 
assim também a morte passou a todos os 
homens, por isso que todos pecaram.
13 - Porque até à lei estava o pecado no mundo, 
mas o pecado não é imputado não havendo 
lei.
14 - No entanto, a morte reinou desde Adão até 
Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à 
semelhança da transgressão de Adão, o qual 
é a figura daquele que havia de vir.
MEDITAÇÃO
“Porque todos pecaram e destituídos estão 
da glória de Deus” ( Rm 23.3).
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
► SEGUNDA-Gênesis 4.7
► TERÇA- 2 Crônicas 7.13,14
► QUARTA-Salmos 1.1
► QUINTA-Mateus 9.13
► SEXTA-Lucas 7.36-50
► SÁBADO-João 1.29
| Discipulando Professor 1
ORIENTAÇÃO AO
PROFESSOR
INTERAGINDO COM O ALUNO
Trabalhar com a classe de novos con­
vertidos é um grande privilégio para qualquer 
educador. É como “alfabetizar” adultos, ou seja, 
ensinar pessoas que se comunicam através 
da fala, mas ainda não sabem ler. Nesse sen­
tido, esse novo material apresentado para se 
trabalhar com o novo convertido é ideal, pois 
trata dos temas mais pertinentes e básicos da 
fé. Talvez, pelo seu conhecimento, você ache 
os assuntos simples demais, porém, é preciso 
ter em mente o fato de que, aos alunos, tais 
temas são novos. Daí o desafio de ensiná-los 
com dinamismo e criatividade.
Para essa primeira aula, por exemplo, 
é imprescindível falar acerca do conceito de 
pecado. O que tal expressão significa? O que 
é, ou não, pecado, define-se historicamente 
ou há outra maneira de fazê-lo? Se o pecado 
é um mal que nos assola desde quando nas­
cemos, há alguma maneira de nos livrarmos 
dele? A presente lição trabalha alguns desses 
problemas, contudo, apresenta a solução que, 
na verdade, o aluno dela já se apropriou, pois 
já receberam Jesus, o “Cordeiro de Deus, que 
tira o pecado do mundo” (Jo 1.29).
OBJETIVOS
Sua aula deverá alcançar os 
seguintes objetivos:► Demonstrar como a criação perfeita tor- 
nou-se imperfeita e também o surgimento 
do pecado;
► Distinguir o pecado pessoal do pecado 
estrutural;
► Elencar as conseqüências físicas, sociais 
e espirituais do pecado.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Para introduzir a lição, proponha a 
seguinte reflexão: “Se você soubesse que 
alguém ama porque não há outra opção para 
essa pessoa a não ser amá-lo, o que acharia 
desse amor?” Aguarde as respostas e depois 
complemente dizendo que, provavelmente, 
não acreditaria na pureza de tal sentimento, 
posto não ser ele espontâneo, mas obrigatório 
e mecânico. Conclua dizendo que se Deus 
criasse-nos incapazes de desobedecer-lhe 
ou não amá-lo, nossa relação com Ele seria 
uma farsa. Assim é que, por sua bondade, o 
Criador fez-nos livres e, por isso mesmo, com 
capacidade de rejeitá-lo. Justamente por isso 
nossos progenitores pecaram. Entretanto, o 
contrário também é verdadeiro, ou seja, po­
demos também amar a Deus e abrimo-nos a 
um relacionamento com o Criador.
4 | Discipulando Professor 1 |
INTRODUÇÃO
Uma das primeiras e mais duras verdades 
que tomamos conhecimento quando passamos 
a ter consciência, é que um dia iremos morrer. 
Isso leva-nos a refletir o porquê de não apenas 
morrermos, mas também o porquê de existir­
mos. Quando nos perguntamos acerca desse 
assunto, chegamos ao maior e mais decisivo 
acontecimento de que se tem notícia, que é 
o fato de Deus ter decidido criar, por amor, o 
universo e a humanidade (Gn 1.1—2.25; Jo 1.1-5; 
Hb 11.3). Contudo, o modo como Ele decidiu 
criar-nos, isto é, livres e não autômatos, fez com 
que fôssemos responsáveis pela decisão de 
viver segundo nossa própria maneira e não de 
acordo com a forma que o Criador estipulara. 
Esse é o ponto de partida para se entender a 
triste realidade do pecado (Rm 3.9,10; 5.12-14).
1. A CRIAÇÃO PERFEITA EA 
ORIGEM DO PECADO
► 1.1 - Criação. Criada à imagem e semelhan­
ça de Deus (Gn 1.26; 5.2; Tg 3.9), a humanidade 
recebeu um propósito muito específico: admi­
nistrar o planeta (Gn 2.15-17). O primeiro casal 
vivia em plena harmonia entre si, com a natureza 
e com o Criador (Gn 2.18-25; 3.8). Na realidade, 
eles viviam literalmente a plenitude do “Reino 
de Deus”, ou seja, eram dirigidos, orientados e 
plenamente adaptados tanto à dimensão física, 
humana, social e natural do mundo; quanto à
a
A humanidade 
optou por 
desobedecer 
ao Criador.
n
dimensão espiritual e sensível com o Criador. Não 
há como saber quanto tempo durou tal condição 
no mundo, fato é que não havia choques ou dis­
putas por espaços, pois durante esse período 
tudo funcionava harmoniosamente.
► 1.2 - Queda. Juntamente com a ordem 
de cuidar do planeta, a humanidade recebeu 
uma orientação ética (Gn 2.15-17). Como é pos­
sível verificar, tal orientação continha deveres, 
direitos, proibições e punições, portanto, servia 
como um norte para que o ser humano tivesse 
uma direção. Lamentavelmente, representada 
pelo casal progenitor, a humanidade optou por 
desobedecer ao Criador e assim transgrediu 
a ordem divina expressa (Gn 3.1-24). Tal de­
sobediência e transgressão, conhecida como 
“Queda”, rompeu a relação da criatura com o 
Criador, alterando todas as demais relações 
(Gn 3.9-24). A harmonia que antes havia fora 
então quebrada. O Reino de Deus, isto é, o 
reinado divino que contava com a participação 
humana em sua administração, passou agora 
a ser um desejo praticamente inatingível, pois 
o mundo tornara-se o reino humano no pior 
sentido da expressão (Gn 3.17,23). A dor e a 
morte tornaram-se uma realidade.
► 1.3 - Redenção. Desse triste episódio em 
diante, a tentativa desesperada da humanidade 
é “voltar” ao estado paradisíaco do mundo ou 
recriá-lo à sua própria forma e maneira. A hu­
manidade, mesmo sem Deus, percebe que há 
alguma coisa errada, consigo e com o mundo, 
e procura de todas as formas consertá-los. Por
| Discipulando Professor 1 j
verificar nas próximas lições, na realidade, a 
“redenção" só pode acontecer por intermédio 
de uma pessoa habilitada que, assim como 
Adão, represente toda a humanidade. Isso, 
porém, não nos exime de participar no pro­
cesso de cuidado com o mundo e a criação.
2. A NATUREZA E A REALIDADE 
DO PECADO
> 2 .1 -0 pecado e sua universalidade.
0 texto paulino registrado em Romanos 3.23 
informa que “todos pecaram e destituídos estão 
da glória de Deus”. Os versículos nove a onze 
do mesmo capítulo tratam igualmente desse 
assunto e informam que a realidade do peca­
do é irrevogável do ponto de vista humano. A 
despeito de o povo de Israel ter sido usado por 
Deus como canal por onde o mundo recebeu a 
promessa de que seria abençoado (Gn 12.1-3), o 
apóstolo Paulo, que também era judeu, diz que 
mesmo o seu povo em nada é mais excelente, 
ou melhor, do que as demais nações e povos. 
Em outras palavras, todos igualmente estão 
debaixo da maldição do pecado, isto é, “não 
há um justo, nem um sequer”, pois ninguém, 
por si mesmo, entende e muito menos busca 
a Deus (Rm 3.10,11).
isso, em toda a sua trajetória é possível verificar 
as diversas criações humanas que intentam 
produzir uma realidade melhor: religião, filosofia, 
política, ciência, ideologia, etc. Todas, porém, têm 
se mostrado insuficientes, pois a transgressão 
humana exige um pagamento (redenção) que 
somente Deus pode saldar. Assim, como ato de 
misericórdia o Criador, ainda na cena do terrível 
episódio da Queda, mencionou uma promessa 
denominada pelos teólogos de protoevangelho. 
Ele disse à serpente que da “semente” da mulher 
nasceria um descendente que lhe esmagaria 
a cabeça (Gn 3.14,15 cf. Ap 20.2), destruindo o 
poder do pecado.
^ AUXÍLIO DIDÁTICO 1
A fim de esclarecer o trinômio “criação, 
queda e redenção", é de vital importância 
que você esteja inteirado acerca da doutrina 
da criação, pois a “Criação é a base da dig­
nidade humana, pois nossa origem diz-nos 
quem somos, por que estamos aqui e como 
devemos tratar uns aos outros” (COLSON, 
Charles; PEARCEY, Nancy. E Agora, Como 
Viveremos? 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 
2000, p.132). Voltando ao trinômio acima re­
ferido, é imprescindível conhecê-lo, pois ele 
contém as três perguntas fundamentais: “De 
onde viemos, e quem somos nós (criação)?
O que deu errado com o mundo (queda)? 
E o que podemos fazer para consertar isso 
(redenção)?” (Ibid., p.32). Como se poderá
► 2.2 - O pecado pessoal. A doutrina cristã 
ensina que a humanidade peca justamente por 
ser pecadora e não o contrário, ou seja, não 
se torna pecadora ao pecar. Desde quando o 
Criador advertira Caim, a Bíblia nos mostra que o 
pecado está sempre nos espreitando querendo 
fazer com que cedamos (Gn 4.7). Na verdade, 
conforme vemos em Gênesis 6.5, o próprio 
Criador constatara, em relação à humanidade, 
que “toda a imaginação dos pensamentos de 
seu coração era só má continuamente”. Se an­
tes de transgredir, ou desobedecer, a vontade 
humana era inclinada a manter-nos sendo o que 
Deus projetou-nos para que fôssemos, agora 
nossa natureza fora completamente deturpada, 
levando-nos, às vezes até mesmo a contragosto 
(Rm 7.15-23), a nos rebelar contra Deus através 
do pecado. “Não há pessoa alguma que não
6 | Discipulando Professor 1 |
peque”, já reconhecia o sábio rei Salomão 
na cerimônia de dedicação do Templo em 
Jerusalém, muitos séculos depois de o casal 
representante da humanidade ter pecado pela 
primeira vez (2 Cr 6.36).
