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Organiza o do Estado. 2016.1 (1)

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O que é sociedade?
"a sociedade é o grupo derivado de um acordo de vontades, de membros que buscam, mediante o vínculo associativo, um interesse comum impossível de obter-se pelos esforços isolados dos indivíduos." (Paulo Bonavides). 
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Elementos constitutivos:
É sociedade politicamente organizada, dotada de características próprias.
Estado
 Povo: pessoas ligadas ao Estado pela nacionalidade
 Território: local de validez da ordem jurídica do Estado
 Soberania: poder supremo de autodeterminação e de autocondução do Estado (de acordo com a vontade do povo)
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Formas de Estado
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Formas de Estado
Classificação Atual
 Estados Unitários:
 Simples, Centralizados ou Puros
 absoluta centralização do exercício do Poder
 Desconcentrados
 divisão em níveis administrativos (representantes do poder central)
 Descentralizados
 descentralização em entes autônomos:
 eleição dos órgãos dirigentes
 personalidade jurídica própria
 exercício de competências administrativas (lei nacional) 
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Formas de Estado
Classificação Atual
 Estado Regional (Itália):
 4 níveis de competências administrativas (o Estado nacional, a região, a província e a comuna)
 2 níveis de competências legislativas ordinárias (o legislativo nacional e o legislativo regional), nos limites da lei nacional
 1 judiciário nacional desconcentrado
Estado Autonômico (Espanha):
 Exercício de competências administrativas e legislativas ordinárias (estatuto de autonomia das regiões submetido à aprovação das Cortes Gerais)
 Revisão periódica do Estatuto
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Formas de Estado
Classificação Atual
 Federação:
 
 
 Base jurídica constitucional do Estado
 Rigidez constitucional, com cláusulas pétreas
 Nacionalidade única
 Repartição constitucional de competências
 Distribuição constitucional de rendas
 Possibilidade de intervenção nas unidades regionais
 Participação das entidades parciais na formação da vontade nacional
 Indissolubilidade do vínculo federativo
 Existência de órgão de cúpula do Poder Judiciário
 Entidades federadas autônomas
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 Capacidade de auto-organização
Autonomia Política das Entidades Federativas
Caracteríticas
 Capacidade normativa (autolegislação ou normatização própria)
 Capacidade de auto-administração
 Capacidade de autogoverno
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A Federação Brasileira
 Fragmentação de estado unitário (movimento centrífugo, segregação)
 Federação em 3 níveis:
 Entidades Federativas: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
 Modelo de partilha de competências:
 União: enunciadas pela Constituição Federal
 Estados: residuais
 Municípios: referentes ao seu interesse local
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Entidades Federativas
 União:
 Entidade central formada pela reunião das partes, com “dupla personalidade”:
 Papel Interno: Execução de atividades gerais de regulamentação de toda a sociedade, agindo em nome de toda a Federação ou em seu próprio nome
 Papel Externo: Representa, através de seus órgãos, a República Federativa do Brasil (pessoa jurídica de direito internacional) 
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Entidades Federativas
 Distrito Federal:
 Entidade federativa 
 híbrida 
 arts. 32, 147, 155, CF
 Entidade parcialmente
 tutelada
 art. 21, XIII e XIV, CF
 art. 22, XVII, CF
 Distrito Federal ≠ Brasília 
 art. 18, § 1º, CF
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Entidades Federativas
 Estados Federados:
 Exercício do poder constituinte decorrente e da capacidade normativa:
 Princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII, CF)
 Princípios federais extensíveis (Ex: art. 2º, CF)
 Princípios constitucionais estabelecidos
 normas de competência (Ex: art. 25, § 2º, CF)
 normas de preordenação (Ex: art. 27, caput, CF)
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Entidades Federativas
 Municípios:
 Sistema federativo brasileiro
 arts. 1º, 18, 29, 30 e 34, VII, c, CF
 Regras obrigatórias (Lei Orgânica):
 Eleição do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores
 art. 29, I, II e III, CF
 Composição da Câmara proporcional à população
 art. 29, IV, CF (Resolução TSE nº 21.702/2004)
 art. 29, IV, CF (EC nº 58/2009) 
 Fixação dos subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários Municipais (lei de iniciativa da Câmara)
 art. 29, V, CF
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Entidades Federativas
 Regras obrigatórias (Lei Orgânica):
 Fixação dos subsídios dos Vereadores:
 pela própria Câmara (Resolução)
 regra da legislatura ou da anterioridade
 Limites:
 percentual (20% a 75%) do subsídio do Deputado Estadual (art. 29, VI, a-f, CF)
 subsídio do Prefeito (art. 37, XI, CF)
 percentual (5%) da receita do Município (art. 29, VII, CF)
 FOLHA: percentual (70%) dos duodécimos (art. 29-A, § 1º, CF)
 DTP: percentual (6%) da RCL do Município (art. 20, III, a, LRF)
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Entidades Federativas
 Regras obrigatórias (Lei Orgânica):
 Imunidade dos Vereadores (art. 29, VIII, CF)
 Proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança, similares as dos Congressistas, no que couber (art. 29, IX, CF)
 Prerrogativa de foro do Prefeito (art. 29, X, CF)
 Organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara (art. 29, XI, CF)
 Cooperação das associações representativas no planejamento municipal (art. 29, XII, CF)
 Iniciativa popular de projetos (art. 29, XIII, CF)
 5% do eleitorado
 Perda do mandato do Prefeito (art. 29, XIV, CF)
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Transformação de Estados e Municípios
 Quais as hipóteses?
