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OAB Damasio Dir. Administrativo.doc

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OAB Damásio de Jesus
Disciplina Direito Administrativo
Prof. Roberto Baldacci
Princípios administrativos
No regime público os princípios NATUREZA JURÍDICA DE NORMA!
(Logo uma lei estadual pode ser inconstitucional ainda que não contrarie texto expresso da constituição. Porque poderá ter contrariado um princípio público.
Na CF há 2 naturezas de princípios aplicáveis à administração:
princípios expressos/explícitos
princípios implícitos
Princípios expressos: art. 37, “caput” da CF
I - Legalidade
II - Impessoalidade
III - Moralidade
IV - Publicidade
V - Eficiência
I - LEGALIDADE: ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer senão em virtude de lei, art. 5º, II, CF é do particular - trata das garantias individuais. O particular não depende de lei para poder agir. Logo, pode fazer TUDO.
Exceto: O QUE A LEI PROÍBE.
* esta é à base do regime jurídico privado: autonomia da vontade. 
Art. 37, “caput”: “LEGALIDADE PÚBLICA” APLICADA AO ESTADO, ÓRGÃOS E AGENTES PÚBLICOS.
(O Estado só pode agir quando lei autorizar.
( Logo, o Estado não pode fazer NADA.
Exceto: o que a lei autorize
* esta é à base do regime jurídico público: a obrigatoriedade do cumprimento da lei.
II - IMPESSOALIDADE: Como o Estado é uma ficção jurídica, ele constitui órgãos e agentes públicos para agirem em seu nome.
Logo, órgãos e agentes públicos não agem por vontade própria, mas sim para cumprir a vontade do Estado a eles imputada por lei.
*** TEORIA DA IMPUTAÇÃO VOLITIVA - Os atos dos órgãos e agentes públicos praticados no estrito cumprimento do dever NÃO são a eles atribuídos, mas sim ao Estado (e, portanto, órgãos e agentes públicos NÃO respondem por danos que causam e nem podem se autopromover pelos feitos do Estado). De OTTO GIRRKE
III - MORALIDADE: a moralidade pública é baseada nos preceitos comuns da moralidade em geral: honestidade, urbanidade (conduta discreta e adequada), fidelidade ao Estado, etc., sendo exigido de forma mais intensa do que a moral privada.
Quando o agente público viola a moralidade comete IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA (art. 11 da Lei de improbidade).
Quem pode fiscalizar a moralidade pública? além do MP e do Legislativo, QUALQUER CIDADÃO através da AÇÃO POPULAR. (Dinheiro público, patrimônio público, ambiental).
A moralidade pública é exigida do agente durante o exercício funcional e também em sua vida privada.
IV - PUBLICIDADE: todos têm o direito constitucional de acesso à informações e certidões dos órgãos públicos, SALVO QUANDO A LEI DECRETAR SIGILOSIDADE EM REGRA BASEADO EM SEGURANÇA NACIONAL OU SOBERANIA.
 ***Quando forem negadas injustamente informações PESSOAIS, o remédio constitucional é o Habeas Data! Quando forem negadas injustamente informações PÚBLICAS OU CERTIDÕES, o remédio é MANDADO DE SEGURANÇA!
V - EFICIÊNCIA: EC 19/98 porque não estava expresso na CF.
Porém a EC 19 não introduziu o princípio da eficiência, pois ele já era um Princípio IMPLÍCITO.
A EC 19 introduziu a eficiência como PRINCÍPIO EXPRESSO!
E a partir de então, a eficiência passou a ser um critério de controle sobre a administração e seus agentes - permitindo a rescisão do contrato administrativo quando o contratado não estiver sendo eficiente, e permitindo a quebra da estabilidade funcional quando o agente público estiver sendo ineficiente.
Princípios implícitos
Supremacia do interesse público - quando o interesse público colide com o interesse privado, o Estado poderá condicionar ou até reduzir o interesse privado, visando garantir o interesse público;
Indisponibilidade do interesse público - em regra, os interesses privados são disponíveis e admitem renúncia, negociação e alienação, enquanto que os interesses públicos, em regra não admitem. A administração pública pode resolver seus litígios por meio de arbitragem? NÃO, só que na lei das PPP e das concessionárias tem previsão.
* os interesses públicos são de 2 níveis: Interesses públicos primários - são os interesses da coletividade em geral. Estes são absolutamente indisponíveis. 
 Interesses públicos secundários - são os interesses da administração, p.ex. Aluguel de imóveis, contratação de energia e telefonia, compra de bens de consumo, etc. Esses interesses são relativamente disponíveis e PODEM SER RENUNCIADOS OU NEGOCIADOS ATÉ MESMO EM JUÍZO ARBITRAL, DESDE QUE PARA MELHOR ATENDER AOS INTERESSES PRIMÁRIOS.
Razoabilidade e Proporcionalidade - a administração deve agir de forma razoável e proporcional quando atua com discricionariedade, e o ato ou decisão administrativa discricionários sem razoabilidade e proporcionalidade serão ilegais, permitindo controle pelo Judiciário.
Motivação - como regra geral todos os atos e decisões da administração devem ser motivados EXCETO QUANDO A LEI EXPRESSAMENTE APONTAR QUE A MOTIVAÇÃO NÃO É OBRIGATÓRIA NAQUELE CASO - são os atos e decisões “ad nutum”.	
Bens Públicos
Como descobre que um bem é público? 
* São bens públicos conforme o art. 98 do CC apenas:
 - aqueles de domínio da U, E, DF e M (Pessoas políticas)
- e os bens de domínio das autarquias e das fundações públicas
*** Portanto, não são bens públicos: 
Bens das empresas públicas (Metrô, Caixa econômica federal)
Bens das sociedades de economia mista (Petrobrás)
Concessionárias e permissionárias de serviços públicos
 Entes sociais autônomos (SESC, SESI, SENAI, SEBRAE...)
Todo bem público está sujeito a um regime jurídico protetivo de: 
I - Imprescritibilidade absoluta - bem público não sofre usucapião, ainda que esteja abandonado ou em desuso.
II - Impenhorabilidade absoluta - pessoas políticas, autarquias e fundações públicas não pagam seus credores através de seu patrimônio, mas sim a por meio de precatórios!
III - Não oneráveis - bem público não pode ser dado em garantia tal como penhor, hipoteca ou anticrese.
* Bem público pode ser alienado? DEPENDE da AFETAÇÃO!
- Bem público sob qualquer afetação pública NÃO PODE SER ALIENADO, enquanto estiver afetado.
