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1 Universidade São Judas Tadeu Curso Design – 4º. Ano - 2014 Disciplina: Mercado e Consumo - Prof. Gisele Leiva Tendências de consumo para 2014 7 tendências de consumo para aplicar em 2014 (trendwatching.com) Não importa o mercado ou o setor em que você atue, se a sua obsessão for atender a necessidades, desejos e expectativas sempre em evolução dos consumidores, você irá prosperar até no meio dos distúrbios globais mais malucos, sejam quais forem eles. Isso vale para 2014, 2015, 2016 e todos os anos seguintes. Mas, como o começo do ano é o momento em que muitos estão fazendo um esforço extra para imaginar, planejar e criar, apresentamos um punhado de tendências de consumo que estão implorando para serem aplicadas nos próximos 12 meses. 1. STATUS SEM CULPA Um número crescente de consumidores já não pode mais fugir da consciência dos danos causados por seu consumo: ao planeta, à sociedade, ou a si mesmos. Mas uma mistura de indulgência, vício e condicionamento significa que a maior parte das pessoas ainda não é capaz de mudar substancialmente seus hábitos de consumo. O resultado? Uma espiral de culpa sem fim. E isso cria oportunidades emocionantes para marcas que combinem o enfrentamento à esta espiral de culpa com a busca infinita por status por parte dos consumidores (busca essa que continua sendo a maior força motora por trás de todos os comportamentos de consumo). De fato, a busca por produtos livres de culpa vai ser o máximo da indulgência em 2014. É hora de criar produtos e serviços que forneçam uma dose disso, da seguinte forma: Identificação imediata. Produtos livres de culpa emblemáticos e bem conhecidos como o Tesla Model S vão agir como sinais de alta sustentabilidade instantaneamente identificáveis. O sedã de luxo elétrico Tesla Model S começou a ser exportado para a Noruega, Suíça e Holanda em agosto de 2013, com modelos com a direção do lado direito previstos para março de 2014. Em setembro de 2013, o Model S foi o carro mais vendido na Noruega, onde motoristas de carros elétricos são autorizados a usar faixas de ônibus para evitar congestionamentos. Os preços da linha Model S começam em 62.400 dólares. 2 Visivelmente éticos. Produtos de alto status, chiques ou na moda que apresentam sustentabilidade, ética ou saúde visível vão oferecer uma dose instantânea do comportamento. A Nudie lançou uma linha de tapetes de edição limitada criada por tiras criadas a partir de peças de jeans da marca sueca, de segunda mão ou doadas. Tecidos usando um tear manual, os tapetes foram disponibilizados nas lojas-conceito da Nudie Jeans no mundo todo, pelo preço de 599 dólares. Com história. Se um produto ou serviço não for conhecido nem visível, vai precisar de uma boa história livre de culpas, que seu proprietário possa contar aos outros (e impressioná-los). A Liberty United, dos EUA, é uma linha de bijuterias criadas a partir de armas de fogo e balas descartadas. A intenção da marca é ajudar a manter as armas de fogo fora das ruas, trabalhando com governos locais para a obtenção de armas que foram descartadas como materiais de evidência ou recolhidas em programas de compra pública. Elas então são recicladas e transformadas em bijuterias por designers, sendo que cada peça inclui o número de série da arma que foi usada em sua confecção. Os preços variam de 85 a 695 dólares e uma parte dos lucros é doada a ONGs que trabalham para reduzir os crimes cometidos com armas de fogo. Atenção: benefícios reais para as pessoas e o planeta são o âmago dos símbolos livres de culpa - e não um papinho de marketing ou brincadeira com as ansiedades das pessoas. 2. PRODUTOS FORMATOS POR MULTIDÕES A multidão conectada chega à maioridade em 2014. Mais gente vai reunir seus dados, perfis e preferências em grupos (pequenos e grandes) para dar forma a novos bens e serviços. Por meio de mídias sociais, históricos de internet, comércio eletrônico, listas de leituras/seriados/filmes e músicas, serviços de GPS dos smartphones, além de outras coisas, consumidores conectados estão criando amplos perfis e deixando para trás rastros de dados que dizem respeito a tudo: de suas preferências musicais a seus deslocamentos diários. Até aí, nenhuma novidade. 2014 verá duas certezas: As tecnologias que facilitam a criação e o compartilhamento passivo dos fluxos de dados que vão se tornar cada vez mais onipresentes (sim, como o Google Glass). 