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Nutriçao Parenteral

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NUTRIÇÃO 
PARENTERAL
COMO PRESCREVER EM 8 ETAPAS
GUIA PRÁTICO 
DE PRESCRIÇÃO
ADULTO
ESTE DOCUMENTO 
É INTERATIVO. 
COMECE CLICANDO 
NA SETA
NUTRIÇÃO 
PARENTERAL
COMO PRESCREVER EM 8 ETAPAS
Apresentação
Este material tem como objetivo oferecer de modo prático e conciso 
informações para apoiar os prescritores e toda a Equipe Multiprofissional 
envolvida na Terapia Nutricional, a identificar os pacientes que necessitam de 
recurso terapêutico nutricional e, principalmente, elucidar as etapas distintas 
para a formatação da prescrição de Nutrição Parenteral. Através do acesso fácil 
às diretrizes e cálculos, baseados em literaturas atuais sobre Terapia Nutricional, 
Nutrição Parenteral Como Prescrever em 8 etapas, torna-se uma importante 
ferramenta para obtenção de terapia nutricional adequada ao paciente.
1a edição, 2015. 
Todos os direitos reservados.
Distribuição exclusiva ao profissional da saúde.
5Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Sumário
1. Terapia Nutricional, vamos prescrever? ...............................................
2. Indicação da TN ....................................................................................
3. Insumos da NP ......................................................................................
4. Como prescrever a NP em 8 etapas ...................................................... 
4.1 Etapa 1 - Determinar as necessidades nutricionais do paciente ..........
 4.2 Etapa 2 - Determinar a quantidade de macronutrientes (proteína 
e glutamina, carboidrato e lipídio) em gramas ..............................................
4.3 Etapa 3 - Prescrever os macronutrientes ..................................................
4.4 Etapa 4 - Prescrever os eletrólitos ............................................................ 
4.5 Etapa 5 - Prescrever as vitaminas e oligoelementos .................................
4.6 Etapa 6 - Prescrever o volume final da bolsa de NP .................................. 
4.7 Etapa 7 - Conferir a compatibilidade de cálcio + magnésio e cálcio x fósforo ..
4.8 Etapa 8 - Prescrever o volume de infusão (mL/h) .....................................
5. Recomendações ...................................................................................
6. Prescrição Eletrônica ...........................................................................
Lista de Abreviações ................................................................................
Referências ...............................................................................................
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1. TERAPIA NUTRICIONAL, 
 VAMOS PRESCREVER?
7
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
1. Terapia Nutricional, vamos prescrever?
A desnutrição apresenta alta prevalência em todo o mundo, variando de 20 a 50%. 
No Brasil, a desnutrição está presente em 48,1% dos doentes internados na rede 
pública do país1. Os pacientes considerados desnutridos apresentam aumento 
do tempo de internação e da morbimortalidade com consequente aumento 
de custos2. O estado nutricional é ainda mais determinante no desfecho de pa-
cientes mais graves, principalmente naqueles com catabolismo exacerbado3-5. 
Pacientes em estado crítico geralmente não apresentam adequada ingestão 
oral, sendo a terapia nutricional (TN) fundamental em uma unidade de terapia 
intensiva (UTI).
A TN é um conjunto de procedimentos que visa reconstituir ou manter o es-
tado nutricional do paciente. Pacientes com TN inadequada são mais suscetí-
veis a complicações infecciosas e não infecciosas, pode do apresentar maior 
tempo de ventilação mecânica, maior permanência na UTI e no hospital, e 
maiores taxas de mortalidade3,5. Assim, quando indicada a nutrição parenteral 
deve-se sempre avaliar a possibilidade de individualização da mesma, visto 
que atingir a meta energética e proteica melhora a evolução clínica do pacien-
te5. Por outro lado, uma TN mal conduzida está sujeita a complicações e piora 
de desfecho clínico.
A administração de TN é uma prática multiprofissional emprega-
da em quase todos os tipos de doentes, tais como, hospitalizados, am-
bulatoriais ou domiciliares. As metas da TN se iniciam com a tria-
gem nutricional e passam por diferentes etapas até a definição do 
tratamento nutricional. Fazem parte deste processo a operacionalização 
do plano de cuidados nutricionais, a reavaliação e atualização do mesmo4. 
2. INDICAÇÃO DA TN
9
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
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Como prescrever 
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2. Indicação da TN
O processo de TN pode ser realizado em etapas. A figura 1 apresenta um algoritmo 
para ser utilizado na indicação da TN e de nutrição parenteral (NP) em adultos. 
Figura 1 – Algoritmo para indicação de TN e NP para adultos32
32Recomendação A.S.P.E.N. Adaptado de August et al., 2002. 
10
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
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Como prescrever 
em 8 etapas
A. Triagem nutricional
O objetivo da triagem nutricional é reconhecer pacientes desnutridos ou com 
risco nutricional, para instituir medidas precoces de intervenção nutricional e 
evitar o desenvolvimento de complicações nutricionais relacionadas32.
Segundo a A.S.P.E.N, a triagem nutricional é um processo dinâmico para iden-
tificar mudanças que afetam o estado nutricional do paciente32. Os ques-
tionários de triagem nutricional inicial e final, demonstrados nas figuras 2 
e 3, podem ser utilizados como uma ferramenta para facilitar o processo 
da triagem nutricional do paciente. 
Figura 2 – Triagem de risco nutricional inicial9
Triagem Inicial
Sim Não
1 O Índice de Massa Corpórea (IMC) é < 20,5 kg/m2? 
2 O paciente apresentou perda de peso nos últimos 3 meses? 
3 O paciente apresentou redução da ingestão alimentar na última semana? 
4 O paciente está em estado grave (por exemplo, em terapia intensiva)? 
Não: se a resposta for “não” para todas as questões, o paciente deve ser submetido à nova 
triagem em intervalos semanais. Para o paciente submetido a uma cirurgia de grande porte, 
considerar um plano de cuidado nutricional preventivo, para evitar o risco associado. 
Sim: se a resposta for “sim” para qualquer questão, seguir com o questionário de triagem final 
(figura 3). 
 9Recomendação ESPEN 
11
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vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
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5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
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Figura 3 – Triagem de risco nutricional final9
Triagem Final
Estado Nutricional
Gravidade da doença 
(aumento das necessidades)
Ausente 
Escore 0
Estado nutricional normal.
Ausente 
Escore 0
Necessidades 
nutricionais normais.
Leve 
Escore 1
Perda de peso > 5% em 3 meses 
ou ingestão alimentar na última 
semana entre 50-75% das 
necessidades nutricionais. 
Leve 
Escore 1
Fratura de quadril, pacientes crônicos, 
em particular com complicações agudas: 
cirrose, DPOC, hemodiálise, diabetes 
e oncologia. 
Moderado 
Escore 2
Perda de peso> 5% em 2 meses 
ou IMC entre 18,5-20,5 + condição 
geral prejudicada (enfraquecida) 
ou ingestão alimentar na última 
semana entre 25-60% das 
necessidades nutricionais. 
Moderado 
Escore 2
Cirurgia abdominal de grande porte, AVC, 
pneumonia grave e doença hematológica 
maligna. 
Grave 
Escore 3
Perda de peso > 5% em 1 mês 
(> 15% em 3 meses) ou IMC < 18,5 
+ condição geral prejudicada 
(enfraquecida) ou ingestão alimentar 
na última semana entre 0-25% das 
necessidades nutricionais. 
Grave 
Escore 3
Trauma, transplante de medula óssea 
e paciente em terapia intensiva 
(APACHE > 10). 
Escore total = Escore do estado nutricional + Escore da gravidade da doença 
Escore total ajustado à idade = para pacientes ≥ 70 anos, adicione um ponto ao Escore total calculado. 
Escore total ≥ 3: o paciente está sob risco nutricional, sendo necessário o início de um plano de cuidado 
nutricional. 
Escore < 3: triagem semanal do paciente. Caso o paciente seja submetido a uma cirurgia de grande porte, 
um plano de cuidado nutricional preventivo deve ser considerado para evitar o risco associado. 
9Recomendação ESPEN
12
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
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5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
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O paciente em risco nutricional deve ser encaminhado para a avaliação do 
estado nutricional, planejamento e início da TN, quando necessária.
B. Avaliação do risco e estado nutricional atual
A avaliação do estado nutricional auxilia a recuperação e/ou manutenção do es-
tado de saúde do paciente e monitora a evolução. Pode ser realizada por antro-
pometria, composição corpórea, exame físico, avaliação subjetiva global, exa-
mes bioquímicos e funcionais e medida de consumo alimentar, periodicamente 
durante sua internação. O diagnóstico precoce dos distúrbios nutricionais e o 
início da TN podem influenciar, favoravelmente, na evolução clínica do paciente.
Em 2011, a Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE) publi-
cou as Diretrizes Brasileiras para TN, com o objetivo de normatizar e promover 
a uniformização das práticas de TN em triagem e avaliação nutricional confor-
me o grau de recomendação e aplicabilidade na prática clínica. Nesta diretriz 
a avaliação nutricional subjetiva global (ANSG) foi considerada eficiente para 
avaliação do estado nutricional, com boa reprodutibilidade e capacidade de 
prever complicações relacionadas à desnutrição, com grau A de recomenda-
ção8. A figura 4 ilustra um modelo adaptado de ANSG.