- Bem público desafetado (é aquele em desuso, chamado de dominial) PODE SER ALIENADOS, desde que: 
 1º) seja motivado que alienar seja mais vantajoso ao interesse público; 
 2º) haja autorização legislativa;
 3º) seja feita uma avaliação de mercado;
 4º) seja feita uma licitação
Afetação é a regra de USO de um bem público e pode ser:
Afetação de uso comum do povo - para atender aos interesses da coletividade em geral, p.ex. praias, parques, praças, viadutos, ruas, etc.;
Afetação de uso especial do Estado - para atender aos interesses da administração, p.ex. Prefeitura, delegacias, viaturas de policiais, computadores do fórum, armas dos policiais, etc.;
Em regra, bem de uso comum NÃO É DESAFETÁVEL e, portanto, em regra não é alienável, SALVO EM EXCEÇÕES quando o bem não atender mais a qualquer interesse coletivo.
p.ex. não tem como uma praia deixar de atender os interesses da coletividade.
Já os bens de usos especiais, podem ser a QUALQUER TEMPO DESAFETADOS, bastando que deixe de atender interesses da administração, p.ex. viatura pública sucateada, computadores obsoletos, imóveis inadequados. 
Aula dia 16/01/12
Poderes da administração
Legalidade - significa uma relação de subordinação, e em relação ao uso dos poderes não é diferente.
Abuso de poder é uma forma de ilegalidade.
Se o administrador usar os poderes ou não em baixo da lei, conclui-se que todo aquele que for atingido pelo uso do poder, a pessoa atingida poderá mover ações no Poder Judiciário.
O uso dos poderes deve ser feito para preservar o interesse público
Poder Vinculado
Poder Vinculado - é aquele em que o administrador se encontra totalmente preso ao enunciado da lei, não existindo espaço para que faça um juízo de valores (conveniência e oportunidade) (solução única anteriormenteprevista em lei).
p.ex. se o servidor público ingressa com pedido de aposentadoria compulsória (aos 70 anos). O administrador não tem espaço para fazer juízo de valores, porque se o servidor comprova que fez 70 anos. 
Se o servidor ingressa com pedido de licença para exercer mandado eletivo ou serviço militar. O administrador não pode pensar se irá atender, fica preso à lei, se preencheu os requisitos.
Poder discricionário
Poder discricionário - É aquele em que o administrador não se encontra diante de situações que comporta solução única, logo, tem espaço para fazer um juízo de valor (conveniência e oportunidade), sempre para preservar o interesse público e a lei (encontra limites entre esses dois).
p.ex. se um comerciante pede permissão para colocar cadeiras na calçada, aqui a resposta do administrador depende (não há solução única): irá averiguar qual a quantidade de mesas e cadeiras; qual o horário; a dimensão da calçada; se não houver prejuízo aos pedestres poderá ser concedida.
Tanto o vinculado quanto o discricionário são exercidos debaixo da lei, para a mantença do interesse público.
Poder Hierárquico 
Poder hierárquico - é o poder conferido à administração para se autoorganizar, implica em estabelecer campos de competência das figuras que integram a sua estrutura.
Se um ato administrativo for praticado por quem não tinha competência, este ato será ilegal, sendo assim, poderá levar a questão para ser apreciada pelo Poder Judiciário.
A administração pública (4 esferas de governo - Federal, Estadual, Municipal e distrital) é composta por uma estrutura direta e uma indireta.
Na estrutura direta da administração encontra basicamente órgãos (poder hierárquico é fixar o campo de competência dos órgãos que integram a estrutura direta) - Ministérios (federal), secretarias (estadual), subprefeituras (municipal) - quando for atingido por um desses órgãos estará diante de uma ilegalidade.
Na estrutura indireta da administração encontra-se pessoas jurídicas - sob esse aspecto poder hierárquico é fixar competência das pessoas jurídicas que integram sua estrutura indireta, p.ex. Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.
Fixa campos de competência, uma relação de hierarquia entre os servidores.
Poder disciplinar
Poder disciplinar - é poder conferido à administração para a aplicação de sanções aos seus servidores, pela prática de infrações de caráter disciplinar. Estas sanções de natureza administrativa, p.ex. advertência, suspensão, demissão. Por meio do poder disciplinar a administração não pode aplicar sanções civis ou penais, e ainda para infrações ligadas às atribuições do cargo, p.ex. desvio de verbas públicas.
A aplicação das sanções administrativas, só poderá ocorrer se oferecido ao servidor o contraditório e a ampla defesa, por meio da abertura de uma sindicância ou processo administrativo. (pressuposto para aplicação de sanções administrativas).
Cuidado, mesmo diante de flagrante, tem que oferecer o direito do contraditório e ampla defesa e abertura de sindicância ou processo administrativo - porque tem direito de se explicar, (p.ex. se o servidor foi flagrado desviando verbas públicas - não negará a autoria, mas pode se explicar).
Se o servidor é demitido e entende que a demissão é ilegal, poderá ingressar com ação no Judiciário. Proposta a ação o Judiciário absolve o servidor. Diante dessa absolvição terá direito de ser reintegrado no cargo? Depende: se foi absolvido POR FALTA DE PROVAS, NÃO TERÁ REINTEGRAÇÃO, porque o mérito não chegou a ser analisado pelo Judiciário; Se o Judiciário absolve o servidor analisando o mérito da questão, concluindo pela não inexistência do ilícito ou a negativa de autoria (não atribuir a autoria ao servidor), AQUI PODERÁ SER REINTEGRADO.
Poder normativo
Poder normativo/regulamentado - é conferido à administração para a publicação de decretos, regulamentos para oferecer fiel execução à lei.
O que significa oferecer fiel execução à lei? Significa dar a ela o melhor detalhamento em relação a itens que já foram por ela tratados - tem que existir uma lei anterior disciplinando o tema. Decretos são atos infralegais dependendo de lei anterior disciplinado a matéria, se o contraio ocorrer estará diante de decreto ilegal.
O administrador público ao publicar o decreto não poderá inovar em relação à lei, apenas oferecer fiel execução, nos termos do art. 84, IV da CF/88. 
p.ex. foi editada lei do fumo, em que não poderia fumar em local fechado, na qual trouxe dúvidas quanto ao conceito de local fechado. Sendo assim, foi editado um decreto, na qual trouxe o conceito de local fechado - não inovou, apenas regulou, melhor explicou o que almeja a lei.
