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fichamento livro Fundamentalismo, terrorismo, religião e Paz - Leonardo Boff

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Curso de Engenharia Elétrica
Disciplina de Cultura Religiosa: Fenômeno Religioso
 Aluno: Luciano Biscardi Duarte
 Professor: César Azevedo Carneiro
Citação da fonte
Boff, Leonardo. Fundamentalismo, terrorismo, religião e paz: desafio para o século XXI - Petrópolis: Vozes, 2009.
Esquema interpretativo
Como surgiu o fundamentalismo
Um grupo de pastores publicou 12 fascículos teológicos "fundamentais para a fé".
Apresentação de uma proposta de um cristianismo extremamente rigoroso, ortodoxo e dogmático.
Importava condenar a liberdade de opinião, de religião e outras liberdades.
O fundamentalismo protestante
Tomavam as palavras da Bíblia ao pé da letra.
Não há re-interpretação dos textos, é considerado ofensivo a Deus.
Oposição a conhecimentos contemporâneos e imposição do criacionismo.
Demais caminhos espirituais estão no erro.
O fundamentalismo católico
Só há um Deus e os papas sentiam-se representantes dele.
Única Igreja de Cristo e religião verdadeira.
Fora dela há somente o erro e todos correm o risco de perdição.
Fundamentalismo doutrinal e moral.
O fundamentalismo islâmico
Alá é o único Deus e Maomé o seu Profeta.
A maioria Sunita segue rigorosamente o Alcorão.
Acabam impondo a todos a Sharia, Lei islâmica, a que todos devem acolher pouco importando as circunstâncias.
O fundamentalismo da globalização
Não há qualquer preocupação com o bem-estar dos povos.
Cerca de 500 empresas dominam toda a economia e decidem o futuro dos povos.
Nivelamento das diferenças e ameaça das singularidades culturais.
O sistema é montado sobre injustiça, exploração e depredação da natureza.
O fundamentalismo neoliberal e científico-técnico
Todo sistema que se apresentar como solução única para um problema, se inscreve dentro de fundamentalismo.
Neoliberalismo: Acumulação de bens e serviços, criando desigualdade e uma visão individualista.
Ou se insere no sistema ou é condenado a marginalidade, a exclusão.
Extrair tudo da natureza até o último momento, sem se preocupar com a preservação da vida e do planeta.
Dois tipos de fundamentalismo: de Bush e de Bin Laden
Os dois pregavam a luta do bem contra o mal. O bem sendo o próprio, e o mal o outro lado.
Os dois agem em nome de Deus: “Deus salve a américa” ou “A América fora atacada por Deus”
É característico do fundamentalismo revidar terror com terror. E foi o que os dois fizeram.
Choque ou diálogo de civilizações?
O Ocidente acredita ter a melhor cultura, e esta deve ser imposta a todos.
Deve ocorrer um diálogo entre as religiões, estabelecendo uma plataforma para as demais negociações.
Choque entre civilizações é improvável pois é capaz de extinguir a nossa espécie.
O que é, afinal o fundamentalismo?
É a atitude daquele que confere caráter absoluto ao seu ponto de vista e não tolera outra verdade.
Dois fundamentalistas: Bush e Bin Laden
O suicidário tem a convicção de que o ocidente é o grande Satã.
Devem fazer o maior número de vítimas, com as bênçãos do Altíssimo.
Bush tinha convicção de que Deus escolhera os EUA para salvar o mundo.
Só os valores Americanos eram queridos por Deus.
Ambos preferem a morte à vida, dar a própria vida para tirar a de outros.
Como conviver com o fundamentalismo?
Fundamentalistas são praticamente inacessíveis à argumentação racional.
Tratar com gestos de acolhida, convivência calorosa, dialogar à exaustão e negociar até o limite.
Porém, tolerar até o limite em que não desumanize outras pessoas.
Ultrapassando esse limite, aplicar a lei, pois combater intolerância com a mesma moeda leva a um espiral de intolerância.
São Francisco, patrono do dialogo com os muçulmanos 
“Enfrenta” o papa, dizendo que as Cruzadas não eram a vontade de Deus.
Se encontra pessoalmente com seguidores de Maomé e Prega a paz e o diálogo.
É bem recebido por eles, e concluí-se: “Se queres a paz, prepara a paz”
O sufi Islâmico Rumi, místico da paz e do Amor
Está para os muçulmanos assim como São Francisco está para os Cristãos.
Defensor do amor a tudo e a todos, a convivência pacífica.
Segundo ele, o amor a Deus não tem religião, uma ponte entre as diferenças.
Terrorismo: a guerra dos fundamentalistas 
O terrorismo substitui o diálogo, fazendo valer o seu próprio ponto de vista.
Tem o propósito de ocupar as mentes de medo e pavor.
Terrorismo é primeiramente consequência e só depois causa da insegurança.
Há que se trabalhar em uma nova ordem política, com um mínimo de equidade na participação dos recursos da Terra.