3 As expectativas dos consumidores se ampliam – mais uma vez – por meio dessa onipresença. Isso significa que o pessoal conectado chegou à maioridade, por meio de novos produtos e serviços adaptados de acordo com as preferências ou comportamentos agregados de grupos (grandes e pequenos) de consumidores, da maneira como são expressados por meio de seus dados. Dois tipos de cases para observar (e aproveitar): PEQUENO PORTE: Formatação (e reformatação) em tempo real de um serviço, de acordo com as preferências das pessoas em um escritório, em um restaurante, em um avião: em qualquer lugar, neste exato momento. CheckinDJ : Casas noturnas tocam músicas obtidas por meio de crowdshaping para se adequar aos gostos dos clientes O CheckinDJ é uma espécie de jukebox que organiza listas de músicas para casas noturnas de acordo com o gosto musical dos clientes presentes. Os usuários se registram online ou por meio de um aplicativo e especificam seus gêneros musicais preferidos. Quando vão a um endereço participante, precisam utilizar um aparelho celular com capacidade NFC (Near Field Communication) para fazer o check-in. O playlist da casa noturna, então, se ajusta automaticamente para refletir seus gostos. Indivíduos podem ganhar “pontos de influência” ao sincronizar seu aplicativo com suas redes sociais, e ao fazer o check-in junto a grupos de amigos. A plataforma foi desenvolvida pela Mobile Radicals, do Reino Unido. GRANDE PORTE: Serviços redesenhados a partir da inteligência gerada pelos dados agregados sobre as preferências ou comportamento de grandes números de consumidores. Um próximo passo para o bom e velho crowdsourcing. Kutsuplus Serviço de mini-ônibus sob demanda calcula a rota mais adequada para quem está a bordo Depois de um esquema-piloto bem sucedido, a divisão de transportes de Helsinque ampliou seu serviço de mini-ônibus sob demanda Kutsuplus, em outubro de 2013. O serviço permite aos residentes da cidade pedir o serviço de um mini-ônibus usando o celular, escolhendo o ponto de partida e o de chegada. Cada ônibus comporta nove passageiros. Os usuários podem optar por viagem particular ou compartilhada, e o Kutsuplus calcula as rotas mais rápidas para diversas paradas. As corridas custam 3,50 euros, mais 0,45 euros por quilômetro (4,70 / 0,60). IBM Uso de dados de celular para aprimorar rotas de ônibus na África Em maio de 2013, o laboratório de pesquisa de Dublin da IBM usou dados de celular para ajudar a retraçar as rotas de ônibus em Abidjan, a maior cidade da Costa do Marfim. Os pesquisadores usaram dados sobre horário e localização – coletados através de ligações e mensagens de texto – para acessar as rotas mais frequentes dos usuários de transporte público, e então as compararam à infraestrutura de transporte público existente. De acordo com os dados, havia 65 melhorias possíveis que podiam reduzir o tempo de deslocamento em 10%. Existe a questão delicada da privacidade. Mas faça com que a coleta e o uso dos dados seja transparente, e muita gente vai receber os benefícios de bom grado. Uma alternativa é mergulhar na contra-tendência anti-data, que também está implorando para ser aplicada em 2014. 3. MADE IN CHINA VERDE Em 2014, as percepções da China darão mais uma guinada importante, na medida em que os consumidores se derem conta de que o país está se transformando,com rapidez, no epicentro de inovações ecológicas. Essa mudança será impulsionada pelas iniciativas incansáveis e em larga escala da China para tratar de enormes desafios ambientais como energia, transporte, construção e outros. Na verdade, a ideia entre muitos consumidores no mundo todo de que as marcas chinesas ficam para trás no quesito do pensamento ecológico talvez seja uma das últimas grandes vantagens competitivas de que as 4 marcas "ocidentais" ainda desfrutam. Quando esse preconceito for derrubado, em 2014, uma das últimas barreiras que afasta as marcas chinesas dos consumidores globais cairá por terra. Este é apenas mais um pequeno, porém fundamental, momento no re-mapeamento do consumo global. Haworth: Showroom em Pequim é o primeiro projeto do mundo com certificação LEED Em outubro de 2013, a fabricante de móveis Haworth anunciou que seu showroom de Pequim tinha sido reconhecido como o primeiro projeto do mundo com certificação "LEED" do novo programa do United States Green Building Council (USGBC – Conselho de Construções Ecológicas dos Estados Unidos). O sistema de avaliação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED – Liderança em Design Energético e Ambiental) do USGBC leva em conta as credenciais ecológicas da construção, que incluem locação, performance energética e