PERNAÍBA
 Fusão (incorporação entre si)
 perda da personalidade primitiva
 surgimento de um novo Estado
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 Outras hipóteses:
 Subdivisão (cisão)
 separação do todo em várias partes autônomas
 perda da personalidade primitiva
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 Outras hipóteses:
 Desmembramento-formação
 separação de uma ou mais partes do todo, formando unidades autônomas
 manutenção da identidade do ente primitivo
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 Outras hipóteses:
“No século XIX, os pernambucanos, engajados nas lutas pela independência e na construção do estado, insurgem-se contra o empobrecimento da região. Na Revolução Pernambucana, em 1817, é organizado o primeiro governo brasileiro independente e proclamada a República. Os rebeldes voltam a se manifestar na Confederação do Equador, em 1824, que defende a autonomia regional contra o centralismo do império. Em 1848 ocorre a Revolta Praieira, também de caráter liberal e federalista. Nessa luta, além da separação de Alagoas, toda a extensa comarca do São Francisco é tirada de seu território original, sendo repartida entre Bahia e Minas Gerais.” (fonte: www.portalbrasil.net/estados_pe.htm) 
 Desmembramento-anexação (incorporação)
 separação de uma ou mais partes do todo, anexando-se a outro(s) entes
 manutenção da personalidade primitiva
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 Como são transformados os Estados?
 Plebiscito 
 manifestação negativa vinculante
 Audiência das Assembléias 
 Legislativas dos Estados 
 interessados
 manifestação meramente opinativa
 Lei Complementar Federal específica
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 E os Municípios?
 Lei Complementar Federal genérica
 definição dos períodos de mutação
 Lei Ordinária Federal genérica
 definição dos requisitos para elaboração/divulgação do estudo de viabilidade municipal
 Plebiscito
 manifestação negativa inviabiliza apreciação do projeto
 Lei Ordinária Estadual específica
Art. 18, § 4º, CF: NORMA DE EFICÁCIA LIMITADA (STF)
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“É assegurada a instalação dos Municípios cujo processo de criação teve início antes da promulgação da Emenda Constitucional nº 15, desde que o resultado do plebiscito tenha sido favorável e que as leis de criação tenham obedecido à legislação anterior.” (Lei nº 10.521/2002)
“Ficam convalidados os atos de criação, fusão, incorporação e desmembramento de Municípios, cuja lei tenha sido publicada até 31 de dezembro de 2006, atendidos os requisitos estabelecidos na legislação do respectivo Estado à época de sua criação.” (EC nº 57/2008)
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Vedações de natureza federativa
à União, Estados, DF e Municípios
 Estabelecer cultos religiosos ou igreja, subvencioná-los, ou manter relação de dependência ou aliança.
 Exceção: Colaboração em matéria de interesse público.
 Recusar fé aos documentos públicos.
 Criar distinções entre brasileiros (art. 5º, caput e inciso I, CF).
 Criar preferências entre si (vide arts. 151, I, e 152, CF).
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Santo vira vereador em Pernambuco 
e recebe até salário
Santo Antônio é vereador perpétuo de Igarassu e ganha um salário mínimo. Freira aplica o dinheiro em orfanato; vereadores defendem aumento para o santo.
Em Igarassu, município de Pernambuco, Santo Antônio é mais que o “santo casamenteiro”. Ele ganhou o título de "vereador perpétuo" da cidade, acompanha a sessões na Câmara e recebe até salário por isso. 
Na Câmara, uma placa informa que o santo ocupa o cargo de vereador, para que não haja dúvidas. O título não é simbólico. É real: textos de resoluções da Câmara se referem ao santo como "vereador perpétuo". Dos cerca de 50 mil vereadores brasileiros, Santo Antônio é o único que não precisará fazer campanha este ano para se reeleger, porque o cargo que foi dado a ele é para sempre. 
Globo.com (13/04/2008)
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