Figura 4 – Avaliação nutricional subjetiva global10,11
A. Anamnese
1- Peso Corporal
(1) Perdeu nos últimos 6 meses? ( ) Sim ( ) Não
(2) Perde atualmente? ( ) Sim ( ) Não
(2) Quantidade de perda_______kg 
Peso atual________kg Peso habitual_______kg
Perda de peso_______%
(1) < 10% (1 ponto) (2) > 10% (2 pontos) 
Subtotal:_______pontos
13
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
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5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
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2- Mudança na dieta
(1) Há mudança na dieta? ( ) Sim ( ) Não
A mudança foi para:
(1) ( ) Dieta hipocalórica
(1) ( ) Dieta pastosa hipocalórica
(2) ( ) Dieta líquida > 15 dias ou solução de infusão 
intravenosa > 5 dias
(3) ( ) Jejum > 5 dias
Subtotal:_______pontos
3- Sintomas gastrointestinais (persistentes por mais 
de 2 semanas)
(1) ( ) Disfagia e/ou odinofagia
(1) ( ) Náuseas 
(1) ( ) Vômitos
(1) ( ) Diarreia
(2) ( ) Anorexia, distensão abdominal e/ou dor 
abdominal
Subtotal:_______pontos
4- Capacidade funcional básica 
(persistentes por mais de 2 semanas)
(1) ( ) Abaixo do normal
(2) ( ) Tornou-se acamado
Subtotal:_______pontos
Continuação da Figura 4 
14
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
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5- Diagnóstico
(1) ( ) Estresse baixo
(2) ( ) Estresse moderado
(3) ( ) Estresse alto
Subtotal:_______pontos
B. Exame físico
( ) Perda de gordura subcutânea (tríceps/tórax)
( ) Músculo estriado
( ) Edema sacral
( ) Ascite
( ) Edema de tornozelo
(0) Normal
(1) Leve ou moderada depleção
(2) Grave depleção
Subtotal:_______pontos
Somatório total de pontos:______________
C. Conclusão da ANSG
Desnutrido < 17 pontos
Desnutrição moderada 17 a 22 pontos
Desnutrição grave mais de 22 pontos
10,11 Adaptado de Garavel et al., 1988 e Detsky et al., 1987.
Continuação da Figura 4 
15
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
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Lista de Abreviações
Referências
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C. Contraindicação ao uso de via digestiva 
Quando a TN é indicada, a via digestiva deve ser a de primeira escolha. En-
tretanto, existem contraindicações ao uso desta via como, por exemplo, íleo 
prolongado, fístulas do trato gastrointestinal (TGI) com alto débito (> 500 mL), 
diarreia ou vômitos intratáveis, peritonite, obstrução do TGI e isquemia intesti-
nal, que impedem a TN via oral e/ou enteral.
D. Indicação de suplementação oral e/ou NE
A suplementação oral é indicada a pacientes sem contraindicação ao uso de 
dieta oral e com aceitação alimentar acima de 60% das necessidades nutricio-
nais12,13. Indica-se o uso da NE a pacientes contraindicados ao uso da via oral ou 
aceitação inferior a 60% das necessidades13.
E. Necessidade nutricional inferior a 60% pela via digestiva 
A associação da NP é indicada quando houver sinais de intolerância durante 
a progressão da dieta por via digestiva, sendo impossível atingir mais de 60% 
das necessidades nutricionais utilizando exclusivamente esta via de alimenta-
ção13. A suplementação com NP costuma ocorrer em casos de doenças infla-
matórias intestinais (Crohn e Retocolite), síndrome do intestino curto, obstru-
ções intestinais parciais, queimados, fístulas do TGI, diarreia de difícil controle 
e vômitos incoercíveis.
F. NP Periférica
A via periférica é indicada para administração de soluções mais diluídas que não 
ultrapassem a osmolaridade limite de 900 mOsm/L6.
Atenção! Havendo um acesso central disponível, a via periférica deve ser de-
sencorajada, pois é muito difícil atingir as necessidades nutricionais do paciente 
com o uso exclusivo desta via. Portanto, havendo acesso central disponível, a NP 
central deve ser a via de escolha, independente do tempo de terapia proposto.
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1. Terapia Nutricional, 
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2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
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G. NP Central
A via central é indicada para soluções que apresentam osmolaridade maior que 
900 mOsm/L e para administração da NP a longo prazo6. 
Atenção! Quando um cateter central estiver disponível, a via central deve ser 
utilizada independente da concentração da NP ou do tempo da TN. 
H. Possibilidade de utilização da via digestiva
A via digestiva deve ser utilizada, quando possível. A transição da NP para a 
NE/oral deve ser gradual, avaliando a tolerância do paciente ao uso desta via. 
Reduza a NP conforme aumenta a aceitação de dieta pela via digestiva, para 
evitardéficits energéticos.
3. INSUMOS DA NP
18
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5. Recomendações
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3. Insumos da NP
3.1 Carboidratos
A glicose é o principal carboidrato utilizado como fonte calórica na NP, devendo 
ser prescrita em quantidade suficiente para atenuar o catabolismo proteico. 
Um grama de glicose anidra corresponde a 3,75 kcal, enquanto um grama de 
glicose monoidratada corresponde a 3,4 kcal. Desta forma, a glicose é usual-
mente prescrita em g/L ou g/kg/dia. Neste manual, os cálculos utilizam a glico-
se anidra (3,75 kcal/g), mais comumente encontrada no país. 
A glicose é o componente que mais altera a osmolaridade da NP. No caso de 
utilização de veia periférica, é importante atentar-se a concentração deste in-
sumo de maneira que a composição final da NP não ultrapasse 900 mOsm/L. 
Caso contrário, quando a osmolaridade for > 900 mOsm/L, a NP deve ser admi-
nistrada por via central. Nestes casos, a concentração de glicose mais utilizada 
é a 50%, para diminuir o volume final da bolsa.
A VIG (velocidade de infusão de glicose) ou TIG (taxa de infusão de glicose) 
expressa a quantidade de glicose ofertada em mg/kg/minuto. Para adultos, re-
comenda-se que a infusão de glicose não ultrapasse 5 g/kg/dia em pacientes 
críticos ou 7 g/kg/dia em pacientes estáveis12. 
Soluções de glicose disponíveis para adição à NP
- Glicose a 50% (cada 100 mL contém 50 g de glicose). 
- Glicose a 10% (cada 100 mL contém 10 g de glicose).
3.2 Aminoácidos (AA)
O fornecimento das metas proteicas e energéticas são fundamentais para a 
manutenção do estado nutricional. A proteína é um macronutriente importan-
te para a cicatrização de feridas, manutenção do sistema imune e a prevenção 
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5. Recomendações
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da perda de massa muscular. A suplementação proteica deve-se basear nas 
necessidades de cada paciente, entretanto esta determinação é difícil. Uma 
forma aproximada para determinação das necessidades proteicas é a utilização 
de recomendações específicas para determinadas patologias, como demons-
trado nas tabelas de 14 a 26. 
As soluções de aminoácidos utilizadas nas formulações para pacientes adul-
tos possuem de 13 a 20 aminoácidos combinados em essenciais e não es-
senciais, sendo classificadas em soluções padrões e especiais. Alguns ami-
noácidos não essenciais podem ser classificados em condicionalmente 
essencial (tabela 1).
Tabela 1 – Classificação dos aminoácidos essenciais e não essenciais52
Aminoácidos 
essenciais
Aminoácidos 
não essenciais
Aminoácidos 
condicionalmente 
essenciais
Fenilalanina Ácido Aspártico Histidina
Isoleucina Ácido Glutâmico Cisteína
Leucina Alanina Taurina
Lisina Asparagina Tirosina
Metionina Glicina
Treonina Prolina
Triptofano Serina
Valina Glutamina
Arginina
A solução de AA totais a 10% adulto contém uma mistura balanceada de ami-
noácidos essenciais e não essenciais para os pacientes com função orgânica 
normal. As soluções especiais contêm mistura de aminoácidos necessários a 
determinadas doenças, como renal e hepática.
20
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5. Recomendações
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Referências
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O uso de soluções com AA ramificados segundo Fisher a 8% restringe-se a pa-
cientes hepatopatas com encefalopatia grau 3 e 412,13. Entretanto, os pacientes 
com falência renal aguda ou agudizada devem receber a solução de AA totais a 
10% adulto, pois a soluções especiais, composta por AA essenciais e histidina, 
não mostraram vantagens para este perfil de paciente36.
Uma avaliação frequentemente utilizada na análise da formulação final da NP 
é a relação de calorias não proteicas por grama de nitrogênio. Essa relação é 
realizada somando-se o valor calórico não advindo da proteína (carboidrato e 
lipídios) e relacionando o seu valor com a quantidade de nitrogênio prescrita 
(valor obtido dividindo-se o teor de proteína prescrito por 6,25). Tal valor é 
estabelecido devido ao fato de que o nitrogênio presente na proteína equivale 
a 16% dela, portanto 100/16 = 6,25. O valor dessa relação é bastante variável, e 
decorrente da condição clínica e das necessidades do paciente.
Relação kcal não proteica: gN
2
 = kcal carboidrato + kcal lipídio
 g proteína/6,25
Soluções de aminoácidos disponíveis para adição à NP 
- AA totais a 10% adulto
- AA ramificados segundo Fisher a 8%
- AA essenciais a 10% com histidina
3.3 Glutamina
A L-glutamina (Gln) é o aminoácido livre mais abundante no plasma. Em con-
dições normais, a Gln é considerada um aminoácido não essencial, pois é pro-
duzida em quantidade suficiente pelo organismo (principalmente músculo 
esquelético), dispensando sua suplementação. A Gln atua como substrato em 
diversas vias metabólicas, como metabolismo da glicose, regulação do metabo-
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5. Recomendações
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Referências
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lismo da amônia, balanço ácido-base, na síntese das bases nitrogenadas purina 
e pirimidina, é precursora da glutationa e modula o fluxo de carbono e nitrogê-
nio no organismo. 
Em condições patológicas de alto catabolismo, o organismo torna-se incapaz 
de produzir quantidade suficiente de Gln, causando uma depleção plasmática e 
tissular. A suplementação de Gln é favorável em certas condições como: trauma, 
sepse, neoplasias, transplante de células-tronco hematopoiéticas e para pa-
cientes queimados, cirúrgicos e com pancreatite aguda12-15.