Poder de Polícia
Poder de polícia - é o poder conferido à administração para DISCIPLINAR, LIMITAR, RESTRNGIR, CONDICIONAR, o exercício de direitos e atividades dos particulares para a preservação dos interesses da coletividade. Com esse poder conclui-se pela supremacia do interesse público sobre o do particular. 
p.ex. fechamento de um restaurante por falta de higiene na cozinha; fechamento de um bar/multa, porque encontraram clientes fumando dentro dele; multa aplicada ao proprietário de imóvel que deteriorou a calçada em frente à ele; embargo de uma obra feita em desacordo com as posturas municipais; interdição de um prédio porque tem perigo de desmoronamento; retirada de moradores em situação de risco; aferição de taxímetros e balanças; exercício do poder de polícia nos meios de comunicação (“programa não recomendado a menor de ....idade”).
Atos administrativos
Os atos só podem ser editados para preservar o interesse público e debaixo da lei, caso contrário serão atos inválidos, ilegais, podendo ser levado ao Poder Judiciário.
Atributos do ato administrativo
Presunção de legitimidade
Os atos que a administração edita pressupõe-se legítimos desde sua edição, todavia, é uma presunção relativa (“iuris tantum”), ou seja, admite-se prova em contrário.
Imperatividade / coercibilidade
Significa que a partir de sua edição, os atos administrativos que são legítimos e de cumprimento obrigatório, ainda que sacrifique direitos do particular (supremacia do interesse público sobre o do particular). 
p.ex. se é proprietário de um imóvel, pode a administração pública diante de um interesse público desapropriar o imóvel do particular.
Auto executoriedade
Significa que a administração pode executar sozinha seus próprios atos, ou seja, não depende de autorização de ninguém (Judiciário, nem quando de agressão a direito de particular).
Se a administração percebe alguma situação de ilegalidade envolvendo ela, ou tenha que atuar porque diz respeito à supremacia do interesse público, poderá atuar.
p.ex. danceteria que toca música fora dos limites previstos em lei do silêncio, poderá o fiscal tomar alguma medida, como p.ex. lavrar um auto de infração, já o vizinho tem que ingressar com ação no Judiciário para ver seu direito protegido. O fiscal representa a coletividade por isso que pode agir no momento e sozinho.
Requisitos de validade
	CC, art. 104 
	Administrativos
	Agente capaz
	Competência - se não tinha legitimidade para editar o ato, é 
	Objeto lícito, possível
	Objeto - será inválido se o objeto for ilícito
	Forma
	Forma - inválido se não respeitar a forma
Diferença: no CC a forma é aquela não proibida por lei; Para os atos administrativos a forma é aquela prevista em lei.
	Não
	Finalidade - o que o ato deve atender - desvio de finalidade, ato inválido
	Não
	Motivo - tem a obrigação de mostrar porque o ato foi editado (razões de interesse público), situação que autoriza a prática do ato
Formas de extinção dos atos administrativos
Extinção
Anulação e revogação - instrumentos pelos quais são retirados os atos administrativos.
	
	Anulação
	Revogação
	Fundamentos
	Razões de ilegalidade
Logo, o ato é ilícito
	Razões de CONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE (até a revogação o ato era lícito, válido)Legitimidade
	Administração pública tem competência para anular seus atos (auto executoriedade).
Poder Judiciário - só faz controle de legalidade (por provocação de terceiros)
	SOMENTE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
	Decisão
	“Ex tunc”, a decisão que anula retroage os seus efeitos até o momento em que o ato foi editado, porque o fundamento da anulação são razões de ilegalidade (para eliminar todos os efeitos até então gerados). Se todos os efeitos são eliminados não se pode invocar DIREITOS ADQUIRIDOS, excetos terceiros de boa-fé.
	“Ex nunc”, a decisão NÃO RETROAGE, porque os efeitos até então gerados pelo ato devem ser mantidos, porque o ato era lícito, válido. Sendo assim, é possível reclamar direitos adquiridos.
	Prazo
	Em regra, prazo de 5 anos, nos termos da lei 9.784/99, art. 54.
	Não existe prazo para revogação de ato administrativo, fazendo conforme interesse público
Súmula 473 do STF: a administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos. Ou revogá-los por motivos de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvar em todos os casos a apreciação judicial.
O Judiciário só poderá apreciar atos revogados, quando de direitos adquiridos NÃO FOREM RESPEITADOS estará diante de uma ilegalidade, porque não aprecia o mérito da revogação, somente questão de ilegalidade.
Aula dia 26/01/2012
Estrutura da administração
Nas 4 esferas de governos a administração pública é constituída de estrutura direta e indireta.
A CF no art. 37 ‘caput”, diz que a administração direta e indireta deverão obedecer os princípios que estão ali estabelecidos (LIMPE).
Na estrutura direta, encontra-se nas 4 esferas de governo órgãos. Em regra, os órgãos não são dotados de personalidades jurídicas, ou seja, não são em regra, sujeitos de direitos e obrigações, e assim, também não apresentam capacidade processual.
p.ex. na esfera federal - Ministérios surgem como órgão da administração direta (Fazenda, Turismo, Educação, Saúde) 
Significa que se estes órgãos contraírem obrigações ou se causarem danos a terceiros a vítima não poderá acioná-los em juízo. A vítima terá que ingressar em juízo contra a esfera de governo (no ex. se for Ministério, será contra a União)
Na esfera estadual/municipal tem-se as Secretárias como órgãos (cidadania, segurança pública, saúde, fazenda pública).
Se a Secretária for estadual irá propor ação contra o Estado; Se Municipal irá propor contra o Município
Subprefeitura/Administrações regionais órgão que integram a administração direta municipal. 
Estrutura indireta
Aqui tem-se pessoas jurídicas, sendo assim, são sujeitos de direitos e obrigações, tem personalidade jurídica, e por conseqüência tem capacidade de estarem em juízo, ou seja, poderão ingressar e responder em ação judicial.
Ex. Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista
- O que elas têm de comuns? As 4 figuras representam pessoas jurídicas que se encontram na estrutura indireta da administração pública nas 4 esferas de governo
Se eventualmente causarem dano a terceiro, a vítima poderá reclamar em juízo contra a própria pessoa jurídica.
p.ex. dano contra a terceiro pelo INSS (autarquia)
Criação: As 4 pessoas são criadas e extintas por lei de iniciativa do Poder Executivo (Presidente, Governador, Prefeito).
Autonomia: A partir da criação são dotadas de AUTONOMIA, vida livre de quem as criou.
Autonomia: financeira, administrativas (fazer licitações)
- Patrimônio próprio
Não existe hierarquia, subordinação - quando são criadas ganham autonomia para desenvolver suas atividades, com observância da lei que a criou.