eficiência no uso de água. O showroom se localiza em Parkview Green e incorpora espaços de trabalho que podem ser reconfigurados, além de iluminação e móveis ecológicos. Metrô de Pequim: Recompensa aos usuários pela reciclagem de garrafas plásticas Em maio de 2013, o Metrô de Pequim introduziu 40 "máquinas de vendas reversas" que permite aos passageiros diminuir o custo das viagens ao reciclar garrafas plásticas. Para cada garrafa de plástico vazia reciclada usando as máquinas, os usuários recebem descontos que vão de CNY 0,05 a 0,10 em seus bilhetes de viagem. Philips & CEC: Iluminação urbana inteligente nas cidades chinesas A parceria entre a Philips e a China Electronics Corporation (CEC) anunciada em julho de 2013, marcou uma tentativa de desenvolver e implementar iluminação inteligente nas estradas e nas ruas em cidades da China. A associação das duas empresas vai se concentrar em equipamentos com LED e gerenciamento de iluminação, incluindo o CityTouch da Philips, um sistema que funciona pela internet para permitir que a iluminação pública seja usada somente quando é necessária. Nike: Loja em Xangai é feita inteiramente de lixo Inaugurada em Xangai, em agosto de 2013, a loja-conceito da Nike é toda construída a partir de lixo, incluindo latas de bebidas, garrafas de água e CDs e DVDs velhos. A loja pode ser adaptada a vários layouts para a exibição dos produtos e a construção que não usa cola garante que todos os materiais possam ser reutilizados. 5 Academia Chinesa de Ciências: Janela "inteligente" economiza e armazena energia solar Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências apresentaram uma janela "inteligente" capaz de economizar e armazenar energia solar. Coberta com uma camada de óxido de vanádio (VO2), sensível à temperatura, a janela regula a quantidade de energia que entra na construção e armazena energia de luz em células fotoelétricas dentro da moldura da janela. Tianjin Eco-City: Cidade com eficiência de recursos dá prioridade a pedestres A Tianjin Eco-City é uma iniciativa de cidade sustentável desenvolvida pelos governos de Cingapura e da China. Localizada a 150 km de Pequim, e com área de 30 km2, a cidade foi feita para ser harmoniosa do ponto de vista social e eficiente no uso de recursos. Pedestres, veículos não motorizados e transporte público são as prioridades, junto com espaços urbanos verdes. Com finalização marcada para 2020, a Cidade Ecológica de Tianjin vai abrigar cerca de 350.000 residentes. 6 4. BEM-ESTAR TECH Em 2014, o interesse dos consumidores por produtos e serviços "Quantified Self" (movimento em que a pessoa busca informações sobre si mesma e seus estados fisiológicos por meio de sensores ou tecnologias parecidas) vai continuar a crescer na medida em que relógios inteligentes e outros produtos poderosos de tecnologia para vestir (de preço acessível) chegam ao mercado. Até agora, boa parte da atenção do setor tem se voltado à saúde física. O próximo passo? Os consumidores vão cada vez mais ver seus smartphones como aparelhos que fornecem assistência total a seu estilo de vida. Técnicas aprimoradas de "auto-tratamento", desenvolvimento em tecnologias de detecção de estresse e a penetração quase total dos smartphones em vários mercados significa que os consumidores vão cair de boca em inovações que ajudem a acompanhar e melhorar o bem-estar mental também. Dois tipos de consumidores que alimentam esta tendência: - Aqueles para quem a saúde mental (assim como a forma física, o progresso da carreira e as conquistas acadêmicas) é uma nova marca de sucesso, mais uma área em que podem superar seus colegas e amigos. - Os consumidores sem tempo, com trabalho demais, estressados e tomados pela ansiedade, para quem tais inovações oferecerão o alívio tão necessário das pressões da vida moderna. E não importa o setor em que você atua, a tendência deve suscitar muita conversa a respeito dos rumos futuros da megatendência de fortalecimento do consumidor e do autosserviço por meio da tecnologia. Seja lá qual for o desfecho, os consumidores estão apenas uma "app store" de distância de dar um gás em sua felicidade cotidiana. Claro, não estamos sugerindo que essa seja uma solução adequada às necessidades de saúde mental de todos, nem que deve substituir o aconselhamento médico. PIP: Videogames com sensores de estresse ajudam os jogadores a relaxar Criado para ajudar os consumidores a diminuírem os níveis de estresse, o PIP é um bio-sensor sem fio desenvolvido na Irlanda que atingiu seu objetivo de financiamento no Kickstarter em julho