► 2.3 - O pecado estrutural. Mesmo a 
humanidade tendo, através da desobediência 
e consequentemente rebelião, aberto mão 
de seu direito de ser governada por Deus,
o Criador, ciente de que a maldade humana 
não tem limite, por sua misericórdia, desde os 
tempos de Moisés, transmitiu leis para proteger 
os menos favorecidos (Lv 19.9-18; Dt 23.7,8). 
Todavia, a maldade humana é tão terrível que,mesmo assim, o povo que deveria servir como 
um exemplo ao mundo todo do que significava 
ser governado por Deus (Êx 19.6; Dt 4.5-8), 
resolve, por causa da natureza pecaminosa, 
rebelar-se contra o Deus que o havia libertado 
(Êx 20.2; 1 Sm 8.4-22). Como o Senhor adver­
tira, o resultado da rebelião não poderia ser 
outro, Israel terminou tornando-se novamente 
escravo e assim passou a aspirar ainda mais
o reinado divino sobre si (Lv 18.24-30; 20.22;
2 Cr 30.6-9). Mesmo no exílio, a misericórdia 
divina é tão grande, que a condenação de 
Nabucodonosor, rei da Babilônia, conforme 
dissera Daniel, talvez fosse revogada se ele 
fizesse justiça aos menos favorecidos (Dn 4.27).
^ AUXÍLIO DIDÁTICO 2
“O pecado no jardim do Éden resultou na 
interrupção da relação íntima que existia entre 
Deus e o casal original. O fato de terem sido 
expulsos do jardim, onde eles tinham andado 
com Deus, fornece ilustração gráfica da perda 
de intimidade. Tendo perdido a relação perfeita 
que tinham conhecido com Deus, a perdà da 
vida se lhes tornou o destino subsequente. Em 
outras palavras, a morte espiritual resultou em 
morte física" (JOHNSON, Van. “Romanos” In 
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger 
(Eds ). Comentário Bíblico Pentecostal Novo 
Testamento. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, 
pp.843-44). Este mesmo autor informa que
“Romanos 5.12, junto com os versículos 18 e 
19, são os textos primários do Novo Testamento 
para o conceito de ‘pecado original’, ou seja, 
que todas as pessoas nascem em pecado por 
causa do pecado de Adão. Ou, como se diz 
frequentemente, todos herdam uma natureza 
depravada” (Ibid., p.844).
3. O SOFRIMENTO HUMANO E A 
PRIVAÇÃO DE DEUS
► 3.1 - Conseqüências físicas do pecado.
Dos transtornos proporcionados pela Queda, a 
morte talvez seja uma das mais visíveis e cruéis 
conseqüências (Rm 5.12). No entanto, até que 
cheguemos a este momento final, o drama humano 
é permeado por angústias, doenças e males di­
versos, tal como dissera o Criador no triste evento 
da Queda (Gn 3.16-19). O desastre causado pela 
desobediência humana atingiu proporções tão 
drásticas que até mesmo a natureza foi atingida 
negativamente, pois o Senhor dissera que a terra 
passara a ser maldita (Gn 3.17). É justamente por 
isso que as Escrituras falam sobre o fato de que 
“a criação geme e está juntamente com dores de 
parto até agora” (Rm 8.22). A harmonia que era 
tão real no jardim do Éden fora completamente 
transtornada, trazendo terríveis conseqüências 
físicas, tanto para a humanidade quanto para o 
restante da criação.
► 3.2 - Conseqüências sociais do pecado.
Desde o início é perceptível que o Criador pla­
nejara a vida em sociedade para todos os seres 
humanos (Gn 1.28; 2.18). Mas até mesmo essa 
característica da humanidade foi transtornada 
pelo pecado. O desejo egoísta de dominar logo 
aflorou, fazendo com que uns tivessem poder 
sobre a vida dos outros (Gn 10.8,9; 11.1-6). A 
escravidão e a subserviência nunca fizeram parte 
do plano original de Deus para a humanidade, 
porém, tornaram-se uma das conseqüências 
da Queda (Lc 22.24-26).
► 3.3 - Conseqüências espirituais do 
pecado. Apesar de vermos o quanto o pecado 
afetou a humanidade, primeiramente
| Díscípulando Professor 1 |
aspecto pessoal, atingindo até mesmo a própria 
natureza, a “morte” mencionada pelo Criador a 
Adão, como se pode ver, não se referia simples­
mente ã morte física, ou a cessação da vida, 
mas apontava para a privação momentânea da 
presença divina durante a vida terrena do ser 
humano e, posteriormente, a separação eter­
na de Deus (Gn 2.17). Chamada de “segunda 
morte” trata-se da pior conseqüência que pode 
vir sobre qualquer ser humano, pois significa o 
banimento e a deserção eterna da presença do 
Criador, privando a criatura completamente de 
voltar à sua fonte originária (Ap 2.11; 20.6,14; 21.8).
^ AUXÍLIO DIDÁTICO 3
“A morte (heb. maweth, gr. thanatos) teve 
sua origem no pecado, e é o resultado final 
do pecado (Gn 2.17; Rm 5.12-21; 6.16,23; 1 
Co 15.21,22,56; Tg 1.15). É possível distinguir 
entre a morte física e a espiritual (Mt 10.28; 
Lc 12.4). A morte física é uma penalidade ao 
pecado (Gn 2.17; 3.19; Ez 18.4,20; Rm 5.12-17;
1 Co 15.21,22) e pode vir como um juízo espe­
cífico (Gn 6.7,11-13; 1 Co 10.13,14; At 12.23). 
Entretanto, para os crentes (que estão mortos 
para o pecado, Rm 6.2; Cl 3.3; em Cristo, Rm 
6.3,4; 2 Tm 2.11) significa uma restauração 
mediante o sangue de Cristo (Jó 19.25-27;
1 Co 15.21,22) porque Deus tem triunfado so­
bre a morte (Is 25.8; 1 Co 15.26,55-57; 2 Tm 
1.10; Hb 2.14,15; Ap 20.14)” (MARINO, Bruce 
R. “Origem, natureza e Conseqüências do pe­
cado” In HORTON, Stanley M. (Ed.). Teologia 
Sistemática. Uma perspectiva pentecostal.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.132, 
pp.296-97). Acerca da separação de Deus, o 
mesmo autor afirma que os “não salvos vivem 
na morte espiritual (Jo 6.50-53; Rm 7.11; Ef
2.1-6; 5.14; Cl 2.13; 1 Tm 5.6; Tg 5.20; 1 Pe 
2.24; 1 Jo 5.12), que é a derradeira expressão 
da alienação entre a alma e Deus. Até mesmo 
os crentes, quando pecam, experimentam uma 
separação parcial de Deus (SI 66.18), mas Ele 
está sempre disposto a perdoar (SI 32.1-6; Tg 
5.16; 1 Jo 1.8,9)” (Ibid., p.297).
CONCLUSÃO
Como vimos nessa primeira lição, o pecado 
é um efeito colateral decorrente do fato de não 
termos sido criados como autômatos e sem 
vontade própria. Por esse ato aprendemos que 
Deus não queria seres robotizados e sem ca­
pacidade de pensar, mas justamente o inverso, 
isto é, o Criador optou por criar seres livres. Isso, 
inclusive, custou a Ele o preço de ser rejeitado 
pela humanidade que, por amor, criara. Se por 
um lado isso possibilitou a humanidade rejeitar o 
Deus Criador, por outro trouxe também obrigações 
a cada um de nós, pois somos responsáveis por 
nossas decisões e atitudes, em relação a Deus, 
a nós mesmos e às demais pessoas.
APROFUNDANDO-SE
“O ponto de vista bíblico é que o pecado 
origínou-se no abuso da liberdade con­
cedida aos seres criados, os que foram 
equipados com o uso da vontade. Não foi 
Deus o criador do mal. O mal é uma ques-
í l
A escravidão 
e a subserviên­
cia nunca 
fizeram parte 
do plano 
original de 
Deus para a 
humanidade.
55
8 Discipulando Professor 1 |
tão de relacionamento e não algo provido 
de substância. Basicamente, desconsidera 
a glória, a vontade e a Palavra de Deus.
Rompe com a relação de obediência para 
com a fé em Deus, e toma a decisão de 
falhar diante dEle.
A vontade é um importante corolário da 
personalidade racional. A ação moral é 
aquilo que determina o caráter. E isso en­
volve um tremendo risco, o de fracassar.
Deus, ao prover espaço para a tomada de 
decisões livres e morais aos anjos e seres ‘ { 
humanos que criou, teve de permitir a pos­
sibilidade do fracasso em algumas de suas 
criaturas. Sem essa possibilidade, não 
haveria liberdade genuína nem verdadeira 
personalidade.
O pecado, por conseguinte, originou-se 
da livre escolha das criaturas de Deus.
Em lugar de crer e confiar em Deus, e . 
corresponder a seu admirável amor e à sua 
provisão, destronaram-no, e entronizaram 
o próprio ‘eu’. A incredulidade e o desejo ' > 
de exaltar o próprio ‘eu’ foram elementos- 
chaves do primeiro pecado”.
(William Menzies e Stanley Horton.
Doutrinas Bíblicas. Os Fundamen­
tos da nossa Fé. 5.ed. Rio de Janeiro:
CPAD, pp.72,74).
VERIFIQUE SEU
APRENDIZADO ^ ^
1 . Segundo o primeiro ponto da lição, quais 
são os três elementos estruturais que 
sintetizam a trajetória humana?
R. Criação, queda e redenção.
Cite os dois aspectos principais da uni­
versalidade do pecado.
R. Pessoal e estrutural.
Em sua opinião, por que Deus abomina o 
pecado estrutural tanto quanto o pecado 
pessoal?
R. Apesar de a resposta ser pessoal, é 
imprescindível que ela contenha o princípiode que o pecado estrutural prejudica a co­
letividade, enquanto que, muitas vezes, o 
pecado pessoal afeta apenas quem pecou.
Cite as três principais conseqüências do 
pecado.
R. Físicas, sociais e espirituais
O que é a “segunda morte”?
