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Texto 1
Crise de imagem: o papel da comunicação no contexto da opinião pública
A crise de reputação é hoje uma das temáticas mais discutidas no campo da comunicação midiática – fato ligado à crescente importância que vem sendo dada à opinião pública que é uma instância social cada vez mais eminente e crucial para a manutenção do poder.
Por isso, os mais diversos grupos sociais investem cada vez mais nas políticas de comunicação pública e nas estratégias de comunicação organizacional, valendo-se das mais distintas ferramentas midiáticas para construir uma identidade imagética positiva perante a opinião pública e para resolver crises de reputação que a maculam.
Segundo Caldini:
1º estágio da crise = simplificação do boato, uma grande história resumida.
2º estágio da crise = exagero, os detalhes mais agudos são aumentados e a história ganha dramaticidade.
3º estágio da crise = a opinião pública interpreta o boato de acordo com a sua visão de mundo, com os seus valores.
Todas as organizações estão vulneráveis a crises, que podem ser de diferentes tipos:
Desastres industriais
Desastres naturais
De origem criminosa
De natureza econômica 
De informação 
De reputação
As crises não têm local fixo para acontecer e repercutem rapidamente na mídia, devido ao sensacionalismo feito pelos veículos de comunicação, criando um verdadeiro espetáculo para a sociedade.
Empresas que transmitem informações sobre o problema ocorrido e as ações tomadas para resolvê-lo de forma correta e eficiente superam as crises sem arranhar a sua imagem. A imprensa deve ser bem atendida e abastecida. É importante monitorar a mídia e corrigir eventuais erros para que não haja novas crises.
Texto 2
Mito e realidade da opinião pública
Mesmo com todo o avanço na área de comunicação, as pessoas nem sempre estão bem informadas. O indivíduo, algumas vezes, mostra-se conscientemente racional em suas atitudes e opiniões, enquanto que em outras situações, age de maneira emocional, movido por seus sentimentos.
Não existe opinião pública onde não haja desacordo; é indispensável para a formação da opinião pública a existência de pontos de vista divergentes e comuns que possam ser debatidos amplamente.
A opinião pública surge com uma controvérsia que não pode ser solucionada pelos padrões tradicionais, exigindo assim a reunião de várias pessoas para discuti-la, racional e amplamente, em busca de uma decisão inteligente para solucionar a questão levantada.
A discussão pública proporciona a interação dos componentes do grupo em debate e obriga a certa racionalidade, já que os argumentos e contra-argumentos expostos têm de ser justificados e criticados, envolvendo assim avaliação, reflexão e julgamento. No entanto, não se pode dizer que tais opiniões são totalmente racionais e lógicas, pois elas estão ligadas aos sentimentos e às emoções.
Não pode haver uma discussão pública racional sem que haja, anteriormente, um entendimento; a opinião pública nasce do jogo de diferenças de interesse, de motivos, de julgamentos individuais que entram em conflito e se manifestam por meio de notícias.
O grande perigo na formação da opinião pública reside na influência que os grupos de pressão vêm exercendo em todo o mundo; as informações e notícias são dispostas habilmente, intimidando e/ou persuadindo as pessoas a aceitar os pontos de vista ou propósitos autoritários desses grupos.
Na sociedade primária, os cidadãos estavam mais preocupados com os problemas locais e as controvérsias giravam em torno de questões de moral. Hoje, os problemas têm dimensões amplas, envolvendo controvérsias de caráter regional e internacional.
Formação e desenvolvimento da opinião pública:
1ª etapa = mal estar em consequência do número e da complexidade dos problemas que se levantam nas comunidades por força do crescimento rápido do mundo em nossos dias.
2ª etapa = controvérsia, em busca de resultados objetivos e imediatos.
3ª etapa = busca por delimitar a controvérsia levantada, assinalando o início da discussão pública. O debate se generaliza, provocando, às vezes, um descontentamento maior do que o surgido na primeira fase.
O público é composto, de um lado, por grupos de interesse e, de outro, por espectadores desinteressados e desunidos. A controvérsia, que cria o público, é colocada pelos grupos de interesse que procuram moldá-la a seus interesses egoísticos.
É preciso notar, incialmente, que a discussão pública pressupõe debates preliminares e exploratórios. A área da discussão pública terá sido atingida quando a controvérsia estiver realmente definida e diversas alternativas tiverem sido apresentadas.