de 2013. Os usuários seguram o aparelho enquanto estão jogando um game (sincronizado por meio de Bluetooth a um monitor ou smartphone), e ele captura a Reação Galvânica da Pele da ponta dos dedos em tempo real. Para se dar bem em um game de corrida, por exemplo, o jogador precisa estar mais relaxado que seu adversário, já que os personagens reagem de maneira adversa aos sinais de estresse. Os criadores vão lançar um kit de desenvolvimento de software para que terceiros possam desenvolver aplicativos usando o dispositivo. Shadow: Aplicativo permite aos usuários registrar, compartilhar e analisar sonhos O Shadow é um aplicativo que ultrapassou seu objetivo de financiamento no Kickstarter em outubro de 2013. Ele permite aos usuários registrar e se lembrar de seus sonhos, através de um alarme, cujo volume 7 aumenta gradativamente, acordando o usuário com suavidade e aumentando assim as chances de que ele se lembre de seus sonhos. O aplicativo também convida o usuário a gravar seu sonho através de áudio- texto. Já o acompanhamento de padrões de sonho e sono permite a usuários curiosos fazer a conexão entre sua vida do dia a dia e seus hábitos de sonho. Cada registro é salvo em um diário e pode ser carregado na nuvem de forma anônima, para ajudar a criar um banco de dados global de sonhos, que mostra aos usuários o sentimento e o conteúdo dos sonhos de outros participantes espalhados pelo mundo todo. Melon: Faixa inteligente para cabeça acompanha a concentração do usuário A faixa para cabeça Melon e o aplicativo que a acompanha permitem aos usuários acompanhar, monitorar e compreender sua concentração mental durante uma variedade de atividades. A faixa de cabeça mede a atividade do cérebro usando análise de eletroencefalograma e algoritmos para detectar níveis de atenção e usa os dados para fornecer feedback personalizado. Os usuários podem incluir fatoresexternos por meio do aplicativo para descobrir quais horários, condições climáticas e ambientes influenciam na sua capacidade de gerar e manter a atenção. A Melon ultrapassou seu objetivo no Kickstarter em junho de 2013 e será entregue aos apoiadores ainda no final deste ano. Mico: Fones de ouvido detectam o humor do usuário e tocam música de acordo com a informação Desenvolvidos pela marca japonesa de design de produtos Neurowear e apresentados em março de 2013, os fones de ouvido Mico contêm um leitor de eletroencefalograma que se apoia na testa do usuário e é sensível à atividade neural. Os sinais do cérebro permitem ao aparelho detectar o humor do usuário (como "sonolento", "estressado" e "concentrado"), que é mostrado em um display de LED que se acopla à orelha. Os fones transmitem a informação a um celular com o aplicativo Mico, e uma música adequada ao estado de espírito do usuário é selecionada dentro um banco de dados. 5. ANTI-DATA Oferecer ótimos serviços sem coleta excessiva de dados vai garantir a confiança dos consumidores (e os lucros não vão demorar a vir na sequência). No ano passado, ao apresentar a mineração de dados, nós avisamos: “A fronteira entre marcas que oferecem serviços válidos (e idealmente quase invisíveis) e aquelas que sufocam consumidores com ofertas agressivas de serviços assustadores é uma linha muito tênue. Sim, compradores gostam de se sentir servidos, mas não querem se sentir observados.” Bom, como 2013 testemunhou uma enxurrada aparentemente sem fim de marcas que sofreram “quebras de privacidade” e revelaram assim informações sobre os seus consumidores, além das ações que vazaram de uma agência do governo (que provavelmente está lendo isto por cima do seu ombro agora mesmo); hoje não é apenas uma minoria paranóica que está tendo chilique. Destacamos o fato de que dois dos maiores provedores de comunicação criptografada do mundo (Lavabit e Silent Circle) tiveram de encerrar seus serviços de e-mail porque já não se sentiam mais capazes de garantir a privacidade em relação às 8 agências governamentais. Eles (infelizmente) perceberam que, uma vez que os dados eram coletados, estes poderiam ser acessados. Isto tudo leva a oportunidades em 2014 para marcas anti-dados: marcas que simplesmente oferecem ótimos serviços ao mesmo tempo em que orgulhosamente deixam de coletar dados pessoais (e fazem muito alarde deste fato). Algumas estatísticas: 82% dos consumidores globais acreditam que as empresas coletam informações demais sobre eles. (Adobe, junho de 2013) 86% dos usuários de internet dos EUA tentaram remover ou mascarar suas atividades online, apesar de apenas 37% deles acreditarem que