Agências reguladoras
É uma espécie de autarquia, ou seja, também integram a estrutura da administração pública indireta nas 4 esfera de governo.
São consideradas como autarquia de regime especial. São criadas, portanto, com uma finalidade específica, que é para REGULAR A EXECUÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS EM ESPECIAL QUANDO TRANSFERIDA PARA PARTICULARES.
Papel de regulamentação de serviços públicos, são:
elas elaboraram regras
Fiscalizam o seu cumprimento, e
Aplicam sanções quando regras forem descumpridas
p.ex. ANATEL - criada para regular a execução de serviços de telecomunicações (SBT, GLOBO, CLARO, OI, TIM, VIVO); ANEEL - agência nacional de energia elétrica; ANS - Agência nacional de Saúde (todas as seguradoras de saúde (convênios)); ANP - agência nacional de petróleo.
Terceiro setor
É formado por pessoas que NÃO integram a estrutura da administração pública, ou seja, formada por particulares.
Observe que constituído por particulares que NÃO apresentam finalidade lucrativa e se relacionam com o Estado. (fazem o que o Estado deveria fazer..., auxiliam na geração de empregos; auxiliam a população no setor de saúde; no setor de cultura; auxilia no setor de carência).
Pessoas que integram o terceiro setor: 
Também conhecidas de ONG
Organizações sociais (Santa Casa de SP (presta serviço de saúde) 
Serviços sociais autônomos (SESI, SESC, SENAC, SEBRAE)
Organizações da sociedade civil de interesse público - OSCIP’s (orquestra sinfônica do Estado de SP)
Responsabilidade do Estado
Conceito: 
É a obrigação atribuída ao Poder Público de indenizar os danos causados a terceiros pelos seus agentes, agindo nesta qualidade.
 Responsabilidade objetiva: perfil
Qual o perfil da responsabilidade do Estado? No Brasil a responsabilidade do Estado é OBJETIVA na variante do risco administrativo, ou seja, não é subjetiva, não é baseada em conceitos de culpa e dolo. A vítima poderá ingressar com ação em juízo contra o Estado, não terá necessidade de provar culpa ou dolo.
Nexo de causalidade: a vítima precisará comprovar o nexo de causalidade.
O que significa o nexo de causalidade? É a relação de causa e efeito entre o fato já ocorrido e as consequências deles resultantes. Toda vez que existir uma íntima ligação entre causa e efeito, a vítima ingressará com ação sem a comprovação de culpa e dolo.
p.ex. motorista é prejudicado por má fiscalização, porque tinha buracos na via.
Fazer uma cirurgia em um hospital público - e ao acordar verifica que a cirurgia foi feita de forma errada (tinha que operar a perna direita e operaram a esquerda) - causa de erro médico dentro de hospital público.
O CDC também traz essa previsão, devido o consumidor ser a parte mais fraca na relação jurídica.
Na variante do risco administrativo o Estado só responderá pelos danos que EFETIVAMENTE tenha causado a terceiros. Sendo assim, ele poderá ser acionado em juízo invocar em sua defesa excludentes ou atenuantes de responsabilidades, ou seja, invocar em juízo situações que afastem ou diminuem sua responsabilidade.
São 3 as hipóteses:
Caso fortuito
Força maior
Culpa da vítima
p.ex. terceiro perdeu casa devido enchente - o Estado alega que as bocas-de-lobo estavam obstruídos ou mesmo que estivessem desobstruídos, mas devido a quantidade de chuva, quer dizer fenômeno da natureza para diminuir sua responsabilidade; Caso da tragédia no Japão Tsunami atingiu os reservatórios nucleares causando danos a terceiros - fenômeno natural.
Acionado em Juízo o que o Estado:
Culpa da vítima: Não pode alegar que terceiros experimentou prejuízos (conforme fotos), que terceiro caiu em um buraco mal sinalizado, todavia, o motorista estava em excesso de velocidade (aqui o Estado tenta atenuar sua responsabilidade com base NA CULPA DA VÍTIMA).
Art. 15, XVI da CF - direito de reunião
Art. 37, §6º da CF - PJ de direito público e privado prestadores de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, ressalvado o direito de regresso, nas hipóteses de culpa e dolo - 
Aqui verifica que trabalha com 2 relações jurídicas:
A 1ª é a vítima que vai a juízo contra o Estado - a responsabilidade é objetiva na variante do risco administrativo - significa dizer que a vítima terá que demonstrar o nexo de causalidade - e o Estadosó responde pelos que danos que efetivamente causar a terceiros, ou seja, poderá alegar atenuantes e excludentes de responsabilidades.
Na 2ª parte: se o Estado uma vez condenado, poderá ingressar com ação de regresso contra o agente responsável pelo dano - pressupostos: condenado na ação da vítima proposta contra ELE. 
Partindo destes pressupostos, o agente responderá com base nos conceitos de dolo/culpa, ou seja, responsabilidade subjetiva.
A expressão “agentes públicos” abrange todas as pessoas localizadas na Administração pública (servidor, empregado, funcionários), amplia as possibilidades da vítima e do próprio Estado em juízo.
O que significa “agentes nesta qualidade”? Tem a idéia de que o agente público pode causar danos a terceiros atuando na qualidade de agente, exercendo suas atribuições OU atuando como particular.
p.ex. policial agredi civil em uma operação - policial bate em sua esposa
Exceção: existe uma única situação em que a responsabilidade do Estado será subjetiva, ou seja, por culpa e dolo - é aquela em que o dano experimentado pela vítima resulta de uma omissão praticada pelo Poder Público, p.ex. perdeu uma casa atingida por uma enchente (choveu pouco, mas suficiente para ficar alagado, porque a boca-de-lobo estava obstruída, bueiros - omissão do Estado na limpeza); Sofrendo um assalto em sua casa, liga para a polícia e a polícia não atende o chamado; incêndio no estabelecimento comercial e ligando para o corpo de bombeiros também não atendem o chamado; 
Variante do risco integral: Aquela em que o Estado responde em juízo, ainda que não tenha sido o seu causador - quando o dano for resultante de atentado terrorista em aeronave brasileira - lei 10.794/2003 (após o atentado do EUA).
Aula dia 30/01/2012
Licitação
Conceito:
 É a escolha da proposta mais vantajosa para o interesse público
Pressuposto: 
Competição: Para que o Poder público abra uma licitação tem que ter viabilidade de competição.