Estudos mostram que a suplementação com glutamina pode reduzir a morta-
lidade hospitalar, o tempo de internação em UTI e no hospital13,16. Entretanto, 
um estudo randomizado multicêntrico de larga escala mostrou que a admi-
nistração precoce de glutamina e antioxidantes foi prejudicial aos desfechos 
clínicos em pacientes com disfunção múltipla de órgãos e sistemas, em venti-
lação mecânica17. Embora os próprios autores reconheçam as limitações des-
te estudo, as diretrizes do The Canadian Critical Care Nutrition Guidelines não 
recomendam a prescrição de Gln em pacientes críticos em choque e com dis-
função de múltiplos órgãos e sistemas. Entretanto, para pacientes livres desta 
condição, a suplementação de Gln na NP deve ser considerada18.
Cada 100 mL da solução de L-alanil L-glutamina a 20% contém 8,20 g de L-ala-
nina e 13,46 g de L-glutamina. As recomendações estão descritas na tabela 2.
Tabela 2 - Recomendação de suplementação de Gln na NP13,19
Indicação Recomendação
Pacientes em UTI
0,2-0,4 g/kg/dia de Gln 
ou 0,3-0,6 g/kg/dia do dipeptídeo 
L-alanil-L-glutamina13
Pacientes com indicação de NP 0,3 a 0,5 g/kg/dia19
Recomendações 13ESPEN e 19 SBNPE.
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3.4 Emulsões lipídicas (EL)
Existem EL com diferentesteores de ácidos graxos essenciais e não essenciais. 
Estas emulsões apresentam alta densidade calórica (EL a 10% = 1,1 kcal/mL, EL 
a 20% = 2 kcal/mL) e concentrações de 10 e 20%. As EL a 20% possuem uma me- 
nor proporção de fosfolipídios, o que permite o clareamento mais eficiente dos triglice-
rídios, resultando em menor acúmulo de colesterol e lipoproteínas de baixa densidade.
EL óleo de soja
EL óleo de soja é fonte de ácidos graxos (AG) poli-insaturados, contendo grandes 
quantidades de ácido linoleico (ômega-6 ou n-6). Doses excessivas de n-6 podem com-
prometer o sistema imunológico, com indução de imunossupressão, reações infla-
matórias sistêmicas e aumento da produção de mediadores pró-inflamatórios, como 
prostaglandinas e leucotrienos6,20.
Além disso, a administração de EL contendo somente triglicerídios de cadeia longa 
(TCL) pode influenciar de forma negativa a resposta inflamatória, estado imunológico 
e desfecho clínico de pacientes críticos. Assim, é uma recomendação das diretrizes 
internacionais e nacionais que EL a base de óleo de soja seja evitada.
EL TCM/TCL
As misturas de TCL e TCM (triglicerídios de cadeia média) possuem vantagem em re-
lação à EL TCL, pois apresentam clareamento mais rápido e influência positiva sobre 
o sistema imune devido à quantidade reduzida de AG n-6. A EL TCM/TCL pode ser 
administrada de forma segura para doentes críticos na NP. As doses recomendadas são 
demonstradas na tabela 3.
Tabela 3 - Recomendação EL TCM/TCL13
EL Recomendação
EL TCM/TLC 0,7 g/kg/dia a 1,5 g/kg/dia 
em 12 ou 24 horas
13Recomendação ESPEN
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Referências
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EL óleo de oliva 
EL óleo de oliva é fonte de ácidos graxos monoinsaturados, especialmente o 
ácido oleico. Esta emulsão é mais estável quanto à peroxidação lipídica. Além 
disso, estudos demonstram a relação com a redução do estresse oxidativo e o 
aumento do efeito anti-inflamatório21,22.
EL óleo de peixe 
EL óleo de peixe é fonte de AG ômega-3 (n-3), como o ácido eicosapentaenoico (EPA) 
e o ácido docosaexaenoico (DHA), que são importantes na resposta inflamatória. A 
EL óleo de peixe a 10% contém 27 g de EPA (20:5, n-3) e 59 g de DHA (22:6, n-3), na 
proporção de 1:8 de AG poli-insaturados n-6:n-3. Os AG n-3 alteram a expressão 
gênica e modulam as vias de transdução de sinais, pois controlam fatores de trans-
crição que se ligam ao DNA e estão envolvidos na regulação do metabolismo lipídico 
e da resposta inflamatória, além de mediar a apoptose e a resposta imunológica23.
Segundo a ESPEN, o uso de emulsões enriquecidas com óleo de peixe reduz o tempo 
de permanência hospitalar em doentes graves. Entretanto, as diretrizes canadenses 
consideram que os resultados obtidos, até o momento, são insuficientes para fazer 
alguma recomendação, quanto a esta emulsão, para pacientes críticos13.
Pesquisas demonstram que a EL óleo de peixe previne e reverte a colestase quando 
administrada na NP24. Resultados promissores têm sido observados em casos de lac-
tentes e crianças que apresentam melhora hepática relacionada ao uso de NP com EL 
óleo de peixe e em monoterapia com doses de 1 g/kg/dia, com boa tolerabilidade25. 
EL soja/TCM/Oliva/Peixe a 20%
Atualmente, há disponível no mercado uma mistura que combina os quatro tipos 
de óleos utilizados na NP, contendo 30% de óleo de soja, 30% de TCM, 25% óleo 
de oliva e 15% de óleo de peixe, além do alfa-tocoferol. Embora seja bem tolera-
da, ainda há carência de estudos que demonstrem as vantagens de sua utilização 
em relação aos outros tipos de EL26,27.
24
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
A tabela 4 ilustra as características das EL, que poderão ser utilizadas para ava-
liar as diferenças presentes entre elas.
EL disponíveis para adição à NP 
- EL TCM/TCL a 10%
- EL TCM/TCL a 20%
- EL óleo de oliva a 20%
- EL óleo de peixe a 10%
- EL soja/TCM/oliva/peixe a 20% 
EL
Relação 
ω6:ω3
Relação Vit E 
(mg): g AGPI (g)
Teor de 
ω-3/100 mL
Teor de 
ω-6 /100 mL
Teor de 
ω-9 /100 mL
Observação
Recomendação 2 a 4:1 0,4:1 - - -
TCM/TCL 
a 20%
7:1
Não 
especificado
1,36 a 2,82 4,8 a 5,8 0
O uso de emulsões 
a 20%, quando 
comparadas com as 
a 10%, apresentam 
vantagens devido 
à menor relação 
triglicerídios/fosfoli-
pídios, apresentando 
clareamento sérico 
de triglicerídios mais 
eficiente, com menor 
acúmulo sérico de 
colesterol LDL
TCM/TCL 
a 10%
7:1
Não 
especificado
0,68 a 1,41 2,4 a 2,9 0
Soja/TCM/
Oliva/Peixe 
a 20%
2,5:1 0,6:1 1,6 3,84 5,56
30% Soja, 30% TCM, 
25% Oliva, 15% Peixe
Óleo de Peixe 
a 10%
1:8 3,8 a 5:1 2,84 a 6,56 0,2 a 1,1 0,65 a 1,75
Não deve ser a única 
EL na NP
Tabela 4 - Características das EL22
4. COMO PRESCREVER 
 A NP EM 8 ETAPAS
26
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
4. Como prescrever a NP em 8 etapas
Para a prescrição da NP, este manual utiliza 8 etapas para determinar e pres-
crever os macronutrientes, eletrólitos, oligoelementos e vitaminas. Segundo 
a A.S.P.E.N., os macronutrientes devem ser prescritos em g/dia ou g/L, assim 
como os eletrólitos em mEq/dia ou mEq/L. Neste manual, o volume final das 
soluções está em mL6.
4.1 Etapa 1 - Determinar as necessidades nutricionais do paciente 
Utilize a seção 5 de recomendações e as tabelas de 14 a 26 para determinar as 
necessidades calóricas, em kcal/kg/dia, e proteicas, em g/kg/dia, de pacientes 
com patologias específicas. 
27
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
4.2 Etapa 2 - Determinar a quantidade de macronutrientes (prote-
ína e glutamina, carboidrato e lipídio) em gramas 
Para determinar os macronutrientes em gramas utilize a tabela 5 e siga as eta-
pas abaixo ou utilize as recomendações da seção 5:
1. Localize a coluna correspondente à quantidade de kcal/kg que você de-
terminou. 
2. Localize o percentual de proteína, que irá prescrever, na coluna “percen-
tual de necessidade calórica total (NCT) almejado”. Na coluna “Recomen-
dação” há os percentuais recomendados, assim como valores máximos de 
g/kg/dia. 
3. Para determinar a quantidade de proteínas em gramas, cruze a linha 
correspondente ao percentual de proteína e a coluna “kcal/kg”, que você 
encontrará o valor em g/kg.
4. Com o percentual de proteínas já determinado, estabeleça o quanto vai 
ofertar, em termos percentuais, de carboidrato e lipídio. A soma dos per-
centuais de proteína, carboidrato e lipídio deve somar 100%. Na coluna 
“Recomendação” há os percentuais recomendados, assim como valores 
máximos de g/kg/dia. 
5. Determine a quantidade de carboidratos e lipídios em gramas. Basta ob-
servar o valor expresso em g/kg, na linha correspondente aos percentuais 
e kcal/kg determinados.