é possível permanecer completamente anônimos online. (Pew Research Center, setembro de 2013) 93% dos usuários de email acreditam que deveria ser possível optar por não ter o conteúdo de suas mensagens escaneadas para oferecimento de propaganda personalizada. (GfK & Microsoft, novembro de 2013) O desafio das empresas vai ser encontrar equilíbrio entre os benefícios muito reais da coleta e utilização de dados (recomendações, vendas cruzadas, personalização, renda de anúncios acentuada e mais) e conquistar a confiança de consumidores cada vez mais hackeados. Por que não colocamos exemplos nesta tendência? Porque simplesmente não encontramos ninguém fazendo isto bem... por enquanto! Então, qual será a grande marca que vai fazer uma promessa central em 2014 e simplesmente oferecer "Ótimo serviço para todos, o tempo todo – sem que você precise compartilhar seus dados"? 6. COISAS QUE CUIDAM DE VOCÊ Como os objetos conectados vão se centrar nas pessoas em 2014? Na mídia (e em incontáveis laboratórios de inovações por todo o mundo), a Internet das Coisas em 2014 vai continuar tratando das mesmas coisas que em 2013: enormes números e, bem, coisas. E quando falamos “enormes”, queremos dizer: A Internet das Coisas vai agregar 1,9 trilhão de dólares de valor econômico à economia global em 2020. (Gartner, outubro de 2013) Em 2009, havia 2,5 bilhões de aparelhos conectados, em sua maior parte, eletrônicos pessoais como celulares e PCs. Em 2020, haverá até 30 bilhões de aparelhos conectados, sendo que a maior parte será de produtos. (Gartner, outubro de 2013) Mas algo a mais também vai acontecer: você vai ver inovações pipocarem a torto e a direito, centradas ao redor da Internet das Coisas que Cuidam de você. Tudo que for excepcional que os "objetos conectados" possam fazer pelos consumidores, seja monitorar ou aprimorar a saúde, ajudá-los a economizar dinheiro ou a executar tarefas, será recebido com alegria no ano que vem e nos anos que estão por vir. Ah, e caso você queira dar início à sua própria tendência, nada o impede de cunhar seus próprios sufixos para a Internet das Coisas em 2014. Internet das Coisas Móveis? Internet das Coisas Seguras? Internet das Coisas Urbanas? Internet das Coisas Adoradas e Caras? O espaço é todo seu! Xkuty: Scooter envia alertas no caso de acidente 9 A Xkuty One é uma motocicleta elétrica inteligente que automaticamente avisa os parentes do motorista no caso de um acidente. Desenvolvido pela Electric Mobility Company, da Espanha, o híbrido de bicicleta e moto inclui um dock para iPhone no guidão. Usando o giroscópio do telefone (que monitora a orientação e a velocidade), o aplicativo do Xkuty é capaz de detectar acidentes e enviar automaticamente notificações sobre localização para contatos selecionados. O Xkuty One é vendido por cerca de 2.800 euros. OMsignal: Camisa com sensor integrado monitora dados médicos A empresa de tecnologia canadense OMsignal anunciou planos de lançar uma camisa de compressão capaz de monitorar os batimentos cardíacos, a respiração e os movimentos de um indivíduo. Sensores embutidos no tecido coletam dados que são então enviados ao celular do usuário, onde podem ser acompanhados e analisados. Totalmente lavável a máquina, a camisa foi desenhada para ser usada por baixo das roupas ou na academia. Ford: Carro "inteligente" inclui monitor de batimentos cardíacos no assento do motorista Em setembro de 2013, a Ford revelou o S-MAX Concept, um veículo inteligente e multiuso que inclui diversas características que “cuidam” do usuário. O assento do motorista, que contém um monitor cardíaco do tipo ecocardiograma, pode ajudar a prevenir ataques cardíacos no meio do caminho e acidentes subsequentes. Um sistema de monitoramento de glicose a bordo alerta o motorista em relação a níveis perigosos de açúcar no sangue. O veículo é capaz de se comunicar, por meio de wi-fi, com outros carros com equipamento semelhante que estejam a uma curta distância, permitindo que problemas de trânsito sejam transmitidos de um veículo ao outro. 10 Riddell Insite: Capacete de futebol americano contém sensores que alertam os treinadores em caso de trauma Em outubro de 2013, a norte-americana Riddell, que fabrica capacetes de futebol americano, apresentou o Insite Impact Response System. Estes capacetes contêm sensores que enviam um alerta às laterais do campo quando detectam impacto significante. Profissionais médicos treinados podem então avaliar os jogadores em busca de sinais de concussão. 