A Violência: desafio radical
A violência é fruto da injustiça e da exclusão social.
Todos carregam a violência dentro de si, e essa deve ser controlada. 
A paz resulta da administração dos conflitos utilizando métodos não conflitivos.
O culpado sempre é o outro
Há que se ter uma educação crítica e assumir, cada um, a tarefa de construir uma sociedade na qual todos possam caber, assim haverá mais paz do que violência.
A construção continuada da paz 
Precisamos superar o velho paradigma da conquista (poder-dominação)
A paz somente é possível como obra da justiça, com igual dignidade de todos e a busca do bem comum, cultivando a cooperação, a solidariedade e o amor.
Assumir compromissos que responsabilizem e comprometam com os demais.
O Mal não deve ser compreendido, mas superado.
Incorporar o espírito de gentileza 
Está relacionado com o cuidado do sentido da vida, da ética, da qualidade das relações humanas
Nunca ganhou centralidade, por isso somos tão vazios e violentos.
A gentileza como irradiação do cuidado tem chance de nos humanizar.
Resgatar a dimensão do coração 
Precisamos mais que a razão, precisamos de inteligência emocional, sensível.
O desafio é dar centralidade ao afeto e a sensibilidade, a emoção preceder a razão, que é o que temos de mais ancenstral.
Ciência com consciência e sentido ético, para termos um novo padrão de convivência com nossos semelhantes e com a Terra.
 Que provável futuro nos espera? 
Não há respostas consistentes. Há hipóteses.
São supostos 3 cenários: superimpério, superconflito e superdemocracia.
O terceiro cenário é o que está dentro da lógica de evolução, buscando níveis mais elevados de consciência.
 Conclusão - O próximo passo: capital espiritual 
Consiste na vida, na alegria, na relação inclusiva, no cuidado.
A economia estaria a serviço da vida.
O mundo do ser regendo o mundo do ter.
Irrupção da Noosfera, nova etapa, uma nova era, reconciliando conosco mesmo e com a Terra.
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Apreciação Pessoal
Percebemos que o livro proposto está estreitamente relacionado aos demais textos trabalhados ao longo do semestre e com o filme Paradise Now. Essa vivência anterior nos propicia uma boa bagagem para que possamos compreender e absorver melhor as ideias do “fundamentalismo, terrorismo, religião e paz”. Com um vocabulário simples, porém esclarecedor e, um texto de fácil leitura, o livro nos apresenta seus temas de uma forma que não é comumente abordada pela mídia. Apresenta de forma clara não somente o fundamentalismo, que é presente em setores de todas as religiões, mas também a parcialidade com que a mídia ocidental trata o tema.
Acostumados com a visão de que fundamentalistas são os extremistas islâmicos, e fazendo relação quase que imediata com o terrorismo, somos confrontados com a visão de que há setores fundamentalistas em todas as religiões, em governos, no mercado de capitais, logo sendo o fundamentalismo bastante diversificado e bem mais extenso do que as fronteiras do Islã. Não bastante, conseguimos perceber fundamentalismo em algumas de nossas ações, julgando o semelhante como errado e a nós como certos e impondo nossa opinião como única possível de ser certa.
A grande mídia mostra as notícias com muita parcialidade, colocando até mesmo o governo de Israel e dos EUA, com seus bombardeios cruéis, com o adjetivo de combatentes do terrorismo. Agora, porém, fica mais claro que também são fundamentalistase estão combatendo intolerância com uma igual intolerância, se diferenciando no poder financeiro e nas armas que cada um tem.
Sendo a desigualdade social e a exploração dos semelhantes um combustível para esse terrorismo, esses devem ser evitados a todo custo, e esse modelo exploratório e cerceador de acesso aos recursos deve dar lugar a um que tenha um mínimo de equidade no acesso aos recursos da Terra.
Colocadas as questões do fundamentalismo e terrorismo, o autor nos leva a análise de que todos esses conceitos devem ser deixados para trás, superados, e irmos a uma busca maior, um estágio mais avançado da convivência e espiritualidade, a busca de uma unidade comum, a paz continuada.
Esse estágio superior, com uma convivência respeitosa, que imaginávamos não ser possível devido aos fundamentalistas extremistas (e agora sabendo dos fundamentalistas capitalistas, entre outros), é demonstrado ainda com o exemplo de São Francisco que conseguiu estabelecer uma boa relação com os “inimigos”, nos mostrando que o melhor caminho é realmente o diálogo respeitoso por ambas as partes.
Pelo exposto, devemos nos valer de todos os argumentos possíveis para tentar mostrar aos fundamentalistas que nenhuma verdade será totalmente absoluta. Que há como se respeitar pensamentos existentes dos dois lados, para que enfim seja encontrada a harmonia entre os povos.
Não só o livro, mas os temas abordados em sala, são importantes para entendermos como os fundamentalistas estão errados, e corrigirmos nossa própria postura, de modo a não repetir estes erros de intolerância e imposição do que consideramos ser a verdade.

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