28
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Listade Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 5 - Determinação de gramas para cada macronutriente6,9
Macronutriente
Percentual 
da NCT 
almejado
20 
kcal/kg
25 
kcal/kg
30 
kcal/kg
35 
kcal/kg
40 
kcal/kg
Recomendação
Proteína (AA)
10% 0,5 g/kg 0,6 g/kg 0,75 g/kg 0,9 g/kg 1 g/kg
10 a 35% das 
kcal totais, 
sendo o mais 
usual 10 a 20% 
ou 0,75 a 2 g/
kg/dia
15% 0,75 g/kg 0,9 g/kg 1,12 g/kg 1,3 g/kg 1,5 g/kg
20% 1,00 g/kg 1,25 g/kg 1,5 g/kg 1,75 g/kg 2 g/kg
25% 1,25 g/kg 1,6 g/kg 1,90 g/kg 2,2 g/kg 2,5 g/kg
30% 1,5 g/kg 1,8 g/kg 2,30 g/kg 2,7 g/kg 3 g/kg
35% 1,75 g/kg 2,2 g/kg 2,65 g/kg 3,1 g/kg 3,5 g/kg
Carboidrato 
(Glicose)
35% 1,87 g/kg 2,33 g/kg 2,80 g/kg 3,27 g/kg 3,73 g/kg
45 a 65% das 
kcal totais ou 
< 7 g/kg/dia
40% 2,13 g/kg 2,66 g/kg 3,20 g/kg 3,73 g/kg 4,26 g/kg
45% 2,40 g/kg 3,00 g/kg 3,60 g/kg 4,20 g/kg 4,80 g/kg
50% 2,67 g/kg 3,33 g/kg 4,00 g/kg 4,67 g/kg 5,33 g/kg
55% 2,93 g/kg 3,66 g/kg 4,40 g/kg 5,13 g/kg 5,86 g/kg
60% 3,20 g/kg 4,00 g/kg 4,80 g/kg 5,60 g/kg 6,40 g/kg
65% 3,46 g/kg 4,33 g/kg 5,20 g/kg 6,06 g/kg 6,93 g/kg
70% 3,73 g/kg 4,66 g/kg 5,60 g/kg 6,53 g/kg 7,46 g/kg
Lipídio
20% 0,4 g/kg 0,5 g/kg 0,6 g/kg 0,7 g/kg 0,8 g/kg
20 a 30% das 
kcal totais ou
 < 2,5 g/kg/dia
25% 0,5 g/kg 0,6 g/kg 0,75 g/kg 0,9 g/kg 1 g/kg
30% 0,6 g/kg 0,75 g/kg 0,9 g/kg 1 g/kg 1,2 g/kg
35% 0,7 g/kg 0,9 g/kg 1,1 g/kg 1,3 g/kg 1,4 g/kg
40% 0,8 g/kg 1 g/kg 1,2 g/kg 1,4 g/kg 1,6 g/kg
45% 0,9 g/kg 1,1 g/kg 1,3 g/kg 1,5 g/kg 1,8 g/kg
50% 1 g/kg 1,25 g/kg 1,5 g/kg 1,75 g/kg 2 g/kg
55% 1,1 g/kg 1,4 g/kg 1,65 g/kg 1,9 g/kg 2,2 g/kg
29
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vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
 
O valor calórico considerado para os cálculos são: 
proteína = 4 kcal/g, carboidrato = 3,75 kcal/g (glicose anidra), lipídio = 10 kcal/g.
Glutamina
Para definir a quantidade de glutamina que será prescrita, utilize a Tabela 6. As 
recomendações de glutamina estão descritas nas seções 3 e 5.
Tabela 6 - Recomendação de Glutamina14
Insumo Concentração
L-Alanil L-Glutamina 20% 0,1346 g Gln/mL
14 Recomendação A.S.P.E.N.
Para a prescrição final dos aminoácidos totais, subtraia deles a quantidade de 
glutamina que determinou em g/kg, caso queira contabilizar a glutamina na 
oferta proteica.
Com esses valores em mãos, multiplique pelo peso do paciente. Você acabou 
de obter a quantidade total de cada macronutriente e da glutamina em gramas.
30
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
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Parenteral 
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Como prescrever 
em 8 etapas
4.3 Etapa 3 - Prescrever os macronutrientes
Para determinar a concentração dos macronutrientes em g/mL,na tabela 7, escolha 
os insumos que vai utilizar. Os mais comuns são: solução de glicose a 50% (NP 
central), AA totais a 10% adulto e EL a 20%. Com a quantidade em gramas to-
tal de glicose que você determinou na etapa 2, divida esse valor pelo valor da 
coluna “Concentração (g/mL)”, na linha do insumo escolhido. Você acabou de 
obter a quantidade em mL que deve prescrever. Repita este procedimento para 
também determinar a concentração em g/mL de lipídio, proteína e glutamina.
Tabela 7 – Macronutrientes
Macronutriente Insumo Concentração (g/mL)
Proteína
AA totais a 10% adulto 0,1
AA ramificados segundo 
Fischer a 8%
0,08
AA essenciais a 10% com 
histidina
0,1
L-Alanil L-Glutamina a 20% 0,1346
Carboidrato
Solução de Glicose Anidra 
a 10%
0,1
Solução de Glicose Anidra 
a 50%
0,5
Lipídio
EL TCM/TCL a 10% 0,1
EL TCM/TCL a 20% 0,2
EL Óleo de Peixe a 10% 0,1
EL Óleo de Oliva a 20% 0,2
EL Soja/TCM/Oliva/Peixe a 
20%
0,2
31
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vamos prescrever?
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a NP em 8 etapas
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Como prescrever 
em 8 etapas
4.4 Etapa 4 - Prescrever os eletrólitos
Através dos exames laboratoriais e do exame clínico, determine a quantidade 
que deseja prescrever. Utilize a tabela 8 para verificar as recomendações de 
cada um deles. Lembre-se de que você pode optar por colocar ou não qualquer 
um desses insumos na bolsa de NP. Utilize a tabela 9 para prescrever os eletró-
litos em mL.
Tabela 8 - Eletrólitos6
Eletrólitos Insumo Recomendação
Sódio (Na+) NaCl 20% 1 a 2 mEq/kg/dia
Potássio (K+) KCl 19,1% 1 a 2 mEq/kg/dia
Fósforo (P)
Fosfato de potássio 2 mEq/mL
20 a 40 mmol/dia
Fósforo Orgânico 1 mmol/mL
Cálcio (Ca2+)
Gluconato de cálcio 0,46 mEq/
mL 10 a 15 mEq/dia
Magnésio (Mg2+)
Sulfato de magnésio a 10% 
(0,81 mEq/mL)
8 a 20 mEq/dia
6 Recomendação A.S.P.E.N.
32
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vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
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a NP em 8 etapas
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6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
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Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 9 – Prescrição de eletrólitos em mL 
Eletrólitos com necessidade por dia
Cloreto 
de sódio 
20%
Cloreto 
de 
potássio 
19,1%
Fosfato de potássio
2 mEq/mL
Fósforo 
orgânico 
1 mmol/mL
Gluconato 
de cálcio 
0,46 
mEq/mL
Sulfato de 
magnésio 
0,81 
mEq/mL
Volume (mL) mEq Na+ mEq K+ mmol P mEq K+ mmol P mEq Na+ mEq Ca2+ mEq Mg2+
5 17,10 12,80 5,50 10,00 5,00 10,00 2,30 4,05
6 20,52 15,36 6,60 12,00 6,00 12,00 2,76 4,86
7 23,94 17,92 7,70 14,00 7,00 14,00 3,22 5,67
8 27,36 20,48 8,80 16,00 8,00 16,00 3,68 6,48
9 30,78 23,04 9,90 18,00 9,00 18,00 4,14 7,29
10 34,20 25,60 11,00 20,00 10,00 20,00 4,60 8,10
11 37,62 28,16 12,10 22,00 11,00 22,00 5,06 8,91
12 41,04 30,72 13,20 24,00 12,00 24,00 5,52 9,72
13 44,46 33,28 14,30 26,00 13,00 26,00 5,98 10,53
14 47,88 35,84 15,40 28,00 14,00 28,00 6,44 11,34
15 51,30 38,40 16,50 30,00 15,00 30,00 6,90 12,15
16 54,72 40,96 17,60 32,00 16,00 32,00 7,36 12,96
17 58,14 43,52 18,70 34,00 17,00 34,00 7,82 13,77
18 61,56 46,08 19,80 36,00 18,00 36,00 8,28 14,58
19 64,98 48,64 20,90 38,00 19,00 38,00 8,74 15,39
20 68,40 51,20 22,00 40,00 20,00 40,00 9,20 16,20
21 71,82 53,76 23,10 42,00 21,00 42,00 9,66 17,01
22 75,24 56,32 24,20 44,00 22,00 44,00 10,12 17,82
23 78,66 58,88 25,30 46,00 23,00 46,00 10,58 18,63
24 82,08 61,44 26,40 48,00 24,00 48,00 11,04 19,44
33
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vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
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Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Continuação da Tabela 9
Eletrólitos com necessidade por dia
Cloreto 
de sódio 
20%
Cloreto 
de 
potássio 
19,1%
Fosfato de potássio
2 mEq/mL
Fósforo 
orgânico 
1 mmol/mL
Gluconato 
de cálcio 
0,46 
mEq/mL
Sulfato de 
magnésio 
0,81 
mEq/mL
Volume (mL) mEq Na+ mEq K+ mmol P mEq K+ mmol P mEq Na+ mEq Ca2+ mEq Mg2+
25 85,50 64,00 27,50 50,00 25,00 50,00 11,50 20,25
26 88,92 66,56 28,60 52,00 26,00 52,00 11,96 21,06
27 92,34 69,12 29,70 54,00 27,00 54,00 12,42 21,87
28 95,76 71,68 30,80 56,00 28,00 56,00 12,88 22,68
29 99,18 74,24 31,90 58,00 29,00 58,00 13,34 23,49
30 102,60 76,80 33,00 60,00 30,00 60,00 13,80 24,30
31 106,02 79,36 34,1062,00 31,00 62,00 14,26 25,11
32 109,44 81,92 35,20 64,00 32,00 64,00 14,72 25,92
33 112,86 84,48 36,30 66,00 33,00 66,00 15,18 26,73
34 116,28 87,04 37,40 68,00 34,00 68,00 15,64 27,54
35 119,70 89,60 38,50 70,00 35,00 70,00 16,10 28,35
36 123,12 92,16 39,60 72,00 36,00 72,00 16,56 29,16
37 126,54 94,72 40,70 74,00 37,00 74,00 17,02 29,97
38 129,96 97,28 41,80 76,00 38,00 76,00 17,48 30,78
39 133,38 99,84 42,90 78,00 39,00 78,00 17,94 31,59
40 136,80 102,40 44,00 80,00 40,00 80,00 18,40 32,40
41 140,22 104,96 45,10 82,00 41,00 82,00 18,86 33,21
42 143,64 107,52 46,20 84,00 42,00 84,00 19,32 34,02
43 147,06 110,08 47,30 86,00 43,00 86,00 19,78 34,83
44 150,48 112,64 48,40 88,00 44,00 88,00 20,24 35,64
34
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Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Continuação da Tabela 9
Eletrólitos com necessidade por dia
Cloreto 
de sódio 
20%
Cloreto 
de 
potássio 
19,1%
Fosfato de potássio
2 mEq/mL
Fósforo 
orgânico 
1 mmol/mL
Gluconato 
de cálcio 
0,46 
mEq/mL
Sulfato de 
magnésio 
0,81 
mEq/mL
Volume (mL) mEq Na+ mEq K+ mmol P mEq K+ mmol P mEq Na+ mEq Ca2+ mEq Mg2+
45 153,90 115,20 49,50 90,00 45,00 90,00 20,70 36,45
46 157,32 117,76 50,60 92,00 46,00 92,00 21,16 37,26
47 160,74 120,32 51,70 94,00 47,00 94,00 21,62 38,07
48 164,16 122,88 52,80 96,00 48,00 96,00 22,08 38,88
49 167,58 125,44 53,90 98,00 49,00 98,00 22,54 39,69
50 171,00 128,00 55,00 100,00 50,00 100,00 23,00 40,50
51 174,42 130,56 56,10 102,00 51,00 102,00 23,46 41,31
52 177,84 133,12 57,20 104,00 52,00 104,00 23,92 42,12
53 181,26 135,68 58,30 106,00 53,00 106,00 24,38 42,93
54 184,68 138,24 59,40 108,00 54,00 108,00 24,84 43,74
55 188,10 140,80 60,50 110,00 55,00 110,00 25,30 44,55
56 191,52 143,36 61,60 112,00 56,00 112,00 25,76 45,36
57 194,94 145,92 62,70 114,00 57,00 114,00 26,22 46,17
58 198,36 148,48 63,80 116,00 58,00 116,00 26,68 46,98
59 201,78 151,04 64,90 118,00 59,00 118,00 27,14 47,79
60 205,20 153,60 66,00 120,00 60,00 120,00 27,60 48,60
35
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
4.5 Etapa 5 - Prescrever as vitaminas e oligoelementos
Utilize as tabelas 10 e 11 para prescrever os oligoelementos e as vitaminas. Geralmente, 
uma ampola de cada produto escolhido supre a necessidade basal de vitaminas e oli-
goelementos. Pode-se prescrever 1 ou 2 ampolas (Trezevit® A + B). Prescreva em mL.