Leis de Cantril:
1ª) A opinião pública é muito sensível aos acontecimentos importantes.
No entanto, os acontecimentos, por si sós, não provocam nem influenciam o aparecimento da opinião pública.
2ª) Em geral, a opinião pública não precede as emergências: apenas reage a elas.
A opinião pública é consequência das emergências.
A opinião pública não é uma opinião unânime nem a opinião da maioria. É uma opinião composta; consiste na tendência que resulta do embate de muitas opiniões divergentes, que se influenciam e se modificam mutuamente.
A sociedade só poderá viver em relativa harmonia com as mais amplas comunicações e os mais livres debates em busca de decisões coletivas. Somente o público, com o amplo diálogo entre seus componentes e à base de considerações racionais, poderá dar origem à opinião pública real.
Texto 3
O papel da mídia na formação da opinião pública: a contribuição de Bourdieu
O modelo cascata explica a formação da opinião pública como “resultado de um fluxo linear de informações do topo da pirâmide social até as ditas classes populares”.
Na maioria das vezes, a literatura elitista apresenta a opinião pública como o resultado de uma série de processos sociais, nos quais há uma interação muito grande de elementos emocionais e manipulativos, aliados “à pouca racionalidade”.
Segundo Bobbio, a opinião é “pública” em dois sentidos:
1º) porque surge do debate público.
2º) porque seu objeto é qualquer coisa, desde que seja de domínio público.
Allport:
Opinião pública é a expressão de opiniões do público a respeito de temas de interesse comum, que se diferencia de opinião publicada, que é a apresentação pública da opinião.
A fonte, seja ela a mídia ou outro indivíduo em uma relação pessoal, sempre tenta persuadir alguém a adotar determinada posição.
Bourdieu e Champagne:
Desacreditam na existência de uma opinião pública, justificando a existência de grupos de pressão mobilizados em torno de um sistema de interesses e, por outro lado, de disposições.
Page e Saphiro:
Defendem que a opinião pública não é apenas resultado de manipulações emocionais, pois ela apresenta uma racionalidade que se diferencia da estabilidade absoluta por ser pública.
Sartori:
Acredita que as opiniões públicas não são inatas, nem surgem do nada. Para ele, a questão sobre o que é opinião pública é respondida por meio do processo de disseminação de opiniões.
Sendo assim, considera-se que a opinião pública não é capaz de promover mudanças em si mesma, visto que ela é o resultado dos agregados de alterações nas opiniões particulares. Ela é racional e coerente. Por isso, as prioridades políticas coletivas são previsíveis, pois tratam do resultado de avaliações públicas sobre políticas já inseridas.
Dia a dia, a mídia parece perder a superioridade no tocante à formação da opinião pública, entre outras coisas, pela acentuada crise de confiabilidade da chamada “grande imprensa”.
TV:
● Desempenha uma força perniciosa de violência simbólica, que consiste em atrair a atenção para fatos que interessam a todo mundo;
● Dramatiza cenas e imagens de um acontecimento relevante (trágico e de rebelião, por exemplo);
● É flexível, pois permite ao telespectador escolher a hora e os programas que deseja assistir na TV;
● De acordo com Bourdieu, é uminstrumento de criação de realidade;
● Assim como outros meios de comunicação, noticia e enfatiza determinados eventos que acabam influenciando nos demais.
Portanto, a mídia exerce influência na formação de opinião pública, porém com certas restrições que agem como filtros de canalização social (de cunho cultural, religioso, etc.)
O pensamento que é, por definição, revolucionário, deve começar por demonstrar as “ideias feitas” e, em seguida, evidenciá-las. Para ser capaz de pensar em condições em que ninguém mais pensa, é preciso ser pensador de um tipo particular. Nesse sentido, os campos têm suas próprias regras, princípios e hierarquias, que são definidos a partir dos conflitos e das tensões.
Definição de campo, segundo Bourdieu:
Espaço social estruturado, campo de forças onde há dominantes e dominados, há relações constantes, permanentes de desigualdade que se exercem no interior desse espaço.
Quanto aos campos culturais, estes devem ser considerados, primeiramente, como um mundo econômico invertido, pois existe uma economia de produção simbólica.

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