7. CÉREBROS GLOBAIS Em 2014, a arena de consumo vai ficar ainda mais global, local, plana, cosmopolita e assim por diante. E isso significa que, todos os dias, você pode esperar uma orgia de inovações atraentes para os consumidores, surgindo de todos os cantos do globo. Por isso, além deste Trend Briefing Mensal, temos o prazer de anunciar os nossos novos Trend Bulletins feitos pela e para Ásia, África e Américas do Sul & Central. Abaixo, apresentamos apenas um punhado das tendências que aparecem exclusivamente nas edições que estão por vir:Consumidores cívicos: Por que os consumidores das Américas do Sul & Central vão se mexer por mudanças sociais em 2014. FABA - For Africa, By Africa: Soluções africanas para desafios africanos, feitas do jeito africano. Consumo da fé: Como práticas centenárias ligadas à fé vão se adaptar para refletir o estilo de vida dos asiáticos de hoje. 12/12/2013 http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/7-tendencias-de-consumo-para-aplicar-em-2014?page=1 11 10 Tendências globais de consumo para 2014 (Euromonitor) O ano de 2014 será marcado por uma contradição nas tendências de consumo, simbolizada pela dualidade entre o desejo por itens de luxo, o uso mais frequente de apps de compra e o apelo pelo visual, de um lado, e a maior consciência ambiental e social, a apreciação pela frugalidade e a importância da comunidade, de outro. A conclusão é do estudo "As dez tendências globais de consumo para 2014" da consultoria Euromonitor, especializada em pesquisas de mercado. O relatório, de autoria da analista Daphne Kasriel-Alexander, assinala que os consumidores, ainda que continuem manifestando interesse por produtos considerados de luxo e comprando por impulsividade, vêm exercitando maior visão crítica no momento de abrir a carteira. 1 - Gastos por impulso Neste ano, o intervalo de tempo entre o interesse em um produto e a decisão de comprá-lo deve diminuir ainda mais, impulsionado por opções de pagamento mais rápidas e recursos visuais que atraiam o interesse dos consumidores. as empresas estão de olho nesse comportamento e vêm lançando iniciativas que atendam à demanda crescente dos clientes por conveniência e agilizem o processo decisório da compra. Uma delas foi implementada pela processadora de pagamentos Mastercard, em parceria com a editora Condé Nast, que publica, entre outros títulos, Vogue, Vanity Fair eGQ. Juntas, as duas empresas lançaram, em outubro do ano passado, um aplicativo que permite ao leitor digital comprar instantaneamente produtos que eles vejam anunciados nas revistas do grupo ou mesmo a roupa que um ator estampado em uma foto esteja usando. O relatório ressalta que, nesse novo ambiente, em que as empresas disputam a todo momento a impulsividade dos consumidores, uma das estratégias mais comuns vem sendo a comunicação com o público via redes sociais. Já é consenso que o engajamento dos compradores por meio de sites como Facebook ou Twitter impacta positivamente a imagem das marcas, bem como o próprio comportamento consumista dos usuários. E para fidelizar clientes, diz a consultoria, as empresas estão cada vez mais atentas a uma comunicação segmentada com seu público-alvo, priorizando uma comunicação local a abordagens a nível internacional. Nesse contexto, o expediente mais comum para catapultar as vendas continua sendo a venda de ideais, como o da liberdade. Na China, cita a consultoria, um número crescente de marcas vêm usando esse tipo de comunicação para atrair clientes. A fabricante de celulares local Oppo, por exemplo, colocou à venda o seu novo dispositivo com o slogan "Desfrute de sua liberdade". 2 – Alimentação saudável Os consumidores, afirma a Euromonitor, tem cada vez mais consciência de que uma alimentação saudável estende a expectativa de vida e pode melhorar a qualidade do dia a dia. Esse hábito, cada vez mais cristalizado, vem se refletindo no ambiente de negócios, com o florescimento de empresas dedicadas à venda de alimentos que causam menos prejuízos à saúde. O relatório acrescenta, no entanto, que mesmo companhias já consolidadas no mercado, como a rede de fast-food Mc Donald’s, tentam convencer seus consumidores a trocar as gorduras saturadas por legumes e vegetais. Segundo previsões da Euromonitor, a venda desse tipo de produtos com redução de sal, açúcar e gordura deve crescer 6,9% na América Latina. A consultoria destaca para o comércio cada vez maior de alimentos "sem", como os "sem glutén" e "sem lactose", que prometem uma melhor digestão e um aumento dos níveis de energia. Mais da metade dos 12 consumidores globais que compram pela internet manifestam interesse em pagar mais por comida com benefícios específicos, comparado com outros sem os mesmos atributos. 