Tabela 10 - Oligoelementos29
Oligoelemento Insumo Concentração Recomendação
Zinco (Zn)
Cobre (Cu)
Manganês (Mn)
Cromo (Cr)
Oligoelementos 
Adulto 
(1 ampola = 5 mL)
1000 mcg/mL
100 mcg/mL
20 mcg/mL
2 mcg/mL
2,5 a 5 mg/dia
0,3 a 0,5 mg/dia
60 a 100 mcg/dia
10 a 15 mcg/dia
Selênio (Se)
Selênio 6mcg/mL
Selênio 100 mcg/mL
6mcg/mL
100 mcg/mL 
20 a 60 mcg/dia
Zinco (Zn)
Sulfato de Zn 1 mg/
mL 1 mg/mL 2,5 a 5 mg/dia
29Recomendação A.S.P.E.N 
Tabela 11 - Vitaminas29 
Vitamina Insumo Concentração Recomendação
A
D
E
K
B1
B
2
B3
B
5
B6
C
Trezevit A® Adulto 
(1 ampola = 5 mL)
1,83 mg/5 mL = 3.300 UI vit A
5 mcg/5 mL = 200 UI vit D
10 mg/5 mL = 11 UI vit E
150 mcg/5 mL
6 mg vit B1 /5 mL
3,6 mg vit B
2 
/5 mL
40 mg vit B3 /5 mL
15 mg vit B
5 
/5 mL
6 mg vit B6 /5 mL
200 mg vit C/5 mL
3.300 UI vit A/dia
200 UI vit D/dia
10 UI vit E/dia
150 mcg vit K/dia
6 mg B1 /dia
3,6 mg B
2 
/dia
40 mg B3 /dia
15 mg B
5 
/dia
6 mg B6 /dia
200 mg vit C/dia
B7
B9
 B
12
Trezevit B® Adulto 
(1 ampola = 5 mL)
60 mcg vit B7 /5 mL
600 mcg vit B9 /5 mL
15 mcg vit B
12 
/5 mL
60 mcg B7 /dia
600 mcg B9 /dia
5 mcg B
12 
/dia
29Recomendação A.S.P.E.N
36
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
4.6 Etapa 6 - Prescrever o volume final da bolsa de NP
Para determinar o volume final da bolsa de NP, some todos os volumes (em mL) 
dos componentes prescritos nas etapas anteriores. 
4.7 Etapa 7 - Conferir a compatibilidade de cálcio + magnésio e 
cálcio x fósforo
A presença de cátions divalentes pode desestabilizar a EL. Esta condição só 
deve ser considerada se houver lipídio na prescrição.
Os cátions que mais influenciam são o cálcio (Ca2+) e o magnésio (Mg2+). 
A concentração total Ca2+ ou Mg2+, ou a soma destes dois insumos, deve ser 
menor que 16 mEq/L de solução. Para facilitar a prescrição dos insumos Ca2+ 
e Mg2+ utilize a tabela 12, que mostra o volume mínimo da bolsa de NP, ne-
cessário para a prescrição, para não haver incompatibilidade com a quan-
tidade de eletrólitos prescritos e evitar separação de fases. Para tal cálculo, 
considera-se que cada mL de solução de gluconato de cálcio contém 0,46 
mEq de Ca2+. Esta tabela considera volume máximo da bolsa de 3000 mL. 
37
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 12 – Volume mínimo da bolsa necessário para a prescrição de insumos, cálcio e magnésio.
Gluconato 
de cálcio
(0,46 mEq/mL)
Sulfato de magnésio a 10% (0,81 mEq/mL)
Volume (mL) 5 10 15 20 25 30 35 40
5 396,9 650,0 903,1 1156,3 1409,4 1662,5 1915,6 2168,8
10 540,6 793,8 1046,9 1300,0 1553,1 1806,3 2059,4 2312,5
15 684,4 937,5 1190,6 1443,8 1696,9 1950,0 2203,1 2456,3
20 828,1 1081,3 1334,4 1587,5 1840,6 2093,8 2346,9 2600,0
25 971,9 1225,0 1478,1 1731,3 1984,4 2237,5 2490,6 2743,8
30 1115,6 1368,8 1621,9 1875,0 2128,1 2381,3 2634,4 2887,5
35 1259,4 1512,5 1765,6 2018,8 2271,9 2525,0 2778,1 *
40 1403,1 1656,3 1909,4 2162,5 2415,6 2668,8 2921,9 *
Se o fósforo (P) for adicionado como fosfatos de potássio, pode ocorrer precipi-
tação de fosfato de cálcio, que depende do pH e, principalmente, das concen-
trações molares de cálcio e fósforo presentes na solução. Esta precipitação não 
ocorre se for utilizado o fósforo orgânico. 
A concentração de Ca2+ (mmol/L) e P como fosfatos inorgânicos (mmol/L) deve 
ser menor que 72 mmol/L de solução. Para facilitar a prescrição destes insu-
mos, utilize a tabela 13, que mostra o volume mínimo da bolsa de NP necessá-
rio para a prescrição Ca2+ e P, para não haver incompatibilidade com a quantida-
de de eletrólitos prescritos e evitar precipitação. Para tal cálculo, considera-se 
que cada mL de solução de gluconato de cálcio contém 0,46 mEq de Ca2+. Esta 
tabela considera volume máximo da bolsa de 3000 mL.
38
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 13 - Volume mínimo da bolsa necessário para a prescrição de insumos, cálcio e fósforo
Gluconato
de cálcio
(0,46 
mEq/
mL)
Fosfato de Potássio (2mEq/mL)
Volume 5 10 15 25 30 35 40 45 50 55 60
5 299,1 423,0 518,0 668,7 732,6 791,3 845,9 897,2 945,8 991,9 1036,0
10 423,0 598,1 732,6 945,8 1036,0 1119,0 1196,3 1268,9 1337,5 1402,8 1465,215 518,0 732,6 897,2 1158,3 1268,9 1370,5 1465,2 1554,0 1638,1 1718,0 1794,4
20 598,1 845,9 1036,0 1337,5 1465,2 1582,5 1691,8 1794,4 1891,5 1983,8 2072,0
25 668,7 945,8 1158,3 1495,4 1638,1 1769,3 1891,5 2006,2 2114,8 2218,0 2316,6
30 732,6 1036,0 1268,9 1638,1 1794,4 1938,2 2072,0 2197,7 2316,6 2429,7 2537,7
35 791,3 1119,0 1370,5 1769,3 1938,2 2093,5 2238,1 2373,8 2502,2 2624,4 2741,0
40 845,9 1196,3 1465,2 1891,5 2072,0 2238,1 2392,6 2537,7 2675,0 2805,6 2930,3
45 897,2 1268,9 1554,0 2006,2 2197,7 2373,8 2537,7 2691,7 2837,3 2975,7 *
50 945,8 1337,5 1638,1 2114,8 2316,6 2502,2 2675,0 2837,3 2990,7 * *
55 991,9 1402,8 1718,0 2218,0 2429,7 2624,4 2805,6 2975,7 * * *
4.8 Etapa 8 - Prescrever o volume de infusão (mL/h)
Para prescrever o volume de infusão (mL/h) na prescrição médica, o volume so-
mado da bolsa (volume total) deve ser divido pelo tempo de infusão em horas, 
não devendo ultrapassar um período de 24 horas.