Fases da licitação:
Tem etapas distintas, com objetos próprios, ressaltando que não podem ser alteradas
Edital - lei interna das licitações - deverá estar presentes todas as regras, que comandará todo o procedimento da licitação (documentos exigidos, abertura dos envelopes)
Habilitação - investigar condições pessoais de cada licitante (condição técnica, financeira, jurídico, fiscal)
Classificação - aparece na sequência, em que o Poder Público abre os envelopes contendo as propostas, mas só daqueles que foram habilitados na fase anterior.
Homologação - é aquela em que o processo da licitação é encaminhado para uma autoridade superior para que ela possa verificar se nas etapas anteriores ocorreu algum tipo de ilegalidade.
Se tiver ilegalidade promoverá a anulação do certame. Se, no entanto, não ocorreu nenhuma ilegalidade, a autoridade irá ratificar, confirmar o resultado final da licitação. 
Se for na esfera federal é um Ministro de Estado. Se na estadual ou municipal é um Secretário.
Adjudicação - Com a confirmação, encerra-se a licitação, com a entrega do objeto para o vencedor da proposta.
Modalidades de licitação
Nos termos do art. 22 da Lei 8.666/93
Não basta abrir licitação
Toda vez que o poder Público quiser contratar por meio de uma concessão ou uma Parceria público privado (transferir a execução de serviço a particulares) e a única modalidade licitatória será a concorrência.
Quando o poder público quiser alienar bens é a modalidade licitatória é o LEILÃO.
Pregão: é muito utilizado desde a sua criação
Criado pela lei 10.520/2002, para tornar a licitação mais ágil e transparente.
No pregão a fase de classificação (propostas são analisadas) tem critério de julgamento único: MENOR PREÇO convenhamos que a torna mais transparente.
Nesta fase de classificação, somente o pregão prevê a participação por meio eletrônico. (nenhuma das outras modalidades licitatórias tem esta previsão).
Apresentada a proposta do menor preço, a lei prevê uma 2ª rodada de competição, diferentemente das demais modalidades. Isso é para que os demais participantes que também tiveram seus lances próximo ao vencedor da 1ª rodada, possam refazê-la.
Terminada a fase de classificação, aí sim irá analisar os documentos somente do vencedor.
Estando tudo certo, corretamente, transfere-se o objeto da licitação.
Contratações diretas
Como regra geral, o Poder Público tem a obrigação de licitar, e excepcionalmente poderá fazê-lo sem licitar, é o que prevê o art. 37, XXI, da CF/88.
São as causas de dispensa e de inexigibilidade. Ambas surgem como hipótese de contração direta.
Inexigibilidade - art. 25
Inviabilidade de competição - significa dizer que ainda que o poder Público queira, não conseguirá porque é inviável, porque um dos pressupostos é possibilidade de competição, o que não ocorre.
Tal rol é exemplificativo
Fornecedor/representante comercial exclusivo;
Contratação de profissional NOTÓRIO para uma atividade singular. (os 2 requisitos têm de estarem configurados)
Quem é o profissional notório? É aquele que conseguiu se destacar em relação aos demais no setor em que atua, ou por títulos acadêmicos obtidos, ou obras publicadas (ou seja, é um especialista da matéria).
O que é atividade singular? São as hipóteses do art. 13, é aquela que não é comum, por isso exigindo um profissional especialista.
(consultoria; elaboração de parecer técnico; profissionais do setor artístico (reconhecidos pela crítica especializada e/ou opinião pública)
p.ex. Contratar por inexigibilidade o Prof. Damásio? Depende - sabe-se que ele é notório - Contratar o prof. Damásio para fazer uma ação de alimentos, não exige sua notoriedade - mas, se contratar para fazer um parecer - sim.
Dispensa de licitação - art. 24
É uma faculdade do administrador - 
É comum a viabilidade de competição entre a inexigibilidade
Aqui a competição é viável, por isso, se o administrador quiser poderá abrir licitação.
p.ex. dispensa de licitação em razão do momento - imprevisibilidade, momento anormal, então o Poder Público poderá, ainda que viável a licitação, contratar sem licitação (em casos de guerra; emergência, nos casos de calamidade pública).
Contratos administrativos
Os contratos administrativos também são regidos pela lei 8.666/93, a partir do art. 54 e ss.
Quais as características básicas desses ajustes? 
Neles as partes não se encontram em situação de igualdade, diferentemente dos contratos particulares. Mas, por quê? Enquanto os particulares atuam em nome próprio para defender seu patrimônio, a administração pública defende a coletividade, ou seja, essa encontra em situação diferenciada em relação aos particulares.
Sua posição diferenciada permite a ela tomar medidas de forma unilateral, p.ex. a administração elabora sozinha estes contratos, o particular apenas adere;
Celebrado o contrato, a administração poderá promover alterações unilaterais no curso do contrato, mesmo que o particular não tenha descumprido nenhuma cláusula, agindo com interesse público;
Também tem a possibilidade de aplicar sanções de forma unilateral; 
Durante a execução poderá promover a rescisão dos contratos, ainda que o particular não tenha dado causa a isso, invocando razões de interesse público.
(Cláusulas exorbitantes - são aquelas que conferem prerrogativas para a administração nos contratos que celebram, que a colocam numa posição de superioridade em relação aos particulares.
Execução 
Nos termos do art. 66 da lei 8.666/93
Durante a execução as partes deverão cumprir fielmente suas obrigações, sob pena de responsabilidade “pacta sunt servanda”, enquanto as condições iniciais permanecerem as mesmas. Isso significa dizer que quando durante a execução de um contrato surgirem fatos imprevisíveis que impeçam o seu cumprimento de acordo o cronograma inicial, então modificações poderão ser feitas nas cláusulas pactuadas (exceção).
Teoria da imprevisão - tem por objetivo promover alterações nas cláusulas inicialmente pactuadas quando surgiremdurante a execução do contrato fatos imprevisíveis que impeçam o seu cumprimento nas condições inicialmente estabelecidas.
Quais são os fatos que autorizam a aplicação da teoria da imprevisão? São 4 os fatos geradores:
Caso fortuito (eventos da natureza)
Força maior (terceiros)
Fato do príncipe
Fato da administração
Fato do príncipe - é o fato imprevisível criado pelo Poder Público, incidindo sobre todos os contratos por ele celebrados (atinge várias pessoas) - p.ex. durante a execução do contrato o Poder Público cria um novo tributo (ou seja, traz prejuízo ao contratado, porque terá mais despesas em que não se tinha inicialmente).