R. Trata-se da pior conseqüência que 
pode vir sobre qualquer ser humano, 
pois significa o banimento e a deserção 
eterna da presença do Criador, privando 
a criatura completamente de voltar à sua 
fonte originária (Ap 2.11; 20.6,14; 21.8).
r j SUGESTÃO WmBimzíi
W DE LEITURA
► Teologia Sistemática: Uma Pesperctiva 
Pentecostal
Uma obra completa para os principais te­
mas doutrinários para o professor dominical.
► Manual do Professor de Escola Dominical
Esta obra tem a finalidade auxiliar os edu­
cadores cristãos através de um estilo claro 
e preciso
► Manual do Discipulador Cristão
Descubra a importância de ser e fazer 
discípulos.
► Que o “tema da salvação já aparece em 
Gênesis 3.15, na promessa de que o 
Descendente - ou ‘semente’ - da mulher 
esmagará a cabeça da serpente.
‘Este é o protoevangelium [protoevan- 
gelho], o primeiro vislumbre da salvação 
que virá através daquEle que restaurará o 
homem à vida” ’ (Daniel B. Pecota. A Obra 
Salvífica de Cristo In Stanley Horton (Ed.). 
Teologia Sistemática. Uma Perspectiva 
Pentecostal. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 
1996, p.337).
Discipulando Professor 1
o Fracasso de
Israel em Representa.
o Reino de Deus
TEXTO BÍBLICO BASE
► Romanos 2.17-24
17 - Eis que tu, que tens por sobrenome judeu,
e repousas na lei, e te glorias em Deus;
18 - e sabes a sua vontade, e aprovas as coisas
excelentes, sendo instruído por lei;
19 - e confias que és guia dos cegos, luz dos
que estão em trevas,
20 - instruidor dos néscios, mestre de crianças,
que tens a forma da ciência e da verdade 
na lei;
21 - tu, pois, que ensinas a outro, não te ensi­
nas a ti mesmo? Tu, que pregas que não 
se deve furtar, furtas?
22 - Tu, que dizes que não se deve adulterar,
adúlteras? Tu, que abominas os ídolos, 
cometes sacrilégio?
23 - Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus
pela transgressão da lei?
24 - Porque, como está escrito, o nome de
Deus é blasfemado entre os gentios por 
causa de vós.
MEDITAÇÃO
“Porque todos sois filhos de Deus pela 
fé em Cristo Jesus; porque todos quantos 
fostes batizados em Cristo já vos revestistes 
de Cristo. Nisto não há judeu nem grego; não 
há servo nem livre; não há macho nem fêmea; 
porque todos i/ós sois um em Cristo Jesus. E, 
se sois de Cristo, então, sois descendência 
de Abraão e herdeiros conforme a promessa” 
(Gl 3.26-29-ARA).
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
► SEGUNDA - Gênesis 12.1-3
► TERÇA - Deuteronômio 7.1-11
► QUARTA - Zacarias 8.22
► QUINTA - Mateus 23.34-38
► SEXTA - Romanos 2.25-29
► SÁBADO - Gáiatas 5.6
10 | Discipulando Professor 1 |
ORIENTAÇÃO AO
PROFESSOR
INTERAGINDO COM O ALUNO
A presente lição tem como propósito mos­
trar que Deus não privilegia povo algum, mas 
que escolhera uma pessoa e, a partir desta, 
formou uma nação cujo dever era representá-lo. 
Infelizmente, como se verificará, o Criador fora 
ostensiva e deliberadamente rejeitado por parte 
desse povo, não restando ao Senhor outra 
alternativa, a não ser permitir que tais pessoas 
sofressem os reveses comuns a quem vira as 
costas para o Deus eterno. Apesar disso, é 
oportuno destacar que o Pai misericordioso 
não os rejeitara perpetuamente, antes, inúmeras 
vezes procurou convertê-los, insistindo a que 
voltassem atrás. Na consumação de todas 
as coisas, a Bíblia é clara em dizer que Israel 
será restaurado.
Para melhor orientar os alunos e tam­
bém auxiliá-los no processo de refletir, faça 
algumas perguntas: “Por que Deus resolveu 
destruir o mundo que Ele mesmo criara? Com 
qual propósito o Criador espalhara os cons­
trutores da torre de Babel? Abrão, o homem 
que Deus chamara para, a partir dele, formar 
uma grande nação, era um homem perfeito?”. 
Aguarde as respostas e então os convide a, 
juntamente com você, crescer um pouco mais 
no conhecimento da “pré-história” de Israel.
OBJETIVOS
Sua aula deverá alcançar os se­
guintes objetivos:
t Explicar o porquê do dilúvio e de Deus ter 
espalhado os construtores da torre de Babel, 
bem como a razão de ter chamado Abrão;
► Refletir acerca da escolha divina por Jacó, 
da proteção de Deus no caso das parteiras, 
durante os 430 anos de permanência no 
Egito e também nas quatro décadas de 
peregrinação pelo deserto;
► Dissertar panoramicamente acerca do 
longo tempo do governo de Israel sob os 
juizes (cerca de 300 a 400 anos), durante os 
reinos unido e dividido (cerca de 200 anos) 
e, finalmente, no cativeiro (cerca de 70 anos).
PROPOSTA PEDAGÓGICA
A respeito do relacionamento com Israel, 
existem duas posições extremas que acabam 
sendo comuns nos dias atuais. As pessoas 
acham que devem se “judaizar”, ou seja, 
adaptar os utensílios e costumes judaicos à 
nossa vida, ou então partem para o outro polo, 
igualmente danoso, tornando-se antissemitas, 
isto é, inimigas do povo escolhido. Com vistas 
a evitar tais posturas, é de alvitre que o profes­
sor saiba conduzir o assunto da presente lição 
com o devido cuidado. E qual a melhor forma 
para fazer isso? Utilizando a Bíblia Sagrada. 
Estude os capítulos 9 a 11 da epístola de Paulo 
aos Romanos e proponha à classe o mesmo. 
Vocês certamente terão maturidade para falar a 
respeito do tema sem cair em um ou outro dos
Discipulando Professor 1
extremos aqui referidos. Se desejar, no início 
da aula proponha a seguinte questão: Em um 
extremo da lousa escreva “judaizantes” e, na 
outra, “antissemitas”. Em seguida, pergunte 
à classe qual das duas posições deve ser 
assumida pelos seguidores do Evangelho de 
Cristo. Na seqüência, se ninguém sugerir, diga 
que nenhuma das duas, mas que devemos ter 
uma atitude de respeito por esse povo, pois foi 
o canal de Deus, através do qual recebemos, 
inclusive, o Salvador.
COMENTÁRIO | INTRODUÇÃO
Mesmo tendo visto a humanidade virar-lhe 
as costas em franca rebelião, o Criador não 
desistiu de nós. Isso, a despeito de o Senhor 
reconhecer que “a imaginação do coração do 
homem é má desde a sua meninice” (Gn 8.21). 
Na realidade, o que a Palavra de Deus relata, 
em toda a sua extensão, desde o Antigo até o 
Novo Testamento, é a incessante misericórdia 
divina procurando resgatar a humanidade 
caída (Jr 32.30-44; Jo 3.16). Nessa segunda 
lição veremos o desenrolar do plano divino, 
sobretudo no período bíblico, e como Deus, 
mesmo diante da rebelião humana, não desiste 
de propiciar meios de resgatar-nos.
1. DEUS CHAMA ABRAÃO
► 1 .1 - 0 Dilúvio. Séculos depois de a 
humanidade representada pelo primeiro 
casal ter pecado e caído (Gn 3.1-24), a Bíblia
informa que a rebeldia e a afronta contra Deus 
atingiram proporções inimagináveis (Gn 6.1- 
5,11,12). Tão crescentes foram as manifestações 
de rebelião, que o Criador “arrependeu-se” de 
ter criado a humanidade e resolveu julgá-la de 
forma drástica (Gn 6.6). Em outras palavras, 
Ele decidiu destruir a humanidade do mundo 
antigo (Gn 6.7). Mesmo assim, conforme já 
foi dito na introdução, o Criador não desistiu 
da raça humana, pois, a despeito de todo o 
pecado do mundo de então, Ele encontrou em 
Noé, alguém que o temia, isto é, respeitava, 
sendo uma pessoa justa e reta que procurava 
ter intimidade com o Criador (Gn 6.8-10).
Ainda que Deus tenha determinado o seu 
juízo sobre o mundo, Ele usou Noé não apenas 
para construir a arca que protegeria a este e sua 
família (Gn 6.13-22), mas também o levou a pregar 
e anunciar tal juízo à humanidade, oferecendo 
a todos a chance de se arrepender, salvando- 
se da catástrofe iminente (1 Pe 3.20; 2 Pe 2.5). 
Como se sabe, apenas Noé, sua esposa, seus 
três filhos — Sem, Cam e Jafé — e suas noras 
sobreviverame assim a terra foi repovoada, 
dando continuidade à raça humana (Gn 7.1 -9.19).
► 1.2 - A Torre de Babei. Não é possível 
saber quantos séculos se passaram para que 
a terra fosse repovoada, o fato é que a hu­
manidade desenvolveu apenas uma língua e 
a comunicação se fazia sem limites (Gn 11.1). 
Isso, porém, longe de criar um mundo melhor, 
fez com que a humanidade intentasse “recriar 
o paraíso” através da ostentação (Gn 11.2-6). O 
próprio Criador percebeu que a maldade que 
havia no coração da humanidade não levaria 
aquele projeto de construção de uma torre a bom 
termo. Sua construção serviria para distanciar 
a humanidade ainda mais de si e do Senhor 
Deus, por isso, o Criador, novamente por amor e 
compaixão, fez com que surgisse a diversidade 
de línguas, levando-os a espalharem-se por toda 
aterra (Gn 11.7-9).
► 1.3 - A chamada de Abraão. O texto bíblico 
informa que da família do filho primogênito de 
Noé, Sem, nasceu Abrão (Gn 11.10-31). Habitante
12 | Discipulando Professor 1 |
de Ur dos Caldeus, na Mesopotâmia, Abrão, saiu 
com destino a Canaã e, sem conhecer a Deus, 
foi chamado peio Criador para peregrinar, por fé, 
definitivamente a uma terra desconhecida que, 
posteriormente prometeu o Senhor, seria dada 
aos descendentes do patriarca (Gn 12.1; 15.18). 