5. RECOMENDAÇÕES
40
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
5. Recomendações
As recomendações descritas neste capítulo seguem os guias de Terapia Nutri-
cional da Sociedade Europeia para Nutrição Clínica e Metabolismo (ESPEN), do 
Canadian Clinical Practice Guidelines, da Sociedade Americana para Nutrição 
Parenteral e Enteral (A.S.P.E.N.) e das Diretrizes de Terapia de Nutrição Enteral 
(DITEN). A inclusão dos graus de recomendação e dos níveis de evidência ado-
tados por essas sociedades torna este guia um parceiro confiável e indispensá-
vel para o planejamento da TN do paciente.
É importante atingir o volume calórico e proteico total necessário ao paciente 
em 3 dias, um terço é prescrito no primeiro dia, dois terços no segundo e no 
terceiro dia as necessidades totais são atingidas. Tal medida visa à observação 
da tolerância do paciente à oferta hídrica e, principalmente, calórica. As vitami-
nas e eletrólitos não precisam ser fracionados no início da NP. 
Pacientes desnutridos devem ser realimentados com maior cautela. Muitas ve-
zes, demora-se mais do que 3 dias para atingir as necessidades nutricionais. 
Nesses pacientes, deve-se dosar os níveis séricos de fósforo, potássio e mag-
nésio, pois durante a realimentação eles tendem a ser consumidos, havendo a 
necessidade de reposição intravenosa.
A retirada (desmame) da NP costuma ser progressiva, conforme a aceitação 
da dieta oral e/ou enteral. Para pacientes com absorção intestinal preservada, a 
soma da oferta calórica e proteica pela dieta oral/NE, somada à NP, deve atingir 
100% das necessidades do paciente.
41
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
5.1 Recomendações para adultos
• Para detecção de pacientes em risco nutricional recomenda-se a realização 
de triagem nutricional durante as primeiras 72 horas da admissão. A ferramen-
ta recomendada é o Nutrition Risk Screening 9 (figura 2 e 3).
• Quando o paciente não atingir as necessidades nutricionais por via oral, utili-
ze TN especializada (grau B) 31.
• O uso de NP é indicado quando o TGI não estiver funcionante ou as necessidades 
nutricionais não podem ser atingidas pelo uso exclusivo da via digestiva (via oral 
ou enteral) (grau B)31.
• O uso de NP suplementar a NE deve ser avaliado em pacientes desnutridos, 
com redução da ingestão nos últimos 7-10 dias e que não atingem pelo me-
nos 60% das necessidades nutricionais pela via digestiva (grau C)31.
• A correção eletrolítica deve preceder o início da NP e a monitorização dos 
eletrólitos deve ser realizada ao longo da TN, a fim de diagnosticar precoce-
mente a síndrome de realimentação (grau C)32.
• O desmame de NP não é necessário (grau A)31.
• Preferir o uso de bolsas 3-em-1 (aminoácidos, glicose e lipídios) (grau B)31.
5.2 Recomendações em patologias específicas
Legenda conforme grau de recomendação:
* A.S.P.E.N
** ESPEN
*** Canadian Clinical Practice Guidelines
**** DITEN 
42
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 14: Recomendações para paciente adulto estável 
Nutriente/Indicação Recomendação
Energia6 Eutróficos: 25-30 kcal/kg
Desnutridos: 30-40 kcal/kg/dia
Em caso de risco de realimentação: 20-25 kcal/kg/dia
Proteína6 
Não catabólicos: 0,8 a 1 g/kg/dia
Catabólicos: 1,2 a 2,0 g/kg/dia
Carboidrato6 3 g/kg/dia
Máximo 7 g/kg/dia. Insulina: 0,1 - 0,2 UI/g de glicose (quando indicado)
Lipídio6 Máximo 2,5 g/kg/dia
Eletrólitos6 Cálcio: 10-15 mEq
Magnésio: 8-20 mEq
Fósforo: 20-40 mmol
Sódio: 1-2 mEq/kg
Potássio: 1-2 mEq/kg
Acetato e cloreto: o necessário para manutenção do equilíbrio ácido-base
Oligoelementos6,29 Cromo: 10-15 mcg
Cobre: 0,3-0,5 mg
Manganês: 60-100 mcg
Selênio: 20-60 mcg
Zinco: 2,5-5 mg
Ferro: 1,2 mg
Molibdênio: 19 mcg
Iodo: 131 mcg
Flúor: 0-0,95 mcg
Vitaminas 
(necessidades/dia)6 
A: 3300 UI
D: 200 UI
E: 10 UI
K: 150 mcg
B1: 6 mg
B
2
: 3,6 mg
B3: 40 mg
B
5
: 15 mg
B6: 6 mg
B
12
: 5 mcg
B7: 60 mcg
C: 200 mg
Ácido fólico: 600 mcg
Fluidos6 30-40 mL/kg/dia
43
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 15: Recomendações para paciente crítico
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas Iniciar TN nas primeiras 24 a 48 horas da admissão na UTI (grau C)*13
A NP deve ser indicada sempre que a via digestiva seja contraindicada.
O uso de NP suplementar deve ser considerado quando a NE não 
atingir as necessidades nutricionais em 2 dias (grau C)*13 
 Nos pacientes de baixo risco e curta permanência na UTI a NP 
suplementar não deve ser utilizada***33
Energia Na ausência de calorimetria indireta as necessidades energéticas 
devem ser estimadas em 25 kcal/kg (grau C)**13
Proteína 1,3 a 1,5 g/kg/dia
Gln: 0,2-0,4 g/kg/dia ou 0,3-0,6 g/kg/dia 
de L- Ala-L-Gln (grau A) 
Evitar seu uso nos pacientes portadores 
de falência de múltiplos órgãos***33
Carboidrato
Mínimo: 2 g/kg/dia (grau B)**13
A glicemia deve ser mantida entre 120 e 160 mg/dL***34 
Lipídio EL: 1-2 g/kg/dia (grau A)**. Infundir em no mínimo 12 horas (grau B)**13
EL com óleo de peixe: auxilia na recuperação do paciente e diminui 
o tempo de estadia em hospitais (grau B)**13
Deve-se considerar a redução da oferta de emulsão a base de óleo 
de soja***33
Oligoelementos Recomenda-se aumentar a quantidade de selênio, cromo e zinco, e 
reduzir cobre, ferro, iodo e manganês (grau C)**13
Vitaminas 
(necessidade/dia) 
NP deve incluir dose diária de polivitamínicos (grau C)**13
44
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 16: Recomendações em caso de doenças hepáticas
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas Iniciar imediatamente a NP nos pacientes desnutridos moderados a 
grave que não se alimentam adequadamentepor via oral ou com NE, 
(grau A)** ou em jejum superior a 72 horas (grau C)**35
Usar NP precoce no pós-operatório de pacientes que não podem ser 
nutridos por via digestiva (grau A)**35
Energia 1,3 vezes a taxa metabólica basal (grau C)** na ausência de 
calorimetria indireta 35
Proteína Usar solução padrão nas encefalopatias grau I e II. Nos graus III e IV 
administrar AA (0,6-1,2 g/kg/dia) ricos em cadeia ramificada e baixo 
teor de AA aromáticos (grau A)**35
Ofertar 1,2 a 1,5 g/kg/dia (grau C)**, exceto na insuficiência hepática 
aguda (IHA) ou subaguda quando a oferta deve ser de 0,8-1,2 g/kg/dia 
(grau C)**35
Carboidrato Glicose: 50-60% do total de calorias não proteicas (grau C)**35
Em pacientes em jejum por mais de 12 horas fornecer 2-3 g/kg/dia de 
glicose (IV) a fim de evitar hipoglicemia (grau C)**35
Monitorar glicemia para evitar hiperglicemia relacionada à NP (grau 
C)**35
Em caso de hiperglicemia, reduza a quantidade de glicose e considere 
o uso de insulina (IV) (grau C)** 35
Lipídio Utilizar EL com baixo teor de AG n-6 (grau C)**35 
IHA: 0,8-1,2 g/kg/dia (grau C)**35
Oligoelementos Fornecer diariamente oligoelementos (grau C)**35
Vitaminas 
(necessidade/dia)
Fornecer diariamente vitaminas hidrossolúveis e oligoelementos 
(grau C)**35
Na cirrose ou esteatose induzidas por álcool administrar tiamina 
antes de infundir glicose para minimizar o risco de encefalopatia de 
Wernicke (grau C)**35
45
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 17: Recomendações em caso de doenças renais 
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas As indicações de NP são semelhantes as dos pacientes não 
nefropatas: TGI não funcionante e pacientes que não atingem suas 
necessidades por via digestiva (grau C)**36
Nos pacientes críticos com IRA, a combinação de NE e NP permite 
um suporte nutricional adequado, com boas taxas de sucesso na 
maioria dos casos (grau D)****6
Pela restrição de fluidos recomenda-se via central (grau C)**36
Energia A necessidade calórica na doença renal deve ser avaliada por 
calorimetria indireta quando possível (grau D)*37
IRA: a quantidade de energia parece depender principalmente da 
doença de base (grau B)****36
IRC: 30-35 kcal/kg/dia (grau A)**37
Proteína Solução de aminoácidos padrão deve ser usada em pacientes com 
IRA (grau C)*37
IRA: tratamento conservador - 0,6-0,8 (máx. 1,0) g/kg/
dia; catabolismo moderado- 1,0-1,5 g/kg/dia NE ou NP e 
hipercatabolismo grave - máx. 1,7 g/kg/dia (grau C)**37
IRC: 0,55-0,60 g/kg/dia. Caso haja perda proteica devido à 
proteinúria excedendo 1 g/dia, deve-se suplementar de acordo com 
a relação de ingestão de proteína/AA necessária baseada no peso 
ideal (kg x 0,6-0,8 x proteinúria) (grau B)**36
HD: 1,2-1,4 g/kg/dia (grau B)**36
Diálise peritoneal ambulatorial contínua (DPAC): 1,2-1,5 g/kg/
dia(grau B)**** 34,36
Carboidrato IRA: 3-5 (máx. 7) g/kg/dia ou 45%-60% do valor calórico total 
ofertado 34
Lipídio
IRA: 0,8-1,2 (máx. 1,5) g/kg/dia 38 ou 20% (sepse) a 35%****34
46
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Continuação da Tabela 17
Nutriente/Indicação Recomendação
Eletrólitos HD e DPAC: fosfato: 800-1000 mg/dia; K+: 2000-2500 mg/dia; Na+: 
1,8-2,5 g/dia 36
IRA: associada com um maior desequilíbrio de fluidos, ácido-básico 
e de eletrólitos. Nestes casos, fórmulas 3-em-1 sem eletrólitos ou 
personalizadas podem ser vantajosas (grau C)**36
Administração eletrólitos deve ser ajustada pelo monitoramento 
conforme concentrações séricas (grau D)*37
IRC: fósforo: em torno de 800 mg, ou 10 a 12 mg/kg; potássio: 
individualizado; geralmente não restrito, ou restrição de 1000-3000 
mg/dia e sódio: 1000-2300 mg/dia****6
Oligoelementos Terapia de substituição renal contínua (CRRT): 
uso prolongado diminui concentrações plasmáticas de selênio (grau 
A)**37
HD e DPAC: suplementar zinco (15 mg/dia) e selênio (50-70 mcg/dia) 37
Vitaminas CRRT: uso prolongado diminui concentrações plasmáticas de vit. B1 
(grau A)**36
HD e DPAC: suplementar vitaminas hidrossolúveis, ácido fólico (1 
mg/dia), B6 (10-20 mg/dia), C (30-60 mg/dia) (grau C)**
37
Vit. D de acordo com as concentrações plasmáticas de cálcio, fosfato 
e hormônios paratireoidianos 36
IRA: pacientes em UTI requerem suplementação de vitaminas, 
principalmente hidrossolúveis, mas devem ser monitorados os sinais 
de toxicidade de vit. A e C, que não deve exceder 30-50 mg/dia, 
devido ao risco de oxalose (grau C)**36
IRC: pode ocorrer acúmulo de vit. A quando NP é utilizada por mais de 
2 semanas (grau C)* 38
Pacientes em diálise: suplementar vitaminas hidrossolúveis.