3 – Consciência social e ambiental Ainda que não haja indícios de aferrecimento do consumismo, as pessoas parecem demonstrar maior consciência sobre o que estão levando para casa. Esse tipo de postura ganhou maior força no ano passado após o desmoronamento de uma fábrica de roupas em um subúrbio pobre de Bangladesh. Ali roupas de diversas marcas internacionais eram fabricadas em condições subhumanas. Segundo a consultoria, há um valor social ligado ao consumo de produtos e marcadas que adotam práticas de negócios éticas e sustentáveis. Uma pesquisa desenvolvida pela Euromonitor no ano passado também revela que os consumidores online se preocupam com o meio ambiente. Dois terços deles tentam minimizar seu impacto na natureza por meio de suas atividades diárias e aproximadamente a metade demonstra preocupação sobre o aquecimento global. A consultoria observa que tal comportamento não é uma exclusividade dos países desenvolvidos. Os emergentes também vêm cada vez mais aderindo a práticas "verdes". Nesse sentido, acrescenta a pesquisa, os consumidores exigem saber onde os produtos que compram são feitos e há um grupo que, em número cada vez maior, prioriza em sua alimentação produtos orgânicos, ou seja, sem aditivos. As empresas, por sua vez, também se preocupam com a responsabilidade social, de modo a não perder sua cartela de clientes, com ações voltadas a propagandear suas iniciativas em prol do meio ambiente e do consumo sustentável. 4 – Importância do ambiente comunitário A crise financeira que atingiu em cheio os países ricos, acentuou o papel da comunidade como ambiente de negócios. A consultoria diz que o mundo hoje assiste a um "renascimento do consumo voltado para o ambiente familiar e comunitário", ao passo que "mercadorias produzidas localmente se apresentam como um antídoto ao ambiente de mercado global". Esse tipo de postura, define o relatório, "invoca a ideia de autencidade, comunidade e pertencimento, assim como a consciência ambiental". Diante desse cenário, em que os consumidores se tornam mais "caseiros", as empresas vêm investindo fortemente em serviços exclusivos. Uma rede de cafés no centro de Moscou, por exemplo, oferece aos clientes um ambiente que simula o de uma casa. Além disso, cada vez mais o mercado se volta para o lançamento de dispositivos que permitam o controle das funções da casa à distância, como o acendimento de luzes pela rede sem fio. Mas, ao passo que a automação funcional cresce, aumenta também o número de pessoas adeptas do "faça-você-mesmo", um mercado em franca ascensão, analisa a pesquisa. Um dos exemplos mais notórios do fortalecimento do ambiente familiar é observado no ramo hoteleiro, com turistas optando por alugar apartamentos e casas de outras pessoas do que quartos de hotel. 5 – Frustrações com o trabalho e a rotina Segundo a Euromonitor, os consumidores devem buscar soluções de consumo capazes de atenuar os efeitos nocivos do desequilíbrio entre suas vidas pessoal e profissional. Há, de acordo com a consultoria, um desejo consensual entre os consumidores de levar uma vida mais simples. Tal postura não significa, entretanto, um menor consumo, mas, sim, uma vontade de optar por produtos que garantam maior conveniência. Por outro lado, a pesquisa retrata uma insatisfação cada vez maior com o excesso de informações do mundo virtual, acentuando o contraste com a importância do convívio físico com a família e com os amigos. 6 – Gosto pelo luxo 13 As vendas de produtos considerados de luxo devem aumentar neste ano, prevê a Euromonitor.Segundo a consultoria, os consumidores com alto poder aquisitivo devem manter os seus padrões de compra, enquanto outros milhares manifestam interesse de inclui-los em sua cesta de compras, sendo o principal deles um novo smartphone. Artigos de luxo ainda são prioridade na lista de compras dos consumidores. O comportamento é observado com maior força nos mercados emergentes, que continuam puxando para cima o crescimento do setor. Uma pesquisa recente conduzida pela agência de propaganda japonesa Hakuhodo revelou que mais de 50% das mulheres com idade entre 18 e 34 anos de Ho Chi Minh, no Vietnã, expressaram a preferência por marcas de luxo. A Euromonitor, entretanto, alerta para os revezes de uma busca desenfreada por artigos de luxo. Um levantamento realizado em maio do ano passado pela Câmara de Comércio da Coreia do Sul mostrou que entre os compradores de mercadorias premium acima de 20 anos, quase 30% dos entrevistados revelaram estar enfrentando dificuldades para pagar a fatura do cartão de crédito e outros 25% já consideravam adquirir produtos pirata para poupar dinheiro. Apesar disso, "os consumidores ainda expressam sua identidade e personalidade por meio do consumo. Nesse sentido, a compra de artigos de luxo significa ascensão social", reitera a Euromonitor. 