Na verdade, a primeira grande promessa que o 
Criador fez a Abrão foi justamente a de fazer dele 
uma grande nação (Gn 12.2). Embora pouco se 
reflita acerca de o porquê de Deus ter feito essa 
promessa ao patriarca, é importante observar 
que ela tinha o propósito de que, a partir da 
família de Abrão, se formasse uma nação que 
seria fonte de bênção para o mundo todo e não 
apenas para si mesma. O texto diz que Abrão 
seria “uma bênção” para que, nele, isto é, em 
sua atitude de crer, fossem “benditas todas as 
famílias da terra” (Gn 12.2,3). Talvez pelo fato de 
o próprio Abrão, que significa “pai exaltado", não 
ter entendido, é que Deus mudou o seu nome 
para Abraão que pode ser traduzido para “pai 
de uma multidão” (Gn 17.5). Apesar de o foco de 
nossa reflexão não ser o milagre de o casal ter 
tido um filho em sua velhice, é digno de menção 
que o cumprimento da promessa de fazer de 
Abraão uma grande nação, só pôde tornar-se 
uma realidade porque o Senhor permitiu que 
Sara, idosa e estéril, concebesse Isaque, o filho 
da promessa (Gn 16.1; 21.1-13).
^ AUXÍLIO DIDÁTICO 1
Apesar de haver necessidade de falar a res­
peito do dilúvio e também da infortunada torre de 
Babel, o ponto alto a ser destacado nesse ponto 
é a chamada de Abrão. A partir dessa chamada, 
vemos a revelação do propósito de Deus não 
apenas para o patriarca e para o povo que dele 
descenderia, mas sim para toda a humanidade. 
“Avançado em idade, a capacidade reprodutiva 
de Abraão e Sara era ‘tão boa quanto morta’ (veja 
Gn 18). Mas Abraão estava ‘certíssimo de que o 
que ele tinha prometido também era poderoso 
para o fazer’ (Rm 4.21), e ‘[Abraão] em esperança, 
creu’ (v. 8), ‘dando glória a Deus’ (v.20). Abraão era 
diferente do pecador descrito em Romanos 1.21, 
que se recusou a responder a Deus como Deus
e a lhe dar glória” (JOHNSON, Van. “Romanos” 
In ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger 
(Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo 
Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, 
pp.839). Na realidade, informa o mesmo autor, foi 
“justamente por causa da confiança de Abraão 
no ponto da impossibilidade humana que Paulo 
usa essa situação para atacar o entendimento 
da justiça vigente no judaísmo. Não foi pela 
fidelidade ou obras de Abraão que ele obteve o 
crédito da justiça. Antes, foi sua confiança em 
Deus somente — sua confiança num Deus que 
faria o que só Ele poderia fazer. Foi precisamente 
porque era humanamente impossível Abraão ter 
um filho que sua decisão retrata a natureza da 
fé. A fé bíblica é a confiança na capacidade de 
Deus fazer o que não podemos. Levando em 
conta Romanos 3.21 a 4.25, é nossa fé em sua 
capacidade de fazer o que só Ele pode — nos 
tornar justos” (Ibid.).
2. A FORMAÇÃO DO POVO 
SANTO E DO REINO 
SACERDOTAL
> 2.1 - Jacó e Esaú. É interessante e curioso 
notar que Isaque era filho de uma mulher estéril 
e, ao casar-se, o fez sem saber, com Rebeca, 
que também era estéril. Após vinte anos de 
oração ela concebeu e teve dois filhos: Esaú 
e Jacó (Gn 25.19-28). Cercados por conflitos 
familiares que se iniciaram ainda na gestação, 
Esaú tornou-se mais apegado com Isaque, e 
Jacó, por sua vez, com Rebeca (Gn 25.22,28,29- 
34). Após uma conturbada convivência, os dois 
irmãos separaram-se, reconciliando-se depois 
de duas décadas (Gn 31.41 cf. 32.2—33.17). Foi 
durante o trajeto desse encontro que Deus mu­
dou o nome de Jacó para Israel (Gn 32.22-32), 
nome este que designou primeiramente o povo 
escolhido e que, até os dias de hoje, designa 
também o país. Assim, a formação das doze 
tribos de Israel vem dos filhos de Jacó, entre 
os quais temos José que, após ser vendido por 
seus irmãos, de escravo tornou-se governador 
no Egito (Gn 37.1-36; 39.1—41.57). Dessa forma 
o povo de Israel formou-se no Egito.
| Discipulando Professor 1 |
► 2.2 - De escravos a um grande povo.
Apesar de Deus não ter revelado a forma como 
introduziria os descendentes de Abraão no Egito, 
Ele revelou que ali os familiares do patriarca 
seriam afligidos tendo de servir a um povo 
diferente (Gn 15.13). Após o período áureo do 
povo escolhido no país, “levantou-se um novo 
rei sobre o Egito, que não conhecera a José, o 
qual disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos 
de Israel é muito e mais poderoso do que nós” 
(Êx 1.8,9). Com essa observação, o faraó inten­
tava promover um genocídio eliminando todos 
os bebês israelitas (chamados de hebreus) do 
sexo masculino (Êx 1.15,16), ao mesmo tempo 
em que oprimia os descendentes de Abraão (Êx 
1.11-14). O pequeno clã tornara-se numeroso, 
e mesmo subjugados a condição de escravos, 
multiplicaram-se tanto que o Egito não pode 
mais segurá-los. Tal, porém, não ocorreu de 
forma tão rápida como se pode pensar. Desde 
a ordem do faraó para que se eliminassem os 
meninos hebreus, até a libertação do povo de 
Israel, passaram-se oito décadas! Os hebreus 
tornaram-se um grande povo e, sob a liderança 
de Moisés, após o terrível juízo das dez pragas 
(Êx 3.1—12.51), deixaram o Egito em direção à 
terra que Deus prometera a Abraão (Gn 12.6,7;
13.14-17; 15.18-21; Êx 2.23-25; 3.6-9,15-17).
► 2.3 - De uma tribo nômade a uma grande 
nação. Chamado para ser um reino sacerdotal (Êx
19.6), isto é, mediador da relação entre Deus e a 
humanidade, Israel recebera responsabilidades 
inerentes aos seus privilégios (Dt 4.32-40; 7.6-11). 
Todavia, desde a saída do Egito (Êx 14.10-12), tudo 
indicava que o povo teria muita dificuldade em 
cumprir o seu mandato. Mesmo assim, visando 
formá-los, Deus promulgou leis e estatutos para 
educar e garantir que o processo de libertação 
iniciado no Egito fosse completo (Êx 20.2; Dt
4.1-49; 6.1-25). Esse “estágio” de quarenta anos 
de peregrinação no deserto era uma forma de 
Deus moldar o caráter do seu povo, punindo os 
ingratos e sempre oferecendo uma nova oportu­
nidade, pois Ele sabia o que aquela imensa tribo 
nômade que caminhava no deserto se tornaria 
futuramente, ou seja, uma grande nação que
deveria representar o que significava ser gover­
nado pelo Criador (Nm 14.33; Dt 2.7; 8.2,4; 29.5).
► AUXÍLIO DIDÁTICO 2
O segundo tópico aborda ainda a formação 
inicial de Israel que, vista sem nenhuma paixão, 
pode ser considerada um milagre. Como ensina 
Eugene Merríl, o “êxodo é o evento teológico e 
histórico mais expressivo do Antigo Testamento, 
porque mostra a magnificente ação de Deus em 
favor de seu povo, uma ação que os conduziu 
da escravidão à liberdade, da fragmentação à 
unidade, de um povo com uma promessa — os 
hebreus — à uma nação estabelecida— Israel. 
No livro de Gênesis encontram-se a introdução 
e o propósito, seguindo-se então todas as reve­
lações subsequentes do Antigo Testamento. Um 
registro que é ao mesmo tempo um comentário 
inspirado e uma exposição detalhada. Em última 
análise, o êxodo serve como um tipo do êxodo 
promovido por Jesus Cristo, de forma que ele se 
torna um evento significativo tanto para a Igreja 
quanto para Israel” (MERRIL, Eugene H. História 
de Israel no Antigo Testamento. O reino de 
sacerdotes que Deus colocou entre as nações.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, pp.49-50).
3. O FRACASSO DE ISRAEL 
EM REPRESENTAR O QUE 
SIGNIFICAVA SER GOVERNADO 
POR DEUS
► 3.1 - O período dos juizes. Após a morte 
de Moisés, seu principal auxiliar, Josué, tornou- 
se seu sucessor e introduziu o povo de Israel na 
terra que Deus prometera a Abraão (Dt 31.1-29;
34.1-12; Js 1.1-18). Josué inaugura o período dos 
chamados juizes, uma época de duração incerta 
(cerca de 300 ou 400 anos), onde Deus levantava 
pessoas que tinham o papel de orientar o povo 
acerca de qual caminho tomar (Js 24.26-33; 
Jz 2.16-23). Lamentavelmente, após a morte 
de Josué, levantou-se uma nova geração do 
povo que fora chamado para ser santo, ou seja, 
separado exclusivamente para Deus, figurando
14 | Discipulando Professor 1 |
como modelo para os outros povos. Tal geração, 
informa-nos o livro de Juizes, “não conhecia o 
Senhor, nem tampouco a obra que fizera em 
Israel” (Jz 2.10). Conforme se pode verificar no 
livro de Juizes (sobretudo na abertura de cada 
capítulo), o povo seguiu cambaleante e, em vez 
de aceitar o método de governo escolhido por 
Deus, preferiu tornar-se como as outras nações, 
pois como sugere o último versículo do referido 
livro, “Naqueles dias, não havia rei em Israel, 
porém cada um fazia o que parecia reto aos 
seus olhos” (Jz 21.25). Para o povo escolhido, 
a solução estava em se ter um rei.
Nesse contexto nasceu Samuel que, pra­
ticamente, exerceu os ofícios de juiz, profeta e 
sacerdote em Israel (1 Sm 3.19; 7.5-17; 12.1-25). 
Ele foi responsável por fazer a transição entre o 
período dos juizes e a monarquia. Quando o povo 
de Deus decidiu que não mais queria essa forma 
de governo, antes, como todas as nações, exigiram 
um rei, o Criador disse a Samuel: “Ouve a voz do 
povo em tudo quando te disser, pois não tem te 
rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para 
eu não reinar sobre ele” (1 Sm 8.7 cf. 10.17-19). 
