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Enzimologia Aula 2 Leitura sugerida Biochemistry Voet & Voet 3ª edição Capítulo 10 – parte 1Bb (página 323), parte 4A, 4B e 4C (páginas 346-350) Structure and Mechanism in Protein Science Alan Fersht 1999 Capítulo 10 – páginas 289-304 No caso das “enzimas alostéricas” a v0 varia muito mais mesmo com menores variações de [S]. A formação de [ES] parece depender de uma afinidade entre E e S que é crescente. Daí a hipótese de “cooperatividade” entre os sítios ativos. Modelo de Hill Cooperatividade infinita E + nS ESn E + nP S S S S + S Proporcional a v0/Vmax Esta passagem está detalhada na próxima página. Linearização (ver slide 8) 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 0 2 4 6 8 10 12 4 2 1 Simulação para diferentes valores de n (4, 2 e 1) y = 3x - 0.699 R² = 1 -4 -3 -2 -1 0 1 2 -1.5 -1 -0.5 0 0.5 1 Lo g (v 0/ 1- v0 ) Log [S] Demonstração da linearização Parâmetro de Hill (h) A constante de Hill (n) aumenta proporcionalmente com o grau de cooperatividade da ligação de S, porém nunca atinge o valor real de número de sítios. N = 1 à ligação não-cooperativa N > 1 à ligação com cooperatividade positiva N < 1 à ligação com cooperatividade negativa Modelo Simetria Concatenada Enzima é um oligômero com subunidades idênticas Estados T e R estão em equilíbrio. Ambos podem ligar S, porém afinidade por R é maior (KR < KT) Todas as subunidades da enzima alteram de conformação concatenadamente. Qualquer complexo ES pode gerar produto do mesmo modo T0 R0 T1 T2 T3 T4 R1 R2 R3 R4 L + S + S + S + S + S + S + S + S KT KT KT KT KR KR KR KR Ver simulação no próximo slide 0 0.5 1 0 5 10 15 20 a Y S L = 10.000 L = 1 L = 100 L = 1000 c 0 n = 4 P ro po rc io n a l à v 0 /V m a x y = 1.4403x - 1.0753 R = 0.99 y = 2.5988x - 1.9496 R = 0.99 -3 -2 -1 0 1 2 3 0 0.5 1 1.5 L = 1000 L = 10.000 Log [S] Lo g (Y s / 1 – Ys ) L cooperatividade Coeficiente de Hill Para c = 0 Quanto maior [T], maior a cooperatividade c 0 n = 4 L = 1.000 A formação dos complexos R1, R2, etc... desloca o equilíbrio no sentido do estado de maior afinidade (R) pelo ligante T0 R0 R1 R2 R3 R4 L + S + S + S + S KR KR KR KR Visão simplificada do esquema inicial assumindo os valores simulados nos slides anteriores (14 e 15) O equílibrio T – R, com [T0] > [R0], é essencial para existência da cooperatividade. O deslocamento do equílibrio aumenta a concentração dos sítios de maior afinidade por S. 0 0.5 1 0 5 10 15 20 a YS c à 0 ; S liga somente em R c = 0,1 ; Afinidade por R é 10x maior c = 0,04 Afinidade por R é 25x maior L = 1.000 n = 4 p/ L > 1 e cte. c cooperatividade coeficiente de Hill y = 1.4403x - 1.0753 R = 0.99 y = 2.5988x - 1.9496 R = 0.99 -3 -2 -1 0 1 2 3 0 0.5 1 1.5 Log [S] Quanto maior a afinidade entre S e R em comparação à S e T, maior a cooperatividade Lo g (Y s / 1 – Ys ) c = 0,1 ; Afinidade por R é 10x maior c à 0 ; S liga somente em R T0 R0 L R0 + ativador (efetuador alostérico +) T0 + inibidor (efetuador alostérico -) + + + - Efetuador alostérico positivo desloca equilíbrio no sentido de R, aumenta o Ys para uma mesma [S] e reduz a cooperatividade. Efetuador alostérico negativo desloca o equilíbrio no sentido de T, reduz o Ys para uma mesma [S] e aumenta a cooperatividade. Para L >>1 e c à 0 0 0.5 1 0 5 10 15 20 a Y S L = 1.000 n = 4 c = 0 Inibidor; efetuador negativo Ativador; efetuador positivo Modelo Sequencial A afinidade depende do número de sítio disponíveis. Cooperatividade positiva K2 < K1 