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Aula 01 - A História do Sindicalismo

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1
A HISTÓRIA DO SINDICALISMOA HISTÓRIA DO SINDICALISMO
Relações Trabalhistas e Sindicais
Aula 01 - 15/08/2011
OBJETIVOS
• Conhecer a história do sindicalismo
• Associar a revolução industrial e a questão social
• Discutir os efeitos da luta de classes
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 2
• A esfera social é o resultado de um certo hibridismo 
entre as esferas privada e pública e se põe na 
perspectiva que, segundo Arendt, consti-tuiu uma 
característica específica da modernidade que foi a 
resolução e o empenho dos homens em se desfazerem 
de uma vez do constrangi-mento que a dimensão da 
reprodução biológica impõe a todos. É em função dessa 
perspectiva que vai surgir o social. (Cf. ARENDT, H.: 
“The Rise of the Social”, in A Condição Humana, p.p. 47 
- 59. apud AGUIAR, 2004, p. 10)
A questão social
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 3
• Montaño reafirma que a antítese se dá entre sociedade 
civl/Estado, ou seja estrutura/superestrutura, tendo em 
vista o que consagrou Marx como sendo a luta de 
classes, na qual o Estado não seria a superação da 
classe produtiva, mas especialmente produto dela.
A luta de classes
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 4
• Na Inglaterra, França e Alemanha os sindicatos 
apareceram de baixo para cima (reivindicações);
O SURGIMENTO DOS SINDICATOS NO 
MUNDO
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 5
• No Brasil, ao contrário, de cima para baixo, com 
imposição do Estado.
• Os primeiros sindicatos criados no Brasil surgiram por 
volta de 1903 (as duas primeiras leis sindicais: 1903 
sobre sindicatos rurais; 1907, sobre sindicatos urbanos);
• Em 1930, com a criação do Ministério do Trabalho, 
atribuiu-se a função delegada aos sindicatos (Decreto 
19.443, de 26.11.30) – nasce o sistema corporativista no 
que diz respeito ao sindicato, pois a organização das 
forças econômicas era feita em torno do Estado.
O SURGIMENTO DOS SINDICATOS NO 
BRASIL
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 6
2
• O Decreto n. 19.770 de 19.3.31 – revolução de 1930 –
estabeleceu: distinção entre sindicato de empregados e 
de empregadores e reconhecimentos dos mesmos pelo 
M.T.; sindicato único para cada profissão numa mesma 
região e que não poderia exercer atividade política; 
personalidade jurídica de sindicato somente com 
reconhecimento do M. T.; agrupamento por profissões 
idênticas, similares e conexas em bases municipais etc.
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 7
• A CF/34: pluralidade sindical – o parág. Único do art. 120
explicitava que a lei asseguraria a pluralidade sindical e
a completa autonomia dos sindicatos. Isto por inspiração
do liberalismo europeu no clima nascido com a
revolução de 1930, pois se verifica na Assembléia
Constituinte resistência à implantação do sindicato único,
já que na Itália notava-se a decadência do sindicato
único.
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 8
• A CF/37 – considerada intervencionista – a parte laboral 
foi inspirada na Carta del Lavoro da Itália com feições 
corporativistas:
• Somente os sindicatos regularmente reconhecidos pelo 
Estado têm o direito de representação legal e defender-
lhes o direito perante o Estado, estipular contratos 
coletivos de trabalho para todos os associados, impor-
lhes contribuição e exercer em relação a eles funções 
delegadas de poder público.
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 9
• O Decreto n. 1.402, de 5-7-39, cuidou da 
regulamentação do sindicato único, permitindo a 
intervenção e a interferência do Estado no sindicato. 
Este não podia desrespeitar a política econômica 
determinada pelo Governo, sob pena de perda da carta 
sindical. Só permitia um sindicato por categoria 
econômica ou profissional na mesma base territorial.
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 10
• A CLT também tem por base o sistema corporativo – art.
521, requisitos para funcionamento do sindicato; art. 528
intervenção nos sindicatos pelo Ministro do Trabalho; art.
531, Ministério Trabalho dá requisitos a respeito de
eleições sindicais.
• O Decreto-lei n° 7.038/44, disciplinou a organização
sindical rural.