Em sua misericórdia, o Criador ainda advertiu os 
filhos de Israel através de Samuel, oferecendo 
um prognóstico do que seria a realidade do povo 
durante a monarquia (1 Sm 8.9-22). Entretanto, 
mesmo assim, os descendentes de Abraão que 
deveriam ser diferentes e demonstrar o que 
significava ser governado diretamente por Deus, 
preferiram ser como as demais nações.
t 3.2 - Os períodos dos reinos unido e 
dividido. Com Saul tem início o período da 
monarquia em Israel (1 Sm 10.1-27). Este então 
foi sucedido por Davi que, por sua vez, foi 
sucedido por seu filho Salomão (1 Sm 16.1- 
13; 2 Sm 2.1-32; 1 Rs 2.1-46). Esses três reis 
formam o período do chamado reino unido e 
teve a duração de 120 anos, sendo quarenta 
para cada reinado. Depois de Salomão, Israel 
dividiu-se em dois reinos, o do Sul (chamado 
de Judá) com duas tribos, e o do Norte (chamado 
de Israel) com as outras dez tribos.
t 3.3 - Israel perde a soberania e volta a 
ser escravo. Por estar dividido, Israel enfra­
queceu-se e, em 722 a.C., a Assíria pôs um fim 
ao reino do Norte. Em 581 a.C., depois de três 
etapas de cativeiros, foi a vez do reino do Sul ser 
definitivamente aniquilado pela Babilônia. Assim, 
além de os descendentes de Abraão nunca terem 
conseguido ocupar todo o território que Deus 
prometera ao patriarca, acabaram perdendo 
completamente a sua soberania, tomando-se 
novamente vassalos e “escravos” de outros povos. 
Apesar de Israel ter tido oportunidade de voltar 
à sua terra, sua soberania só foi estabelecida 
no século passado quando, em 14 de maio de 
1948, foi criado o moderno estado de Israel.
^ AUXÍLIO DIDÁTICO 3
Este terceiro tópico é importante para sin­
tetizar a trajetória de Israel após a ocupação da 
Terra Prometida que, panoramicamente, pode 
ser dividida em três momentos: Periodo dos 
juizes, monarquia (reino unido e reino dividido) 
e cativeiro. Ignorando os quatro séculos de 
história que antecedem o primeiro período, é 
interessante voltar-se para o “monte Horebe (‘o 
Monte de Deus’), quando Eterno apresenta-se 
a Moisés como o ‘Deus de teu pai, o Deus de 
Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó’ (Êx
3.6). Após o êxodo, deparamo-nos com o período 
da conquista e ocupação da Terra Prometida (Js 
1—11), o que, em parte, constitui-se no cumpri­
mento da promessa patriarcal (Js 2.23—3.8). 
Tal ocupação se dá em suas primeiras quatro 
décadas sob a liderança de Josué, assistente 
de Moisés, espia e soldado que é escolhido 
por Deus para substituir o legislador e tem a 
dura incumbência de levar a efeito o genocídio 
cananeu (Gn 12.7-24). Depois que Josué morre, 
o Senhor levanta juizes, os quais, por um longo 
periodo legislam e lideram o povo escolhido (Jz 
2.7-23). Essa forma de governo, denominada por 
Flávio Josefo de ‘teocracia’, deveria manter-se 
em vigência até que se cumprisse o ‘tempo de 
Deus’ para tal modalidade de liderança e regime 
político (Dt 17.15; At 13.20)” (CARVALHO, César 
Moisés et al. Davi. As vitórias e as derrotas de
| Discipulando Professor 1 |
VERIFIQUE SEU
APRENDIZADO
um homem de Deus. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 
2009, p.76).
CONCLUSÃO
Apesar de todos esses tristes acontecimen­
tos, o apóstolo Paulo diz que a queda de Israel 
significou a glória e a oportunidade de os outros 
povos participarem do plano divino de salvação. 
O apóstolo se expressa retoricamente a respeito 
de Israel, dizendo que “se a sua queda é a riqueza 
do mundo, e a sua diminuição, a riqueza dos 
gentios, quanto mais a sua plenitude!” (Rm 11.12).
APROFUNDANDO-SE
Conhecida como “teologia da substituição”, 
existe uma ideia equivocada de que atual­
mente a Igreja é o Israel de Deus, e que, por 
isso, pode desfrutar de todas as bênçãos 
materiais prometidas por Deus ao seu povo 
no Antigo Testamento. Apesar de a Bíblia, 
de fato, ensinar algo acerca desse ponto, o 
erro está em como se interpreta tal questão. 
Conforme instrui-nos o apóstolo Pedro, a 
missão da Igreja, como “geração eleita, sa­
cerdócio real, nação santa e povo adquirido”, 
assim como Israel, é anunciar “as virtudes 
daquele que [nos] chamou das trevas para a 
sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9), e representar
o que significa ser governado por Deus, nada 
tendo com domínio do mundo.
1 . Abraão foi chamado por Deus para ser uma 
bênção. Explique.
R. Apesar de a resposta ser pessoal, ela 
deve conter o fato de que Abraão não foi chamado 
para um domínio egoísta de outras pessoas; ao 
contrário, sua chamada servia como porta de 
acesso às demais pessoas.
2 . Para quê Deus formou a nação de Israel? 
R. Para ser uma nação que representasse
o que significava ser governado pelo Criador 
perante as demais nações.
3 . De acordo com a lição, qual foi a finalidade 
da peregrinação de quarenta anos do povo de 
Israel?
R. Esse “estágio” de quarenta anos de 
peregrinação no deserto era uma forma de Deus 
moldar o caráter do seu povo, punindo os ingratos 
e sempre oferecendo uma nova oportunidade.
4. Cite os três principais períodos da história 
de Israel.
R. Juizes, reinos unido e dividido e cativeiro.
5 . De acordo com 1 Pedro 2.9, fomos cha­
mados para quê?
R. Anunciar “as virtudes daquele que [nos] 
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”.
SUGESTÃO 
DE LEITURA
► História de Israel no Antigo Testamento
A história de Israel através de textos bíbli­
cos, documentos extrabíblicos e arqueoló­
gicos.> Educação que é Cristã
No atribulado mundo em que vivemos, os 
pais precisam educar os filhos nos caminhos 
do Senhor e os professores saberem educar.
► Que a chamada “Torre de Babel” era uma 
espécie de zigurate, algo parecido com 
uma pirâmide? E que, à época, era um 
dos monumentos mais altos do mundo?
Para conhecer mais leia R. K. 
Harrison. Tempos do Antigo 
Testamento. Um contexto social, 
político e cultural. 1 .ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2010, pp.52-54.
16 | Discipulando Professor 1 |
Data
/ ___ /
Quem é
Jesus
TEXTO BÍBLICO BASE
Marcos 1.1-8
1 - Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho
de Deus.
2 - Como está escrito no profeta Isaías: Eis que
eu envio o meu anjo ante a tua face, o qual 
preparará o teu caminho diante de ti.
3 - Voz do que clama no deserto: Preparai o ca­
minho do Senhor, endireitai as suas veredas.
4 - Apareceu João batizando no deserto e pre­
gando o batismo de arrependimento, para 
remissão de pecados.
5 - E toda a província da Judeia e todos os habitan­
tes de Jerusalém iam ter com ele; e todos eram 
batizados por ele no rio Jordão, confessando 
os seus pecados.
6 - E João andava vestido de pelos de camelo
e com um cinto de couro em redor de seus 
lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre,
7 - e pregava, dizendo: Após mim vem aquele
que é mais forte do que eu, do qual não sou 
digno de, abaixando-me, desatar a correia 
das sandálias.
8 - Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água;
ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo.
MEDITAÇÃO
“E ele é antes de todas as coisas, e todas 
as coisas subsistem por ele. E ele é a cabeça do 
corpo da igreja; é o princípio e o primogênito 
dentre os mortos, para que em tudo tenha a 
preeminência, porque foi do agrado do Pai que 
toda a plenitude nele habitasse e que, havendo 
por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por 
meio dele reconciliasse consigo mesmo todas 
as coisas, tanto as que estão na terra como as 
que estão nos céus” (Cl 1.17-20).
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
► SEGUNDA - Gênesis 3.15
► TERÇA - Deuteronômio 18.15-19
► QUARTA-Jó 19.25
► QUINTA-Isaías 53.1-12
► SEXTA - Lucas 2.25-32
► SÁBADO - Filipenses 2.5-11
Discipulando Professor 1
ORIENTAÇÃO AO
PROFESSOR
INTERAGINDO COM O ALUNO
A aula de hoje é uma das mais importantes 
desse primeiro ciclo de estudos, pois fala do 
Salvador do mundo, Jesus Cristo. Embora o 
estudo acerca do Filho de Deus seja elaborado 
sempre a partir do seu nascimento, a proposta 
da presente lição é abordá-lo tendo como ponto 
de partida as profecias, e também a expectativa 
judaica, sobre a sua pessoa. Tal conhecimento 
é importante, pois há enormes diferenças entre 
a esperança da igreja e a expectativa judaica. 
A ideia é justamente prover os conhecimentos 
necessários com o objetivo de proporcionar ao 
aluno o entendimento correto da estrutura bíblica 
e do propósito da encarnação do Filho de Deus. 
Na realidade, o objetivo maior é evidenciar, além 
do aspecto salvífico, o quanto Jesus valorizou a 
humanidade ao fazer-se igual a nós. Esse, inclu­
sive, é ponto importante para o ensino posterior 
acerca da santidade, pois muitos acreditam que 
ser santo implica deixar de ser humano.
OBJETIVOS
Sua aula deverá alcançar os se­
guintes objetivos:
> Demonstrar, com o auxílio das profecias, 
o quanto Deus nos ama, pois providenciou 
uma nova referência do que significa ser 
humano;
► Explicitar as conseqüências, e a importân­
cia, de Jesus ter afirmado que era o Filho 
de Deus;
► Historiar panoramicamente a vida terrena 
de Jesus de Nazaré.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Para esta aula, procure instigar os alunos 
com alguns questionamentos acerca da pessoa 
de Jesus. Concentre-se na encarnação do Filho 
de Deus, e valorize tal ato realizado por parte 
de Cristo. Destaque não apenas o aspecto 
do “rebaixamento” divino, mas, sobretudo, a 
dignificação e o privilégio de sabermos que o 
nosso Deus partilhou de nossa humanidade. No 
intuito de “quebrar o gelo”, inicie a aula com a 
sugestão que segue.