Fato da administração - também diante de fato imprevisível, criado pelo Poder Público, que incide sobre apenas ou um dos contratos por ele celebrado. (mais restrito, atinge uma pessoa ou poucos contratos).
Alterações
Nos termos do art. 65 da referida lei.
Durante a execução de um contrato o objeto contratado não pode ser alterado, até porque se houvesse a possibilidade, isso implicaria fraude à licitação anterior.
Se por um lado o objeto não pode ser alterado, já as quantidades podem, ou seja, a lei autoriza o aumento das quantidades em até 25%, ou também na mesma percentagem a diminuição, de forma unilateral.
Exceção: aumento de 50% - quando se tratar de reformas de bens ou equipamentos públicos.
( Acordo entre as partes, onde pudesse reduzir além do percentual da lei - somente para o caso de diminuição, § 2º, II do art. 65 da Lei 8.666/93.
Rescisão
Nos termos do art. 79 da Lei 8.666/93
3 hipóteses:
Rescisão administrativa
Rescisão consensual
Rescisão judicial
Rescisão administrativa - é aquela promovida de forma unilateral pela Administração, representando a cláusula exorbitante.
Quais são as razões que podem levar essa modalidade de rescisão? Por razões de interesse público, descumprimento de obrigações pelo contratado.
Quando por razões de interesse público o contratado terá direito a indenização.
Quando por descumprimento de obrigações do contratado, ele terá direito a abertura de um processo administrativo, assegurados os direitos do contraditório e a ampla defesa.
Rescisão consensual - é aquela que é feita por acordo entre as partes. Ressalta que o acordo tem que ser favorável ao interesse Público.
Rescisão judicial - é aquela promovida pelo contratado por descumprimento de obrigações pelo Poder Público. Terá que ir ao Judiciário. p.ex. o Poder Público não paga ou paga com atraso.
Obs.: a lei autorizou o Poder Público a atrasar o pagamento em até 90 dias, desde que de forma fundamentada por razões de interesse público.
Autoriza a rescisão do contrato se houver uma suspensão unilateral na execução do contrato por mais de 120 dias.
Aula dia 31/01/2012
Serviço Público
Noção básica
Serviço público todo aquele prestado pela administração ou por particulares para a preservação dos interesses da coletividade
Somente a execução de um serviço ou obra, isso porque a titularidade do serviço é da administração e é intransferível.
Deve-se atentar que tanto pela administração quanto pelo particular, o objetivo prioritário é a preservação dos interesses públicos.
Reflexos
Se a titularidade de um serviço pertence à administração e é intransferível a particular, apresentar as seguintes consequências:
Elabora as regras para a realização da execução
Fiscaliza o cumprimento das regras, durante a execução do contrato
Aplica sanções na hipótese de descumprimento
Concessão/permissão
A administração nas 4 esferas de governo, apresenta estrutura direta (órgãos, secretarias, ministérios, subprefeituras) e indireta (pessoas - autarquias, fundações, empresas públicas e sociedade de economia mista)
A execução dos serviços poderá ser transferida para particulares, quando estes preencherem alguns requisitos, ou seja, os particulares deverão se submeter à licitação.
Por meio de qual instrumento a administração transfere a execução a particulares? CONCESSÃO E PERMISSÃO.
Como definir concessão e permissão? 
São instrumentos através dos quais, ela (adm, titular) transfere à execução via licitação de serviços ou obras públicas a particulares (art. 175 da CF).
Lei 8.987/95 - 
Qual a principal fonte de arrecadação? É a através de cobrança de tarifa dos usuários. É por meio desta cobrança que consegue ter seu investimento e manter a qualidade do serviço.
Responsabilidade:
Quem responde perante terceiros pelos danos ou responsabilidade assumidas? A Responsabilidade pertence ao concessionário e permissionário, uma vez que são pessoas, sujeitos de direitos e obrigações. É uma responsabilidade objetiva, ou seja, não é baseada em culpa ou dolo, e sim baseada em nexo de causalidade. A vítima de um concessionário para ir a juízo não terá que provar que o dano que experimentou houve a culpa ou dolo, tendo apenas a obrigação de comprovar o nexo de causalidade.
Conclui-se que quando alguém sofre um dano resultante da prestação de um serviço público, a responsabilidade será OBJETIVA, independente de quem estivesse prestando o serviço.
Entende também que a execução de um serviço público é uma relação de consumo, e por assim ser, o CDC prevê responsabilidade objetiva para o fornecedor do serviço, com objetivo de proteger o hipossuficiente.
E o titular do serviço, que é a administração no máximo responde em caráter subsidiário, significa que só será chamada em juízo depois de esgotada as forças do permissionário ou concessionário, para suportar a indenização cobrada. A vítima não poderá ir a juízo reclamar de forma solidária. 
Causas que levam a extinção de uma permissão/concessão:
Termo - é a causa de extinção das concessões por força do término do prazo inicialmente previsto (é uma causa de extinção natural);
Encampação - é a causa de extinção das concessões durante a sua vigência, por razões de INTERESSE PÚBLICO. O concessionário terá direito a indenização, uma vez que não contribuiu para a extinção;
Caducidade - é a forma de extinção das concessões durante a sua vigência, por descumprimento de obrigações pelo concessionário. O concessionário terá direito a abertura de um processo administrativo em que se assegure o contraditório e a ampla defesa.
Rescisão - é uma causa de extinção das concessões durante a sua vigência, POR DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÕES PELO PODER PÚBLICO (não paga ou paga com atraso). É a única promovida pelo concessionário. Esta será feita SOMENTE NA VIA JUDICIAL.
( Lei 8.987/95 - a partir de 95 o Brasil passa por um alargamento da economia (crescimento), atualmente estamos no 5º lugar do Mundo.
Tal crescimento trouxe um aumento nas exportações, e isso levou a muitas demandas principalmente de obras e serviços públicos (portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, hidrelétricas, hospitais, presídios), e que o Poder Público não conseguiria atuar sozinho, apenas cobrando tarifas de usuários, sendo assim nasceu em 2004 as PPP
Parcerias Públicos Privadas - PPP
Lei 11.079/2004
As PPP são espécies de concessão, que surgiram num segundo momento, para agilizarem as demandas.
Modalidades:
Modalidade patrocinada - (legítima PPP): as fontes de arrecadação - também incidirá sobre obras e serviços públicos. E seu diferencial é a dupla fonte de arrecadação.
O parceiro privado além da cobrança de tarifa de usuários será também remunerado pela administração, ou seja, receberá da administração uma contraprestação pecuniária. 
