Grátis
10 pág.
Denunciar
Pré-visualização | Página 3 de 4
→ M e + − + − 2 , onde M+ é o íon molecular, o qual fragmenta, produzindo íons menores e outros fragmentos. Os espectros produzidos por EI são bastante complexos e com muitas informações (devido à extensa fragmentação), tanto que, dependendo do caso, o íon molecular não é preservado, o que dificulta a determinação da massa do composto. Já na ionização química (CI), a formação dos íons ocorre pela reação entre os elétrons de alta energia e um gás reagente, geralmente metano, produzindo íons capazes de ionizar o composto de interesse. Pode ocorrer formação de íon positivo ou negativo, por adição ou subtração de espécies negativas ou positivas da molécula de interesse. A quebra desses íons produz fragmentos iônicos e neutros. Comparativamente ao espectro obtido por EI, aqui, eles são muito mais simples, já que a fragmentação é bem menos intensa e, além disso, sempre é possível ver o íon molecular. - Analisadores de massas: a saída de qualquer fonte de ionização é um feixe de íons positivos ou negativos (geralmente, positivos) que são acelerados para os analisadores. A função destes é análoga a dos monocromadores nos espectrômetros ópticos, com a diferença de que, aqui, a dispersão se dará com base nas razões m/z. No entanto, uma diferença importante é a necessidade de um alto vácuo para que as colisões com componentes atmosféricos não interfiram na análise. Idealmente, um analisador de massas deve ser capaz de distinguir minúsculas diferenças de massa. Vale lembrar que fragmentos neutros não são detectados, já que não são afetados por um campo magnético ou outro sistema de filtração de massas. Dentre os vários tipos de analisadores disponíveis, estudaremos, a seguir, quatro dos mais empregados. Os analisadores com setor magnético empregam um imã permanente ou eletroímã que possibilita que o feixe da fonte de íons percorra uma trajetória circular definida. Sob efeito desse campo, o grau de deflexão de cada íon dependerá da sua massa e carga, tornando possível selecionar as razões m/z de interesse. Ponto 7: Quatro são os núcleos de maior interesse na área química, bioquímica e médica, que são os núcleos 1H , 13C , 19F e 31P . Isso porque o número quântico de spin desses núcleos é 1/2, podendo, assim, assumir dois estados de spin, + 1/2 e – 1/2. Quando um núcleo com spin 1/2 é exposto a um campo magnético externo, seu momento magnético se orienta em uma das duas direções. Vale lembrar que, como todos os compostos orgânicos contêm alguns desses átomos, a técnica pode ser considerada universal para os compostos orgânicos. Como já citamos, quatro são os núcleos mais importantes na RMN: 1H , 13C , 19F e 31P , sendo os dois primeiros, certamente, os mais comuns, já que são os átomos mais comuns presentes em compostos orgânicos. O RMN de 13C , apesar de ter sido estudado desde 1957, só começou a ser utilizado mais recentemente, quando instrumentos suficientemente sensíveis foram desenvolvidos, capazes de detectar o fraco sinal de RMN do núcleo de 13C . Em relação ao RMN de prótons, o RMN de 13C apresenta algumas vantagens, como o fato de fornecer informações sobre o esqueleto da molécula (não sobre a periferia) e de serem observados menos desdobramentos e sobreposições nos espectros. O desdobramento spin-spin não ocorre, pois é difícil encontrar dois 13C adjacentes. Ponto 8: Coulometria de corrente controlada (titulações coulométricas): emprega uma corrente constante que produz eletroliticamente o titulante, a qual passa através da célula até um sinal indicar uma reação completa. A quantidade de carga necessária para alcançar o ponto final é calculada pela magnitude da corrente e pelo tempo gasto. Nos dois casos, o analito precisa reagir com 100% de eficiência da corrente. A eficiência de 100% não implica que o analito deve participar diretamente do processo de transferência de elétrons com o eletrodo, podendo participar em uma reação secundaria àquela que ocorre no eletrodo. Em alguns casos, é adicionado outro reagente que finaliza a reação de oxidação com 100% de eficiência de corrente. Alguns dos instrumentos comerciais são usados para determinar várias espécies, já outros são projetados para somente um tipo de análise, como os tituladores de cloreto (nos quais íons prata são coulometricamente gerados), monitoramento de dióxido de enxofre, dióxido de carbono e titulação de água (reagente de Karl Fisher é eletroliticamente gerado). Ponto 9: Espectrômetro de Massas (EM). Os compostos eluidos da coluna cromatográfica são bombeados para dentro de uma fonte ionizante, onde são fragmentados. Esses íons são separados em um analisador, de acordo com sua razão massa/carga, e os íons selecionados direcionados para o sistema de detecção. Uma grande vantagem desse tipo de detector (que pode ser acoplado ao CLAE também, como já vimos) é que, além da análise quantitativa, ele permite uma identificação positiva de quase todos os compostos analisados. CG/EM é a única técnica que permite uma identificação conclusiva de quase todos os compostos (exceto isômeros), em nível de microgramas. No caso de limites de detecção menores e análises confirmatórias, pode ser necessário o acoplamento com um espectrômetro de massas. PONTO 10: Na Cromatografia em Camada Delgada (CCD), a separação cromatográfica é regida pelo processo da adsorção. A separação, geralmente, também se dá de forma ascendente, mas aqui a FE é uma camada delgada de um adsorvente retido em uma superfície plana. É uma técnica muito utilizada, pois, além de ser de fácil execução e baixo custo, é muito versátil, como veremos a seguir. As FE mais comuns na CCD são a sílica (SiO2 ), a alumina ( Al2 3 O ) e o florisil (silicato de magnésio). As placas podem ser adquiridas prontas no mercado, ou preparadas no próprio laboratório através de técnicas específicas para a deposição do adsorvente sobre a placa de vidro. A seleção da FM a ser utilizada na separação deve ser realizada com cuidado, já que poderá existir uma competição entre moléculas da FM e da amostra pelo adsorvente. Os adsorventes são os mesmos empregados na CCD, além do silicato de magnésio (florisil) e do carvão ativado, sendo que os compostos eluirão de acordo com a sua polaridade. Em seguida, devemos pensar nas características da Cromatografia em Camada Delgada. Como vimos, ela pode ser utilizada para substâncias incolores, como é o caso das substâncias supracitadas, desde que seja utilizado algum tipo de revelador, assim isso não seria um problema. Vimos também que pode ser usada tanto para identificação como para quantificação, desde que sejam usados padrões para comparação e que os resultados são repetitivos geralmente. Dessa forma, a técnica não é limitada para a determinação desses compostos em termos de características físico-químicas. Também, não é limitada em termos de características da amostra, já que vários adsorventes e solventes podem ser usados como FE e FM, respectivamente, de forma a permitir a análise de amostras bastante complexas, como sangue e urina. No entanto, o que limita a técnica é a sensibilidade dela. Atualmente, ela tem sua maior utilização nos laboratórios para análise preparativa, ou seja, para a limpeza de um extrato, para a extração de um composto e para eliminar interferentes. Na literatura, é possível encontrar artigos com referência à análise de cafeína por CCD, mas em amostras de chás, cafés e medicamentos, ou seja, em concentrações bem mais altas. Efedrina em plantas, e anfetaminas e sibutraminas em laxantes fitoterápicos também são relatados na literatura, mas em todos os casos estamos falando na determinação do composto na própria matéria-prima, ou seja, com dosagens altas. Já vimos que na cromatografia em fase normal a FE é polar e a FM é apolar. Assim, podemos supor que a FE seja alumina ou sílica, e a