Todos nós fazemos planos. Em cada início 
de ano, é comum planejarmos o que preten­
demos atingir nos próximos 365 dias que, em 
tese, temos pela frente. Excetuando o fato de 
que existem anos bissextos (com 366 dias) e 
de também não podermos findar o novo ano; 
qual é o sinal de que estamos fora dos planos 
de Deus? A maioria das pessoas certamente 
acredita que é quando as coisas não dão certo. 
Se Jesus pautasse sua missão e trajetória por 
esse prisma, o que será que Ele acharia de si 
mesmo? Que estava na direção de Deus? E 
você, o que pensa quando as coisas não dão 
certo? E quando acontece o contrário?
18 I Disciüulando Professor 1 I
COMENTÁRIO | INTRODUÇÃO
Toda e qualquer pessoa defende o seu 
direito de ir e vir, de expressar-se, de emitir 
sua opinião e de professar suas preferências 
políticas e também religiosas. É desnecessário 
perguntar o quanto é triste perder a liber­
dade. Como vimos na lição anterior, Israel, 
por desobediência, perdera tal condição (Lv 
18.24-28; 20.22-24). Deus já os havia adverti­
do de que se procedessem como as demais 
nações, assim como as desapropriara para 
Israel ocupar o lugar delas, de igual forma Ele 
faria com o povo escolhido (Dt 28.15-68). No 
exílio, os descendentes de Abraão passaram 
a ouvir mensagens proféticas de libertação 
através de homens que Deus enviara, tanto 
para repreender os reis, quanto para exortar 
o povo (2 Rs 21.1-18; 2 Cr 24.17-22; 36.11-21). 
Assim, os herdeiros de Abraão passaram 
a ter esperança e a ansiar cada vez mais a 
vinda de tal libertador, ou Messias, isto é, o 
redentor capaz de libertá-los, restituindo-os 
definitivamente (Lc 2.25-32). Ocorre, porém, 
que a libertação que tal redentor viria trazer 
ia muito além do anseio político dos judeus, 
pois atingiu não somente a eles, mas também 
a todo o mundo, inclusive nós, e até mesmo 
o universo (Lc 2.8-20; Ef 1.7-10; Cl 1.13-23).
1 .0 FILHO DO HOMEM
► 1.1 - A primeira profecia acerca do Li­
bertador. Ainda nos primórdios da humanidade, 
quando a serpente enganara a Eva, o texto de 
Gênesis 3.15 informa que um descendente 
da mulher, esmagaria a cabeça da serpente 
(“réptil” que, na Bíblia, tipifica Satanás, cf. Ap 
12.9; 20.2). Em sua bondade e misericórdia, 
o Criador sabia que a humanidade caída se 
tomaria escrava de seus próprios desejos 
egoístas, por isso, ali mesmo, o Senhor fez 
tal promessa que antevia a necessidade da 
libertação humana. Como já vimos na primeira 
lição, tal profecia é chamada de protoevangelho, 
isto é, um vislumbre antecipado do que Deus 
efetivamente faria através do seu Enviado (Mc
1.1-8; Lc 4.14-30).
> 1.2 - A segunda profecia acerca do 
Libertador. A despeito de Israel ansiar por 
um redentor apenas no exílio, tal já havia sido 
profetizado por Moisés que, devidamente 
inspirado por Deus, profetizara que o Senhor 
despertaria um profeta do meio do povo, 
isto é, da própria comunidade de Israel, que 
certamente seria ouvido e não desobedecido 
como fizeram com o legislador (Dt 18.15). Tal 
seria assim porque Deus mesmo colocaria as 
palavras em sua boca e Ele então falaria sem 
hesitar tudo que o Senhor ordenasse (Dt 18.18). 
A advertência divina era que todos os que não 
ouvissem tal Enviado, teriam de prestar contas 
a Deus por tal descaso (Dt 18.19 cf. Jo 12.48).
► 1.3 - O Filho do Homem ou “último 
Adão”. Apesar de a expressão “filho do ho­
mem” ser muito corriqueira na Bíblia (no livro 
de Ezequiel seu uso é abundante), em parte 
alguma do texto ela é devidamente explicada, 
de forma a se presumir tratar-se de um título 
que objetiva destacar a humanidade, isto é, a 
não especialidade de alguém enviado por Deus, 
pois a pessoa, em si, não tem superpoderes 
(Dn 8.17 cf. Tg 5.17,18). No entanto, quando a 
expressão é utilizada de forma profética,re­
ferindo-se a alguém que transcende, ou seja, 
que ultrapassa o acontecimento histórico de 
quem está profetizando, diz respeito ao Enviado 
especial de Deus, cuja identificação com a 
nossa humanidade se faz necessária para que 
Ele possa ser ouvido: “Eu estava olhando nas 
minhas visões da noite, e eis que vinha nas
| Discipulando Professor 1 I
nuvens do céu um como o filho do homem; 
e dírigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram 
chegar até ele” (Dn 7.13 cf. Ap 1.13; 14.14). É 
possível notar que depois de Ezequiel e Daniel 
que, inclusive, não deram a si mesmos esse 
título, mas foram, por Deus, assim chamados, 
o único a ter tal título atribuído a si mesmo, 
inclusive por Ele, foi Jesus (a expressão é 
abundantemente citada nos quatro Evangelhos).
Em Romanos, e também na primeira 
epístola aos Coríntios, Paulo refere-se ao 
Enviado de Deus como o “último Adão” que 
tem poder e legitimidade de representar a 
humanidade, tal como o primeiro Adão o fizera 
no Jardim do Éden (Rm 5.12-21; 1 Co 15.21-49). 
Assim como aquele era homem, este último 
também o é! A diferença entre ambos é que, 
enquanto o primeiro sucumbiu à tentação, o 
último, embora em tudo tenha sido tentado, 
não pecou. E é justamente nisso que Ele, ao 
mesmo tempo em que se identifica conosco, 
se distingue do outro Adão, podendo nos 
ajudar (Hb 2.5-18; 4.14-16).
^ AUXÍLIO DIDÁTICO 1
Além da ideia do protoevangelho que, de 
certa forma, já foi contemplada no próprio texto 
a que o aluno tem acesso, um dos assuntos 
centrais desta lição é o paralelo que o apóstolo 
Paulo faz entre Adão e Jesus, sobretudo pelo 
fato de que diz respeito à salvação (Rm 5.12-21).
“A última frase do versículo 14 identifica Adão 
como ‘figura’, ou padrão, tipo (typos), de 
Cristo. Quer dizer, há uma semelhança entre 
os dois homens. Adão e Cristo inauguraram 
uma era na história da salvação, e suas ações 
determinaram a natureza da existência para 
aqueles que vivem em cada era. Este tópico 
Paulo desenvolverá em plena comparação 
nos versículos 18 e 19, mas antes de explicar 
a relação tipológica, ele apresenta a qualifica­
ção. Ele quer que seja entendido que as ações 
dos dois não devem ser vistas em condições 
iguais” (JOHNSON, Van. “Romanos” In AR- 
RINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger 
(Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal Novo 
Testamento. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 
2003, p.845). Na realidade, se o pecado pro­
duziu todo o mal de que se tem notícia, muito 
mais o dom gracioso do Criador (Rm 5.15). 0 
mesmo autor afirma que nos “versículos 18 a 
21, Paulo finalmente completa a comparação 
‘assim como... assim’ que ele havia deixado 
inacabada no versículo 12. Em duas orações 
grandemente paralelas, Paulo estabelece a 
relação tipológica de Adão e Cristo — uma 
relação que ele vem qualificando desde o 
versículo 15. Paulo mostra maneira na qual o 
ato de Cristo inverteu as conseqüências do ato 
de Adão” (Ibid.). Assim é que no “versículo 18, 
o ato que trouxe condenação é colocado em 
oposição pelo ato justo que trouxe justificação 
[...]. A justificação dá vida a todos, o que — 
levando em conta o contexto precedente (vv. 
9,10,17) — representa vida no outro mundo. 
No versículo 19 é o ato da desobediência (o 
pecado de Adão) que é colocado em contraste 
com um ato de desobediência (a morte de 
Cristo; veja vv.6-10; cf. Fp 2.8: ‘Sendo obe­
dientes até à morte’)” . Dessa forma, o que fica 
claro é o fato de que existem “duas esferas 
de existência — uma associada com Adão e 
a outra com Cristo. Os que não receberam 
a graça de Deus existem somente na esfera 
do pecado e da morte. Embora os crentes 
ainda sejam afetados pela esfera da morte 
que domina este mundo, eles não são domi­
nados pelo pecado e pela morte. A influência 
primária sobre o cristão no período interposto
20 | Discipulando Professor 1 |
antes da volta do Senhor é a esfera da graça 
na qual o poder de Deus é expresso em atos 
graciosos” (Ibidem.).
2. O FILHO DE DEUS
► 2.1 - A pré-encarnação do Filho de 
Deus. O evangelho de João, em seu capítulo 
primeiro, chamado de “prólogo”, informa que 
a existência do Filho de Deus, identificado 
no texto pela expressão “Verbo”, antecede 
em muito o seu nascimento humano. É o que 
chamamos de “pré-encarnação”, isto é, sua 
existência antes de tornar-se um ser humano 
como nós (Jo 1.1-14). Justamente por isso o 
apóstolo do amor informa, inclusive, que tudo 
o que existe foi igualmente feito, ou criado, não 
apenas por Deus, mas também pelo Filho de 
Deus (v.3). É glorioso pensar no fato de que, 
mesmo com toda essa importância, diz João, 
“o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e 
vimos a sua glória, como a glória do Unigênito 
do Pai, cheio de graça e de verdade” (v.14).
► 2 .2 -0 “nascimento” do Filho de Deus.
A própria simplicidade do nascimento terrenal 
do Filho de Deus demonstra o quanto Ele, a 
despeito de ser divino, se sujeita a identificar-se 
conosco naquilo que é mais comum, simples 
e trivial (Lc 2.1-38). Sua discrição contrasta 
com a pompa e a grandiloqüência humanas. 
É bem por isso que Herodes surpreende-se 
com a informação dos magos do Oriente de 
que nascera, em Belém, um rei (Mt 2.1-12). 
Temendo perder o seu posto, e na intenção 
de exterminar o Filho de Deus, o malévolo 
governador da Judeia, mandou então que se 
assassinasse todos os meninos belemitas de 
até dois anos (Mt 2.13-18). Felizmente, divi­
namente avisado, José, esposo de sua mãe 
Maria, considerado pai terreno de Jesus, fugiu 
com ela e o menino para o Egito, escapando 
assim da crueldade herodiana.