As PPP encontram alguns limites impostos na Lei:
Limites de ordem financeira: para que o governo celebre PPP, o valor mínimo será de 20.000.000 (milhões de reais), não tem valor máximo.
Limite temporal: o prazo mínimo de 5 anos e máximo de 35 anos. Ou seja, poderá cobrar tarifa dos usuários por 35 anos.
Modalidade administrativa: só incide sobre serviços. E apresenta apenas uma única fonte de arrecadação, que é o recebimento de contraprestação financeira por parte do parceiro privado, ou seja, não passa de um simples contrato administrativo, emque o contratado na medida em que executa o serviço é remunerado, só que celebrado com regras especiais (mínimo de 5 anos e máximo de 35 anos).
As PPP’s também são feitas por licitação.
Propriedade
Ainda que a CF tenha dito que a propriedade é um direito fundamental, não é um direito absoluto.
No art. 5º “caput” e no inciso XXII da CF - é um direito fundamental, cláusula pétrea. 
É um direito fundamental e pode sofrer restrições, que só se verificará para interesses coletivos, é o que se chama de supremacia do interesse público sobre o do particular. 
Meios de intervenção na propriedade:
São meios de intervenção da propriedade: 
Desapropriação - a propriedade é transferida compulsoriamente para o patrimônio público
Confisco
Requisição - implica na transferência da POSSE para o patrimônio público
Ocupação
Limitação - incide em RESTRIÇOES QUANTO AO USO.
Servidão
Tombamento
	
Desapropriação
É um meio de intervenção na propriedade, em que ela é transferida compulsoriamente para o patrimônio público, mediante pagamento de indenização.
Quem promove a desapropriação é o Poder Público, fazendo de forma unilateral, porque é compulsória. O ex-proprietário sempre terá direito à indenização. A indenização será prévia, justa e em dinheiro, quando não deu causa à desapropriação, ou seja, por razões de interesse público.
Se da desapropriação por descumprimento de regras, não deu destinação certa da função social da propriedade. Terá direito a indenização, só que não em dinheiro, mas em títulos da dívida pública, ou seja, o ex-proprietário está sendo responsabilizado (tem caráter de sanção).
Confisco
É um meio de intervenção da propriedade, em que ela é transferida compulsoriamente para o patrimônio público.
O confisco só poderá ocorrer em uma única hipótese, quando encontrar PLANTAÇÃO ILEGAL DE PSICOTRÓPICOS, nos termos do art. 243 da CF, o proprietário não terá direito à indenização. E, ainda o proprietário também ficará sujeito à sanção penal.
Requisição
É um meio de intervenção na propriedade, em que se transfere TEMPORÁRIA e compulsoriamente a POSSE, por razões de IMINENTE perigo público, mediante indenização. (o perigo já se configurou ou está prestes).
Ocupação
É um meio de intervenção da propriedade, em que se transfere temporária e compulsoriamente a posse, por razões de INTERESSE PÚBLICO. (não se verifica questões de perigo).
Limitação 
Incidência de restrição quanto ao uso
Surge como um meio de intervenção da propriedade, em que se restringe quanto ao USO, gerais e gratuitas. 
Ao se dizer que no caso da limitação, a restrição é geral, ou seja, atingirá a todos os proprietários, p.ex. zoneamento para área, área de preservação ambiental, recuo mínimo da calçada. Por ser restrição a todos, que é gratuita, ou seja, não gera direito à indenização.
Servidão administrativa
É um meio de intervenção da propriedade, que traz restrições quanto ao USO, específicas e onerosas.
Atinge apenas a uma ou algumas propriedades, que terão se sacrificar para preservar o interesse da coletividade. Sendo por atingir pessoas específicas, terá direito à indenização - até porque essas restrições acabam por gerar baixa no valor da propriedade (passagem de rede elétrica por algumas propriedades; oleoduto; gasoduto).
Tombamento
É um meio de intervenção da propriedade, que traz restrições quanto ao USO, específicas e onerosas, PARA FINS HISTÓRICOS, ARTÍSTICOS OU CULTURAIS, nos termos do art. 215 da CF.
O proprietário de um bem poderá aliená-lo, desde que as características que geraram o tombamento sejam mantidas. 
( Tombamento é registrado em cartório de imóvel;
O proprietário do bem tombado terá direito à INDENIZAÇÃO, pela restrição e pelas despesas de manutenção com o tombamento.
Obs.: incidir sobre bens imóveis e bens móveis.
Aula dia 01/02/2012
Improbidade Administrativa
Prevista na lei 8.429/92
Definição
Improbidade é sinônimo de desonestidade administrativa. Ninguém é desonesto por acaso, ou sem querer. Tecnicamente o elemento comum é o dolo, a intenção de praticar a conduta, nas hipóteses de improbidade.
Hipóteses de improbidade administrativa
As hipóteses estão na lei 8.429/92, art. 9º, 10 e 11º
O critério é a gravidade.
No art. 9º tem-se os atos de maior gravidade, uma vez que estes importarão em ENRIQUECIMENTO ILÍCITO, p. ex. desvio de verbas;
No art. 10 tem-se os atos de gravidade intermediária, que são danos ao erário, como p.ex. alienação de bens públicos abaixo dos valores de mercado (bem público vale $ 10 e vende por $ 1); aquisição pela administração de bens de terceiros acima do valor do mercado (bem vale $ 1 e compra por $ 10), tal hipótese é denominada de superfaturamento;
No art. 11 tem-se atos de menor gravidade, são os atos que atingem os princípios constitucionais da administração, como p.ex. contratar sem concurso quando ele deveria ser aberto; frustrar a licitude de um concurso (quando colocar no edital exigências estranhas para o desenvolvimento da atividade);divulgar informações oficiais antecipadas e privilegiadas para terceiros.
Representando uma ilegalidade, irregularidade poderá ser levada ao Poder Judiciário para apreciação. Ressaltando que o Poder Judiciário só faz controle de LEGALIDADE, significa que a improbidade surja como uma forma de ilegalidade, poderá analisá-la. Todavia, deverá ser provocado, conforme princípio da inércia da jurisdição.
Ações 
Quais as ações previstas no nosso ordenamento jurídico? Quem pode promovê-la?
São 2 as ações: ação popular e ação civil pública
É comum entre elas o combate à desonestidade
Na ação popular:
Sujeito ativo: é proposta por cidadão, ou seja, somente a pessoa física, isso nos leva a concluir que soberania é pressuposto de pessoa física. 