Monitorar vit. A (grau A)*33
Fluidos
Oferta hídrica: 500-750 + diurese de 24 h + outras perdas (ex.: dreno, 
vômito, fístulas)33
Necessidade hídrica pode variar e deve ser individualizada36
47
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 18: Recomendações em caso de pancreatite aguda (PA)
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas PA leve a moderada: usar TN em caso de alguma complicação 
inesperada ou quando a dieta oral não possa ser iniciada dentro de 
5-7 dias (grau C)*12
Esse período deve ser menor em pacientes desnutridos**38
PA Grave: utilizar TN dentro de 24-48 horas após a admissão hospi-
talar (grau C)*12
NP: deve ser considerada para pacientes com PA Grave que não 
podem ou não toleram NE (grau C)*9 
Inicie NP após o 5º dia de hospitalização (grau E)*12
Energia 25-30 kcal/kg/dia (grau B)**38
Proteína NP: aminoácidos não interferem na secreção ou função pancreática 
(grau A)**38
1,0 - 1,5 g/kg/dia*39
Recomenda-se 0,30 g/kg/dia de L-Ala-L-Gln (grau B)**38
Carboidrato Glicose: fonte calórica preferencial (grau A)**38
Lipídio 0,8-1,5 g/kg/dia (grau C)**38
Manter concentração plasmática de TAG abaixo de 12 mmol/L.
AG n-3 suplementados na NP podem elevar os níveis de IL-10, dimi-
nuindo a resposta inflamatória (grau B)****
Eletrólitos PA Crônica pode levar a hipocalemia e hipomagnesemia, além de 
anormalidades no funcionamento hepático e em outros parâmetros 
metabólicos*9
Esteatorreia: provoca má absorção de cálcio, magnésio e zinco*9
Oligoelementos Recomenda-se suplementação (grau C)**38
Vitaminas 
(necessidade/dia)
Recomenda-se suplementação (grau C)**38
48
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 19: Recomendações em caso de doença cardíaca 
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas Não existe indicação de PN na profilaxia de caquexia cardíaca (grau 
C)**. Tendo em vista que a função cardíaca é diminuída e a retenção 
hídrica é frequente, a NP deve ser reservada a pacientes com 
evidência de má absorção nos quais a NE não for eficaz (grau B)**40
Energia Sempre que disponível: calorimetria, na ausência utilizar equações 
preditivas (grau A)**40
Proteína ICC desnutridos: 1,37 g/kg/dia; ICC eutróficos: 1,12 g/kg/dia40
Eletrólitos Na+: <2000 mg 40
Fluidos 1400-1900 mL/dia 40
Tabela 20: Recomendações em caso de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas DPOC avançada: 25-40% dos pacientes estão malnutridos (B)**40
NE é a TN de primeira escolha (B)**40
Geralmente, pacientes com doenças pulmonares possuem o TGI 
disponível, mas aqueles com insuficiência respiratória aguda podem 
necessitar de NE ou NP para alcançar suas necessidades nutricionais*31
SDR: não é indicado o uso de teor elevado de lipídios e baixo teor de 
carboidratos (E)*12 
Indicada restrição de fluidos em pacientes com SDR (E)*40
Energia O fornecimento de energia deve ser mantido abaixo das necessidades 
estimadas para pacientes com doença pulmonar que apresentam 
retenção de CO
2
 (B)*31
25 a 30 kcal/kg de peso atual (aproximadamente)
25 kcal/kg para pacientes idade ≥ 80 anos)*40
Proteína Mínimo de 1 g/kg/dia 41
Carboidrato Restritos a 150 a 250 g/dia, VIG não deve exceder 5 mg/kg/min 41
Lipídio Devem ser a fonte principal de energia. Em pacientes com DPOC 
estável, NP com alto teor de glicose pode gerar CO
2
 excessivo 41
Evitar a infusão rápida de emulsões lipídicas (especialmente a base de 
soja) em pacientes que de insuficiência pulmonar grave*39
49
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 21: Recomendações para pacientes oncológicos
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas Desnutrição moderada a grave: pacientes podem ser 
beneficiados por NP perioperatória 7-14 dias antes da cirurgia, 
quando NE não é possível. Mas pondere os benefícios da TN 
frente aos riscos potenciais da própria TN e ao possível atraso no 
procedimento cirúrgico (grau A)***42 
Não existem evidências de que a NP estimule o crescimento de 
tumores (grau C)**43 
NP é recomendada para pacientes com mucosite e enterite 
graves causadas pela radiação, para prevenir e tratar caquexia, 
aumentar adesão ao tratamento, controlar alguns efeitos 
adversos da terapia antitumoral e melhorar a qualidade de vida 
(grau C)**43
NP prolongada: em caso de falência intestinal, quando NE não for 
possível (grau C)**43
NP suplementar: pode ser benéfica para pacientes com caquexia 
utilizando uma quantidade maior de lipídios, (grau C)**43 com 
câncer incurável, perda de peso e ingestão de nutrientes reduzida 
(<60% das necessidades calóricas estimadas) (grau B)**43
Pacientes que desenvolvem DEVH moderada a grave, 
acompanhada de um período de alimentação falha e/ou 
significante má absorção de nutrientes (grau C)*42
NP: se indicada no TCTH, descontinuar assim que o efeito tóxico 
do tratamento após o enxerto tenha sido eliminado (grau B)*
Energia Pacientes acamados: 20-25 kcal/kg/dia e pacientes 
deambulando: 25-30 kcal/kg/dia (grau C)****44
TCTH: 30 a 35 kcal/kg/dia ou 1,5 × gasto energético basal*39
Proteína Pacientes com comprometimento hepático ou renal: 0,5-0,8 g/kg/dia 
(grau D)****44
Pacientes não estressados: 1,0-1,5 g/kg/dia (grau D) ****44
Pacientes hipermetabólicos ou com perda aumentada: 1,5-2,0 g/kg/dia 
(grau D)****44
TCTH: 1,5 g/kg/dia durante os primeiros 3 meses após o transplante*39
Pacientes podem ser beneficiados com suplementação de Gln (grau 
B)****44
Lipídio 20-30% do valor calórico total (grau D)****44
50
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vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 22: Recomendações para pacientes com síndrome do intestino curto (SIC)
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas NP indicada com objetivo de manutenção e/ou melhoria do estado 
nutricional, correção de distúrbios hidroeletrolíticos e melhoria na 
qualidade de vida (grau B)**45
A maioria dos pacientes com ressecções intestinais amplas, e 
consequente SIC, necessitará da NP, por no mínimo sete a 10 dias, mas em 
geral este período pode durar até um ou mais meses (grau D)****46 
Energia 0,85 a 1,5 vezes o gasto energético de repouso (grau D)****46
25-33 kcal/kg (grau C)**45
Proteína A necessidade proteica está em 15% a 20% da usual, isto é, 1,0 
a 1,5g/kg/dia, levando-se em consideração as perdas proteicas 
aumentadas pelo tubo digestivo (grau D)****46
A suplementação de Gln não é recomendada (grau B)**45
Carboidrato Ofertar cerca de 2/3 das calorias não proteicas como glicose (grau C)**45
Lipídio Não ultrapassar 1 g/kg/dia, afinal maiores quantidades aumentam o 
risco para colestase e disfunção hepática associada a NP (grau C)**46
Eletrólitos Suplementar com água e eletrólitos, especialmente sódio e magnésio 
(grau B)****46
A deficiência de magnésio pode ser associada com deficiência de 
cálcio e deficiência de potássio.