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 11
• A CF/46, considerada democrática, pois foi votada em
Assembléia Nacional Constituinte e não imposta,
estabelecia ser livre a associação profissional ou
sindical, sendo reguladas por lei a forma de constituição,
representação legal nas CCT e o exercício de funções
delegadas pelo poder público. Assim, a lei ordinária
poderia tratar da unidade ou da pluralidade sindical,
dependendo do legislador, tendo a CLT sido
recepcionada com seu sistema de unicidade sindical.
Contudo, o sindicato continuava a exercer função
delegada de poder público.
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 12
3
• A CF/67 estabelecia ser livre a associação profissional 
ou sindical. A constituição de sindicato, a representação 
legal nas CCTs e o exercício de funções delegadas de 
poder público seriam disciplinados por lei. Apenas 
modificou um pouco a CF/37, pois o sindicato deixou de 
impor contribuições para apenas arrecadar, na forma da 
lei, as contribuições para custeio da atividade dos órgãos 
sindicais profissionais. A EC n. 1/69 mantém a mesma 
situação.
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 13
• O Decreto-lei n° 229, de 28-2-67, fez uma série de
alterações da CLT, prevendo a possibilidade dos
sindicatos de celebrar ACTs e CCTs. Estipulou o voto
sindical obrigatório.
• O Ato Institucional n. 5, de 13-12-68, permitiu ao
Presidente da República suspender direitos políticos,
entre os quais o direito de votar e ser votado nas
eleições sindicais. Essa regra só foi revogada em 1978.
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• A CF/88 – art. 8°, estabelece que é livre a associação 
profissional ou sindical, o que já constava das CFs de 
37, 46, 67 e EC n. 1/69.Contudo, houve inovação , pois 
o inciso I, do art. 8°, afastada a intervenção e 
interferência do Poder Público na organização sindical 
(intervir= tutelar o sindicato substituindo seus dirigentes 
por meio de delegados; interferir= era dizer como a 
agremiação poderia ou não fazer determinada coisa). 
Todos aqueles artigos da CLT que permitiam 
intervenção ou interferência do Ministério do T. foram 
revogados pela atual CF/88.
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 15
• OBS: A pesar da inovação, a CF/88 no inc. II, do art. 8°, 
proíbe a criação de mais de um sindicato de categoria 
profissional ou econômica, em qualquer grau, na mesma 
base territorial, que será definida pelos trabalhadores, 
não podendo ser inferior a área de um município.
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 16
• RESUMO CF/88 – não-exigência autorização do Estado 
para a fundação de sindicato; os trabalhadores em 
empregadores é que irão definir a base territorial; fim da 
função delegada de poder público; manutenção do 
sistema sindical organizado por categorias; mantém-se o 
sistema confederativo com a instituição de uma 
contribuição para seu custeio (sistema piramidal – ápice 
confederação, no meio as federações e na base os 
sindicatos), pois o art. 8°, II, fala organização sindical em 
qualquer grau; liberdade positiva e negativa de filiação 
(art. 8°, V); manutenção da contribuição sindica ( art. 8°, 
IV – contribuição prevista em lei “art. 578/CLT; 
participação obrigatória dos sind. nas negociações 
coletivas (art. 8°, VI). ; estabilidade (8°,VIII).
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• Estudo de Caso: “Democratização das relações do 
trabalho.”
Reflexão
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4
• AGUIAR, O. A. The social question in Hannah Arendt.Trans/Form/Ação, (São Paulo), v.27 (2), p.7-20, 2004.
• MARTINS, Sérgio Pinto. Direito do trabalho. 26. ed. São 
Paulo: Atlas, 2010.
• MONTAÑO, Carlos. Terceiro setor e questão social: 
crítica ao padrão emergente de intervenção social. 4. 
ed. São Paulo: Cortez, 2007.
BIBLIOGRAFIA
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais 19 20
BOA SEMANA A TODOS!
• rafaelnaves@live.estacio.br
• @rafaelnaves
Foco no Aluno Gente Meritocracia Qualidade Foco no Resultado Inovação Simplicidade Ética
21 de agosto de 2011Relações Trabalhistas e Sindicais

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