7- Democratização do consumo Com a democratização da internet, as empresas estão cada vez mais atentas à forma como suas estratégias de mercado são recebidas por consumidores nas redes. A pesquisa evidencia, por exemplo, que 13% dos brasileiros escrevem pelo menos uma resenha online quase todos os dias. Diante disso, a fidelização do cliente é um desafio para as marcas, que precisam acompanhar a reação do público na internet. Esse novo ambiente também tornou propício o surgimento de blogs dedicados a comentar temas específicos. Não raro, de acordo com a consultoria, as empresas vêm tentando estabelecer um canal de comunicação mais próximo com eles, na tentativa de cooptar mais consumidores. Uma iniciativa que reflete tal cenário é a participação ativa dos usuários, por meio de votações online, no processo de produção das mercadorias. 8 – Consumo pós-crise Após a pior recessão desde a Grande Depressão de 1929, muitas pessoas foram obrigadas a modificar seu padrão de consumo e internalizaram práticas de consumo mais frugais. Ocorre que esse comportamento deve permanecer nos próximos anos, como reflexo da atual crise. Entre essas práticas, estão um menor gasto nos shopping centers, uma confiança no crédito e uma maior propensão ao consumo colaborativo. O relatório cita a abertura de um café em Tel Aviv, em Israel, onde todo o menu custa o equivalente a 1 libra (R$ 4). No entanto, o estudo alerta para uma elevação do endividamento da população, uma vez que muitas pessoas ainda recorrem ao crédito para manter o seu padrão de vida. Segundo o sociólogo Fernando Cruz, citado pelo levantamento, o crédito se tornou um “símbolo de cidadania” no Chile, uma forma de os consumidores expressarem sua personalidade e sua posição social. Há também uma preocupação de que a dependência do dinheiro artificial aumentou o número de compras não essenciais. Segundo uma pesquisa realizda pela Euromonitor, na América Latina, o crédito para empréstimos (com exceção daqueles voltados ao financiamento de imóveis) aumentou 61,3% entre 2008 e 2013. Já na região da Ásia-Pacífico, a taxa cresceu 52,8%. 9 - A universalidade dos aplicativos O ano de 2014 deve ser marcado pelo surgimento de mais aplicativos voltados para as mais diferentes experiências de consumo. Os aplicativos "são reveladores dos interesses de consumo e de comportamento, além de permitir a fidelização de uma audiência segmentada e uma oportunidade de marketing para marcas baseada na localização dos seus próprios clientes". 14 O relatório lembra que a chamada geração Z, os nativos digitais, nascidos após 1991, dificilmente deixam de lado seus smartphones e, portanto, constituem um grupo disputado pelas empresas. "Aplicativos de conversa online como o WhatsApp praticamente substituíram as mensagens de texto como meio de comunicação entre os adolescentes". Um dos exemplos foi colocado em prática pelo McDonald’s, nos Estados Unidos. A empresa lançou um aplicativo que funciona como uma espécie de programa de fidelidade, voltado, principalmente, a adolescentes e jovens adultos, baseado na crença de que esse público é mais inclinado a usar pagamentos móveis. De acordo com a Euromonitor, o maior uso dos smartphones deve reforçar as compras online. 10 – Apego visual Apego visual dos consumidores entrou no radar das empresas. Em 2013, "selfie" foi considerada a palavra do ano pelo dicionário Oxford. Segundo a Euromonitor, trata-se de uma evidência do "apego visual" dos consumidores. Em um ambiente em que o ego é exarcebado, as empresas devem manter a tendência de recorrer ao componente estético para atrair novos clientes. Nesse sentido, as marcas vêm recorrendo fortemente às redes sociais para promover-se. Instagram e Vine, por exemplo, são ferramentas usadas pelas empresas para estabelecer um canal de comunicação com seus consumidores. Muitas marcas de moda, por exemplo, já vêm lançando novas coleções online em detrimento das passarelas. 15/01/2014 http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/01/140115_relatorio_euromonitor_dez_tendencias_globais_de_consumo_lgb.sh tml
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