Oligoelementos Administrar a necessidade total de micronutrientes por via parenteral 
na fase de adaptação (grau B) **45
Vitaminas Monitorar as vitaminas lipossolúveis e suplementar se necessário*31
Está recomendado administrar a necessidade total de 
micronutrientes por via parenteral na fase de adaptação (grau B)**45
Suplementação mensal de vit. B
12
 por via IV para pacientes com mais 
de 60 cm da porção terminal do íleo ressecada (grau A)**45 
Fluidos
O objetivo é manter a boa hidratação, com um débito urinário de 
pelo menos 800-1000 mL com a concentração de sódio na urina 
maior que 20 mmol/L**45 
51
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vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 23: Recomendações em caso de doenças inflamatórias gastrointestinais (DII)
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas PN é indicado para pacientes que estão desnutridos ou em risco e que 
têm uma ingestão inadequada ou insegura, um mau funcionamento 
intestinal, ou em que o intestino é inacessível. Razões específicas em 
pacientes com DC incluem um intestino obstruído, um intestino curto, 
ou uma fístula enterocutânea (grau B)**45 
A NP não deve ser utilizada como um tratamento primário da DII em 
atividade (grau A)**45 
O repouso do intestino não provou ser mais 
eficaz do que a via digestiva para manutenção de remissão 45 
O uso de NP no período pré-operatório em pacientes com DII é 
semelhante ao de outros procedimentos cirúrgicos (grau B)**45 , ou 
seja, em pacientes gravemente desnutridos cuja cirurgia pode ser 
atrasada (grau B)*31
Energia 25 a 30 kcal/kg/dia é geralmente adequada para atingir as 
necessidades de energia e nutrientes 47
Proteína Não há consenso sobre o benefício da utilização de fórmulas 
enriquecidas com AG n-3 e Gln (grau B)**45
Oligoelementos Déficits específicos devem ser supridos de acordo com a condição 
nutricional de cada paciente (grau B)*45 
Vitaminas
(necessidade/dia)
Déficits específicos devem ser supridos de acordo com a condição 
nutricional de cada paciente (grau B)*45 
52
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3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 24: Recomendações em caso de fístula gastrointestinal (FGI)
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas O início da TN deve ser imediato aodiagnóstico da fístula, desde que 
o paciente esteja hemodinamicamente estável (grau B)****48 
Inicialmente, o paciente deve permanecer sem dieta oral e a TNP 
deve ser instituída (grau B)****48
A NP será a primeira opção nas fístulas de alto débito (> 500 mL em 
24h) e nas fístulas de intestino delgado****48
Quando o acesso distal não é possível, a NP também é a opção em 
fístulas esofágicas, gástricas****48 
NP é geralmente uma opção segura em fístulas pancreáticas, porém 
não indicada para todos os pacientes (grau B)****48
Energia Baixo débito (< 500 mL em 24 h) 
com sepse: 20-25 kcal/kg/dia
sem sepse: 25-30 kcal/kg/dia (grau D)****48 
Alto débito (> 500 mL em 24 h) 
com sepse: 20-25 kcal/kg/dia 
sem sepse: 30-35 kcal/kg/dia (grau D)****48 
Proteína Baixo débito (< 500 mL em 24 h): 1,2-1,5 kcal/kg/dia
Alto débito (> 500 mL em 24 h): 1,5-1,8 kcal/kg/dia (grau D)****48 
Lipídio 20%-30% do total de calorias****48 
Oligoelementos Doses maiores que as RDA para zinco e selênio (grau D)****48
Vitaminas Baixo débito (< 500 mL em 24 h): 
RDA, 2 vezes RDA p/ vitamina C
Alto débito (> 500 mL em 24 h): 
2 vezes RDA para as vitaminas (grau D)****48
53
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2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 25: Recomendações para geriatria
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas A TN deve levar em consideração as necessidades nutricionais 
modificados para a faixa etária do paciente (grau B)*31 
NP: quando via oral ou NE não são possíveis por mais de 3 dias ou há 
desnutrição do paciente por mais de 7-10 dias (grau C)****48 
Avaliar interações fármaco-nutriente de todos os medicamentos que 
o paciente idoso estiver tomando (grau B)*31 
NP - indicações similares aos adultos jovens (grau B)****48 
Energia 30 kcal/kg de peso/dia**50 
Proteína Embora sugerido 1,5 g/kg/dia, são necessários mais estudos para 
estabelecer a quantidade adequada**49 
Lipídio NP com alto teor lipídico (> 50% das calorias totais) pode ser 
necessária, em casos de resistência à insulina e hiperglicemia 
juntamente com danos nas funções cardíacas e renais em idosos 
(grau C) 49
40-60% da energia total para pacientes acometidos por afecções 
agudas, mas para NP prolongada deve ser reduzida para 30% 49 
Eletrólitos Limitar teor de sódio**49
Oligoelementos Suspeitar de deficiências (grau B)**49 
A deficiência destes são fatores de piora do prognóstico****51
Vitaminas Suspeitar de deficiências (grau B)**49 
É frequente a baixa ingestão de vitaminas (A, C, D, E, Folato) e de 
minerais como o cálcio, o iodo e o zinco. 
A deficiência destes são fatores de piora do prognóstico****51
Fluidos Limitar fluidos**49 
54
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vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Tabela 26: Recomendações para preoperatório
Nutriente/Indicação Recomendação
Indicações específicas Pré-operatório: administre TN a pacientes com desnutrição 
moderada a grave, que se submeterão a cirurgia de médio a grande 
porte por 7-14 dias, caso a cirurgia possa ser adiada (grau A)*31
NP: quando via oral ou NE não são possíveis por mais de 3 dias ou 
no pré-operatório de pacientes desnutridos graves que não toleram 
NE ou em caso de desnutrição do paciente por mais de 7 dias (grau 
A)**32 
NP suplementar deve ser considerada quando a via digestiva não for 
capaz de atingir 60% das necessidades (grau C)**32
NP pós-operatória deve ser considerada em pacientes desnutridos 
nos quais a NE não for factível (grau A)**32
Energia NP: 25-30 kcal/kg/dia (grau B)**32
Proporção calórica (kcal) de proteína: lipídio: glicose - 20:30:50 
(grau C)**32 
Proteína
1,5 g/kg de proteína (20% do total de energia a ser fornecida) 33
Carboidrato A proporção de glicose deve ser maior que a de lipídios para 
evitar colestase e hiperlipidemia 32
Lipídio
A suplementação com AG n-3 é recomendada (grau C)**32
6. PRESCRIÇÃO 
ELETRÔNICA
56
1. Terapia Nutricional, 
vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
6. Prescrição eletrônica 
A TN é um processo complexo que favorece a ocorrência de erros especialmente 
na etapa da prescrição, quando manuscrita. Estudos demostram que de 15 a 
21% destas prescrições apresentam pelo menos uma divergência que incluem 
a omissão de dados, erros nos cálculos de dose, em especial a prescrição de 
doses mais altas que a recomendada, e transcrição de dados equivocada54-56. 
Adicionalmente, interações entre os nutrientes da NP, quando prescritos 
indevidamente, podem causar a instabilidade da formulação através 
da separação de fases e precipitação. Desta forma, a avaliação clínica e 
farmacotécnica da NP é de exterma importância em toda prescrição57. 
A A.S.P.E.N recomenda o uso de um sistema de prescrição eletrônica de NP para 
padronizar a forma de prescrição e melhorar a sua legibilidade, minimizando 
a probabilidade de erros e garantindo segurança para o paciente. O método 
informatizado é definido como um sistema computadorizado que possibilita 
a transmissão da prescrição de forma segura, eficiente e rápida. Além disso, o 
sistema eletrônico contém informações de suporte à decisão clínica53. Dentre 
os benefícios da prescrição eletrônica destacam-se: segurança do processo, 
legibilidade, agilidade e rastreabilidade. 
6.1 Sistema de prescrição eletrônica: parenteralNET 
Visando proporcionar maior segurança, eficácia e rapidez na prescrição de NP, 
a Farmoterápica desenvolveu o sistema de prescrição eletrônica parenteralNET. 
O sistema contempla a avaliação clínica das doses de cada insumo prescrito e 
farmacotécnica da NP. A avaliação é realizada de forma dinâmica e automática 
durante a precrição eletrônica, e é baseada nas recomendações atuais das 
principais diretrizes nacionais e internacionais da TN. Além disso, o parenteralNET 
é um sistema Web, facilmente acessado através da Internet e apresenta 
informações técnicas que apoiam a decisão clínica e mensagens de alerta de 
advertência quando doses maiores que as recomendadas são prescritas. 
57
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vamos prescrever?
2. Indicação da TN 
3. Insumos da NP
4. Como prescrever 
a NP em 8 etapas
5. Recomendações
6. Prescrição Eletrônica
Lista de Abreviações
Referências
Nutrição 
Parenteral 
Adulto
Como prescrever 
em 8 etapas
Lista de Abreviações
AA - Aminoácido
AG - Ácido Graxo
CRRT - Terapia de Substituição Renal Contínua
DC - Doença de Crohn
DEVH - Doença do Enxerto versus Hospedeiro
DII - Doença Inflamatória Intestinal
DPAC - Diálise Peritoneal Ambulatorial Contínua
DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
DRC - Doença Renal Crônica
EL - Emulsão Lipídica
FGI - Fístula Gastrointestinal
Gln - Glutamina
HD - Hemodiálise 
ICC - Insuficiência Cardíaca Congestiva
IH - Insuficiência Hepática
IHA - Insuficiência Hepática Aguda
IRA - Insuficiência Renal Aguda
IV - Intravenosa
L-Ala-L-Gln - dímero L-alanil-L-glutamina
NE - Nutrição Enteral
NP - Nutrição Parenteral
PA - Pancreatite Aguda
RDA - Recomendações de Ingestão Diária 
SDR - Síndrome do Desconforto Respiratório 
SIC - Síndrome do Intestino Curto
TAG - Triacilgliceróis
TCTH - Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas
TGI - Trato Gastrointestinal
TMB - Taxa Metabólica Basal
TN - Terapia

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