3. Flagelados Giardia & Trichomonas

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Mastigophora (Flagelados)
O Subfilo Mastigophora reúne os organismos denominados flagelados, por se locomoverem por propulsão flagelar
Diplomonadida possuem o núcleo e outros órgãos duplicados, de forma que o corpo apresenta simetria bilateral
Trichomonadida possuem só uma forma de desenvolvimento, possuindo um único núcleo e um ou mais flagelos, 
cada um dos quais com um axóstio. Podem também apresentar cinetoplasto.
Ordem Família
O gênero Giardia inclui flagelados parasitos do intestino delgado de mamíferos, aves, répteis e anfíbios, 
tendo sido, possivelmente, o primeiro protozoário intestinal humano a ser conhecido;
Giardia lamblia, Giardia duodenalis e Giardia intestinalis têm sido empregadas como sinonímia, 
particularmente para isolados de origem humana;
A primeira descrição do trofozoíto tem sido atribuída a Anton van Leeuwenhoek (1681), que notou
"animalúnculos móveis" em suas próprias fezes
Giardia
Giardia – Morfologia do Trofozoíta
A face dorsal é lisa e convexa, enquanto a face ventral é côncava,
apresentando uma estrutura semelhante a uma ventosa, chamados de
discos adesivos – Possui 4 pares de flagelos;
O disco adesivo é uma estrutura rígida, reforçada por microtúbulos, 
fitas fibrosas e rodeado por uma flexível e aparentemente contrátil 
borda estriado de citoplasma
Giardia – Morfologia do Trofozoíta
Giardia – Morfologia do Trofozoíta
Giardia – Morfologia do Cisto
Cistos ovóides com parede cística (quitina), 2 a 4 núcleos (duplas estruturas internas)
Encistamento - colón
Desencistamento - passagem pelo estômago - eclosão intestino delgado 
1 cisto - 2 trofozoítas
Habitam o duodeno e parte do jejuno, mergulhados
nas criptas e aderidos à mucosa - disco adesivo;
Cistos são as formas infectantes;
Giardia – Ciclo Biológico
Um número enorme de flagelados podem acumular-se rapidamente, calcula-se que uma única fezes
diarreicas pode conter 14 bilhões de parasitas e fezes de um indivíduo moderadamente infectado pode
conter 300 milhões de cistos
Giardia – Ciclo Biológico
A transmissão:
 Ingestão de água ou alimentos contaminados,
 Contato direto pessoa a pessoa (principalmente em creches, asilos, orfanatos e clínicas psiquiátricas);
Artrópodes (cistos permanecem vivos por 24 horas no intestino de moscas e 7 dias na barata), sendo os
artrópodes capazes de disseminar o parasito através de seus dejetos ou regurgitamento;
 Sexo anal-oral;
 Riachos e reservatórios contaminados;
Porcentagem de espécies de parasitas isolados de populações de Blatela germanica
Mecanismo de patogenicidade
- Não ocorre invasão da mucosa
- Processo principalmente mecânico, parasitas aderem e recobrem
a parede do duodeno, formando um “tapete” (impede absorção)
- Perda de microvilosidades quando o parasita descola diminui a absorção
intestinal
- Diarréia “mecânica”
- Evidências toxina (CRP136)
Giardia duodenales
Mecanismo para a intolerância à lactose e diarréia
patologia e sintomatologia
Variável:
- Assintomática 
- Sintomática: Diarréias brandas e auto-limitantes à diarréias crônicas e debilitantes 
1. Aguda (até 2 meses), intermitente e auto-limitante
Dores abdominais (cólicas)
Diarréia (fezes pastosas ou líquidas: muco + gordura
2. Crônica - má absorção intestinal, estão associados a desnutrição- má absorção de 
gorduras e vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K), vitamina B12, ferro, xilose, lactose
3. Crianças: diarréia crônica, dor abdominal, anorexia e perda de peso
4. Indivíduos que nunca entraram em contato com o parasita antes podem apresentar 
diarréia aquosa, explosiva, com odor fétido e dor abdominal – diarreia dos viajantes
Giardíase
Profilaxia
Saneamento básico (água) – Cloro utilizado H2O não é suficiente
Higiene - creches, asilos
Cuidados com alimentos
Tratamento dos doentes
Tratamento dos portadores assintomáticos - muito importante
Animais domésticos (cães e gatos) podem ser reservatórios
Vacinas veterinárias - cães e gatos 
Giardia duodenales
Giardia lamblia
CICLO VITAL
6 a 15 dias
Int.grosso
Int.delgado
Família Trichomonadidae
Membros dessa família são facilmente reconhecidos por possuírem:
• Um tufo anterior de flagelos
• Uma firme haste mediana (Axóstilo)
• Uma membrana ondulante ao longo do flagelo recorrente
Família Trichomonadidae
Da família Trichomonadidae, apenas 3 espécies são encontradas em humanos:
Trichomonas vaginalis, Trichomonas tenax e Trichomonas hominis
Trichomonas vaginalis
4 flagelos anteriores livres, desiguais, 1 flagelo recorrente,
voltado para trás, aderente ao corpo celular, estendendo-se até
o meio do corpo conectado à membrana ondulante
Axóstio – Microtúbulos justapostos que atravessam o corpo
celular e forma saliência posterior
Costa – Faixa que percorre o citoplasma nas proximidades do
flagelo recorrente, circundada por hidrogenossomos;
Corpo parabasal – conjunto de fibras parabasais (uma mais
longa que a outra) e aparelho de Golgi;
Flagelos, axóstilo, costa e corpo parabasal origem em
blefaroplastos, no canal periflagelar, envolvidos pela pelta
Trichomonas vaginalis
Seu formato pode variar entre ovóides, 
arredondados ou elipsóides
Trichomonas vaginalis
É a única espécie de Trichomonas patogênica para o ser humano;
Reprodução por fissão binária longitudinal;
Desenvolvimento em pH 5,0 e 7,5 (pH vaginal varia de 3,5-4,5)
– Temperatura entre 20 a 40 °C
– Anaeróbio facultativo
Utilização de glicose, maltose e galactose
Desprovido de mitocôndrias
Presença de ferredoxina-oxidorredutase que convertem o piruvato em acetato para liberação de ATP.
Reserva de glicogênio
O T. vaginalis habita a vagina e uretra das mulheres e próstata,
vesícula seminal e uretra dos homens, onde produz a infecção e
não sobrevive fora do sistema urogenital;
Trichomonas vaginalis
Não formam cistos!!
Tricomoníase – Instalação da Infecção
O flagelado pode viver muitos anos no canal genital das meninas, em estado de vida latente, determinando o
aparecimento de sintomas quando variam as condições fisiológicas da vagina infantil, como por exemplo,
modificação da flora, alterando o pH vaginal
O protozoário é resistente no meio externo em condições de umidade, conservando por algum tempo após sua
expulsão do organismo, sua vitalidade e infecciosidade. Roupas pessoais, de cama, artigos de toalete, assentos
de privada, instrumentos ginecológicos podem veicular o parasito.
Patologia Tricomoníase
A infecção não se estabelece em vaginas normais
- facilitada por alterações da flora bacteriana, aumento do pH, 
descamação excessiva, etc. 
Acarretadas por alterações hormonais, inflamações, etc
a) Forma assintomática + comum homens: subclínica e benigna
b) Forma sintomática + comum mulheres: vaginite, vulvovaginite e 
cervicite
Corrimento, forte prurido, ardor
pessoas infectadas - risco maior de adquirir HIV