► 2 .3 -0 que significa ser “Filho de Deus”.
Em um de seus embates com os religiosos de 
sua época, ao utilizarem a figura de Abraão 
inquirindo Jesus se Ele achava-se mais impor­
tante que o patriarca, o Mestre respondeu que 
Abraão ansiou por vê-lo atuando e que, pela fé 
“viu”, tendo, por isso, se alegrado (Jo 8.53,56). 
Indignados com essa afirmação, e alegando 
o fato de Jesus não ter ainda cinqüenta anos, 
sendo por isso impossível ter “visto” Abraão, 
o Mestre respondeu que antes do patriarca Ele 
“já era”, isto é, já existia (Jo 8.57,58). Em outra 
situação, ao revelar ser Filho de Deus, Jesus 
sabia que tal pronunciamento significava o 
mesmo que afirmar que era semelhante, ou igual, 
a Deus (Jo 5.18). Em outras palavras, conforme 
os próprios judeus entenderam bem, Ele estava 
dizendo que era Deus. 0 propósito primário de 
dizer que o Enviado é o Filho de Deus, além 
de isso ser verdade, ressalta o caráter de sua 
dupla natureza, ou seja, Ele tanto é humano 
quanto divino, identificando-se conosco através 
de sua humanidade, e com Deus, através de 
sua divindade. Assim, é o único, verdadeiro 
e exclusivo mediador entre nós e Deus (1 Tm 
2.5; Hb 8.6; 9.15; 12.24).
^ AUXÍLIO DIDÁTICO 2
De capital importância neste segundo 
tópico é o fato de que não é possível entender
o “propósito último da criação ou redenção, 
nem entender a existência diária de Deus 
ou qualquer revelação espiritual, sem passar 
pelo Logos, o Filho de Deus” (AKER, Benny C. 
“João”, In ARRINGTON, French L ; STRONS- 
TAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico 
Pentecostal Novo Testamento. 1.ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2003, p.496). O mesmo autor 
afirma acerca do Evangelho do capítulo primeiro 
do Evangelho de João que os “versículos 1 a 4 
narram o estado preexistente de Jesus e como 
Ele agia no plano eterno de Deus. ‘No princípio’ 
(v. 1a) fala da existência eterna da Palavra (o 
Verbo). As duas frases seguintes expressam 
a divindade de Jesus e sua relação com Deus 
Pai. Essa relação é uma dinâmica na qual 
constantemente são trocadas comunicação e 
comunhão dentro da deidade. O versículo 2 
resume o versículo 1 e prepara para a atividade 
divina fora da relação da deidade no ve
| Discipulando Professor 1 |
No versículo 4 Ele é o Criador mediado. O 
usoda preposição ‘por’ informa o leitor com 
precisão que o Criador original era Deus Pai 
que criou todas as coisas pela Palavra” (Ibid.). 
Contudo, diz o mesmo autor, os “verbos que 
João usa nestes versículos fazem distinção 
entre o Criador não-criado, a Palavra (Verbo) 
e a ordem criada. Numa boa tradução a RC 
observa esta distinção: a Palavra (o Verbo) ‘era’, 
mas ‘todas as coisas foram feitas”’ (Ibidem.) 
por Ele e sem Ele nada do que foi feito se fez, 
podemos tranquilamente completar.
3. JESUS DE NAZARÉ
► 3.1 - Infância, adolescência e juventu­
de de Jesus. Após o nascimento do Filho de 
Deus e sua apresentação no Templo, a fuga 
para o Egito e a volta da família para morar em 
Nazaré (daí o porquê de Ele ser chamado de 
“Jesus de Nazaré”), excetuando um pequeno 
acontecimento em sua pré-adolescência (Lc 
2.39-51), Lucas é sucinto em informar que
u
Assim [Jesus] 
é o único, 
verdadeiro 
e exclusivo 
mediador 
entre nós 
e Deus.
j j
“crescia Jesus em sabedoria, e em estatura, 
e em graça para com Deus e os homens” 
(Lc 2.52). Assim, fora o fato de que Jesus 
provavelmente deve ter tido uma vida como 
qualquer menino judeu de sua época, tudo o 
que se disser sobre sua trajetória, sobretudo 
acerca desse período em que a Bíblia silencia, 
é mera especulação.
► 3.2 - Jesus apresenta-se a João 
Batista. Com a idade de trinta anos Jesus 
apresenta-se ao seu primo distante, João 
Batista, e permite-se ser batizado (Mt 3.13-17). 
Apesar da relutância do Batista, Jesus quer 
identificar-se com as pessoas de seu tempo, e 
“cumprir toda a justiça” (Mt 3.15). Contudo, Ele 
é objetivo ao dizer que “todos os profetas e a 
lei profetizaram até João” (Mt 11.13; Lc 16.16). 
Em outras palavras, um novo tempo chegara 
(Mc 1.1 cf. Lc 7.18-22). Verdade seja dita, até 
mesmo João Batista reconhecia isso e sabia 
que seu tempo terminaria assim que chegasse 
a “ luz” (Jo 1.6-10,15-34).
► 3.3 - Jesus desenvolve seu ministério 
terreno e cumpre sua missão. Em um curtís­
simo espaço de tempo de aproximadamente 
três anos, Jesus revolucionou a realidade, 
primeiramente dos judeus e, posteriormente, 
do mundo inteiro. Tudo em Jesus surpreende, 
desde seu nascimento até a sua ressurreição. 
Em virtude de termos diversas lições que 
abordarão, tanto o caráter do Mestre quanto os 
vários aspectos da sua atuação e obra, basta 
agora apenas dizer que Ele é o personagem 
central da história, o ponto para onde todas 
as coisas convergem e encontram sentido.
^ AUXÍLIO DIDÁTICO 3
É necessário não especular na exposi­
ção do tópico três, mas destacar os pontos 
relevantes do material que dispõe acerca da 
humanidade do Senhor, bem como sua dis­
posição em sujeitar-se ao seu parente, João 
Batista, mesmo não tendo necessidade disso.
22 | Discipulando Professor 1 |
CONCLUSÃO
Uma única lição é muito pouco para se 
falar acerca de quem é Jesus de Nazaré. Na 
realidade, tudo o que dissermos jamais será 
suficiente para descrever tudo o que Ele repre­
senta e é. O que importa é que já o conhecemos 
e devemos permanecer firmes em conhecê-lo 
ainda mais, principalmente de forma prática. 
Parafraseando o apóstolo do amor, se fôssemos 
abordar tudo o que Ele é, e fez, nem “ainda o 
mundo todo poderia conter os livros que se 
escrevessem” (Jo 21.25).
APROFUNDANDO-SE
Devido a riqueza da expressão grega Lo- 
gos, traduzida no Evangelho de João, em 
português, como “Verbo” ou “Palavra” , 
vale dizer que essa expressão reproduz 
“a plena revelação de Deus, da mesma 
maneira que a lei, proveniente da escrita 
das Escrituras hebraicas até a sua época, 
era uma revelação de Deus” (Benny C. 
Aker. João In French L. Arrington e Roger 
Stronstad (Eds.).
Comentário Bíblico Pentecostal 
Novo Testamento. 2.ed. Rio de 
Janeiro: CPAD, 2004, p.495). Dou­
trinas Bíblicas. Os Fundamentos da 
nossa Fé. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 
pp.72,74).
SUGESTÃO 
DE LEITURA
► História Eclesiástica
A história sobre a igreja e os apóstolos nos 
dias do nosso Senhor, Jesus Cristo.
> Métodos Criativos de Ensino
Ideias práticas e utilizáveis que tornarão o 
ensino criativo uma realidade.
AVERIFIQUE SEUAPRENDIZADO
1 . De acordo com a lição, por que Jesus era 
chamado de “Filho do homem"?
R. Como Enviado especial de Deus, tal 
identificação com a nossa humanidade se fez 
necessária para que Ele pudesse ser ouvido.
2 . Qual a principal diferença entre o primeiro 
e o “último” Adão?
R. A diferença entre ambos é que, enquan­
to o primeiro sucumbiu à tentação, o último, 
embora em tudo tenha sido tentado, não pecou.
3 . De acordo com o texto de João 5.18, o que 
significava Jesus dizer que era o Filho de Deus?
R. Ele estava dizendo que era Deus.
4 . É possível falar detalhadamente a res­
peito da infância, adolescência e juventude de 
Jesus? Por quê?
R. Não. A Bíblia silencia a esse respeito, 
por isso, qualquer exploração do tema é mera 
especulação.
5 . Se Jesus não tinha pecado, por que Ele se 
apresentou a João para ser batizado?
R. Jesus queria identificar-se com as 
pessoas de seu tempo e assim “cumprir toda 
a justiça”.
► Que João Batista, mesmo após ter dito que 
Jesus era o Cordeiro de Deus, por ser judeu, 
estando encarcerado, mandou que os seus 
discípulos perguntassem a Jesus se este era 
mesmo quem os judeus esperavam ou se 
deveriam esperar outro (Lc 7.19,20), simples­
mente pelo fato de que Jesus não correspondia 
à visão que os judeus tinham do libertador? 
Enquanto eles esperavam um libertador polí­
tico, terreno, Jesus dissera que os sinais que 
Ele realizava eram inequívocos de que o Reino 
de Deus chegara (Lc 7.21,22). Entretanto, como 
Ele disse a Pilatos, o seu Reino é eterno, não é 
deste mundo (Jo 18.36 cf. Lc 11.20).
Discipulando Professor 1
TEXTO BÍBLICO BASE
Mateus 11.25-30
25 - Naquele tempo, respondendo Jesus, dis­
se: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da 
terra, que ocultaste estas coisas aos sábios 
e instruídos e as revelaste aos pequeninos.
26 - Sim, ó Pai, porque assim te aprouve.
27 - Todas as coisas me foram entregues por 
meu Pai; e ninguém conhece o Filho, senão 
o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o 
Filho e aquele a quem o Filho o quiser re­
velar.
28 - Vinde a mim, todos os que estais cansa­
dos e oprimidos, e eu vos aliviarei.
29 -Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de 
mim, que sou manso e humilde de coração, 
e encontrareis descanso para a vossa alma.
30 - Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo 
é leve.