O cidadão é o nacional de um Estado, que se encontra no pleno exercício dos direitos políticos, ou seja, capacidade para votar e ser votado.
O MP pode combater atos de improbidade, não por ação popular somente pela da ação civil pública.
Sujeito passivo: Lei 4.717/65 - diz que a ação popular será proposta contra a pessoa física que praticou o ato de improbidade E contra os terceiros que tenham se beneficiado do ato.
Na ação civil pública:
Sujeito ativo: quem tem legitimidade para promovê-la? 
MP , art. 129, III, c/c § 1º da CF
A atribuição do MP não afasta a de outras pessoas, desde que presente em lei, que é a lei 7.347/85 (lei que disciplina a ACP), são elas:
Defensoria Pública
U, E, DF e M
Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedade de economia mista
Associações - desde que legalmente constituídas (estatuto registrado) e funcionamento a pelo menos 1 ano.
Observa que na ação civil pública somente Pessoas Jurídicas
Sujeito passivo: art. 2º da Lei 8.429/92 - tem que ser proposta contra o AGENTE PÚBLICO - a expressão “agente público” não se confunde com empregado público ou servidor público. 
Envolve todas as pessoas localizadas dentro da administração pública, não importa a que título ou como entrarão ali. A intenção do legislador foi punir pessoa que haja de forma desonesta.
No art. 3º da Lei - a ação deverá ser proposta também contra aquele que não seja agente, ou seja, em face de particular, quando contribuiu para que o ato ocorresse ou dele tenha se beneficiado. 
Sanções 
Previsto no art. 37, §4º da CF
São 4 as ações: 
Perda da função
Suspensão dos direitos políticos
Indisponibilidade de bens (bloqueio) - quando se percebe antevendo uma condenação, a transferência do patrimônio para terceiros
Ressarcimento dos danos causados ao erário
Foi à lei 8.429/92 no art. 12 que se encarregou de determinar a intensidade das sanções: quanto mais grave maior é a intensidade da sanção.
	
	Suspensão
	Multa
	Prazo para contratação
	Art. 9º
	8 a 10 anos
	Até 3 vezes o enriquecimento experimentado
	10 anos (antes desse prazo não poderá contratar com a adm.)
	Art. 10º
	5 a 8 anos
	Até 2 vezes o dano causado
	5 anos
	Art. 11º
	3 a5 anos
	Até 100 vezes a remuneração do agente
	3 anos
Servidores Públicos
Ingresso na estrutura da administração pública:
Quem pode intitular cargos e empregos na administração?
Art. 37, I, CF - os brasileiros e estrangeiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei.
Não confundir com possibilidade de candidatura a mandado eletivo de estrangeiro - porque não é possível, nos termos do art. 14, §3º da CF, exige a condição de brasileiro para candidatar.
Como intitular?
A investidura de cargos e empregos públicos depende de aprovação em concurso público. Cuidado, a investidura que exige concurso.
O que significa investidura? É o ato através do qual alguém passa titularizar um cargo ou emprego dentro da administração.
O objetivo do concurso é assegurar a escolha do melhor candidato e evitar privilégios, discriminações gratuitas.
Concurso público - todas as informações relacionadas ao concurso são transparentes, não pode haver sigilo.
Concurso tem que ser de provas ou provas e títulos - 
Quais são provas e títulos? Aquelas que forem compatíveis com a natureza e complexidade com o cargo - para selecionar o candidato mais eficiente.
Cuidado: a aprovação em concurso não assegura a titularização do cargo, uma vez que ainda precisa da nomeação e com a posse.
O aprovado em concurso tem direito à nomeação? Entendeu o STF que o aprovado em concurso público DENTRO DO NÚMERO DE VAGAS PREVISTO NO EDITAL tem direito subjetivo à nomeação. Estabeleceu ainda, mesmo sendo obrigada a nomear, poderá fazer quando quiser, dentro do prazo do certame.
Qual o prazo máximo de concurso no Brasil? No art. 37, III, CF, o prazo DE ATÉ 2 ANOS, o prazo máximo é 2 anos.
O prazo PODERÁ ser prorrogado por igual período (prazo de 1 ano, prorroga por mais 1 ano; se o prazo for de 2 anos pode prorrogar por mais 2 anos).
O candidato aprovado em concurso tem direito à posse? Não, porque o aprovado em concurso terá que passar por avaliação médica onde poderá ser reprovado.
Estágio probatório - 
O servidor não poderá ser demitido ou exonerado sem abertura de processo administrativo em que se assegure a ele o contraditório e ampla defesa. Súmula 21 do STF.
Tanto a demissão quanto à exoneração implica na exclusão do servidor dos quadros da administração
A demissão implica num ilícito cometido. 
Prazo do estágio: depende
Se ao término do estágio o servidor recebe estabilidade, ficando assegurado no serviço, o prazo é de 3 anos, art. 41 da CF
Se ao término do estágio o servidor recebe a vitaliciedade, o prazo é de 2 anos, art. 95 da CF, para os magistrados e promotores.
Acumulação de cargos e emprego dentro da administração
Como regra, a administração proíbe a acumulação de cargos e empregos, nos termos do art. 37, XVI da CF
De forma excepcional, desde que preenchidos 2 requisitos:
1º) compatibilidade de horários 
2º) o resultado financeiro da acumulação não pode superar o teto de remuneração dentro da administração pública
O que é o teto de remuneração? É o teto do que ganha os ministros do STF, art. 37, XI da CF
Hipóteses de acumulação:
2 cargos de professor (para que um professor acumule outro cargo de professor tem que preencher os 2 requisitos (compatibilidade honorários e respeitar o teto dos Min. do STF)
Um cargo de professor e outro técnico científico (professor no período da manhã e a tarde é diretor da escola, pesquisador)
2 cargos ou empregos PRIVATIVOS DE PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE com profissões regulamentadas.
Juiz e MP pode acumular com 1 cargo de magistério.
Remuneração dos servidores:
O teto de remuneração dos servidores é o que ganha os Ministros do STF.
No art. 37, XI da CF, criou subtetos:
O servidor estadual que estiver no executivo não poderá receber mais que o governador;
Se servidor estadual que estiver no legislativo não poderá receber mais que um deputado federal;
Se um servidor estadual que estiver no judiciário não poderá receber mais que um desembargador do TJ;
Se um servidor estadual estiver na esfera municipal não poderá receber mais que um prefeito.
Em regra, não pode haver redução das remunerações
De forma, excepcional: se a remuneração estiver acima dos subtetos ou do teto do Min do STF, ou seja, percebida de forma inconstitucional.

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