Cooperatividade negativa K2 > K1 Cooperatividade resulta da influência de uma subunidade (acoplamento estrutural) sobre a outra. Forte acoplamento= simetria S S S S + S + S + S + S K1 K1 K2 K2 A equação de Adair pode representar o modelo sequencial Solução K1 K2 K3 K4 Hemoglobina 8.8 6.1 0.85 0.25 Hb+NaCl+BPG 97 43 11.9 0.09 Aumento de 35 vezes na afinidade entre ligação 1 e 4 Aumento de ~1.000 vezes na afinidade entre ligação 1 e 4 (~20 kJ/mol) a1-b1 interface tem 35 pontos de interação Inteface a1-b2 tem 19 pontos de interação Na passagem deoxi-oxi alteram-se principalmente os contatos entre a1-b2 e a2-b1 Bases estruturais do mecanismo de funcionamento da Hemoglobina Bom exemplo para o modelo de simetria concatenada Ao “arrastar” o Fe, a His proximal também é “puxada” em direção do grupo heme. A simples aproximação do resíduo de His não é possível devido a um impedimento estérico entre a cadeia lateral deste resíduo e o próprio grupo heme. Esta aproximação só é possível devido a um “giro” na cadeia lateral. Como o resíduo de His está “bem empacotado” na hélice F, esta movimentação somente é possível com um deslocamento da hélice como um todo (Fig. 9-15 e 9-16). Bases estruturais do mecanismo de funcionamento da Hemoglobina Bases estruturais do mecanismo de funcionamento da Hemoglobina A movimentação da hélice F (a1) leva a uma alteração da interface de contato (interações) a1-b2 (principalmente hélice C(b2) e alça FG(a1). A forma deoxi (T) e oxi(R) são estabilizadas por dois conjuntos de ligações de hidrogênio (diferentes, mas equivalente) (Fig. 9-19). A movimentação da hélice F faz a estrutura quaternária alternar entre estes dois mínimos (formas estáveis) possíveis. Estruturas intermediárias são menos estáveis devido a perda das ligações de hidrogênio. A maior “rigidez” (maior nº de interações) das interfaces a1-b1 e a2-b2 faz com que a movimentação em uma das interfaces (p.ex a1-b2) seja propagada para a outra inferface. Bases estruturais do mecanismo de funcionamento da Hemoglobina A alteração da estrutura terciária em uma subunidade da hemoglobina se propaga por toda a molécula, ou seja, a passagem de uma subunidade para o estado R leva todas as demais subunidade também para o estado R. No estado R, o átomo de Fe já se encontra posicionado para ligar o O2 sem a existência de impedimento estérico e com o comprimento de ligação de maior energia. Assim, o sítio de ligação já está preparado para ligar o O2, ou seja, tem maior afinidade pelo ligante. Se a forma deoxi (T) e oxi(R) são estabilizadas por dois conjuntos de ligações de hidrogênio (diferentes, mas equivalente), a passagem T à R é “guiada” pela energia proveniente da formação da ligação Fe-O2. Já na ausência de ligante a forma T é mais estável que R devido a um conjunto de ligações iônica envolvendo resíduos do C-terminal (a e b) Número do slide 1 Número do slide 2 Número do slide 3 Número do slide 4 Número do slide 5 Número do slide 6 Número do slide 7 Número do slide 8 Número do slide 9 Número do slide 10 Número do slide 11 Número do slide 12 Número do slide 13 Número do slide 14 Número do slide 15 Número do slide 16 Número do slide 17 Número do slide 18 Número do slide 19 Número do slide 20 Número do slide 21 Número do slide 22 Númerodo slide 23 Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 Número do slide 27 Número do slide 28 Número do slide 29 Número do slide 30 Número do slide 31 Número do slide 32
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