MEDITAÇÃO
“De sorte que haja em vós o mesmo sen­
timento que houve também em Cristo Jesus, 
que, sendo em forma de Deus, não teve por 
usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a 
si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo- 
se semelhante aos homens; e, achado na forma 
de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo 
obediente até à morte e morte de cruz. Pelo 
que também Deus o exaltou soberanamente 
e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, 
para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho 
dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da 
terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é 
o Senhor, para glória de Deus Pai" (Fp 2.5-11).
REFLEXÃO BÍBLICA DIÁRIA
► SEGUNDA - Mateus 4.1 -11
► TERÇA-Filipenses 2.5-11
► QUARTA - Lucas 24.19
►QUINTA-Mateus 11.29,30
► SEXTA - Atos 1.1
► SÁBADO - João 7.46-52
24 | Discipulando Professor 1 |
ORIENTAÇÃO AO
PROFESSOR
INTERAGINDO COM O ALUNO
Nesta lição você terá a tarefa de con­
duzir o estudo acerca de um tema bastante 
corriqueiro, porém, muito importante para o 
aluno a quem você está lecionando. No início 
de uma nova caminhada, é imperioso que o 
seu trabalho pedagógico destaque o valor do 
caráter. Acolher o Evangelho de Cristo não 
significa adotar certas ideias ou doutrinas, mas 
permitir-se e submeter-se à transformação de 
todo o nosso ser ao trabalhardo Espírito San­
to. Ele é o responsável em nos conduzir rumo 
ao supremo alvo que é tornarmo-nos como 
o Senhor Jesus Cristo. Conta-se a história 
de um missionário que, ao falar de Jesus em 
uma determinada localidade, tivera a grata 
surpresa quando os moradores lhe disseram 
que aquela pessoa de quem ele falava já havia 
estado ali. O que certamente aconteceu nesse 
lugar, é que alguém fora tão transformado e 
parecia-se tanto com o Mestre, que ao ouvir 
a pregação do missionário, a impressão dos 
moradores é que a pessoa de quem ele falava 
já havia estado entre eles. É exatamente isso 
que o Senhor deseja para nossa vida.
OBJETIVOS
Sua aula deverá alcançar os 
seguintes objetivos:
► Destacar o perfil de Jesus (sua humildade, 
seu método de ensino pelo exemplo e sua
coerência, isto é, a perfeita combinação 
entre o que dizia e fazia);
► Evidenciar a fidelidade de Cristo ao Senhor 
Deus no cumprimento de sua missão;
► incentivar aos alunos a que procurem 
manter sua comunhão com Deus, a partir 
do exemplo do Mestre de Nazaré.
PROPOSTA PEDAGÓGICA
Considerando que a caminhada do novo con­
vertido está apenas se iniciando, é imprescindível 
que você incentive o aluno a uma permanente 
transformação de caráter. Esteja atento ao seu 
próprio desempenho, pois inevitavelmente você 
será observado. Ainda que estejamos cientes das 
nossas ambigüidades e imperfeições, precisamos 
incentivá-los a que busquem não legalisticamente, 
é óbvio, mas, de forma voluntária e servidora, 
imitar a Cristo, que é o nosso supremo alvo.
Inicie a aula inquirindo-os acerca da seguinte 
questão: Se o mundo todo agisse como nós 
agimos, ele seria melhor? Espere ao menos 
alguns segundos e, em seguida, prossiga 
perguntando: É possível transformar o mundo 
através do exemplo? Quando se trata de caráter, 
qual o melhor “método” de ensino, o discurso ou
| Discipulando Professor 1 |
o exemplo? Bons modos e boas maneiras são 
posturas esperadas em quem é exclusivamente 
religioso? Como se explica o fato de pessoas 
não crentes terem, às vezes, um exemplo até 
melhor do que aqueles que professam a fé? 
Diga-lhes que, independentemente da postura 
das pessoas que professam a fé, cada um dará 
conta de si mesmo e, por isso, devemos, indi­
vidualmente, cuidar de nossa comunhão com o 
Senhor, pois muitas vezes, a única “pregação” 
a que as pessoas não crentes terão acesso é o 
nosso exemplo.
COMENTÁRIO | INTRODUÇÃO
No primeiro século de nossa era, uma cena 
comum entre a sociedade palestina era o fato de 
as pessoas se “dividir” em grupos, ou partidos, 
cujos mentores definiam o perfil dos seus se­
guidores que, naquele momento histórico, eram 
mais conhecidos como “discípulos”. Quando 
Jesus inicia seu ministério, as pessoas passam 
a ouvi-lo a fim de entender sua “filosofia” e/ 
ou “proposta ideológica”. Entretanto, muitas 
se decepcionaram (Jo 6.60,66,67), pois Jesus 
não veio trazer uma nova ideia, mas inaugurar 
um novo tempo (Mc 1.1). Nesse novo tempo, os 
beneficiados seriam justamente os esquecidos 
pela sociedade, os que não tinham esperança 
(Lc 4.14-19). Quanto às pessoas que se sentiam 
seguras com a religião oficial, e também as que 
não queriam perder sua posição na estrutura 
religiosa, estas não acolheram a mensagem do 
Filho de Deus (Jo 7.40-53; 12.31-43). O Senhor
disse certa vez que todo discípulo perfeito seria 
como o seu mestre (Lc 6.40 cf. Jo 13.13,14). Uma 
vez que somos discípulos de Cristo, e Ele, como 
instrui-nos o apóstolo Paulo, é o “último Adão” 
(Rm 5.14; 1 Co 15.45), ou seja, é o novo repre­
sentante da humanidade e, por conseguinte, a 
nova referência de ser humano a quem, os que 
nEle creem, devem imitar e procurar parecer 
(Ef 4.13; 5.1,2), nessa lição vamos estudar um 
pouco acerca do seu caráter.
1. O CARÁTER DE JESUS 
EVIDENCIADO EM SUAS 
AÇÕES E POSTURA
► 1.1 - A humildade de Jesus. No chamado 
hino cristológico de Filipenses 2.5-11, vemos que 
Jesus, mesmo sendo divino, não se apegou a sua 
igualdade com o Pai, mas esvaziou-se de forma 
voluntária e sacrifical, assumindo a condição de 
servo, tornando-se como nós. Depois de tornar-se 
como um de nós, humilhou-se e submeteu-se à 
morte de cruz que era uma das piores formas de 
execução do mundo antigo (Dt 21.22,23). Além 
disso, durante o tempo de sua vida terrena, como 
filho, foi obediente aos seus pais (Lc 2.51), como 
adulto, soube reconhecer o ministério de seu 
primo, João Batista (Mt 3.13,14), e foi igualmente 
responsável com questões cívicas (Mt 17.24-27;
22.15-22). O simples fato de abrir mão dos tra­
ços dos reis conquistadores do mundo antigo, 
apresentando-se simples, como uma pessoa do 
povo e sem exigir nenhum tratamento especial, 
foi o motivo de Jesus ser rejeitado pelo seu povo, 
porém, é justamente nessa sua atitude que vemos 
a grandeza, pois quando poderia coagir a todos 
para que nEle cressem, não o faz, mas oferece 
amor e deixa-nos livres para optar por segui-lo.
► 1.2 - O ensino “exemplar” de Jesus.
Ao introduzir a narrativa do famoso “Sermão 
da Montanha”, Mateus diz que Jesus “abrindo 
a sua boca os ensinava” (Mt 5.2). Tal infor­
mação, a despeito de em outras versões não 
aparecer tal expressão, poderia levar alguém 
a pensar: “ Mas há outra forma de ensinar, a 
não ser falando?" Sim, há. E muitas lições de
26 | Discipulando Professor 1 |
Jesus foram ensinadas no silêncio de suas 
ações e postura (Jo 8.2-11; 13.1-17).
► 1.3 - A coerência de Jesus. Não havia 
dissociação entre o que Jesus falava e fazia, ou 
entre o que praticava e dizia. Como disseram 
os vacilantes discípulos saindo de Jerusalém 
em direção à aldeia de Emaús, “Jesus, o 
Nazareno, [...] foi um profeta poderoso em 
obras e palavras diante de Deus e de todo o 
povo” (Lc 24.19). Em outras palavras, Jesus 
era coerente, pois Ele tanto fazia, ou seja, 
praticava, quanto ensinava (At 1.1). Muito dife­
rente dos líderes religiosos e ensinadores de 
Israel que, conforme dissera o próprio Jesus, 
diziam, mas não praticavam e nem viviam o 
que ensinavam (Mt 23.3). Na verdade, revelou 
o Mestre, aqueles homens amarravam fardos 
pesados e difíceis de carregar, e colocava-os 
nos ombros do povo, mas eles mesmos não 
se dispunham a movê-los nem sequer com 
um dedo (Mt 23.4).
^ AUXÍLIO DIDÁTICO 1
Desse primeiro tópico, sem dúvida alguma a 
análise do texto de Filipenses 2.5-11 é decisiva. 
“Estes versos são essenciais nesta carta. Enfo­
cam principalmente a atitude de Cristo como um 
exemplo a ser imitado pelos filipenses. Por esta 
razão discutem abertamente o problema contí­
nuo da rivalidade aludido na carta” (DEMCHUK, 
David. “Filipenses”, In ARRINGTON, French L.; 
STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíbli­
co Pentecostal Novo Testamento. 1 ed. Rio 
de Janeiro: CPAD, 2003, p.1291). Esse aspecto 
é decisivo nesse primeiro momento do novo 
convertido, pois ele chega à comunidade crendo 
que encontrou um lugar onde não há problemas 
e conflitos. Nada mais longe da realidade e isso 
desde os tempos do Novo Testamento! Aproveite 
o tema para expor essa realidade sem, contudo, 
permitir que haja uma falsa conscientização, ou 
seja, que tal comportamento é correto. Conforme 
o mesmo autor, “Paulo começa observando a 
forma de vigiar de Cristo e sua maneira de viver, 
que os filipenses são encorajados a seguir (A 
frase: ‘De sorte que haja em vós o mesmo sen­
timento...’ [...]). A frase que algumas traduções
têm como ‘Suas atividades [plural]’ indica o fato 
de que essa atitude deveria permear a estrutura 
da comunidade cristã” (Ibid., pp.1291-92). David 
Demchuk diz ainda que a “ inclusão das palavras 
‘que houve também em Cristo Jesus’ é literalmente 
‘de Jesus Cristo'. Existe alguma dúvida a respeito 
desta frase. Os filipenses são chamados a terem, 
um para com o outro, a mesma atitude que têm 
para com Cristo (com o sentido de ‘que

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